Os desafios da liderança
Raquel Anderson: Como você tem administrado e usado os dons que Deus te deu? Nancy DeMoss Wolgemuth nos lembra de uma verdade poderosa.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Somos abençoadas para sermos bênçãos. Não fomos criadas para ser um depósito de verdades, um reservatório onde a água entra e fica parada. Fomos criadas para ser canais por onde essa verdade e essa bênção possam fluir para outras pessoas.
Raquel: Canais, ou como Karen Hodge costuma dizer. . .
Karen Hodge: Eu sou apenas um cano. Como líder do ministério feminino, tudo vem dele, é por meio dele e para Ele. Não há nada que eu possa oferecer que não venha de Deus. E é por isso que toda glória é dada a Ele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
…
Raquel Anderson: Como você tem administrado e usado os dons que Deus te deu? Nancy DeMoss Wolgemuth nos lembra de uma verdade poderosa.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Somos abençoadas para sermos bênçãos. Não fomos criadas para ser um depósito de verdades, um reservatório onde a água entra e fica parada. Fomos criadas para ser canais por onde essa verdade e essa bênção possam fluir para outras pessoas.
Raquel: Canais, ou como Karen Hodge costuma dizer. . .
Karen Hodge: Eu sou apenas um cano. Como líder do ministério feminino, tudo vem dele, é por meio dele e para Ele. Não há nada que eu possa oferecer que não venha de Deus. E é por isso que toda glória é dada a Ele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Você serve no ministério feminino? Deus te deu, como mulher, um coração voltado a ajudar outras mulheres a se aproximarem dele? Se você respondeu “sim”, não é surpresa para você que liderar no ministério feminino certamente tem alguns desafios.
Hoje, queremos te encorajar e te ajudar a enxergar o imenso valor do que você está fazendo. Mesmo que você não tenha uma função formal de liderança na sua igreja, você é uma líder — e foi chamada a ensinar as mulheres mais jovens. Portanto, este episódio é relevante a toda mulher que está nos ouvindo.
Daqui a pouco vamos ouvir Karen Hodge, mas antes, Nancy DeMoss Wolgemuth vai apresentar o nosso tema de hoje. Há muitos anos, Nancy tem encorajado você, como mulher, a crer em Deus, a criar uma cultura dentro do Corpo de Cristo — e dentro da sua igreja local — uma cultura de mulheres ajudando mulheres.
Nancy: Não estamos falando só sobre programas. Nem principalmente sobre programas. É claro que pode haver programas que ajudem nisso, mas estamos falando de uma cultura. Uma forma de pensar. Um estilo de vida.
Ajudar outras pessoas é refletir o coração de Deus, porque Deus é o ajudador dos desamparados, dos pobres, dos fracos e dos necessitados. Ao ajudarmos outras mulheres, nosso objetivo é levá-las a conhecer Jesus — conhecer de verdade — e não apenas saber coisas sobre Ele.
E então vê-las se tornando seguidoras maduras de Jesus Cristo, desenvolvendo um caráter semelhante ao de Cristo, aprendendo a andar no Espírito, experimentando liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Não podemos perder de vista esse objetivo em nossos programas de ministério feminino. Há tantas coisas que poderíamos estar fazendo — e muitas delas não são ruins. Mas pergunte-se: “Isso é algo que elas poderiam encontrar com a mesma facilidade em outro lugar, como numa academia ou centro comunitário?”
Isso não significa que você não pode ter uma aula de exercícios físicos na sua igreja, mas é preciso ter sabedoria para escolher prioridades. Escolher aquilo que realmente vai ajudar mulheres a se tornarem seguidoras maduras, que multiplicam seguidoras de Jesus Cristo.
Infelizmente, em nossa geração, temos nos tornado dependentes de um pequeno grupo de profissionais para cuidar de uma multidão de pessoas necessitadas. Mesmo que esses profissionais pagos trabalhassem em tempo integral, noite e dia, seria impossível atender a todas as necessidades presentes em nossas igrejas. A tendência é delegar esse cuidado aos pastores, terapeutas e conselheiros para cuidar de todas as necessidades da nossa igreja.
Mas é importante lembrar que não é responsabilidade do seu pastor aconselhar e discipular cada membro da igreja. É nossa responsabilidade, como mulheres maduras em Cristo, discipular e investir na vida das mulheres mais jovens da igreja.
Eu realmente acredito que teríamos bem menos casos de aconselhamento em crise nas igrejas se praticássemos de forma constante os “uns aos outros” das Escrituras — discipulando mulheres, colocando-as em contato com a Palavra, amando bem, cultivando relacionamentos piedosos e amizades verdadeiras.
Se vivêssemos dessa forma, mesmo que imperfeitamente. . . Afinal, somos pecadoras que precisam de um Salvador, ajudando outras pecadoras que também precisam de um Salvador. Nossa fraqueza e nossas falhas ajudam a evidenciar o Evangelho — quando corremos para a cruz.
Algumas de nós estão correndo para o Monte Sinai, e é ali que encontramos julgamento, lei e condenação. Mas podemos correr para o Calvário. E à medida que respiramos a graça, a misericórdia e o perdão de Deus, nossa vida comunica às outras mulheres: “Há graça para você também.”
Outra preocupação que tenho em relação ao ministério feminino nas igrejas é que tendemos a tornar o discipulado algo muito estruturado, formal, oficial. Não que isso esteja errado — há valor nisso — mas não podemos perder o discipulado que acontece no dia a dia, no contexto da vida real e nos relacionamentos.
Dannah Gresh: Mais uma vez, essa foi Nancy DeMoss Wolgemuth, apresentadora do Aviva Nossos Corações, numa mensagem dirigida às líderes de ministério feminino.
E por falar em líderes de ministério feminino, quero te apresentar a Karen Hodge. Karen é esposa do pastor Chris Hodge, mãe de dois filhos adultos, e serve como coordenadora do ministério feminino da Igreja Presbiteriana na América. Ou seja, ela tem bastante experiência nesse papel de liderança.
Karen está conosco hoje. Karen, muito obrigada por estar aqui com a gente.
Karen: É um prazer, com certeza.
Dannah: Me conta um pouquinho, primeiro, por que você ama servir como líder no ministério feminino?
Karen: Eu acredito que o ministério feminino, dentro do contexto da igreja, tem tudo a ver com fortalecer a igreja como um todo. Ele envolve mais da metade da congregação. E na raiz disso está a saúde da igreja. Eu sou parte da igreja. E cada parte dessa igreja importa. Cada mulher importa. Isso importa para Deus, e importa para mim. É realmente um privilégio servir dessa forma.
Dannah: Eu amo isso. É um privilégio tão grande. É uma honra. Todo dia eu acordo e penso: “Eu realmente posso fazer isso como trabalho?”
Não me entenda mal, como em qualquer trabalho, há detalhes que eu gostaria de poder dizer: “Será que outra pessoa poderia cuidar dessa parte administrativa? Ou alguém poderia fazer isso por mim?” Mas que privilégio, que honra, poder fazer isso.
Sabe, muitas mulheres talvez estejam sentadas aí sentindo um incômodo, sem perceber que é um impulso do Espírito Santo empurrando-as para o ministério feminino em sua igreja. Conta pra gente como isso aconteceu na sua vida, talvez isso encoraje alguém.
Karen: Claro. Bom, meu marido e eu começamos a plantar uma igreja do zero. Era só nós dois e nossos dois filhos. Na verdade, foi ideia dele. Ele acreditava que a base da igreja precisava ser incorporar o acolhimento do Evangelho. Ele sabia que, ao alcançar uma mulher, você alcançaria uma família.
E eu estava completamente perdida sobre como isso funcionaria. Peguei o telefone e liguei para uma mulher chamada Susan Hunt, que é muito querida pelo Aviva Nossos Corações.
Dannah: Ah, nós amamos a Susan!
Karen: Sim! Ela era coordenadora de ministérios femininos na Igreja Presbiteriana da América. (É onde eu trabalho atualmente). Em vez de me dar uma fórmula, ela me ofereceu um relacionamento. Ela disse: “Vou orar com você. Vou ouvir você contar como é ter um ministério feminino evangelístico nesse contexto de plantação de igreja.”
E assim começou uma amizade, um relacionamento de mãe espiritual e filha espiritual que já dura mais de trinta anos. Foi assim que tudo começou.
Dannah: Eu amo isso. Você acabou de dizer algo muito importante: relacionamento.
Lá por 2002, 2003, Deus abriu a porta para que meu marido e eu começássemos um ministério na Zâmbia. Nós desenvolvemos planos. Criamos estratégias. Arrecadamos fundos. Passamos por lutas. Hoje, aquele ministério caminha sem a nossa presença. Mas houve dor e dificuldades.
Então, quando o Senhor nos chamou por volta de 2015 para começar algo na América Latina, dissemos: “Vamos apenas construir relacionamentos com as pessoas. Vamos fazer amizade com aquelas que sentem esse chamado e perguntar como podemos encorajá-las.”
Sem plano. Sem estratégia. Apenas relacionamento. Acho que isso é fundamental. Jesus andou com doze homens. Comeu com doze homens. Que vínculo! Que encorajamento!
Como uma mulher que está em posição de liderança no ministério pode construir esse tipo de relacionamento? Acho que é justamente nessa área que o inimigo tenta atacar, dizendo que ela não pode baixar a guarda, que não pode ter relacionamentos assim.
Karen: Sim. Quando eu penso em ministério feminino em sua essência, penso nele como sendo fundamentado na Palavra e impulsionado por relacionamentos. Então, na verdade, você precisa começar na Palavra, alinhando nossa mente e coração com a verdade. E daí flui o relacionamento, esse movimento horizontal. Começa na vertical, depois vai para o horizontal.
Eu realmente acredito que, ao construirmos pontes para relacionamentos, é necessário sabedoria, graça. São oportunidades de construir, camada por camada, uma base de verdade, uma base de serviço. E eu digo “camada” porque leva tempo para desenvolver relacionamentos que sejam duradouros.
Por isso, eu sempre volto a esse ministério feminino fundamentado na Palavra e impulsionado por relacionamentos, porque acredito que isso é o que é eterno. O que permanece para sempre é a Palavra de Deus e o povo de Deus. Então, você não tem como errar, mas vai levar tempo. Vai exigir intencionalidade. Vai exigir sabedoria e discernimento para saber como construir relacionamentos saudáveis e duradouros.
Dannah: Sim.
Conta uma história que te motiva, que te dá combustível, porque ministério feminino não é fácil. Anteontem, por exemplo, eu fiquei no telefone até, acho que 22h30, com uma mulher cujo casamento está em uma situação praticamente impossível. Pode ser exaustivo. Pode haver esgotamento se a gente não se lembrar: “Ah, Deus está agindo. Há fruto.”
Conta pra gente uma das histórias mais frutíferas desses seus muitos anos de ministério feminino.
Karen: Bom, acho que é essa constância diária de entrar na dor, no pecado, nas relações destruídas e em tudo ao nosso redor. O que me ajuda a continuar é lembrar da grande história — a Bíblia.
Em outras palavras, gosto de dizer que ministério feminino é como caminhar juntas rumo ao lar. Às vezes damos apenas alguns passos com alguém, outras vezes caminhamos juntas por um tempo muito longo. O que me dá esperança enquanto acompanho outras mulheres. . . Vários exemplos vêm à mente — caminhar com alguém em meio ao luto, ou com uma mãe cujo filho se afastou da igreja, ou com alguém que está duvidando da fé.
Mantemos os olhos no final da jornada, no fim da história, e isso nos dá esperança ao longo do caminho. Mesmo nesse “agora” bagunçado e difícil, que parece meio ruim — mas esse ainda não é o fim da história.
Acho que no ministério feminino — e muitas mulheres já fizeram isso por mim também — temos a oportunidade de levantar os olhos das outras e ajudá-las a olhar para o eterno, e não para o que é passageiro. Nos momentos difíceis, podemos encorajar umas às outras a ter esperança: isso não é o fim da história.
Tento lembrar disso todos os dias quando renovo meu “sim” para o que Deus tem pra mim.
Dannah: Sim. Você já sentiu vontade de desistir?
Karen: Com certeza! Quase toda semana eu penso: “Pode encerrar, já deu pra mim.”
Mas esse é o caráter de um chamado, não é? Não tem a ver com como eu me sinto. Tem a ver com a certeza do chamado de Deus na minha vida e com o desejo de que seja o amor dele fluindo através de mim, a fidelidade dele, a graça dele, a sabedoria dele. Como líder de ministério feminino, eu sou apenas um cano — tudo vem dele, por meio dele e para Ele. Então, não há nada que eu possa oferecer que não venha dele. É por isso que toda a glória é dele.
Dannah: Precisamos começar na Palavra todos os dias. Temos que nos encher até transbordar, para podermos nos derramar e depois voltar para sermos enchidas de novo.
Você já acreditou em alguma mentira no contexto de liderança de ministério feminino, que você conseguiu superar ao encontrar a liberdade na verdade?
Karen: Sim. Acho que uma das mentiras em que muitas vezes eu acredito é que Deus realmente precisa de mim. Acredito que reconhecer minha limitação, minha fraqueza, e o fato de que Deus faz Sua melhor obra na fraqueza. . . isso não é apenas suficiente — é glorioso. O que tenho a oferecer como líder é minha fraqueza, minha carência, minha dependência.
Quando me apresento diante dele, é como um sacrifício vivo. Eu digo: “Senhor, estou completamente entregue. Quero que o Senhor me use da maneira que quiser. Quero ser fiel, e reconheço que o Senhor é Deus, e eu não sou.”
E nesse momento, há liberdade como líder para dizer: “Deus está no trono. Ele é o Rei. Eu tenho o privilégio de participar da obra do Rei. Sou apenas uma administradora. Quero ser fiel até o fim.” Ofereço minha fraqueza, minha carência, minha dependência, e o Espírito faz a obra através de mim. É uma questão de me render.
Mas quando eu acredito que tudo depende de mim, das minhas forças ou habilidades, é aí que bato de frente com a parede da liderança.
Dannah: Nancy DeMoss Wolgemuth mencionou outra mentira da qual as líderes precisam se precaver. É a mentira que diz: “O isolamento não vai me prejudicar. Eu consigo fazer isso sozinha.” Vamos ouvir:
Nancy: O inimigo quer manter a gente — e as mulheres das nossas igrejas — isoladas. Suportando a dor em segredo, carregando vergonha e culpa em silêncio, tentando resolver tudo sozinhas. A esperança na independência e no isolamento — essa é a estratégia do inimigo. Esse é o plano dele.
O que você vê no Jardim do Éden? O homem e a mulher pecam. E o que fazem? Eles se escondem. Se cobrem. Ficam separados de Deus, separados um do outro.
Deus quer que a gente venha para a luz — andar na luz, no nosso relacionamento com Ele e também nos nossos relacionamentos com outras pessoas. Você pode andar na luz, e está tudo bem. Mais do que isso: é o certo. É nesse lugar que recebemos a graça de Deus.
Fomos criadas para o relacionamento, e buscar ajuda e ajudar outras pessoas faz parte da vida em comunidade. Discipulado e cuidado mútuo acontecem nesse contexto — dentro de uma rede de relacionamentos.
Você não é responsável por todas as mulheres que conhece. Deus te deu um papel, uma porção específica para estar na vida de algumas. Mas Ele também vai colocar outras pessoas na vida delas. Essa rede de relacionamentos — relacionamentos saudáveis e piedosos — é onde o discipulado acontece.
Dannah: Estamos refletindo sobre alguns dos desafios que líderes de ministério feminino enfrentam — as mentiras que podemos acreditar com facilidade.
Hoje estou conversando com Karen Hodge. Karen, eu tenho um valor pessoal que repito para mim mesma com frequência: “A oração é meu primeiro trabalho.”
Aprendi isso com a Dra. Juli Slattery, que aprendeu com Linda Dillow — mulheres incríveis da Palavra.
Preciso me lembrar sempre que meu trabalho não é organizar um evento feminino, nem estar por trás do microfone entrevistando você hoje, nem escrever uma mensagem impactante que vai fazer as mulheres se apaixonarem pela Bíblia. O meu trabalho é a oração. Esse é o meu primeiro trabalho. Todo o resto flui a partir disso.
Mas este ano, o Senhor me mostrou que essa era uma crença que existia na minha mente, mas não era uma crença na prática. Eu estava acreditando na mentira de que, como eu era muito ocupada, como eu era muito necessária, como eu era muito insubstituível. . .
Aí está a mentira. O Senhor não precisa de nós. A igreja não precisa de nós. É um privilégio fazer o que fazemos. Eu estava orando apenas no corre-corre. Essa era a mentira em que eu estava acreditando.
E o Senhor tem me conduzido por um ano inteiro. . . Começou em janeiro. Foi como se Ele dissesse: “Dannah, quero te ensinar a orar.” Claro, não de forma audível, mas tudo à minha volta apontava nessa direção: esse livro, aquela pregação, aquela mensagem do meu pastor. . . O Senhor estava dizendo: “Quero te ensinar a orar.”
E eu pensei: “Ensinar-me a orar?” Eu sou líder de ministério feminino há duas décadas. Eu sei orar! E, ainda assim, às vezes o que acreditamos com a mente não se traduz em uma fé prática que estamos vivendo de fato — mesmo sendo líderes.
Tenho dito à minha equipe: “Essa foi a mentira em que eu acreditei, e é assim que estou corrigindo isso na minha vida agora.”
Você mencionou Susan Hunt. Eu simplesmente não consigo não falar sobre essa mulher, porque ela nos abençoou tanto aqui no Aviva Nossos Corações. Aprendemos tanto com a sabedoria dela.
Quão importante é para uma líder de ministério feminino ter uma mulher do tipo Susan Hunt em sua vida? Provavelmente não será uma Susan Hunt autora de livros e conhecida publicamente, mas quão importante é termos alguém assim, como você teve a Susan na sua vida?
Karen: Estamos falando da mulher que escreveu o livro sobre maternidade espiritual. Ela encarna essa verdade. Acho que devemos procurar por mulheres que personificam essa verdade bíblica, claramente refletida nas páginas de Tito 2.
Susan e eu frequentemente conversamos sobre liderança que é ir na frente ou ao lado de alguém para levá-la a um destino intencional. Precisamos de pessoas que estão à nossa frente para nos conduzir até lá. Gosto de pensar como “caminharmos juntas até em casa.” Elas estão alguns passos à nossa frente. Estão mais adiantadas na fidelidade, na longa obediência na mesma direção.
Também temos amigas no Evangelho que caminham ao nosso lado nos desafios — ombro a ombro, face a face. E temos pessoas que estão nos seguindo. Liderança é dizer: “Siga-me, como eu sigo a Cristo.”
Então, quão importante é ter alguém como Susan Hunt? Você precisa encontrar uma mulher que te leve a Jesus, que diga: “Siga-me como eu sigo a Cristo.”
E, é claro, ao seguirmos a Cristo, servimos. Não vivemos para sermos servidas. Nós entregamos a nossa vida. Morremos para viver e liderar. Procuramos viver essa verdade pelo poder do Espírito Santo. Não é só o que falamos; é como vivemos.
Estamos mostrando e contando a profundidade do Evangelho nesse caminho que não é apenas um convite, mas é algo que atrai, que dá vontade de seguir alguém assim.
E poder dizer que segui Susan Hunt enquanto ela segue a Cristo por mais de trinta anos é um privilégio tremendo. Então a pergunta agora é: “Quem está me seguindo? Para quem estou dizendo, ‘Siga-me como eu sigo a Cristo’?” É um momento de “alguém investiu em mim para que eu pudesse investir em alguém”. Um momento em que dizemos: “Sim, sou uma administradora do que Deus investiu na minha vida para investir na vida de outras pessoas.”
Sempre somos uma mulher mais velha. Sempre somos uma mulher mais jovem — alcançando à frente, estendendo a mão para trás. E, nesse caminho, temos o privilégio de caminhar juntas.
Dannah: Eu amo isso.
Tem algum trecho das Escrituras que o Senhor tem usado para renovar o seu coração como líder nesses últimos tempos?
Karen: Bem, Dannah, esse é o texto que eu leio quando estou no avião, voltando para casa. É o meu “combustível de reentrada”. Provavelmente você o conhece bem: 2 Coríntios 4.16–18.
“Por isso não desanimamos. . .” — Você perguntou se já pensei em desistir. Claro. Há muitos dias em que penso: Acabou pra mim. Mas tudo bem, porque no fim de mim mesma é onde recebo a promessa aqui:
“Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas.”
Liderança tem tudo a ver com onde estou fixando os meus olhos. Estou cativada pelos problemas? Pelo passado? Por agendas? Eventos? O que for ou estou cativada pelo invisível, pelo eterno? É isso que me ajuda a prosseguir, a ser fiel até o fim e não desanimar.
Dannah: Eu consigo sentir esse “desgaste do exterior.”
Karen: Sim. Amém.
Dannah: Ao mesmo tempo, penso: Ah, tem mais em mim agora do que havia quando meu corpo era mais forte. Tem mais riqueza de Cristo. Tem mais riqueza da Palavra. Tem mais discernimento. Tem mais sabedoria. E ainda assim, por fora, sou muito menos impressionante.
Disse algo hoje, nem lembro o quê exatamente, mas comentei com uma moça: “Acho que se eu tivesse vinte e cinco anos e dissesse isso, você acharia super legal e profundo.” Mas eu não disse isso aos vinte e cinco. Disse aos cinquenta e cinco.
Ah, esse desgaste. . . Mas por dentro estamos sendo renovadas dia após dia. Que pensamento maravilhoso.
Karen Hodge, obrigada por estar conosco hoje e por manter Cristo no centro.
Karen: Muito obrigada.
Raquel: A maioria das cenas de presépio inclui animais, pastores e os magos. Mas um personagem bíblico importante visitou o bebê Jesus antes que os magos chegassem. Como um personagem natalino pouco lembrado, Simeão tem muito a nos ensinar sobre quem Jesus é e por que Ele veio.
Tenha um ótimo final de semana. Vá à igreja. Adore o Senhor com o povo dele. E volte na segunda-feira para o inicio da serie “Meus olhos já viram a Tua Salvação”.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.