Dia 5: Um legado de dedicação
Raquel Anderson: Em algum momento, toda mãe precisa entregar o controle de seus filhos a Deus. Vamos ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: “Senhor, eu entrego este filho a Ti.” Isso não significa que você deixou de amar. Não significa que você parou de se importar. Você continua orando, amando e, à medida que Deus abrir as portas, falando a verdade à vida deles. Mas você faz isso não como dona, nem como alguém que tem o controle ou que pode consertar tudo. Você está dizendo: “Senhor, este filho é Teu.”
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de A sós com Deus, na voz de Renata Santos.
Dannah Gresh: Maria e José consagraram Jesus no templo quando Ele ainda era um bebê. É uma cena extraordinária, como Nancy tem mostrado na série Meus olhos já viram a Tua salvação …
Raquel Anderson: Em algum momento, toda mãe precisa entregar o controle de seus filhos a Deus. Vamos ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: “Senhor, eu entrego este filho a Ti.” Isso não significa que você deixou de amar. Não significa que você parou de se importar. Você continua orando, amando e, à medida que Deus abrir as portas, falando a verdade à vida deles. Mas você faz isso não como dona, nem como alguém que tem o controle ou que pode consertar tudo. Você está dizendo: “Senhor, este filho é Teu.”
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de A sós com Deus, na voz de Renata Santos.
Dannah Gresh: Maria e José consagraram Jesus no templo quando Ele ainda era um bebê. É uma cena extraordinária, como Nancy tem mostrado na série Meus olhos já viram a Tua salvação.
Um grupo de mulheres tem acompanhado essa série e vai compartilhar o que aprenderam sobre a consagração de seus filhos ao Senhor.
Mulher 1: Não sei se alguma de vocês já teve um filho que lutou a vida inteira. Dos meus quatro filhos, um deles tem enfrentado dificuldades desde o começo. Ela sempre lutou com depressão, e pensamentos terríveis, até mesmo de tirar a própria vida.
Com filhos assim, acho que a entrega é ainda mais difícil. Porque algo dentro de nós, como mães, quer pensar: “Eu consigo. Só mais um livro. Só mais uma mensagem. Só mais uma oração. Só mais uma conversa.” Mas essa não é a resposta.
Oito anos atrás, eu precisei chegar ao ponto de decidir: eu não estou entregando minha filha “ao acaso”. Eu estou colocando minha filha nos braços do Senhor. Será que eu acredito que Deus é tão perfeito, tão amoroso, e que Ele fará o melhor por mim e por ela? Precisei chegar a esse ponto e dizer: “Sim, eu creio.”
Um dia, naquele verão, eu fiquei deitada na rede o dia inteiro — era um sábado. Minha filha vinha enfrentando lutas sérias desde o ensino médio e até na faculdade. Ela se envolveu com drogas, e tivemos que tirá-la da faculdade por um ano para colocá-la numa clínica de reabilitação. Depois disso, ela continuou lutando — contra ela mesma, contra Deus — e estava cheia de raiva. Raiva de nós, e raiva de Deus.
Naquele dia, eu fiquei ali, lendo as Escrituras o dia inteiro. Orei o dia inteiro. E, no fim da tarde, cheguei ao ponto de dizer: “Senhor, eu realmente entrego ela a Ti. Mesmo que o pior aconteça — mesmo que ela tire a própria vida — eu creio que Tu és perfeito, soberano, e que o Senhor trará algo bom disso tudo. Acima de tudo, eu sei que, mesmo se isso acontecer, eu continuarei Te amando. Porque sei que o Senhor me ama, e ama ela também.”
Esse foi um momento de virada para mim. Porque depois disso. . . não é que tudo ficou maravilhoso de repente. Mas ela realmente entregou a vida a Deus de uma nova maneira e hoje está indo bem. Mas o mais importante foi: “Quem eu creio que Deus é?”,“Senhor, o Senhor é confiável?” A partir daquele momento, senti uma liberdade, um alívio — não mais aquela pressão de achar que eu precisava resolver tudo ou ser responsável por tudo na vida dela. E isso me transformou completamente.
Mulher 2: Eu fui essa filha pela qual vocês oravam. Quando meu marido e eu nos casamos, há dezoito anos e meio, nós não éramos cristãos. Estávamos morando juntos, e meus pais não aprovavam. Minha mãe sempre orou para que eu me casasse com um homem temente a Deus, mas eu estava vivendo em pecado, algo que ela sempre rejeitou. Eles me ligavam e diziam que eu estava indo para o inferno — o que era verdade, mas na época eu não acreditava.
Acabamos nos casando sem contar aos meus pais, e isso os feriu profundamente. Mas, mesmo assim, minha mãe nunca parou de orar. Ela nunca deixou de se importar. Nunca parou de demonstrar amor, e sempre de forma respeitosa, sem ser controladora.
Como resultado, dois anos depois, meu marido e eu nos tornamos cristãos — os dois ao mesmo tempo! Nossa vida mudou completamente. Hoje, meus pais são nossos melhores amigos. Meu marido é o melhor amigo da sogra dele! Renovamos nossos votos de casamento com meus pais presentes, e escrevemos uma carta de gratidão, agradecendo por todo o amor, pelas orações e por terem vivido o exemplo de Cristo de forma tão clara. Foi isso que Deus usou para transformar nossas vidas.
Quero compartilhar isso como um encorajamento: tudo o que precisou foi oração — nada além disso. Eu também fui aquela filha depressiva. Me machuquei. Fiz coisas horríveis. Mas Deus transformou tudo. E tive pais que nunca deixaram de estar ao meu lado.
Houve momentos em que meu marido simplesmente não me deixava sozinha, nem por uma hora dentro de casa. Meus pais apareciam na porta sem nem precisarem ser chamados. Sou profundamente grata por isso, e Deus transformou completamente essa situação na minha vida — sou muito grata por isso. Eu só quero te encorajar, agora estando do outro lado daquilo pelo que você está orando.
Eu sei que Deus é bom. E sim, levou tempo até que meus pais vissem os frutos de todas aquelas orações.
Nancy: Que palavra de encorajamento e que lembrete para os pais! Para que não se cansem de fazer o bem, mas continuem apresentando seus filhos ao Senhor e confiando que Deus está agindo — mesmo quando você não consegue ver, mesmo quando não entende o que Ele está fazendo.
Deus é capaz de agir mesmo quando você não está fisicamente presente, trabalhando na vida dos seus filhos de acordo com a maneira como você os entregou a Ele.
Você está orando. Você os consagrou a Ele. E está dizendo: “Senhor, o Senhor tem que fazer isso.” Você precisa confiar que Deus está agindo, que o Espírito Santo está se movendo para cumprir os propósitos dele na vida dos seus filhos.
Dorothy: Eu entreguei meus filhos ao Senhor, ainda bem jovem. Mas quando a dor vem, é difícil lembrar disso. . . Ainda assim, mesmo que Deus só vá agir depois que eu morrer, Ele é capaz de fazê-lo.
E eu fiquei pensando em Maria, quando ela apresentou Jesus no templo e O consagrou ali. Ela não viu muita coisa boa acontecer com o Filho dela. . . até a ressurreição. Até lá, só viu sofrimento, injustiça, maldade.
Há uma lição aí: há uma espada na maternidade. Às vezes esquecemos disso. A verdade é que, a menos que Deus chame alguém, ninguém é salvo. E Ele pode fazer isso — especialmente quando oramos.
Nancy: Isso que você disse é um lembrete muito importante. Quando você consagra seus filhos ao Senhor, está abrindo mão do “direito” de ser o Espírito Santo na vida deles.
Isso não quer dizer que você nunca vai falar com eles ou dar conselhos. Mas significa que você não vai dizer tudo o que gostaria, ou tudo o que pensa. Você está disposta a recuar, a deixar espaço, e a permitir que Deus diga a eles o que talvez eles ouçam melhor da parte dele — e não da sua.
Parte de consagrar os filhos é tirar as mãos, em certos momentos. E com isso não estou defendendo um tipo de criação permissiva — do tipo: “Ah, deixa Deus cuidar dessas crianças.” Não. Você precisa estar presente, ativa, envolvida.
Mas vai chegar um momento — talvez quando eles tenham cinquenta anos, talvez antes — em que você não pode continuar tratando aquela pessoa como se fosse uma criança de cinco anos. E mesmo com a criança de cinco anos, quem precisa abrir os olhos dela é Deus. Quem faz “clicar” a verdade é a graça de Deus, que chama, que atrai — não importa a idade.
Dedicar os filhos a Deus exige fé. Não é só uma cerimônia bonita, cheia de emoção. É algo sério.
Você está dizendo: “Eu vou deixar Deus ser Deus na vida do meu filho. E vou confiar que Ele está agindo, mesmo quando eu não vejo nada, mesmo quando não há nada que eu possa dizer para mudar a situação.”
Maria: Eu senti que você precisava abrir a “sala de oração” esta manhã, como costuma fazer nas conferências Aviva Nossos Corações. Duas coisas me vieram ao coração. A primeira: quando tivemos nossos dois primeiros filhos, não estávamos firmes com o Senhor, nem frequentando uma igreja. E hoje Deus me lembrou que nunca os consagramos ao Senhor de verdade. Nunca os entregamos. Hoje eles estão com mais de trinta anos.
Com os filhos mais novos, já estávamos caminhando com Deus. Lembro muito bem do dia em que eles chegaram em casa com cinco e sete anos de idade — o pastor e meu marido tinham os erguido nos braços e os dedicaram ao Senhor.
Hoje de manhã, foi como se meus olhos se abrissem. Um desses filhos mais velhos me disse recentemente que sente que Deus está o chamando para o campo missionário — provavelmente fora do país — junto com vários dos meus netos. Tem sido extremamente difícil pra mim! Não disse tudo o que pensei, mas por dentro. . . foi um turbilhão.
Você falou sobre entregar o filho a Deus para os propósitos dele — e que ao fazer isso, somos libertas do medo do que pode acontecer. Senti que foi exatamente isso que o Senhor estava fazendo no meu coração nesta manhã.
Foi uma revelação. Por isso tenho lutado tanto com essa notícia. Eles estão pedindo orações pela vontade de Deus. . . mas eu não conseguia nem orar por isso, porque não quero que eles vão. Não quero que os meus netos vão. Estou sendo sincera.
A segunda coisa foi terminar com Lucas 2.29: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra.” Não é só despedir-se para a morte. Pra mim, significa partir para viver. Partir em paz, sabendo que já não sou responsável por esses filhos — a não ser por orar e confiar em Deus. Então, obrigada. Obrigada mesmo.
Nancy: Tenho certeza de que muitas ouvintes nunca pensaram sobre o que significa dedicar seus filhos ao Senhor — talvez nem soubessem o que isso quer dizer, ou nunca estiveram numa igreja onde essa prática acontece.
Mas nunca é tarde demais para dedicar seus filhos ao Senhor. Talvez hoje eles estejam fazendo escolhas que você não consegue mudar, nem controlar, nem consertar.
Ainda assim, no seu coração, você pode — não importa se eles têm cinco, quinze, vinte e cinco ou cinquenta e cinco anos — chegar diante de Deus e dizer: "Senhor, eu apresento este filho a Ti. Eu dedico este filho ao Senhor. Eu libero este filho nas Tuas mãos, reconhecendo que ele (ou ela) não é meu, é Teu. Ele é um presente Teu. Eu não posso segurá-lo comigo, seja ele indo para o campo missionário ou se envolvendo com drogas.”
Em ambos os casos, há uma entrega. Você vê seu filho adulto envolvido em um relacionamento sexual ilícito, e isso parte o coração de uma mãe. Há situações boas, outras são más — mas todas podem machucar o coração de uma mãe. E você precisa chegar a esse ponto de dizer: “Senhor, eu retiro as minhas mãos. Eu entrego este filho ao Senhor.”
Isso não significa que você deixou de amar. Não significa que você deixou de se importar. Você continua orando, amando e — conforme Deus abre portas — falando a verdade na vida deles. Mas você não está fazendo isso como dona, nem como alguém que controla, nem como quem pode consertar tudo. Você está dizendo: “Senhor, esse filho é Teu. É o Senhor quem deve lidar com ele (ou ela).”
E, se posso te aconselhar: faça isso antes de os problemas chegarem — antes de os filhos se meterem em encrenca. Mesmo assim, você vai precisar continuar fazendo essa entrega, constantemente reconhecendo que aquele filho ou filha já foi entregue ao Senhor.
Porque, convenhamos, não é fácil como mãe manter essa entrega. É tão comum pensarmos: “Eu dediquei esse filho ao Senhor, mas agora ele quer ir para o outro lado do mundo como missionário, e eu quero puxá-lo de volta!”
É instinto de mãe reunir seus filhos ao redor e protegê-los da dor da vida. Faz parte do coração materno. Foi por isso que o coração de Maria, como mãe, viveu aquilo que Dorothy mencionou — aquela espada que atravessa a alma de uma mãe.
Vamos falar mais sobre isso ao longo desta série. Mas o ponto é: você precisa continuar apresentando seus filhos ao Senhor mesmo quando seu instinto for puxá-los de volta para si, para protegê-los.
“Senhor, eu entreguei esse filho quando ele tinha seis semanas, mas agora ele tem dezesseis anos. . . e isso é bem diferente.” Não. Aquela dedicação quando ele era bebê ainda está valendo hoje. Significa que você ainda deve estar entregando esse filho ao Senhor, permitindo que Deus seja Deus na vida dele.
E isso. . . isso liberta você do medo. Te dá uma responsabilidade, sim, mas também te livra de carregar um fardo que é de Deus.
Você não é responsável pelo que só Deus pode fazer no coração do seu filho. E isso significa que você não precisa se culpar quando seu filho faz escolhas erradas.
Porém, se essas escolhas ruins foram resultado de comportamentos errados que você mesma teve — se você plantou sementes erradas — então é necessário se arrepender. Pedir perdão ao Senhor, e pedir perdão aos seus filhos também.
Mas depois disso, se você buscou obedecer ao Senhor conforme o entendimento que tinha, e se arrependeu dos seus erros, então precisa deixar nas mãos de Deus as consequências e os resultados — e confiar que Ele está agindo nos corações dos seus filhos.
Escute bem: Você pode ser uma excelente mãe. Uma mulher que ama a Deus, ama seus filhos, cria-os de acordo com a Palavra de Deus. . . E ainda assim ter filhos que, por um tempo (ou por um longo tempo), rejeitam ou resistem aos caminhos de Deus.
Você não pode assumir sobre si uma responsabilidade que pertence ao Espírito Santo. Isso faz parte da consagração — da entrega — dos filhos a Deus.
E em alguns momentos, isso vai significar ver seu filho, já adulto, fazendo escolhas que você sabe que são muito imprudentes. E talvez, nesse momento, você precise ficar em silêncio.
Quero ter cuidado com isso, porque acho que há momentos em que os pais deveriam falar, mas não o fazem. Eu disse a uma amiga esta semana: "Estou impressionada com a frequência com que filhos se casam contra a vontade de Deus, e o casamento acaba em desastre. Depois você pergunta a eles: 'Seus pais já lhe disseram que tinham dúvidas sobre esse relacionamento?'"
“Na verdade, não.”
Você pergunta aos pais: “Vocês chegaram a dizer algo. . .?”
E ouve: “Não, não queríamos afastá-la. . . Não queríamos criar um clima ruim. . .”
Mas existem situações na vida em que, se você vê seu filho prestes a tomar uma decisão que pode trazer consequências sérias ou perigosas, você precisa buscar em Deus uma oportunidade para falar a verdade. Talvez você precise dizer o que é certo, com amor. . . e depois retirar as mãos. Reconhecer que você não pode impedir que ele se case com aquela pessoa, nem que faça aquela escolha.
E é aí que você se ajoelha. É nessa hora que você fala com o Senhor, que você clama a Deus: “Senhor, eu já entreguei esse filho ao Senhor.” Ore com seu marido, juntos. Há poder na oração unida de um casal pelos filhos. Não faça isso sozinha. Peça: “Amor, será que podemos orar juntos por nossos filhos?”
Conheço pais que jejuam e oram regularmente por seus filhos — não como forma de controlar — mas como uma expressão de entrega: “Senhor, esses filhos são Teus. Estamos clamando para que o Senhor faça o que só o Senhor pode fazer na vida deles.”
Kimberly: A forma de realmente conseguir entregar os filhos ao Senhor é conhecendo melhor quem Deus é — confiando mais nele. Estude o caráter de Deus. Eu exorto, animo a mulher que está lutando para ter seu filho de volta e tentando consertar a situação, a realmente estudar quem Deus é.
Estude quão poderoso Ele é, quão fiel Ele é, que Ele é o Libertador, que Ele é o Rei do passado operando a salvação na terra — conhecendo quem Ele é e tirando o foco de toda a dor e dificuldade que ela está vendo seu filho passar.
Não que você se torne insensível a isso. Você ora por eles com mais fervor. Mas seu foco está no que Deus pode fazer por causa de quem Ele é.
E sabendo que Ele deseja ver seu filho liberto da escravidão de uma forma ainda mais profunda e maior do que você, e Sua dor e sofrimento por eles, observando-os passar pelas consequências de suas escolhas erradas — essa dor é ainda mais profunda do que a dor da mãe.
Nancy: É exatamente isso que o Calvário significa. É isso que a cruz representa. É Deus assumindo sobre Si a dor que você sente como mãe pelas consequências do pecado na vida do seu filho. É Deus tomando a sua dor e te dando graça para suportar. Alguém mais?
Mulher 3: Quero aproveitar só um minutinho para dar glória a Deus pela história do meu filho. Foi uma longa caminhada. . . cheia de confusão. Houve muita confusão na vida dele. Mas há um mês, talvez dois, ele se levantou diante da igreja dele e dedicou o bebê dele ao Senhor.
Senti como se fosse o ciclo se completando. De um tempo de rebeldia total. . . até chegar ao ponto de dizer: “Deus, aqui está o meu bebê. Quero criá-la para Ti.”
Aquilo foi glorioso pra mim. Consegui ver claramente o agir de Deus por trás de tudo — a forma como Ele foi conduzindo cada detalhe. Então quero deixar esse testemunho da fidelidade de Deus, que trouxe meu filho de volta, de forma completa.
Maria: Mais tarde, já caminhando com o Senhor, Deus colocou no nosso coração o desejo de adotar crianças. Nossos filhos biológicos tinham doze e quatorze anos quando começamos o processo. Tudo o que sabíamos era: Deus nos mostraria quem eles eram. A gente não sabia quantos seriam, qual cor, condição física — nada.
Chegar assim na assistente social e dizer que “Deus vai nos mostrar” foi algo tão fora do comum que até me surpreendo que eles tenham continuado o processo conosco. Demorou um ano e meio.
Um dia entrei na sala e vi duas fotos pequenininhas, tipo 3x4, presas num fichário — viradas para baixo. Na hora, meus olhos se encheram de lágrimas e eu disse: “São os meus filhos!” A assistente social disse: “Não, Maria. . . essa família vai adotá-los. Eles estão há dois anos em um lar temporário. Só estou finalizando o processo.”
E eu disse: “Não importa o que você está dizendo. Essas são as minhas crianças.” Isso foi em março. Perguntei se ela tinha fotos extras (elas sempre têm), levei pra casa e coloquei casualmente em cima da mesa, como já tinha feito várias vezes ao longo do processo, para mostrar ao meu marido.
Ele olhou e disse na hora: “São nossos filhos!” A mesma coisa que eu tinha dito.
Falei: “A assistente disse que outra família vai adotá-los, mas nós temos que orar. Agora!” E começamos a orar. Todos que conhecíamos também oraram.
No fim de maio, essa assistente social me liga e diz: “Você quer vir conhecer seus filhos amanhã?” Acontece que um parente da família adotiva havia procurado os serviços sociais e denunciado situações erradas acontecendo naquele lar. Em uma semana. . . meus filhos estavam em casa. Isso já faz quase vinte anos.
Dannah: Nancy DeMoss Wolgemuth esteve conversando com algumas mães sobre esse processo tão emocional de criar filhos. . . e depois entregá-los nas mãos de Deus. Espero que os exemplos que ouvimos hoje tragam encorajamento para você.
Somos muito gratas por ver como o Aviva Nossos Corações têm impactado a vida de mulheres como essas. Nancy, mulheres de todas as idades — sejam mães ou não — estão escolhendo dizer: “Eu vou permanecer firmada em Jesus, não importa quais tempestades estejam assolando minha vida hoje.”
Nancy: Ah, Dannah, isso me enche de alegria ouvir esse tipo de fé sendo expressa. Recentemente, nossa equipe perguntou à nossa amiga em comum, Mary Kassian, o que vem à mente dela quando ouve a frase “Nossa âncora segura.” Ela pensou por uns dois segundos e então compartilhou algo muito especial.
Mary Kassian: Meu pai tem sido uma âncora na minha vida. Ele tem noventa e sete anos de idade. E é assim que eu o vejo: como uma âncora. Mesmo já na fase adulta, eu dizia: “Meu pai é a minha âncora.”
Ele sempre foi minha fonte de encorajamento, apoio, orientação, ajuda. . . Sempre que eu precisava de conselhos — até coisas práticas do dia a dia: “Pai, como conserta isso? Como lido com aquilo?” Era pra ele que eu corria. Mas agora, com seus noventa e sete anos, ele está ficando muito frágil. . . E eu sei que, em breve, será hora de dizer adeus.
Falei para o meu marido: “Sinto como se fosse perder uma âncora. Como se meu barco fosse ser solto daquilo que o mantinha firme.” Mas, ao mesmo tempo, eu sei que não estarei perdendo uma âncora — porque minha verdadeira âncora está num nível muito mais profundo.
Mesmo que as relações ou as coisas das quais dependo para ter estabilidade — seja gente, emprego, finanças, comida na mesa. . . — mesmo que tudo isso seja cortado, eu tenho uma âncora que vai mais fundo. Uma âncora para a minha alma.
Eu amo essa analogia: Cristo é a âncora da nossa alma. E não importa o que atinja o nosso barco, não importa quantas âncoras terrenas a gente perca, nós teremos estabilidade, mesmo no meio da tempestade mais violenta e assustadora.
Nancy: Essa foi Mary Kassian, mais uma vez nos apontando para a única âncora segura que temos: Jesus. E é exatamente isso que queremos fazer aqui no Aviva Nossos Corações — apontar pessoas para Jesus e ajudá-las a se firmar nele.
Isso acontece de muitas formas: pelos nossos programas de rádio e podcasts, por meio dos nossos ministérios internacionais, pelo nosso site, que têm recebido conteúdos novos para servir ainda melhor a você. Tudo isso tem um único propósito: glorificar a Deus e mostrar a beleza de Cristo e do Evangelho às mulheres alcançadas com os recursos que oferecemos.
Muito obrigada por nos ajudar, por meio de suas orações e ofertas, a continuar encorajando mulheres ao redor do mundo a firmarem suas almas em Jesus!
Dannah: Sim, muito obrigada, de verdade.
E me diz uma coisa: você já conheceu alguém que sempre sabia o que dizer para confortar seu coração quando você estava emocionalmente abatida?
O dom da consolação é raro. E na segunda-feira, nós vamos conversar sobre o maior ato de consolo de todos os tempos.
Esperamos você aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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