Dia 6: Aguardando consolo
Raquel Anderson: Todas nós passamos por momentos em que precisamos ser consoladas. E aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth com uma palavra sobre isso.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Vivemos em um mundo caído, e lidamos não apenas com a queda desse mundo e como ela nos afeta, mas também com a nossa própria natureza caída, com a nossa fraqueza e, muitas vezes, com nossa tolice. Precisamos de consolo. Precisamos de um conforto.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do devocional A sós com Deus, na voz de Renata Santos.
Você já passou por um vale emocional, desejando que alguém te ajudasse a sair dele, alguém que pudesse te consolar e te mostrar uma nova perspectiva? No começo da história do Natal, uma nação inteira — na verdade, o mundo inteiro — estava nessa situação.
E hoje, Nancy vai nos descrever o …
Raquel Anderson: Todas nós passamos por momentos em que precisamos ser consoladas. E aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth com uma palavra sobre isso.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Vivemos em um mundo caído, e lidamos não apenas com a queda desse mundo e como ela nos afeta, mas também com a nossa própria natureza caída, com a nossa fraqueza e, muitas vezes, com nossa tolice. Precisamos de consolo. Precisamos de um conforto.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do devocional A sós com Deus, na voz de Renata Santos.
Você já passou por um vale emocional, desejando que alguém te ajudasse a sair dele, alguém que pudesse te consolar e te mostrar uma nova perspectiva? No começo da história do Natal, uma nação inteira — na verdade, o mundo inteiro — estava nessa situação.
E hoje, Nancy vai nos descrever o maior ato de consolo de todos os tempos.
Mas antes disso, ela vai nos apresentar a algumas mulheres que estão na linha de frente do ministério, oferecendo consolo a quem mais precisa.
Nancy: Sou tão grata pela equipe incrível que o Senhor reuniu para servir no Aviva Nossos Corações.
Você faz parte dessa equipe, com sua oração e apoio financeiro, e outras mulheres são abençoadas através do seu envolvimento. Mas hoje gostaria de compartilhar o testemunho de duas queridas da nossa equipe que geralmente ficam nos bastidores.
Eu amo o coração com que elas servem ao ministério, respondem emails de mulheres que entram em contato com o ministério, coordenam as vozes que estão sendo gravadas para os podcasts, enviam os livretos para todo o Brasil e muito mais. Gostaria de compartilhar a perspectiva delas sobre como Deus tem chamado mulheres para a liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Raquel: Sim, Nancy! Uma integrante da equipe que coordena as gravações dos Podcasts falou assim:
“Uma das minhas responsabilidades — e uma das mais especiais — é a gravação das vozes extras. Gosto de chamar essa etapa de a cereja do bolo.
Antes de cada gravação, escuto o episódio original em inglês para captar a intenção emocional de cada fala. Depois, escolho cuidadosamente a voluntária que dará vida àquelas palavras.
Quando ela chega ao nosso escritório, sempre tiramos um tempo para conversar, acalmá-la e explicar o contexto do episódio. Normalmente, esse momento se transforma em uma troca muito rica — muitas vezes cheia de emoção, testemunhos e lágrimas.
Oramos antes ou depois da gravação, e esses instantes são sempre marcantes. Há uma presença palpável de Deus em meio a cada fala, cada pausa, cada respiração.
As voluntárias chegam com o coração cheio de alegria, felizes por poder contribuir com algo tão significativo. Muitas vezes, elas gravam trechos que falam diretamente com suas próprias histórias — situações que já viveram ou que estão enfrentando.
Em outros momentos, percebem que estão ouvindo exatamente o que precisavam naquele dia. É impressionante como a Palavra de Deus se revela viva em cada detalhe.
Quando o episódio vai ao ar, quase sempre recebo mensagens de gratidão. As voluntárias se sentem verdadeiramente parte do ministério — e isso é precioso. Ver como a Palavra de Deus nunca volta vazia, mas alcança corações, transforma vidas e fortalece a fé. . . é isso que mais me alegra.”
Outra querida irmã que agora faz parte da nossa equipe compartilhou o seguinte: “Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, por todas as vezes em que, no tempo certo, fui convencida do meu pecado, encorajada por testemunhos honestos e exemplos práticos, e ensinada e vivificada por Sua Palavra, por meio desse ministério.
Hoje tenho o privilégio de servir na equipe do Aviva Nossos Corações, colaborando no envio de recursos e na comunicação por e-mail. É uma grande bênção testemunhar como tantas mulheres brasileiras têm experimentado transformação em suas vidas e relacionamentos.
E me sinto ainda mais grata por poder compartilhar com elas esses recursos preciosos, plenamente confiante de que Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus.”
Somos tão gratas, como equipe, por aquelas que se tornam parceiras do Aviva Nossos Corações e nos ajudam a caminhar junto com essas mulheres que escrevem, que pedem ajuda.
Você é a ponte para isso, você é o meio pelo qual podemos fazer o que fazemos. Por isso, queremos te agradecer. Obrigada por nos apoiar financeiramente e por orar pelo ministério Aviva Nossos Corações. Você talvez não veja todas as histórias de transformação que nós vemos, mas queremos que saiba: sua participação é preciosa.
Nancy: Acho que deu pra sentir o coração das pessoas que trabalham na equipe do ANC. Sempre me sinto tão encorajada ao ouvir seus testemunhos e quando compartilham como o Senhor está atraindo mulheres para a liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Cada pessoa na equipe do Aviva Nossos Corações tem um papel diferente. Algumas fazem as traduções para o português. Outras atuam na parte técnica ou administrativa.
Mas também sou profundamente grata por outras colaboradoras — aquelas que atuam ainda mais nos bastidores — e que têm um papel vital no ministério.
Estou falando sobre as pessoas que oram por esse ministério e o sustentam financeiramente. Este ministério simplesmente não seria possível sem cada uma dessas partes cumprindo seu papel.
Então, quero te fazer um convite: Faça parte do Aviva Nossos Corações. Se você crê neste ministério, se Deus tem usado ele para te encorajar na sua caminhada com o Senhor, para te ajudar espiritualmente ou em alguma área específica da sua vida.
Se esse ministério tem sido uma bênção para você, que tal perguntar ao Senhor qual papel Ele quer que você desempenhe aqui? Quero te pedir: ore por nós neste tempo tão importante do ano. E considere nos apoiar financeiramente.
Talvez você nunca tenha nos apoiado antes. Talvez você já tenha sido abençoada por esse ministério, tenha ouvido os programas, até mesmo compartilhado com outras pessoas. Mas nunca parou para contribuir financeiramente. Visite o nosso site para informações de como fazer a sua doação, www.avivanossoscoracoes.com.
Raquel: Agora vamos continuar com Nancy, na série Meus olhos já viram a Tua salvação.
Nancy: Estamos estudando o capítulo 2 do Evangelho de Lucas, e observando alguns acontecimentos na vida do Senhor Jesus que aconteceram logo após o Seu nascimento — naquele primeiro Natal. Vimos que Maria e José levaram o pequeno Jesus ao templo quando Ele tinha quarenta dias de vida. Esse templo era o templo de Herodes, em Jerusalém.
Eles foram ao templo com dois propósitos, ou seja, para cumprir dois rituais. O primeiro era a purificação da mãe, conforme a lei do Antigo Testamento. Quarenta dias após o parto, a mulher passava por um ritual de purificação. O segundo era a apresentação do bebê a Deus. Eles estavam dedicando o menino Jesus a Deus.
Enquanto Maria e José estavam no templo, justamente nesse momento em que estavam cumprindo essas duas ordenanças da lei de Deus, eles encontraram duas pessoas piedosas. Deus, em Sua providência, orquestrou tudo para que essas duas pessoas estivessem exatamente naquele lugar, naquele momento — quando Maria e José trouxeram o bebê Jesus ao templo.
Uma dessas pessoas era um homem. A outra, uma mulher. O homem se chamava Simeão. A mulher, Ana. Ambos reconheceram Jesus como o Messias tão esperado. E os dois deram testemunhos cheios do Espírito sobre quem Ele era.
Nos próximos dias, vamos olhar mais de perto para a vida de Simeão conforme ela aparece nessa passagem. Vou ler o texto todo e, nos próximos programas, vamos estudá-lo verso por verso.
Leia comigo, em Lucas 2, a partir do versículo 25:
Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Ele tinha recebido uma revelação do Espírito Santo de que não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.
Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: "Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.
E o pai e a mãe do menino estavam admirados com o que se dizia a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: — "Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para elevação de muitos em Israel e para ser alvo de contradição, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. Quanto a você, Maria, uma espada atravessará a sua alma." (Lucas 2.25–35)
Esse texto é muito rico, e vamos precisar de alguns dias para caminhar por ele com calma. Mas vamos começar hoje pelo versículo 25, para aprender mais sobre esse homem chamado Simeão — e entender como a vida dele pode nos ensinar.
“Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão.” Simeão era um nome comum naquela época, parecido com o nome Simão, como Simão Pedro. Simeão significa “Deus ouviu”.
Esse é o nome perfeito para alguém que esperou tantos anos pela vinda do Messias, não é mesmo? Deus ouviu as suas orações. . . e respondeu antes de ele morrer.
Deus ouviu - Essa é, aliás, a única menção a Simeão em toda a Bíblia. Não sabemos quase nada sobre ele além do que acabamos de ler. Não sabemos qual era sua profissão. Não há detalhes sobre sua família. Alguns estudiosos especularam, ao longo dos séculos, que talvez ele fosse um sacerdote. Mas não há nenhuma evidência disso — e até alguns indícios que sugerem o contrário. Ao que tudo indica, ele era simplesmente um adorador fiel de Deus, um homem piedoso que morava em Jerusalém.
Mas a Bíblia nos revela bastante sobre a condição espiritual dele — sobre o que havia em seu coração e quais eram as suas prioridades.
Existe uma tradição na história da igreja (vinda de uma fonte fora da Bíblia) que diz que Simeão tinha 113 anos de idade. A gente não pode afirmar que isso é verdade, porque as Escrituras não dizem com clareza que ele era idoso.
Mas, sempre que imaginamos Simeão, é natural pensarmos num homem bem velho. E ele provavelmente era. O texto dá a entender que ele já estava próximo do fim da vida — e que, depois de esperar por anos e anos. . . quem sabe 113 anos, mais ou menos — o Messias finalmente veio.
Isso se encaixa bem com o padrão que vemos em Lucas capítulos 1 e 2, onde aparecem vários idosos piedosos — como Isabel, Zacarias, Simeão e Ana. Essas pessoas representam a esperança do antigo pacto, os que ansiavam pela chegada de Cristo. E com a vinda de Jesus, elas têm o privilégio de testemunhar o início do novo pacto.
Temos três detalhes sobre ele no versículo 25. Ele era justo e devoto, uma pessoa piedosa. Ele aguardava a consolação de Israel. Era um homem paciente. Era piedoso, e também esperançoso. O Espírito Santo estava sobre ele, ele estava cheio do Espírito, do poder, e da presença de Deus.
Vamos ver três características:
- Justo e devoto
- Aguardando a consolação de Israel
- O Espírito Santo estava sobre ele.
Estas características o diferenciavam da maioria das pessoas de sua época. Elas faziam com que ele se destacasse. Aliás, se essas três características estiverem presentes em sua vida, você também vai se destacar.
Na época de Simeão, muitos judeus apenas seguiam os rituais religiosos, mas não eram justos e devotos de verdade. A maioria não estava aguardando o Messias com anseio, e o Espírito Santo não estava presente na vida da maioria.
Se essas três coisas forem verdadeiras a seu respeito, elas certamente a tornam diferente de muitas outras mulheres na sua igreja hoje. Elas não a tornam superior. Apenas a destacam. Às vezes, você se pergunta se está seguindo o Senhor. "Eu me sinto tão diferente de todos ao meu redor."
Algumas das pessoas que conheço, que se dizem cristãs, não têm coração, nem fome por coisas espirituais. Não demonstram nenhuma vida espiritual. Às vezes você começa a pensar: será que sou eu que estou louca? Bem, não, é o mundo que está fora de sintonia. É o mundo que está fora de ordem e hoje, infelizmente, até mesmo muitos no mundo cristão não seriam caracterizados por essas marcas.
Simeão era, e sua vida se torna para nós um exemplo maravilhoso do tipo de coração que desejamos ter como cristãs em Cristo. Então, vamos analisar cada uma dessas três características e discutir como elas podem se aplicar a nós.
Primeiro, vemos que ele era justo e devoto. Justo e devoto. O fato de que ele era justo, fala de seu relacionamento com seus semelhantes, e o fato de que ele era devoto, fala sobre o seu relacionamento com Deus.
O justo é o relacionamento horizontal. O devoto é o relacionamento vertical — seu relacionamento com Deus. Portanto, ele era justo para com os homens. Ele tinha um caráter justo, um comportamento justo. Ele agia com retidão para com os outros. Mas ele também tinha um coração piedoso para com Deus. Ele tinha um coração devoto. Ele era devoto em seu relacionamento com Deus.
A palavra justo é traduzida de uma palavra grega que significa "justo e reto". Significa conformar-se ao que é certo. Fala de uma pessoa que cumpre com as obrigações para com os outros na comunidade. Alguém que é fiel guardião das leis e ordenanças do judaísmo. Alguém que é obediente à lei de Deus.
Vemos em Lucas, capítulo 1, Zacarias e Isabel, os pais idosos de João Batista. O texto diz: "Ambos eram justos diante de Deus [a mesma palavra usada aqui], vivendo de forma irrepreensível em todos os preceitos e mandamentos do Senhor” (Lucas 1.6). Eles obedeciam à lei de Deus. Seu comportamento, suas ações eram justas diante de Deus. Essa é a palavra justo.
Ele era devoto. Essa é uma palavra usada apenas três vezes no Novo Testamento, todas por Lucas. Nós a encontramos aqui em Lucas e duas vezes no livro de Atos, que foi escrito por Lucas. Essa palavra significa "cuidadoso, cauteloso, consciencioso". Ela fala de alguém que reverencia a Deus, alguém que é piedoso para com Deus, um adorador escrupuloso, alguém que teme o Senhor, que deseja agradar a Deus em todos os aspectos de sua vida.
Temos aqui um homem que guardava fielmente a lei de Deus. Bem, muitos judeus faziam isso. O que o tornava diferente era que ele não estava apenas cumprindo a lei. Ele guardava a lei de Deus com um coração de reverência e devoção a Deus. Sua obediência era motivada pelo amor a Deus.
Falamos muito no Novo Testamento sobre os fariseus. Os fariseus eram pessoas justas no sentido de seu comportamento exterior. Eles praticavam atos de justiça. Pareciam justos, mas não eram devotos. Não tinham aquela atitude de coração de devoção e amor a Deus. Simeão, ao contrário de muitos em sua época, era justo e devoto. Correto para com os outros e devoto para com Deus.
Às vezes, ao olharmos ao redor, inclusive no meio cristão, podemos nos sentir desanimadas ao perceber que há poucos exemplos de homens e mulheres comprometidos com uma vida piedosa. Nota-se também uma tendência comum das pessoas seguirem seus próprios caminhos e prioridades, o que é algo bastante presente na realidade atual.
Você provavelmente tem familiares que te preocupam. Eles professam o nome de Cristo, mas não vivem como cristãos. É possível perceber, mesmo dentro da comunidade cristã, como há poucas pessoas realmente piedosas, porém, um trecho como este me dá esperança. Ele mostra que Deus sempre tem os Seus justos e piedosos, mesmo nos tempos mais sombrios.
Na verdade, J. C. Ryle, um comentarista antigo, escreveu em seu comentário sobre esta passagem:
Vemos, no caso de Simeão, como Deus tem pessoas cristãs mesmo nos piores lugares e nos tempos mais sombrios. Deus nunca fica completamente sem alguém que testifique da Sua graça. Que possamos crer que a graça pode viver e florescer mesmo nas circunstâncias mais desfavoráveis. Há mais “Simeões” no mundo do que pensamos.
Quando olhamos para esse período — que era um tempo muito sombrio na história espiritual de Israel — vemos que Deus tinha pessoas como Isabel, Zacarias, Simeão e Ana. Pessoas que ansiavam por Cristo. Pessoas que eram justas e piedosas. Gente que tinha um coração sedento por Deus. Ryle disse: “Lembre-se: há mais “Simeões” do que você imagina.” Não são muitos. Deus sempre trabalha por meio de um remanescente. Ele não precisa de muitos, mas sempre há alguns. Isso encoraja meu coração.
Vemos que Simeão era justo e devoto. E, em segundo lugar, vemos no versículo 25 que ele esperava a consolação de Israel. Vou me deter um pouco nessa expressão pelo resto desta sessão e também na próxima. Hoje, vou falar sobre a consolação de Israel. Na próxima sessão, vou focar apenas na palavra esperava.
Esperar. Isso é algo difícil para nós. Se você está achando difícil esperar pela ação de Deus, então não deixe de nos acompanhar na próxima sessão do Aviva Nossos Corações.
A consolação de Israel — isso era o que Simeão estava esperando. A pano de fundo aqui é que ele vinha esperando por muito tempo. Não era algo recente. Era um peso antigo, um anseio que morava em seu coração. A consolação de Israel é uma referência ao Messias. Simeão esperava pela vinda do Messias.
Israel estava oprimido, tanto politicamente quanto — mais importante — espiritualmente. Era um tempo sombrio para a nação de Israel. Essa "consolação de Israel" era um conceito do Antigo Testamento que se referia ao Messias como a esperança de libertação de Israel. Os israelitas criam que o Messias traria a libertação e o consolo que eles precisavam para serem resgatados da sua escuridão e opressão.
A palavra consolação vem de um termo grego que significa "conforto". É da mesma raiz usada no Evangelho de João para falar do Espírito Santo como nosso Consolador, aquele que vem ao nosso lado em nossa condição de necessidade e nos conforta. Simeão estava esperando pela consolação de Israel.
Aqui vemos um retrato do fato de que Cristo faz parte da Trindade. Ele é um com o Espírito Santo, um com o Pai — o Deus que nos consola em nossa escuridão e aflição. Ele é a consolação de Israel.
E o fato de que Israel precisava de consolo mostra que esse era um tempo de luto, tristeza, perda e dor. Sentimos isso também no nosso mundo. Sentimos a necessidade de consolo. Temos todas as celebrações de Natal acontecendo, festas e risadas — mas você também sente, como eu sinto, que as pessoas estão de coração pesado? Elas precisam do consolo que só Cristo pode trazer.
Recebi mais mensagens por e-mail nesta última semana de pessoas — boas pessoas, piedosas — que estão sofrendo. Estão enfrentando dor, dificuldade e angústia. Elas precisam de consolo. Precisam do consolo que só Cristo pode oferecer.
Vivemos em um mundo caído. Lidamos não apenas com a queda deste mundo e como isso nos afeta enquanto vivemos aqui, mas lidamos com a nossa própria queda, com a nossa fraqueza e com a nossa tolice. Nós precisamos de consolo. Precisamos de um conforto.
Simeão, em seu louvor e sua oração, demonstra um profundo conhecimento do Antigo Testamento, especialmente do livro de Isaías.
Abra sua Bíblia comigo no livro de Isaías. Quero te mostrar que, 700 anos antes de Simeão viver, Deus já havia feito, por meio do profeta Isaías, muitas promessas de que enviaria um Consolador, a consolação de Israel.
Isaías, capítulo 40. Quero que você veja comigo algumas passagens desse livro. Você vai perceber o fio condutor aqui: Deus prometeu enviar um Consolador.
Isaías 40.1–2 diz: "Consolem, consolem o meu povo", diz o Deus de vocês. "Falem ao coração de Jerusalém e anunciem que o tempo da sua escravidão já acabou, que a sua iniquidade está perdoada. . ." Então Deus promete que haverá fim para a guerra. Haverá fim para o pecado e para a queda. Eu providenciarei consolo para o meu povo.
Agora, vá um pouquinho mais a frente, até o capítulo 49 de Isaías. Isaías 49, versículo 13:
Alegrem-se, ó céus, exulte, ó terra, e vocês, montes, cantem de alegria, porque o Senhor consolou o seu povo e se compadece dos seus aflitos.
Deus, que tem um coração terno para com os aflitos, para com o seu povo, promete ter compaixão deles e enviar-lhes consolo.
Depois, vá ao capítulo 52 de Isaías, e você verá essa linha de pensamento continuar. Isaías 52, versículo 9, mais uma vez traz o tema da alegria:
Gritem de alegria e juntas exultem, ó ruínas de Jerusalém, porque o Senhor consolou o seu povo; ele remiu Jerusalém.
Deus prometeu consolar o seu povo — aqueles que choravam e lamentavam. Suas lágrimas seriam transformadas em alegria. Eles iriam romper em cânticos.
E mais uma. Veja o capítulo 61 de Isaías. Isaías capítulo 61, a partir do versículo 1. Esse é, na verdade, um trecho profético ou messiânico que se refere a Cristo, o Messias, a futura consolação de Israel. Ele diz:
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração. . .” [Isso soa como consolo, não é?]
Me enviou para. . . “proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados, a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus, a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que choram em Sião uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, manto de louvor em vez de espírito angustiado.” (Isaías 61.1–3)
Esse é o grande intercâmbio de Deus. Ele veio para tomar o nosso desespero, o nosso luto, o nosso choro, nossas cinzas — e, no lugar disso, nos dar uma coroa de beleza, o óleo da alegria, e um manto de louvor. “Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória.” (Isaías 61.3)
Deus enviou consolo ao mundo — não apenas para que fôssemos confortadas, não apenas para que fôssemos felizes — mas para que a nossa vida refletisse a grandeza de Deus. Para que, ao nos verem sendo consolados em meio à aflição, as pessoas digam: “Deus é grande. Deus é bom!” E assim glorifiquem a Deus ao verem o consolo dele em nós.
Agora, Simeão estava esperando, ansiando e, sem dúvida, orando pela consolação de Israel. Mas isso não significa que toda a nação judaica encontraria consolo e conforto em Cristo. Na verdade, a nação como um todo, naquele tempo, estava corrompida e rejeitou a Cristo. O próprio Cristo disse que veio trazer espada. Ele veio trazer julgamento sobre aqueles que recusam a crer.
Ele não é o consolo e o conforto de todos os judeus. Ele é a consolação daqueles que são o verdadeiro Israel espiritual, daqueles que Deus escolheu e chamou — tanto judeus quanto gentios — incluindo nós. Aqueles que choram e se entristecem por causa do seu pecado — Ele promete que vai consolá-los.Aqueles que se voltam para Ele em busca de consolo, e recebem a sua consolação — esses são os que receberão o seu conforto.
Ao olharmos para as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, vemos que temos um Deus que se importa com quem está sofrendo. Um Deus que se importa com quem está de luto.
Tenho várias amigas, neste momento, que estão chorando por circunstâncias da vida realmente difíceis, fora do controle delas. Algumas estão aqui hoje.
Olho nos olhos de vocês, e em algumas de vocês já vi lágrimas, já orei junto, já tentei sustentá-la nesse tempo tão difícil. Posso te dizer uma coisa?Deus vê. Deus sabe. E Deus se importa. Ele é a consolação de Israel. Ele é sensível à sua dor. Ele conhece, e Ele cuida de você.
E posso te lembrar que Ele é o Deus de toda consolação? Ele é o Deus de toda consolação.Segunda aos Coríntios 1 nos diz: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!” (vv. 3–4). Deus é o Deus que prometeu consolar aquelas que estão de luto.
E quero te lembrar também que o próprio Cristo, aquele que nasceu como um bebê — e cujo nascimento celebramos no Natal — é a Consolação de Israel.
Você nunca vai encontrar consolo e conforto verdadeiro em nada ou em ninguém além de Cristo.
Você pode até encontrar um tipo de consolo passageiro, momentâneo, através da bebida, do álcool, do sexo, de festas, de diversão, do trabalho, da comida — tantas formas humanas — ou mesmo em amigas.
Sim, essas coisas podem oferecer um alívio temporário, um conforto superficial. Mas, se você deseja um consolo verdadeiro, você precisa ir àquele que é, de fato, a Consolação de Israel.
Ele é o seu consolo na tristeza? Talvez você não esteja passando por nada extremamente traumático neste momento. Você pode até pensar: “Não entendo por que tantas amigas estão tristes. Eu estou bem.”
Mas sabe de uma coisa? Só de viver neste mundo caído já é uma dor. E, se você não está sofrendo agora, um dia estará. Este é um mundo quebrado.
Um mundo caído, bagunçado, oprimido, deprimido. Mas no meio de tudo isso, o povo de Deus pode ter consolo e conforto.
Mesmo por meio das lágrimas, você pode encontrar consolo. Ele é o seu consolo? Neste tempo de Natal, você tem buscado a Ele para confortar o seu coração?Você tem buscado nele encorajamento, graça? Ou está buscando em outras coisas? Nada menos do que Ele será suficiente. Nada mais será suficiente. Cristo é a Consolação de Israel.
Senhor, eu oro para que, nestes dias que antecedem o Natal, o Senhor venha consolar o Seu povo com a Tua graça, com a Tua paz. Que possamos nos voltar para Cristo — não primeiramente para outras pessoas, não para coisas, não para experiências.
Eu sei que há muitas pessoas que, durante essas semanas, vão viver de um “alto” para outro — pulando de uma emoção para a próxima — mas, assim que o Natal e o Ano Novo passarem, vão se encontrar lá embaixo, no fundo, olhando para cima, sentindo-se tristes, desanimadas, deprimidas. . . como tantas sentem. Porque estavam buscando conforto em qualquer lugar ou pessoa que não fosse o Senhor.
Então, Senhor, levantamos os nossos olhos — mesmo que, em alguns casos, eles estejam cheios de lágrimas — e dizemos: O Senhor é suficiente. O Senhor é o nosso consolo. O Senhor pode nos dar graça e consolo. Nós Te bendizemos por isso. Em nome de Jesus. Amém.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos conectado com a verdadeira fonte de consolo.Essa mensagem faz parte da série Meus olhos já viram a Tua salvação.Essa série é perfeita para o tempo de Natal, e se você perdeu alguma parte, eu espero que você ouça cada programa no site avivanossoscoracoes.com.
Você já achou difícil esperar? Amanhã, Nancy vai nos mostrar como o Natal está profundamente conectado com o conceito bíblico de “esperar.”
Esperamos você de novo amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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