No meu último artigo, consideramos o motivo pelo qual Deus criou apenas dois gêneros. Eu encorajo você a ler o artigo anterior mais uma vez antes de mergulhar neste aqui, caso contrário pode ser difícil de acompanhá-lo!
Estamos analisando as três trocas que acontecem em Romanos 1. Vou repeti-las:
Trocas:
- A glória do Deus incorruptível por. . . imagens semelhantes ao homem corruptível (v. 23)
- A verdade de Deus pela. . . mentira (v. 25)
- A função natural do sexo por. . . uma função contrária à natureza (v. 26)
O que está acontecendo aqui?
No primeiro artigo, eu expliquei o seguinte:
A primeira troca retira Deus de Sua posição transcendente de “outro” e tenta arrastá-Lo para o nosso domínio: Divindade e humanidade corruptível são inseridas na mesma categoria.
Trocando a verdade pela mentira
A segunda troca é um pouco mais óbvia — trocar a verdade pela mentira. Vemos isso acontecer regularmente. Novamente, essa é uma troca de opostos. Para que se troque a adoração a Deus pela adoração ao homem, deve-se negar a verdade e crer na mentira. É necessário enganar-se a si mesmo para abraçar a terceira e última troca.
A ordem de Deus invertida
A última troca contribui para o desmantelamento da união matrimonial tradicional. Quando os casamentos heterossexuais são trocados por relacionamentos do mesmo sexo, a ordem criada por Deus é invertida.
O propósito do casamento como uma representação visível do “Outro transcendente” (Deus) unindo-se ao homem mortal e finito é destruído. Casamentos entre pessoas do mesmo sexo anulam a equação que Deus criou quando Ele uniu gêneros opostos. O desígnio de Deus para o casamento como uma união entre um homem e uma mulher é o veículo físico que Ele criou para retratar o Seu grande mistério: a relação entre Jesus (o Noivo) e a igreja (Sua noiva). (Veja Efésios 5.22-33)
Por que é tão importante preservar a ideia do casamento tradicional? Por que todo esse alvoroço?
A homossexualidade nega o valor intrínseco e a importância da relação entre homem e mulher. Ela apresenta um modelo “homogêneo” para relacionamentos. Embora as pessoas tenham várias razões para sua posição sobre esse assunto, para mim, trata-se mais da natureza de Deus do que de orientação sexual.
Omitindo o transcendente
Quando parceiros matrimoniais se unem em um modelo onde há dois do mesmo em vez de opostos, a imagem do “Outro transcendente” se unindo ao homem se perde. Perceba que, imediatamente após a descrição da terceira troca, que resultou em atividades homossexuais, Romanos 1.28 afirma:
. . . [desprezaram] o conhecimento de Deus.
A progressão que levou aos relacionamentos do mesmo sexo começou com a troca da singularidade de Deus como Divindade em relação ao homem finito — trocando a “alteridade” de Deus por uniformidade (ou “equivalência”) com o homem.
Eu amo o fato de que o Deus transcendente, Aquele que é como nenhum outro, escolheu ter um relacionamento comigo — eu, alguém finita e muito humana. Embora estejamos em um “relacionamento” juntos, é uma união de duas naturezas muito “não homogêneas” (distintas). Deus nunca se tornará “um” com a humanidade no sentido de deixar de ser Divindade, “outro” e “transcendente”. Ele é Deus; eu não sou.
Quando busco defender o casamento tradicional, trata-se de reivindicar a natureza de Deus. Acredito que o casamento entre gêneros opostos reflete a dinâmica espiritual que ocorre quando a Divindade eterna entra em um relacionamento com o homem finito.
E você? Você apoia a visão do casamento tradicional? Se sim, por quê?
Como podemos comunicar de forma mais eficaz (e não agressiva) essa verdade sobre a singularidade do casamento à luz da natureza divina de Deus ou de Sua “alteridade”?
Clique aqui para ler o original em inglês.