
Dia 1: Criando meninos hoje em dia
Dannah Gresh: Nos últimos anos, o termo “masculinidade tóxica” entrou para o vocabulário popular. Pois bem, Erin Davis quer ajudar seus filhos a evitarem os comportamentos pecaminosos descritos por esse termo. Mas ela também não parte do princípio de que toda masculinidade é necessariamente tóxica.
Erin Davis: Eu não quero ensinar meus filhos a serem masculinos de forma tóxica. Na verdade, eu não quero ensinar nada tóxico a eles. Mas quero ensiná-los que existe um Deus, e que já nas primeiras páginas das Escrituras vemos que Ele criou o homem e a mulher, e ambos são bons. E que Ele os criou com diferenças bem claras — e isso também é bom. Quero que eles aprendam que a masculinidade não é algo ruim.
Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do livro Mentiras em que as mulheres acreditam, na voz de Renata …
Dannah Gresh: Nos últimos anos, o termo “masculinidade tóxica” entrou para o vocabulário popular. Pois bem, Erin Davis quer ajudar seus filhos a evitarem os comportamentos pecaminosos descritos por esse termo. Mas ela também não parte do princípio de que toda masculinidade é necessariamente tóxica.
Erin Davis: Eu não quero ensinar meus filhos a serem masculinos de forma tóxica. Na verdade, eu não quero ensinar nada tóxico a eles. Mas quero ensiná-los que existe um Deus, e que já nas primeiras páginas das Escrituras vemos que Ele criou o homem e a mulher, e ambos são bons. E que Ele os criou com diferenças bem claras — e isso também é bom. Quero que eles aprendam que a masculinidade não é algo ruim.
Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do livro Mentiras em que as mulheres acreditam, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Como os pais podem criar meninos num mundo tão confuso como o nosso? Vamos abordar essa questão com um casal que entende muito bem disso.
Jason Davis era o gerente de marketing do Aviva Nossos Corações, e sua esposa Erin Davis era a gerente de conteúdo do ministério.
Mas hoje Erin e Jason estão aqui principalmente como pais de quatro meninos e coautores do novo livro Mentiras que os meninos acreditam e a épica busca pela verdade.
E você ouviu bem: esse é um lançamento muito aguardado! Mentiras em que os meninos acreditam. Muita gente pediu, implorou, aguardou por esse livro. Eu sei que muitas de nossas ouvintes vão ficar animadas em saber que ele finalmente chegou.
No final do programa vou contar mais sobre o livro e também sobre o guia para pais que o acompanha. Mas se você já está curiosa, pode acessar agora mesmo o site avivanossoscoracoes.com para mais informações.
Minha coapresentadora, Dannah Gresh, sentou com Jason e Erin para conversar sobre como criar meninos em tempos desafiadores.
Dannah: Hoje vamos oferecer algo que você normalmente não encontra no Aviva Nossos Corações: uma verdadeira descarga de testosterona. (risos) E quem melhor para nos ajudar com isso do que a mãe de quatro meninos? Você provavelmente já a conhece e ama tanto quanto eu: Erin Davis.
Erin: Que alegria estar aqui! Eu não costumo falar muito sobre meus filhos no Aviva Nossos Corações.
Dannah: Não, porque é um ministério voltado para mulheres.
Erin: Exatamente, é um ministério feminino.
Dannah: Mas nossas ouvintes têm filhos. Elas têm netos.
Erin: Com certeza.
Dannah: Então, de vez em quando precisamos falar sobre isso. E essa conversa não estaria completa sem um homem à mesa. Jason Davis, seja bem-vindo ao microfone.
Jason Davis: Obrigado pelo convite. É um prazer.
Erin: Eu gosto de apresentá-lo como minha cara metade, porque ele é mais do que minha metade, eu o considero dois terços de mim.
Jason: E eu sempre digo que isso é uma piada sobre o meu peso.
Erin: (risos) Não é!
Dannah: Certo, vamos começar por aqui. Erin, você algum dia imaginou ter só meninos?
Erin: Nunca! Para ser honesta, nem sabia se seria mãe algum dia. Eu cresci numa época em que isso não era idealizado como o maior sonho da mulher. Eu era muito, muito ambiciosa.
Enquanto outras meninas brincavam de casinha, eu provavelmente andava por aí com uma maletinha de “executiva mirim”. Com o tempo, o Senhor, em Sua graça, me mostrou que ser mãe é um ministério. Mas mesmo assim, não imaginei a família que Deus nos daria.
Nas três primeiras gestações a gente não soube o sexo do bebê antes do nascimento. Combinamos que no parto, o Jason me daria a notícia se era menino ou menina.
Jason: Verdade!
Erin: Mas todas as vezes ele ficava tão emocionado que mal conseguia falar. Então sempre havia aquele momento de: “E aí? E aí?” Até que, com a voz embargada, ele dizia: “É um menino!” Depois: “É outro menino!” E então: “Mais um menino!”
Quando engravidei do quarto, pensei: “É melhor descobrir logo, porque se não for uma menina, é bom eu já ir me preparando.” E era mais um menino.
Dannah: Mais um menino.
Erin: Não é a família que eu sonhava ter, mas é uma família que é um sonho realizado. Eles são simplesmente incríveis.
Dannah: Jason, conta pra gente os nomes dos meninos.
Jason: O mais velho é o Elijah, depois vêm o Noble, o Judah e o Ezra.
Dannah: E as idades vão de. . . até. . .?
Erin: Pegadinha!
Jason: (risos) É, eu sabia que você ia tentar descobrir isso, então me preparei antes.
Dannah: Bom, eu sei que um deles está aprendendo a dirigir. Ele tem uns quinze?
Jason: Sim, ele tem quinze.
Dannah: E o caçulinha tem uns quatro?
Jason: Isso mesmo.
Dannah: Tá vendo? Eu sei as idades dos seus filhos!
Erin: Muito bem, fez a lição de casa certinho. (risos)
Jason: Eu tenho tudo anotado no aplicativo de notas do celular, porque sempre que levo eles ao médico ou preencho algum formulário, preciso lembrar as datas de nascimento e tudo mais. Eu não sou daquele tipo de pai que guarda isso de cabeça.
Erin: Ah, basta saber que temos quatro bebês, né?
Jason: E eu estava lá quando todos eles nasceram.
Dannah: Isso é ótimo! E olha, você acabou de ministrar ao coração de muitos homens que estão nos ouvindo, porque eles também têm listas parecidas no celular!
Erin: Eu só consigo lembrar se for em ordem. Também não sou muito melhor que ele.
Jason: Eu sei que é fevereiro, fevereiro, julho e junho.
Erin: Acertou — dois bebês de inverno, dois de verão.
Dannah: Que legal!
Bom, o motivo pelo qual estou perguntando as idades, claro, é porque vocês estão no meio do processo de criar meninos neste contexto cultural tão desafiador. Quais são algumas das mentiras com as quais vocês têm que lidar e que eles correm o risco de acreditar?
Erin: Olha, eu acho que independentemente de quem você é, da sua idade ou do seu gênero, todos nós estamos vivendo numa cultura de engano. Somos suscetíveis às mentiras. Precisamos estar vigilantes contra elas. E precisamos conhecer a verdade — que está na Palavra de Deus. Mas eu também vejo que há mentiras específicas que os meninos estão enfrentando de maneira única.
Uma delas é tão básica que, como mãe, às vezes eu penso: “Não acredito que precisamos ensinar isso.” E é a verdade de que meninos e meninas são diferentes — e que essa diferença foi criada por Deus e é algo bom. A gente conversa muito com nossos meninos sobre isso. O que você acha, Jay?
Jason: Isso é algo que está sendo amplamente discutido pela sociedade — provavelmente no mundo todo. Mas é essencial que as famílias construam uma base bíblica sólida para seus filhos, ajudando eles a entender que homens e mulheres foram criados de forma complementar — diferentes, sim, mas ambos com valor diante de Deus.
Erin: E você acabou de dizer algo que eu não quero deixar passar: homens e mulheres foram criados. Queremos que nossos meninos saibam que eles foram feitos por Deus, que Deus existe, que Deus os ama. E que há uma fonte de verdade — e essa fonte é a Palavra de Deus.
Eu e Jason somos cristãos há décadas. Fomos abençoados por fazer parte de uma igreja que ensina a Bíblia. Servimos no ministério. Mas nossos filhos não nasceram com todo o conhecimento que nós já tínhamos.
Teve uma vez que o Eli me disse que o Homem de Ferro era Deus. Foi aí que eu percebi: “Ah, eu sou a missionária enviada a esse povo não alcançado — meus filhos.”
Mesmo essas verdades mais básicas são fundamentais, especialmente quando nossos filhos estão começando a se perguntar: “Existe verdade? Como eu posso saber o que é verdadeiro? Como eu sei o que é mentira?”
Dannah: Uau. . . “Existe verdade?” é uma pergunta que, olha, quando eu era criança, eu jamais teria feito. Mesmo quando eu estava criando meus filhos — minha caçula vai fazer trinta anos esse ano, e minhas duas meninas já estão na casa dos trinta. . .
Erin: Não acredito!
Dannah: Pois é!
Erin: Eu lembro delas pequenininhas!
Dannah: Sim! A gente andava juntas naquela época.E naquela época, a verdade não era colocada sob microscópio. O céu era azul. A grama era verde. Dois mais dois era igual a quatro. (Olha só, até fiz uma conta de matemática e saí ilesa!)
Erin: (risos) Exatamente!
Jason: Muito bem! (risos)
Dannah: Mas hoje em dia, até essas coisas são questionadas, porque a verdade parece não ter mais um padrão, uma referência original. E isso se aplica a praticamente todos os assuntos — especialmente ao tema do gênero, que talvez seja o exemplo mais básico disso.
Erin: Sim. E como pais cristãos, a gente não precisa seguir os ventos da cultura. Também não fomos chamados por Deus para ser guerreiros culturais.
Mas sim, precisamos educar nossos filhos com os olhos bem abertos. E ter os olhos bem abertos nesse tempo significa reconhecer que nossos filhos estão crescendo num ambiente em que a verdade parece algo relativo.
Por isso, ajudar nossos meninos a entender que sim, existem coisas que são verdadeiras — que a verdade absoluta existe. A verdade tem um nome — o nome dela é Jesus. A verdade tem uma fonte — é a Palavra de Deus.
Isso é parte do que esperamos estar ensinando aos nossos filhos — e também é o que sabemos que outros pais cristãos precisam ser capacitados a fazer, assim como nós.
A verdade tem um nome — o nome dela é Jesus. A verdade tem uma fonte — é a Palavra de Deus.
Jason: Certo. Então, teoricamente, se a verdade não existe, a mentira também não existiria. Mas acho que todos nós sabemos que a mentira existe. Escutamos coisas que nos enganam, que não são verdadeiras. E se a mentira existe, então a verdade também precisa existir. É como luz e escuridão, cor e ausência de cor.
Dannah: Eu gostaria de falar sobre algumas verdades que precisamos ensinar aos nossos filhos e netos. Mas antes disso, vou jogar uma palavrinha aqui e ouvir o que vocês pensam.
Erin: Pode falar.
Dannah: Masculinidade tóxica.
Jason: Opa. Você tá olhando pra mim?
Erin: A gente tá olhando pro único homem à mesa! (risos)
Jason: Olha, eu acredito sim que a masculinidade tóxica existe.
Dannah: Claro.
Jason: Mas também acredito que existe feminilidade tóxica. Na verdade, acho que muitas vezes o que chamamos de "tóxico" é só a natureza humana sem Cristo. Homens abusivos, manipuladores, que usam o poder de forma errada — sim, isso é tóxico. Isso não é certo, e devemos combater esse tipo de comportamento.
Dannah: Concordo com você. Mas sabe o que me incomoda? É que eu sou mãe de um filho. Ele já está na casa dos trinta. . .
Erin: E agora ele também tem um filhinho!
Dannah: Isso mesmo. Ele acabou de ganhar um filhinho. E esse menininho vai crescer num mundo onde, se ele demonstrar força — uma força boa, uma força de Deus, um tipo de liderança que a Palavra aprova — pode acabar sendo rotulado como tendo “masculinidade tóxica”.
Erin: Vamos falar sobre lápis de cor por um minuto?
Dannah: Pode falar.
Erin: Pronta?
Dannah: Estou. Me conta.
Erin: Teve um estudo super interessante que moldou bastante a forma como eu vejo a criação dos nossos meninos. Um pesquisador viajou o mundo todo, e não foi só em escolas específicas ou num país só. A experiência era simples: dar uma caixa de lápis de cor para uma sala cheia de meninos e outra para uma sala cheia de meninas e observar o que eles fariam.
O resultado foi impressionante: os meninos, quase que em todo lugar do mundo, escolhiam de três a cinco cores — geralmente preto, cinza e marrom — e desenhavam cenas de impacto. Dois carros batendo, um soldado atirando, algum tipo de explosão.
Já as meninas escolhiam cerca de oito cores — com tons do arco-íris: roxo, rosa, amarelo, verde — e quase sempre desenhavam cenas com a mamãe, o papai, árvores, borboletas.
E o que os professores faziam com frequência? Mostravam o desenho da Dannah e diziam: “Olha que lindo o que a Dannah fez — uma família feliz, árvores, borboletas. E você desenhou uma batida de carro. Você devia desenhar como a Dannah.”
A conclusão do estudo foi que os meninos estavam recebendo, muito cedo, a mensagem de que havia algo de errado com eles. E que precisavam ser mais como as meninas. E eles reagiam de duas formas: ou ficando mais bagunceiros e rebeldes, ou se retraindo. E isso acabava afetando todo o percurso escolar deles.
Lembro de um dia, sentada no carro, acho que o Eli estava na pré-escola e o Noble ainda era bebê. Vi a escola fundamental liberar o recreio, e todos os meninos correram pro pátio o mais rápido que puderam. Se jogavam no chão, se agarravam uns nos outros. . . E aí a professora apitou e todos voltaram correndo pra dentro. E eu pensei: É assim que eles foram criados. Mas desde cedo eles ouvem: “O que há de errado com você? Por que você desenha violência? Por que pensa assim?”
Eu vi isso nos meus próprios filhos. Claro que existem variações, cada criança é única. Mas eu nunca quis que meus meninos recebessem, de mim ou de qualquer outro lugar, a mensagem de que, só por serem meninos, havia algo de errado com eles. Que eles deveriam agir mais como as meninas.
Ouço pais dizendo: “Armas não entram na minha casa.” Ok. Então não dê um biscoito em formato de retângulo pro seu filho, porque ele vai transformar aquilo numa arma. Não deixe ele pegar um galho no chão. Porque isso já está nele. Eu costumo dizer: “Um menino é, basicamente, um jogo de guerra ambulante.”
Nossos meninos estão praticando algo entre si! Agora, isso precisa ser direcionado? Com certeza. Eles precisam de discipulado? Claro que sim. Eu quero que meus filhos cresçam e não sejam como aqueles homens que o Jason descreveu — que usam sua força para dominar os mais fracos.
Mas também não quero que eles cresçam ouvindo que aquilo que os torna meninos, aquilo que Deus colocou neles, é ruim. E que deveriam ser mais como as meninas ao redor deles.
Acho que deveria ser óbvio — mas infelizmente, na nossa cultura, talvez não seja — que eu não quero ensinar masculinidade tóxica aos meus filhos. Também não quero ensinar nada tóxico a eles, de forma alguma.
Mas quero, sim, ensinar que existe um Deus, e que desde as primeiras páginas das Escrituras a gente vê que Ele criou o homem e a mulher — e que ambos são bons. E que Ele os criou de forma distinta, diferentes um do outro — e isso também é bom. A masculinidade não é algo ruim.
Mas a gente não pode sair carimbando tudo o que tem a ver com meninos, com homens, com masculinidade, com esse selo vermelho de “errado”. Tem muita coisa nisso tudo que é maravilhosa — e foi criada por Deus.
Dannah: Sim!
Jason: Você mencionou aquele estudo, e algo interessante é que, mesmo que os meninos desenhassem armas, esse não era o foco. Eles estavam desenhando ação, movimento, coisas acontecendo.
Erin: Isso! Alguns desenhos eram foguetes indo para o espaço.
Dannah: Aventura, atividade. . .
Erin: Exato.
Jason: Sim. A masculinidade não precisa ser violenta. Mas ela precisa ser uma força controlada. E quando essa força não é controlada da maneira certa, aí sim ela pode se tornar tóxica. Não só a masculinidade — qualquer força descontrolada pode ferir os outros.
A Bíblia diz: “O que o Senhor requer de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande humildemente com o seu Deus.”
Como é que um homem vai andar com humildade sem força — no sentido de autocontrole? Como vai amar a misericórdia? Porque, naturalmente, homens e mulheres tendem a reagir ao mal com resistência, com luta. Mas a misericórdia responde ao insulto com paz.
E praticar a justiça? Ah, poderíamos fazer uma série de podcasts só sobre isso, né? Ao longo da história, “justiça” virou uma palavra da moda, cheia de significados diferentes. Mas fazer justiça é fazer o que é certo pelas pessoas — especialmente por aquelas que foram injustiçadas. E como fazer isso sem algum tipo de força?
Sim, é errado e tóxico quando um homem usa sua força para machucar, rebaixar, desvalorizar — especialmente as mulheres. O homem fraco, o menino fraco, é o que mais corre risco de se tornar tóxico, porque ele não tem força para andar com humildade, não tem força para oferecer misericórdia, não tem força para lutar pela justiça.
Erin: Jason, qual é aquele ciclo que você sempre ensina pros nossos filhos sobre homens fracos e fortes? Eu nunca lembro direito. . .
Jason: Não fui eu que inventei, ouvi isso por aí, mas é assim:
Um homem forte cria tempos fáceis;
Tempos fáceis criam homens fracos;
Homens fracos criam tempos difíceis;
Tempos difíceis criam homens fortes.
Se você olhar pra história, esse ciclo se repete várias e várias vezes.
Erin: Nossos meninos sabem recitar isso de cor, porque você repete bastante. E tudo pra ajudá-los a entender o impacto que homens fortes e homens fracos têm sobre o mundo que Deus criou.
Jason: O meu desejo é que eles se tornem homens fortes. Não no sentido de serem bombados, musculosos. . . mas fortes no caráter. Homens que fazem o que é certo.
Dannah: Porque mesmo entre os seus quatro meninos, dá pra ver diferentes expressões de masculinidade.
Erin: Com certeza! O Eli tem um jeito. Aí veio o Noble, nosso segundo, totalmente diferente. Eu achei que o Judah ia ser um equilíbrio entre os dois — mas ele é outra coisa completamente! E depois veio o Ezra. . .
O Eli é aquele filho mais velho clássico, ama esportes, é bonitão, e as meninas vivem sorrindo pra ele quando estamos em público. O Noble já é mais estudioso, reservado. . .
Jason: Mas também é bem bonito, viu? E recebe muitos sorrisos também.
Erin: (risos) Verdade! As meninas sorriem pro Noble também.
Dannah: Ele é um menino mais tranquilo, né? Mais sensível. . .
Erin: Muito mais. É calmo, adora criar, gosta de arte. Ele até pratica esportes, mas não é fanático como o Eli.
Jason: E o Judah. . . bom, ele chama o estilo dele de “poderes de uma vagem fininha” (risos)
Erin: Tenho certeza de que o menino tem músculos. Acho que ele deve ter, sim.
Jason: Ah, ele tem músculos, mas são mais longilíneos.
Erin: (risos) Exatamente! Ele é magrinho, sabe? Tipo bracinhos e perninhas de miojo. Então, falando de força física, ele não é nada musculoso. Mas ele ama música. Mesmo com apenas nove anos, já gosta de compor músicas.
Dannah: Ele tem uma personalidade tão cativante!
Erin: Ele é o único extrovertido da casa — super ligado em pessoas. E não liga nada para a aparência. Vive com o cabelo bagunçado, tipo "selvagem" mesmo.
E aí tem o Ezra, que é o mais novinho. Ele tem uns hábitos bem típicos de menininho mesmo. Ama cavar a terra com seu caminhãozinho. Mas também é super apegado à mamãe.
Eles são todos diferentes. Ou seja, masculinidade não é uma fórmula pronta.
Jason: Não existe um molde único.
Erin: Se você olhar para qualquer um dos nossos meninos, não tem como pensar que eles são outra coisa, senão meninos. Eles são meninos mesmo! Mas cada um vive a masculinidade de um jeito diferente.
Dannah: Sim. E isso é verdade para qualquer criança. Cada uma vai ser um tipo diferente de menino ou de menina.
Erin: Exatamente.
Dannah: Mas como a gente pode enraizar essas crianças na Palavra de Deus para que o tipo de menino que eles são seja um menino segundo o coração de Deus? Por onde começar?
Erin: Eu acho que o ponto de partida é o Evangelho. Pode parecer aquela resposta “óbvia”, mas nossos filhos não nascem entendendo o Evangelho. E, se a gente não prestar atenção, podemos acabar passando a mensagem de que o Evangelho é sobre “ser um menino bonzinho”.
Mas o Evangelho de verdade diz que ninguém é bom — e que todos nós precisamos de Jesus. Esse fundamento é essencial, porque revela nossa necessidade dele. E isso é algo único em cada um.
Jason e eu somos parecidos no sentido de que os dois são pecadores. Mas temos inclinações diferentes para o pecado, áreas onde cada um luta mais. E com os nossos filhos é a mesma coisa.
Tentamos manter essa mentalidade de que nossa família não exibe Jesus através da perfeição — até porque a gente não consegue ser perfeito. A gente exibe Jesus por meio das nossas falhas. Porque justamente por sermos imperfeitos. . . precisamos de Jesus.
Jason: Eu diria até que tudo começa antes disso: começa com a oração. Orar pelos filhos — no caso, pelos meninos e se certificar que eles saibam que oramos por eles.
Toda manhã, quando estamos no carro indo pra escola, eu oro por eles em voz alta. Todos tiram os bonés e ficam quietinhos. E se o Ezie começa a fazer barulho, os irmãos logo dizem: “Shhh, quieto! O papai tá orando!”
Mas eu oro todo dia — não como um show, mas pra que eles saibam que isso é algo que eu faria mesmo que eles não estivessem ouvindo. E eu estou orando por eles diariamente.
Dannah: Você está modelando isso pra eles.
Jason: Isso. Mas quero que eles vejam, pra saberem que está acontecendo de verdade.
Dannah: Você disse que eles tiram os bonés? Você pede pra tirarem?
Jason: Sim. A gente não ora de boné na cabeça.
Dannah: E por que não?
Jason: Não acho que isso deva virar uma regra ou algo que a gente imponha a outras pessoas. Mas é uma questão de respeito. Quando você fala com alguém importante, tira o boné em sinal de respeito. Com Deus é a mesma coisa — tiramos o boné ao orar como sinal de reverência.
Dannah: Eu acho lindo que você está ensinando seus meninos a tirar o boné. Você está ensinando eles a se comportarem como cavalheiros.
O Bob sempre ensinou o Robbie que, na nossa família, as meninas nunca carregam bagagem.
Erin: Ah, eu gosto dessa regra!
Dannah: Os dois meninos faziam isso. E quando chegaram no grupo de jovens, era tipo: “Vai ter pizza hoje? Você esperou as meninas se servirem primeiro? Ficou no fim da fila?” Porque, para Bob, a questão era: “Como meu filho vai viver Efésios 5 — entregando sua vida pela esposa — se ele não praticar isso desde agora?” Essas coisas não surgem do nada.
Erin: Exatamente. Se nossos filhos chegarem ao casamento e só aí forem tentar aprender essa lição, vai ser complicado! Eu não sei se a gente já tinha ligado os pontos entre Efésios 5 — um trecho que a gente ama e apoia na forma como estamos criando os meninos — a essas práticas do dia a dia. Mas agora tudo faz mais sentido.
Nosso desejo é que eles estejam preparados para viver a vida que Deus os chamou a viver em todas as áreas.
E, pra deixar claro, isso não é uma exigência bíblica, tá? Não tem um versículo dizendo: “Tirarás o boné para orar.”
Dannah: Ou: “Homem deve ficar por último na fila da pizza.” Não tá na Bíblia.
Erin: Ou: “Carregarás toda a bagagem das mulheres.”
Dannah: (risos) Isso aí.
Erin: Mas estamos falando de formas práticas de treinar nossos filhos para viverem as verdades da Palavra. Coisas como viver de maneira sacrificial, considerar os outros mais importantes do que a si mesmos — como diz em Filipenses — e, como você citou, Efésios 5: maridos devem dar a vida por suas esposas. Isso precisa ser vivido na prática, no dia a dia. E na nossa cultura, essas pequenas atitudes são maneiras concretas de fazer isso acontecer.
Dannah: Claro!
Nancy: Bom, acabamos de ouvir um pouquinho de tudo — desde ensinar o Evangelho aos meninos até ensiná-los a serem educados. Mães ocupadas precisam estar prontas, em tempo e fora de tempo, para conversar com seus filhos sobre esses assuntos.
E todas nós, de alguma forma, estamos investindo na próxima geração de meninos — seja como avós, tias ou servindo os meninos na igreja ou na comunidade.
Jason e Erin Davis conversaram com Dannah Gresh sobre formas de incentivar a masculinidade dada por Deus na nova geração que está crescendo. E para ajudar ainda mais, eles escreveram um novo livro chamado Mentiras em que os meninos acreditam. O subtítulo é: e a épica busca pela verdade.
Jason e Erin escreveram o tipo de livro que sabiam que seus próprios filhos gostariam de ler. Por isso, o livro é uma história de aventura sobre dois garotos que aprendem lições importantes. À medida que os meninos leem o livro, vão participar de atividades que os ajudam a memorizar as verdades que estão aprendendo.
Eles também escreveram um guia para os pais, que ajuda você a ter conversas significativas com seus filhos sobre o que estão lendo.
Se você tem meninos na sua vida — seja como mãe, avó, professora ou líder —, espero que adquira um exemplar de Mentiras em que os meninos acreditam.
Esse livro pode ser um presente maravilhoso para qualquer família com meninos de 8 a 12 anos.
Talvez você conheça pais que se beneficiariam muito com essa conversa. Compartilhe este podcast com pais de meninos. Você pode usar o link disponível no nosso site ou no nosso canal do Youtube.
Dannah: Obrigada, Nancy.
Amanhã, Erin e Jason estarão de volta com ideias para ensinar a Palavra de Deus aos meninos na sua vida.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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