
Dia 12: Um contraste marcante
Raquel: Eu fico maravilhada com a Palavra de Deus e como ela nos convence do pecado e nos ensina de forma tão marcante e pessoal. Venha se maravilhar e "contemplar a maravilha" da Palavra de Deus durante a conferência True Woman ‘25.
Qual foi a última vez que você se maravilhou com a Bíblia? Espero que você faça isso novamente conosco em Indianápolis, de 2 a 4 de outubro, presencialmente ou online. Para mais informações sobre o True Woman '25 — “A Palavra”, acesse o nosso site ou clique no link aqui na transcrição TrueWoman25.com/português.
Continuando essa série super emocionante onde podemos testemunhar a Providência de Deus para o seu povo, Nancy DeMoss Wolgemuth diz que precisamos tirar os olhos das pessoas e nos importar mais com o que Deus pensa.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você vive para agradar os outros, vai acabar fazendo …
Raquel: Eu fico maravilhada com a Palavra de Deus e como ela nos convence do pecado e nos ensina de forma tão marcante e pessoal. Venha se maravilhar e "contemplar a maravilha" da Palavra de Deus durante a conferência True Woman ‘25.
Qual foi a última vez que você se maravilhou com a Bíblia? Espero que você faça isso novamente conosco em Indianápolis, de 2 a 4 de outubro, presencialmente ou online. Para mais informações sobre o True Woman '25 — “A Palavra”, acesse o nosso site ou clique no link aqui na transcrição TrueWoman25.com/português.
Continuando essa série super emocionante onde podemos testemunhar a Providência de Deus para o seu povo, Nancy DeMoss Wolgemuth diz que precisamos tirar os olhos das pessoas e nos importar mais com o que Deus pensa.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você vive para agradar os outros, vai acabar fazendo escolhas erradas. Vai tomar decisões tolas. E vai sofrer as consequências disso na sua vida. Mas se a sua vida for guiada pelo desejo de agradar ao Senhor — na forma como você se veste, como se comporta, como fala, com quem você namora, com quem decide se casar, no trabalho que você escolhe — se o seu coração estiver voltado para agradar a Deus, se a sua vida estiver baseada em convicções firmes, então você terá coragem para ficar sozinha, se for preciso. Vai conseguir ir contra a multidão, se necessário. Porque você vai temer a Deus, e não aos homens.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu Reina, na voz de Renata Santos.
Você já se pegou ouvindo um debate sobre algum assunto e pensou: "Como é que duas pessoas conseguem enxergar as coisas de maneira tão diferente?" Isso, na verdade, tem tudo a ver com as crenças mais profundas que cada uma carrega no coração.
Hoje, vamos ver como essas convicções centrais influenciam todas as decisões que tomamos em nossa vida. Aqui está Nancy, dando continuidade ao estudo chamado Ester: Uma mulher de Deus no tempo de Deus.
Nancy: Quando começamos esta série, eu desafiei você a ler o livro de Ester várias vezes durante o estudo, e a observar três coisas.
Eu te encorajei a procurar por Deus e por Seus atributos — e temos visto Sua providência e soberania em cada parte dessa história.
Também te pedi para prestar atenção à batalha entre dois reinos: o reino dos homens e o Reino de Deus. E acho que deu pra perceber como essa batalha é personificada e resumida em Hamã e Mordecai. A luta entre eles é apenas um reflexo de uma guerra muito maior, uma batalha cósmica.
Por fim, pedi que você olhasse para os personagens envolvidos e percebesse os contrastes entre eles. No livro de Ester, há dois pares de personagens que não poderiam ser mais diferentes um do outro. A diferença entre eles é como o dia e a noite. De um lado, temos o rei Assuero e seu perverso primeiro-ministro, Hamã — um par que tem muito em comum.
Do outro lado, temos Mordecai, o judeu, e sua prima Ester, que ele criou como se fosse sua própria filha — e que acaba se tornando rainha. Mordecai e Ester também são um par com muitas semelhanças, mas muito diferentes de Assuero e Hamã.
Na última sessão, vimos que Hamã foi enforcado na forca que ele mesmo havia preparado para Mordecai. Ou seja, agora o perverso Hamã recebeu a recompensa de seus atos. Pela providência divina, Deus trouxe justiça sobre ele.
Antes de continuarmos com o restante da história — e você não vai querer perder o final, é emocionante — hoje quero dar uma pausa na narrativa e refletir um pouco sobre esses dois pares de personagens. Vamos fazer um resumo do que aprendemos até aqui, observando dois tipos de pessoas bem diferentes.
Não precisa anotar tudo o que eu vou dizer, pois isso estará disponível no nosso site. Enquanto escuta, pense assim: “Em qual lado da comparação eu me encaixo? Tenho características parecidas com Assuero e Hamã? Ou me identifico mais com Mordecai e Ester?” Você pode perceber que tem um pouco de cada. Então vamos comparar esses dois grupos.
Assuero e Hamã eram de descendência real — ambos descendentes de reis. Já Mordecai e Ester eram completamente desconhecidos. Tinham origens humildes. Ester era órfã. Faziam parte de uma minoria. Eram, aos olhos do mundo, "ninguém".
Assuero e Hamã, por outro lado, tinham riqueza, poder, posição e influência. Mas Mordecai e Ester começaram sem nada disso. Eram pobres. Sem influência — ou pelo menos, assim pensavam.
Assuero e Hamã estavam obcecados com sua riqueza e poder. Isso era muito importante para eles. Mas para Mordecai e Ester, essas coisas não tinham valor. Lembra quando Ester teve a chance de pedir metade do reino?
Em outras palavras, o rei estava dizendo: “Aqui está o cartão de crédito, pode escolher o que quiser.” Mas ela não perdeu o foco da missão.
Ela não estava atrás de dinheiro. Não queria bens materiais. Não buscava posição. Ao que tudo indica, ela nem sequer desejava ser rainha. O que ela queria não era riqueza nem status. Essas coisas simplesmente não tinham importância para ela.
Assuero e Hamã eram homens inseguros. Tinham medo de perder seu prestígio, suas posições. Estavam sempre tentando controlar tudo ao seu redor, com mãos firmes, para manterem o poder. Mas Mordecai e Ester não tinham nada a perder. E, por isso, não tinham nada a temer.
Veja a questão do controle na vida de Assuero e Hamã. Eles eram movidos pelo desejo de controlar os outros — e é exatamente isso que pessoas inseguras fazem. Para manterem suas posições, tentam dominar quem está ao redor. Já Mordecai e Ester estavam dispostos a se submeter ao controle de Deus.
Assuero e Hamã tinham, por fora, muitas das qualidades que o mundo admira. Mas por dentro, estavam falidos espiritualmente. Em contrapartida, Mordecai e Ester, que não tinham quase nada exteriormente — pelo menos no início da história — carregavam qualidades internas de grande valor aos olhos de Deus.
Em Ester, vimos coragem, fé, humildade, mansidão, um espírito manso e tranquilo, confiança — essas virtudes interiores que Deus tanto valoriza.
Assuero e Hamã — como vimos repetidamente — eram arrogantes e orgulhosos. Já Mordecai e Ester, ao contrário, eram humildes e mansos de coração.
Também vimos que Assuero e Hamã não tinham domínio próprio. Isso ficou evidente de várias formas. Eles se irritavam com facilidade quando se sentiam ameaçados ou quando as coisas não saíam como queriam. Eram descontrolados nos hábitos de comer e beber. Tinham mudanças de humor intensas — suas emoções os dominavam. Agiam por impulso. Tomavam decisões precipitadas. Faltava-lhes domínio próprio.
Enquanto isso, Mordecai e Ester demonstravam a graça do autocontrole. Sabiam se conter mesmo sob pressão. Eram estáveis. Firmes. Nos últimos episódios, vimos Ester preparar dois banquetes antes de contar ao rei o que realmente estava em seu coração.
E vamos ser sinceras, né? Quando temos algo importante no coração, como é difícil esperar dois dias pra contar ao marido! A gente quer falar logo! Mas ela teve domínio próprio.
Ela e Mordecai, mesmo provocados e diante de ameaças reais, foram pacientes. Foram mansos. Isso não quer dizer que ficaram passivos ou calados o tempo todo. Havia um momento certo para agir — e até que esse momento chegasse, eles sabiam se conter. E quando falaram, o fizeram com sabedoria e autocontrole.
Assuero e Hamã eram movidos pela opinião dos outros. Isso fica claro ao longo de toda a história. Vemos Assuero constantemente perguntando a seus conselheiros: “O que devo fazer?” À primeira vista, parece prudente buscar conselhos. Mas, ao observarmos mais de perto o caráter de Assuero, percebemos que ele não buscava sabedoria — ele queria agradar aos outros. Era prisioneiro da aprovação alheia.
Quando seus conselheiros disseram: “Desfaça-se da sua rainha” — e ele estava bêbado —, ele simplesmente respondeu: “Tá bom. Fora com Vasti.” Uma decisão impulsiva, motivada pelo medo de desagradar.
Ele tinha medo dos homens. Vivia para impressionar. Queria ser aceito. Mas Mordecai e Ester viviam por princípio. Suas vidas eram pautadas por convicções — e não importava o que os outros pensavam.
Quando Mordecai decidiu: “Não vou me ajoelhar diante de Hamã”, as pessoas ao seu redor insistiam, dia após dia: “Você precisa se curvar.” Mas ele não cedeu. Não se deixou influenciar pela opinião dos outros, porque sua vida não era dirigida pelo medo dos homens, mas pelo temor do Senhor.
Ele queria agradar a Deus, e isso fazia com que estivesse disposto a sacrificar sua reputação. Tanto ele quanto Ester estavam dispostos a ficar sozinhos, se fosse necessário. Dispostos a ir contra a multidão.
Temos algumas jovens aqui conosco. E quero dizer algo a vocês: espero de coração que vocês cresçam como mulheres de convicções firmes, mulheres corajosas. Haverá homens, amigos, pessoas em sua vida que vão te desafiar a viver do jeito que o mundo vive. Se você viver para agradar os outros, acabará tomando decisões erradas. Escolhas tolas. E vai sofrer as consequências disso.
Mas se sua vida for guiada pelo desejo de agradar ao Senhor — na maneira como você se veste, como se comporta, como fala, com quem namora, com quem decide se casar, no trabalho que escolhe — se você for movida por esse desejo de agradar a Deus, e se sua vida estiver alicerçada em convicções verdadeiras, então você terá coragem.
Você estará disposta a ficar sozinha, se for preciso. Vai conseguir nadar contra a corrente. Porque o seu temor será ao Senhor — e não aos homens.
Assuero e Hamã estavam preocupados em proteger sua própria reputação e imagem; já Mordecai e Ester estavam preocupados em proteger o seu povo.
Assuero e Hamã eram centrados em si mesmos, buscando seus próprios interesses; enquanto Mordecai e Ester tinham o olhar voltado para os outros. Eles eram altruístas. E foi isso que motivou muitas de suas atitudes e escolhas.
O mundo de Assuero e Hamã girava ao redor deles mesmos, mas Mordecai e Ester se alinharam aos propósitos maiores de Deus. E quais eram esses propósitos? Preservar a linhagem de Cristo e cumprir o juízo prometido de Deus contra os amalequitas — os inimigos do Seu povo. Vimos isso claramente. Então, para eles, a história não era sobre si mesmos. Eles diziam: “Tudo é sobre Deus. É sobre os propósitos dele. É sobre o Seu Reino. É sobre o Seu plano.”
Assuero e Hamã se viam como o centro de tudo. Não apenas o mundo girava em torno deles, mas eles acreditavam: “Meu mundo sou eu mesmo.” Por outro lado, Mordecai e Ester entenderam que suas vidas eram apenas uma pequena peça dentro de um quadro muito maior.
Queridas, isso é tão importante. Se você pensar que tudo gira em torno do que você sente, de como as pessoas te tratam, do que está acontecendo com você, do estado do seu casamento ou de como seus filhos estão indo — se esse for o seu mundo inteiro —, então você vai acabar tomando decisões egoístas e se tornando uma mulher amargurada.
Mas se você compreender que a sua vida não é para você mesma, mas que você faz parte — uma parte importante aos olhos de Deus, sim — de um plano eterno, infinito, grandioso e redentor, então você vai estar disposta a ocupar o seu lugar nesse plano e dizer: “Não precisa dar tudo certo na minha vida. O que importa é que eu entregue minha vida para que os propósitos de Deus se cumpram.”
Assuero e Hamã se isolaram da dor alheia. Enquanto toda a cidade estava em confusão por causa do decreto que havia sido enviado, Hamã e o rei estavam bebendo e festejando. Suas vidas estavam completamente isoladas do sofrimento dos outros. Já Mordecai e Ester se identificaram com a dor do povo.
Assuero e Hamã viam suas posições como uma oportunidade de se exaltarem. Mordecai e Ester, por outro lado, viam suas posições como uma oportunidade de servir aos outros, de interceder e agir em favor do seu povo.
Assuero e Hamã almejavam a grandeza humana. Mas Mordecai e Ester buscavam ser fiéis. Aliás, quando pensamos em pessoas verdadeiramente grandes hoje, quem pensa em Assuero? Quem se lembra de Hamã? Ninguém quer dar o nome de seus filhos de Assuero ou Hamã.
Mas todos se lembram de Ester. Ela não sonhava com fama. Não desejava ter um livro da Bíblia com seu nome. Ela só queria ser fiel. E a Palavra nos lembra: “Os mansos herdarão a terra.”
Assuero e Hamã buscavam controlar os outros — e no fim, foram controlados por eles. Já Mordecai e Ester buscaram servir, e como resultado, foram servidos por outros.
Assuero e Hamã eram impulsivos. Agiam no calor do momento, e depois se arrependiam. Mordecai e Ester, por outro lado, eram contidos. Mediam suas palavras e atitudes. Pensavam antes de agir.
Assuero e Hamã, como vimos, eram emocionalmente instáveis. Irracionais. Inconstantes. Suas atitudes eram imprevisíveis. Já Mordecai e Ester, porque tinham suas vidas firmadas no Deus Yahweh, eram estáveis emocionalmente. Agiam com sabedoria e reflexão.
E por fim, ao compararmos Hamã e Mordecai, vemos em Hamã um homem que se exaltou e, por isso, foi humilhado por Deus. Já Mordecai se humilhou — e Deus o exaltou.
“Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.”(Tiago 4.10; 1 Pedro 5.6)
Raquel: Você consegue acreditar que dois grupos de pessoas possam ser tão diferentes em sua essência? Mas a pergunta mais importante é: com qual desses dois grupos você mais se parece? Espero que você tire um tempo hoje para refletir sobre isso.
Nancy DeMoss Wolgemuth já volta com mais ensinamentos. Mas antes, quero te lembrar que a lista de contrastes que ela tem seguido está disponível na transcrição desse programa. Você pode rever tudo em: avivanossoscoracoes.com.
Agora, me diga: você também acha que às vezes é mais fácil começar algo do que terminar? Quando Ester se aproximou do rei Assuero, muita coisa começou a dar certo. Ela poderia ter relaxado e pensado que o pior já tinha passado — mas seu trabalho ainda não tinha terminado.
Vamos ouvir o que Nancy tem a dizer sobre isso.
Nancy: Que diferença um único dia pode fazer. Estamos estudando o livro de Ester, e vimos no capítulo 7 que os judeus haviam sido condenados à morte por causa do decreto perverso de Hamã.
Agora, Hamã recebeu o castigo que merecia. . . mas o decreto ainda está em vigor. Daqui a alguns meses, os persas ainda poderão matar, destruir e aniquilar todos os judeus.
Nos capítulos 8 e 9, vemos a soberania contínua e a mão providencial de Deus em ação. Quando Deus diz que é hora de agir, Ele se move, e tudo pode mudar rapidamente. E é exatamente isso que vamos ver nesses últimos capítulos do livro de Ester.
Vamos começar no capítulo 8, verso 1:
Naquele dia. . .
Esse foi o dia em que Hamã foi enforcado na forca que, ironicamente e, podemos dizer, providencialmente, ele mesmo tinha construído para Mordecai.
Naquele mesmo dia, o rei Assuero deu à rainha Ester a casa de Hamã, inimigo dos judeus. E Mordecai foi trazido à presença do rei, porque Ester revelou que ele era seu parente [que ele era seu primo e pai adotivo]. O rei pegou o seu anel-sinete, que havia tomado de Hamã, e o deu a Mordecai. E Ester pôs Mordecai por administrador da casa de Hamã. (vv. 1–2)
Que reviravolta, não é? Tudo mudou. Aquela situação que parecia completamente sem esperança agora revela a mão de Deus em ação. Ele estava trabalhando para cumprir Seus propósitos.
Em questão de horas, Mordecai é elevado de um lugar de desprezo e humilhação para uma posição de honra, autoridade e influência. Ele substitui Hamã como primeiro-ministro do maior império da época — talvez com uma população de cem milhões de pessoas!
No capítulo 4, Mordecai nem podia entrar pelos portões do palácio. Agora, ele está cara a cara com o rei. Antes, Hamã usou aquele anel-sinete do rei para decretar a morte de Mordecai. Agora, Hamã está morto por ordem do rei, e Mordecai é quem segura o anel real. Tudo foi virado de cabeça para baixo. . . ou melhor, colocado na posição certa!
Enquanto eu meditava sobre esse trecho, um versículo de Apocalipse 11 veio ao meu coração. Pensei: "Que retrato maravilhoso no Velho Testamento da promessa do que ainda está por vir!" Diz assim: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” (Apocalipse 11.15) Amém?
É isso que vai acontecer. Em Apocalipse, vemos capítulos e mais capítulos falando sobre a Babilônia, a grande prostituta, e os reis da terra se rebelando contra Deus, ameaçando o Seu povo.
São momentos de medo, trevas e incerteza, onde parece que o povo de Deus está perdendo. Mas então o Rei aparece, montado em Seu cavalo branco. Ele assume o controle.
Mordecai é exaltado ao trono. Hamã é destruído. Mordecai triunfa. Ele agora tem o anel real. E o reino deste mundo se torna do nosso Senhor e do Seu Cristo, que reinará para sempre e sempre.
Essa história no Antigo Testamento é um vislumbre da promessa grandiosa de que um dia não haverá mais reis maus e injustos governando este mundo. A justiça será exaltada. Todo pecado será derrotado. Os ímpios serão julgados. E Deus — que sempre esteve no trono — será reconhecido como o único e verdadeiro Rei e Senhor de todo o universo.
O que vemos nesta história é maior do que ela mesma. É uma janela para o plano eterno e redentor de Deus.
Ah, e um detalhe importante: como Hamã era considerado criminoso, segundo a lei persa, o rei tinha o direito de confiscar todos os seus bens. Em vez de ficar com essa fortuna, o rei a entregou a Ester, tornando-a uma mulher extremamente rica.
Essa jovem órfã — que não tinha nada — agora é rainha e dona de uma grande herança. Mas em vez de ficar com tudo para si, Ester entrega essa propriedade a Mordecai e o coloca como administrador de toda a casa de Hamã. Você ainda tem dúvidas de que Deus exalta os humildes? Mordecai viveu com humildade — e Deus o exaltou.
Quero encorajar você a, em algum momento, ler o Salmo 37 por completo. Ele é longo, sim, mas descreve perfeitamente o que vemos acontecer na história de Ester. Eu até considerei ler trechos maiores agora, mas vou só deixar um “gostinho” com alguns versículos a partir do verso 14. Diz assim:
Os ímpios puxam da espada e preparam o arco
para abater os pobres e necessitados,
para matar os que trilham o reto caminho.
Mas a espada deles lhes atravessará o próprio coração, e os seus arcos serão despedaçados.
Espere no Senhor e ande nos seus caminhos;
ele o exaltará para que você herde a terra;
você verá quando os ímpios forem exterminados. (vv. 14–15, 34)
Não é exatamente isso o que vemos na história de Ester? Espere no Senhor. No tempo certo, do jeito certo, Ele corrigirá todo erro.
Queridas, isso não é verdade só para Ester e Mordecai. É verdade para você. É verdade nesse casamento. É verdade com esse marido difícil. É verdade com esse filho impossível. É verdade com esse chefe que parece insuportável. Seja fiel. Faça o que é certo. E, no tempo de Deus, Ele vai honrar você.
Ester voltou a falar com o rei. Ela se lançou aos pés dele e, com lágrimas, lhe implorou que revogasse a maldade de Hamã, o Agagita, e a trama que ele havia arquitetado contra os judeus. O rei estendeu o cetro de ouro para Ester. Então ela se levantou, pôs-se em pé diante do rei e disse:
— Se for do agrado do rei, se eu achei favor diante dele, se isto parecer justo aos olhos do rei e se nisto lhe agrado, que se escreva uma ordem revogando os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que se encontram em todas as províncias do rei.
Pois como poderei ver a desgraça que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?” (vv. 3–6)
Nesse trecho, aprendemos lições profundas sobre intercessão. Veja a intercessão de Ester a favor de seu povo.
Em primeiro lugar, ela é persistente. Ester voltou a falar com o rei. Ela já tinha falado antes. Já tinha revelado todo o plano perverso de Hamã. Mas ela não descansou quando Hamã desapareceu do cenário, porque sabia que mesmo com Hamã morto, ainda precisavam lidar com as ramificações daquele edital maligno — e precisava ser revertido.
Ela não desistiu até que a missão estivesse completa. Voltou à presença do rei implorando para ele reverter a ordem que ele havia dado: todos os judeus serão aniquilados e destruídos. O edital ainda estava valendo, mesmo com Hamã morto.
Vemos no verso 3 que ela é séria. Ela caiu aos pés do rei. Ela chorou, suplicou. Ela estava agindo com seriedade; isso é muito importante para ela. Não creio que ela tenha perdido o controle. Acho que ela queria que o rei sentisse o peso do que estava em jogo.
Ela faz um pedido justo. Novamente, no versículo 3, ela implora ao rei que impeça o plano maligno de Hamã e a conspiração que foi tramada contra os judeus.
No versículo 4 vemos que o acesso lhe foi concedido. Ouça, você não pode interceder junto ao rei a menos que ele lhe dê acesso. Você não pode interceder ao trono da graça a menos que o Rei — com "R" maiúsculo — te conceda acesso.
E a maravilha do evangelho é que, em Cristo, nos foi concedido acesso à própria sala do trono de Deus. É por isso que Deus diz em Hebreus: "Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança. . ." (Hebreus 4.16)
Ao se aproximar do rei, Ester não demonstra um espírito exigente. Em vez disso, demonstra uma atitude humilde e submissa: "Se te agrada. . . se encontrei favor. . . se te parece justo. . ." Ela não está exigindo seus direitos. Ela está suplicando, humilde e submissa.
É assim que você ora? Você exige que Deus mude o coração do seu marido? Você exige que Ele transforme seu filho ou sua filha e os traga de volta? Você exige aquele emprego que tanto deseja? Você declara que seu marido receba um aumento? Você faz essas exigências a Deus como se fossem um direito seu? Ou será que, quando você ora, você ora com humildade e submissão, dizendo: “Senhor, se isso for do Teu agrado, se encontrei favor diante dos Teus olhos, se isso parecer justo para Ti. . . então, por favor, concede esse pedido”?
Em seguida, no versículo 5, Ester faz um pedido específico: “. . . escreva uma ordem revogando os decretos concebidos por Hamã. . .” (Ester 8.5) ― aquela carta que decretava a destruição dos judeus.
Quando você ora, você ora de forma específica?Ou apenas diz: “Senhor, me tira desse problema”?O que exatamente você quer que o Senhor faça?Qual é o seu pedido? Intercessão precisa ser clara e específica.
E depois, Ester se identifica pessoalmente com seu povo. Ela não está apenas observando de fora. Ela sente aquilo no coração. Ela está envolvida.No versículo 6, ela diz: “Pois como poderei ver a desgraça que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?” (Ester 8.6)
Esse é o meu povo.
“Senhor, estou orando pela minha igreja. Estou orando pela minha família. Esta é a minha família, Senhor. Este é o Teu povo. Eu não estou aqui para criticar, nem para condenar. Eu estou me identificando com eles. Eu sou um deles. Eles são parte de mim. Estamos juntos nessa. Estou clamando por misericórdia.”
Veja bem: Ester não estava satisfeita apenas com a sua própria segurança e a de Mordecai. Ela não podia descansar enquanto soubesse que o seu povo ainda corria perigo. Teria sido fácil para a rainha Ester se distanciar do sofrimento de seu povo fora dos muros do palácio.
Mas, assim como Moisés, ela não permitiu que sua posição privilegiada a tornasse insensível à dor dos outros. Pelo contrário — ela entendeu que sua posição era um instrumento de Deus para interceder por sua nação. Ela sentiu o peso da aflição do povo.Ela se sentiu impulsionada a fazer algo que realmente fizesse a diferença.
E isso me faz pensar como, infelizmente, muitas de nós hoje vivemos tão confortavelmente com nosso relacionamento pessoal com Cristo, mas fechamos os olhos (ou o coração) para a dor espiritual de quem está ao nosso redor. “Como posso suportar ver a calamidade que se aproxima do meu povo? Como posso suportar ver a destruição daqueles que me são queridos?”
Essa é a verdadeira intercessão: ela é intensa, sincera, fervorosa, específica, humilde, persistente. E você? Com que frequência você ora assim? Será que você já orou assim alguma vez?
Charles Spurgeon escreveu algo profundo sobre isso:
Tente esta receita, ó cristão, sempre que seu coração estiver abatido e sua alma carregada.Esqueça de si mesmo e das suas pequenas preocupações, e busque o bem-estar e a prosperidade de Sião, o povo de Deus.
Quando você se ajoelhar diante de Deus, não limite seus pedidos ao pequeno círculo da sua própria vida, por mais difícil que ela esteja.Eleve suas orações em favor da igreja. Ore pela paz de Jerusalém, e a sua alma será renovada.
Pai, unimos nossos corações neste momento e clamamos a Ti em favor do Teu povo. Nós vemos o mundanismo, o pecado, os vícios, a impureza moral, a falta de modéstia, a rebeldia, os divórcios, os relacionamentos quebrados entre pais e filhos. . .
Ó Deus, vemos tudo isso — e não apenas lá fora, mas dentro da Tua casa. Por isso clamamos: intervém, Senhor! Aplaque o Teu juízo! Dá mais tempo para o arrependimento! Tem misericórdia! Atrai os corações de volta para Ti!
Oramos pela Tua Igreja e dizemos: “Como podemos suportar ver a ruína em que muitas das nossas igrejas estão hoje?” Vidas de cristãos despedaçadas, longe da liberdade, da plenitude, da alegria, da abundância que deveriam viver em Cristo. E dizemos: “Ó Deus, tem misericórdia!” Ouve a nossa oração. Aviva os corações do Teu povo, para a Tua glória e pelo bem do Teu Reino. Oramos em nome de Jesus. Amém.
Raquel: Amém! Não é maravilhosa essa história de Ester? Eu sou apaixonada por esse livro!
Espero que os ensinamentos da Nancy DeMoss Wolgemuth estejam ajudando você a perceber quantas verdades profundas estão escondidas nesse relato incrível.
Se você ainda não começou, quero convidar você a fazer parte do estudo bíblico sobre a vida de Ester. Ele faz parte da nossa série “Mulheres da Bíblia” — e você pode fazer sozinha ou com um grupo de amigas. O estudo é Ester: confiando no plano de Deus. Acesse o nosso site para informações de como adquiri-lo, avivanossoscoracoes.com ou clique no link aqui na transcrição.
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Depois de estudar o livro de Ester, pode ser que venha uma prova. . . Não aquela com caneta e papel, mas uma prova do coração. Descubra mais amanhã, quando Nancy continuar essa série aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Clique aqui para o original me inglês.