O Céu Reina – Ep. 10: quando você precisa de resistência ao enfrentar dificuldades (Daniel 9)
Raquel: Então, se Deus é soberano, podemos simplesmente relaxar, desconectar e deixar que Deus faça tudo? Não, de forma nenhuma.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O céu reina, sim, mas isso não significa que não há nada para nós fazermos sob o reinado do céu.
Deus age em resposta às orações, à humildade e ao arrependimento de Seu povo, para realizar Seus propósitos em nosso mundo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “O Céu Reina“, na voz de Renata Santos.
Você ora com paixão? Isso é algo que tenho me perguntado ultimamente – muito mesmo. Não quero que minhas orações a Deus se tornem comunicações mecânicas, sem fé, e rotineiras.
Quero que sejam conversas apaixonadas, cheias de verdade com Ele. Para Daniel na Bíblia, a oração fervorosa, de todo o coração, era uma parte importante de sua vida.
Vamos analisar as maneiras como …
Raquel: Então, se Deus é soberano, podemos simplesmente relaxar, desconectar e deixar que Deus faça tudo? Não, de forma nenhuma.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O céu reina, sim, mas isso não significa que não há nada para nós fazermos sob o reinado do céu.
Deus age em resposta às orações, à humildade e ao arrependimento de Seu povo, para realizar Seus propósitos em nosso mundo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “O Céu Reina“, na voz de Renata Santos.
Você ora com paixão? Isso é algo que tenho me perguntado ultimamente – muito mesmo. Não quero que minhas orações a Deus se tornem comunicações mecânicas, sem fé, e rotineiras.
Quero que sejam conversas apaixonadas, cheias de verdade com Ele. Para Daniel na Bíblia, a oração fervorosa, de todo o coração, era uma parte importante de sua vida.
Vamos analisar as maneiras como ele buscou o Senhor com perseverança e humildade, e como isso fez a diferença, especialmente quando ele enfrentou tempos difíceis. Vamos acompanhar Nancy na série sobre o livro de Daniel, intitulada “O Céu Reina“.
Nancy: Ontem à noite, enquanto fazia os preparativos finais para gravar este programa, recebi uma mensagem de texto de uma amiga que é professora.
Na semana passada, ela caiu em sua sala de aula e quebrou o braço – ela me deu os detalhes médicos, e eu não me lembro de todos eles.
Ela teve que passar por uma cirurgia, e agora o braço e a mão dela estão engessados. Ela está com muita dor.
Ela sabia que eu estava ensinando esta série sobre “O Céu Reina“, e me mandou uma mensagem para dizer: ” Enquanto eu estava orando por seus preparativos, me senti impulsionada a escrever ‘O Céu Reina’ no meu gesso”.
O problema é que o gesso está em sua mão direita, e ela é destra. Ela disse: “Não consigo escrever com a mão esquerda”, então com um marcador ela escreveu apenas as letras CR e me enviou uma foto disso em seu gesso.
Que exemplo perfeito sobre o tema desta série como um todo. Sejam ossos quebrados ou corações partidos ou nações despedaçadas, o céu reina. É o que estamos vendo em todo o livro de Daniel.
Conforme lemos o livro de Daniel – e espero que você esteja lendo ao longo desta série. Estou lendo repetidamente, às vezes leio em voz alta, às vezes ouço a leitura, como fiz hoje a caminho da gravação.
Então, ao ler o livro de Daniel você descobrirá que os capítulos 1-8 se concentram nas nações gentias e no plano de Deus para elas. Em seguida, os capítulos 9-12 se concentram no povo de Deus, e é aí que vamos começar hoje.
Abra sua Bíblia no capítulo 9 de Daniel. Enquanto faz isso, deixe-me dizer que vimos neste estudo que Daniel era um homem corajoso. Ele era um homem de grande sabedoria. Ele era um homem de grande habilidade.
Ele também, como veremos hoje, era um homem de oração. Acredito que a razão pela qual ele era um homem de oração era porque ele sabia e acreditava que o céu reina.
Se você realmente acredita nisso, você não acha que elevaria seus olhos e seu coração ao céu e pediria a Deus para fazer o que somente Deus pode fazer?
Vimos que Daniel era um homem de oração. Lembra-se de quando o rei Nabucodonosor ameaçou matar todos os seus conselheiros se eles não pudessem dizer ao rei o que ele havia sonhado na noite anterior?
Eu nem consigo me lembrar do que sonhei na noite anterior, quanto mais dizer a você o que você sonhou na noite passada! Mas Nabucodonosor disse que iria matá-los se eles não lhe dissessem o sonho e o seu significado.
Então Daniel foi para casa, contou aos seus amigos sobre a crise, e o capítulo 2 diz que ele “os exortou a pedir ao Deus dos céus misericórdia a respeito deste mistério”.
Ele disse: “Vamos orar” e Deus ouviu suas orações. Deus respondeu às orações deles e revelou o sonho e o seu significado a Daniel.
Depois vimos no capítulo 6, quando o rei Dario assinou um decreto que qualquer pessoa no reino estava impedida de orar por trinta dias, sob ameaça de morte. Então, o que Daniel fez?
Diz que ele “foi para sua casa… três vezes por dia se punha de joelhos, orava e dava graças ao seu Deus, como costumava fazer”.
E ele o fazia com a janela aberta, para que isso não fosse um segredo. Então nos diz que seus oponentes “encontraram Daniel fazendo súplicas e implorando ao seu Deus”.
Esse impulso, esse ritmo de oração estava profundamente enraizado na alma de Daniel. Dia após dia, independentemente do que estava acontecendo ao seu redor, independentemente do agito do dia, independentemente das ameaças, independentemente dos problemas e dos desafios, ele era um homem de oração.
Quando chegamos ao capítulo 9, nos deparamos novamente com Daniel em oração. Para oferecer uma visão geral do capítulo e contextualizar o que está por vir, veremos a oração de Daniel nos primeiros dezenove versículos.
Esta é uma oração séria e prolongada em nome do povo de Deus. É um modelo de oração intercessora. Inclui: louvor, confissão, intercessão e súplica. Esses são os primeiros dezenove versículos.
Em seguida, do versículo 20 até o final do capítulo, versículo 27, veremos como Deus responde à oração de Daniel.
Enquanto Daniel ainda estava orando, o anjo Gabriel foi enviado por Deus com uma resposta para ajudar Daniel a entender a visão que lhe havia sido dada. Dessa forma, testemunharemos a fervorosa oração de Daniel seguida da resposta de Deus.
O versículo 1 do capítulo 9 nos dá o contexto histórico para esta oração. Estava ocorrendo uma grande mudança política. O rei Belsazar e o Império Babilônico – já lemos sobre eles – não reinavam mais, e agora um novo rei, um novo império estava no poder.
(v. 1)“Dario, filho de Xerxes, da linhagem dos medos, foi constituído governante do reino babilônio.”
Vamos fazer uma pausa aqui. Se tivéssemos manchetes naquele dia, o Jornal da Babilônia ou algo assim, poderia ter dito: “Novo Rei Coroado! Dario é o novo governante!”
Daniel estava no exílio na Babilônia desde a adolescência e agora tinha oitenta e um anos, então ele tinha visto muitos reis irem e virem, mas ele não estava concentrado na nova administração.
Ele não estava preocupado se e como as políticas do rei o afetariam a ele e ao seu povo. Por quê? Porque Daniel tinha plena convicção de que o céu reina.
Enquanto a atenção de todos estava voltada para Dario, os olhos de Daniel estavam fixos no Deus Altíssimo e no Seu reino. Isso era o que importava para ele.
Daniel estava ansioso para saber, mesmo com tudo que estava acontecendo, tudo que estava nas manchetes – ele estava interessado em saber o que Deus estava fazendo em seu tempo; o que Deus estava fazendo em sua parte do mundo; o que Deus estava dizendo!
Como era possível que Daniel soubesse? E como podemos saber o que Deus está dizendo e fazendo em nosso tempo, com o ir e vir de novos governantes, reis, presidentes? Bem, vamos ver o versículo 2:
“No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelas Escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos.”
Refletindo sobre isso, considere que Daniel não buscava compreender os eventos por meio das redes sociais ou jornais de seu tempo, como frequentemente fazemos.
Diante das questões sobre “O que está ocorrendo em nosso mundo?” e “O que devemos fazer?”, em vez de recorrer às notícias ou às redes sociais, Daniel fundamentou seu entendimento, perspectiva, esperança e orientação olhando para cima e dedicando-se à leitura das Escrituras.
Particularmente ele estava lendo Jeremias capítulos 25 e 29; quando puder leia esses capítulos e perceba o que Daniel estava lendo.
À medida que ele estudava o livro das profecias de Jeremias, Daniel ficou sabendo que o cativeiro babilônico e a desolação de Jerusalém em sua terra natal durariam setenta anos.
Ainda havia alguns anos para terminar essa linha do tempo. Então, depois desses setenta anos, Deus julgaria os babilônios e Deus restauraria Seu povo à sua terra natal.
Jeremias havia escrito essa profecia que Deus lhe havia dado. Agora Daniel lê essa profecia e fica surpreso, fica chocado, se move, fica comovido em sua alma, porque ele tem um vislumbre do que Deus está fazendo e do que Deus está realizando.
O que Daniel fez em seguida? O que ele fez com o que viu na Palavra? Ele orou. Veja o versículo 3:
“Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza.”
Portanto, o estudo da Palavra levou Daniel a ajoelhar-se e o levou a orar. As orações de Daniel eram baseadas nas Escrituras, na Palavra de Deus.
Os dois – oração e leitura da Palavra – andavam de mãos dadas, como deveria ser para nós. Que o nosso estudo da Palavra de Deus nos leve à oração e que nossas orações sejam fundamentadas na Palavra de Deus.
Daniel diz: “Eu me voltei ao Senhor … para procurá-Lo em oração.” Ele desviou sua atenção de todas as coisas que estavam acontecendo em seu mudo, de tudo o que estava acontecendo com um novo rei e um novo império, as mudanças nas regras, leis e políticas. “Eu desviei minha atenção de tudo e busquei ao Senhor, clamei a Ele em oração.”
Se quisermos orar de forma eficaz, teremos que desviar nossa atenção de algumas coisas para que possamos realmente buscar a Deus.
Precisamos desviar nossa atenção das preocupações que podem estar nos afligindo, deixando de lado distrações desnecessárias.
Essa é a coisa mais difícil para mim em relação à oração: todas as distrações. Daniel tinha uma intencionalidade em suas orações.
Ele desviou sua atenção de seu iPhone, por assim dizer, de todas as coisas que faziam parte de seu dia e de suas distrações e tarefas como alto funcionário do governo, e ele voltou sua atenção para o Senhor, voltou-se para o Senhor.
Se nossos olhos estiverem focados em todas as coisas que acontecem ao nosso redor e essa for nossa fonte de concentração, não seremos pessoas de oração.
Para sermos pessoas de oração cujas orações fazem a diferença, teremos que colocar nossos olhos na Palavra, elevando, em seguida, nossos olhos e concentrando nossa atenção Nele, buscando o Senhor fervorosamente em oração.
Observe também que Daniel não se sentou passivamente depois de ver essa profecia e essa promessa – em setenta anos o cativeiro babilônico acabará.
Isso não o fez sentar-se passivamente e esperar que Deus cumprisse Suas promessas. “Ok, isso é o que Deus disse que vai fazer; é o que Ele vai fazer. Ótimo! Vou apenas esperar que isso aconteça.”; “Jesus está voltando? Ótimo! Vou apenas sentar aqui e esperar que isso aconteça.”
Não! Daniel se humilhou depois de ler essa profecia, depois de ficar sabendo o que Deus estava prestes a fazer, e ele orou. Ele orou.
O céu reina, sim, mas isso não significa que não há nada a fazer sob o reinado do céu. Deus age em resposta às orações, à humildade e ao arrependimento de Seu povo, para cumprir Seus propósitos em nosso mundo. Nossas orações importam.
Isso é algo que vejo na vida de Daniel, e é algo que vejo em pessoas que oram. Normalmente, não são as pessoas mais famosas, cujos nomes vemos em outdoors ou falando em grandes conferências.
As pessoas que oram são aquelas que Deus está usando para cumprir Seus propósitos em nosso mundo. Ele ordenou esses meios. Então, o céu reina, mas nossas orações ainda importam.
Você encontra a oração de Daniel nos versículos 4-19. Eu adoraria ler o texto inteiro mas não vou ler agora, porém, gostaria muito que você separasse um tempo para ler essa passagem depois de ouvir este episódio.
Leia em oração, leia com reflexão. Aprendemos a orar ouvindo outras pessoas orarem, e tenho aprendido muito sobre orar ao mergulhar na oração de Daniel nestes últimos dias.
Não foi uma oração casual, não foi uma oração apressada. Na verdade, é uma das orações mais longas e sinceras que você encontrará em todas as Escrituras. Daniel derrama seu coração diante de Deus.
Oferecerei uma sinopse breve da oração, no entanto, reitero a importância de que você retorne e absorva cada palavra desse momento de intercessão. Eu a ouvi repetidamente, li repetidamente.
Ele começa no versículo 4, dizendo:
“Orei ao Senhor, o meu Deus, e confessei:
‘Ó Senhor, Deus grande e temível, que manténs a tua aliança de amor com todos aqueles que te amam e obedecem aos teus mandamentos,’”
Como Daniel começa sua oração? Com louvor, com adoração, com um foco em Deus. Ele exalta o caráter de Deus, que mantém Sua aliança.
Então, o que acontece quando vemos a grandeza, a graça e a bondade de Deus? Vemos a nós mesmas mais claramente à luz Dele.
A adoração de Daniel o levou a uma consciência de pecado e uma confissão sincera de pecado, como acontece conosco. Quando adoramos, começamos a perceber quão pecadores e necessitados somos da misericórdia e graça de Deus.
Nos versículos 5 e 6, ele diz:
“…nós temos cometido pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos afastamos dos teus mandamentos e das tuas leis.
Não demos ouvido aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos líderes e aos nossos antepassados, e a todo o teu povo.”
E assim por diante, até o versículo 15 ele confessa pecados.
Você notará nessa longa oração de confissão que não há uma única menção dos pecados dos babilônios ou dos medos e persas.
Eles tinham muitos pecados, não me entenda mal, mas não foi isso o que Daniel confessou. O que ele disse no versículo 5 e novamente repetidamente nesta oração? “Nós pecamos.”
No versículo 20, ele diz:
“Enquanto eu estava falando e orando, confessando o meu pecado e o pecado de Israel, meu povo…”
Daniel se identificou com os pecados do povo de Deus. Ele não se desculpou. Ele não culpou. Ele não defendeu. Ele não racionalizou. Ele apenas confessou humildemente: “Nós pecamos.”
Depois, naquela oração, ele basicamente diz a Deus: “Porque pecamos, trouxeste desgraça sobre nós. Este cativeiro é algo que Tu fizeste.
Em última instância os babilônios não foram os responsáveis por isso. Tu fizeste isso porque nos disse que, se nos afastássemos de Ti, trarias desgraça sobre nós.”
Ele cita a Palavra de Deus a Deus. Ele vê a mão de Deus naquele exílio babilônico. Ele diz: “Merecemos tudo o que nos aconteceu. Foste justo em tudo que fizeste.
Nos disciplinaste, e ainda assim recusamos a nos afastar de nosso pecado e voltar à Tua verdade.” Isso é o que ele confessa nessa oração.
Depois, ele diz: “Apesar de tudo isso, Tu és compassivo e perdoador.” Sabendo isso sobre Deus, chegamos ao versículo 16, e ele faz sua petição, sua súplica. Louvor, depois confissão e, em seguida, petição e súplica. Versículos 16 a 19:
“Senhor … afasta de Jerusalém, da tua cidade, do teu santo monte, a tua ira e a tua indignação … olha com bondade para o teu santuário abandonado … abre os teus olhos e vê a desolação da cidade que leva o teu nome.
Não te fazemos pedidos por sermos justos, mas por causa da tua grande misericórdia. Senhor, ouve! Senhor, perdoa! Senhor, vê e age! Por amor de ti, meu Deus, não te demores, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome”.
Daniel suplica a Deus para agir de acordo com Seu caráter. Ele apela humildemente e ousadamente por misericórdia, sabendo que eles não a merecem.
Ele diz: “Senhor, isso não é por nossa causa, é por Tua causa. Não se trata de nós; trata-se de Ti e do Teu grande nome.”
Onde estão os homens e mulheres hoje que oram dessa maneira? Não há muitos, não é mesmo?
Tenho me questionado, enquanto estava imersa neste trecho nas últimas semanas: “Por que não oro assim,” sabendo o que sei sobre a condição desesperadora do povo de Deus e as incríveis e graciosas promessas de Deus?
Essa é a oração que flui do entendimento dos caminhos de Deus.
Bem, nos versículos 20-27, temos a resposta do céu (a resposta veio enquanto ele estava orando). Começando nos versículos 21 e 22:
“Enquanto eu estava falando e orando, Gabriel, o homem (o anjo) que eu tinha visto na visão anterior, veio voando rapidamente para onde eu estava à hora do sacrifício da tarde. Ele me instruiu e me disse: “Daniel, agora vim para dar-lhe percepção e entendimento.”
O anjo chegou até ele em sua extrema exaustão. Ele estava exausto por derramar seu coração.
No capítulo anterior, capítulo 8, onze anos antes, Gabriel, o mensageiro de Deus, havia vindo para explicar a Daniel a visão do carneiro, do bode e do pequeno chifre.
Agora, Gabriel aparece novamente para explicar mais dos propósitos de Deus e do plano de Deus a Daniel. No versículo 23:
“Assim que você começou a orar, houve uma resposta, que eu lhe trouxe porque você é muito amado.”
Em Deuteronômio 14, v. 2, Deus disse ao Seu povo: “Dentre todos os povos da face da terra, o Senhor os escolheu para serem o seu tesouro pessoal.”
O povo de Deus é precioso para Deus. Ele nos ama e nos ouve e responde às nossas orações. Então Gabriel disse:
“Por isso, preste atenção à mensagem para entender a visão: “Setenta semanas estão decretadas para o seu povo (os judeus) e sua santa cidade (Jerusalém, a centenas de quilômetros de distância, em ruínas).”
Veja bem, setenta semanas! Poderíamos passar uma semana ou mais apenas tentando entender esses últimos sete ou oito versículos do capítulo 9.
Os comentaristas quase que universalmente concordam que isso são setenta “setes”, são setenta semanas de anos, equivalendo a 490 anos; no entanto, há divergências sobre quando esse período começa e quando ele termina.
Pode ser o período entre o retorno dos judeus do exílio na Babilônia para sua terra natal em Jerusalém até a morte de Cristo.
Do retorno do exílio à morte de Cristo, são cerca de 490 anos, mais ou menos, dependendo de quando começa e quando termina. Mas o resultado final desse período de tempo é claro neste trecho. Ele continua dizendo (vv. 23-24):
“Setenta semanas estão decretadas … para acabar com a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar as culpas …”
Reflita sobre o que Daniel tinha acabado de orar. Ele tinha confessado pecado, dizendo: “Deus, ouça-me e perdoe o nosso pecado!”
O que Deus diz antes de Daniel terminar de orar? “Eu ouvi suas orações, e ao longo deste período de tempo vou fazer cessar sua rebelião. Vou expiar a iniquidade. Vou dar fim ao pecado. Tudo em resposta à oração de Daniel.
Então ele diz: “… para trazer justiça eterna…” Ele não vai apenas afastar o pecado, mas Ele vai criar uma nova ordem mundial onde não haverá pecado.
Quão maravilhoso é isso!
(v. 24)”… para cumprir visão e profecia e para ungir o lugar santíssimo”.
Profecias e visões não serão mais necessárias porque tudo terá sido cumprido e a fé se tornará visão; veremos ao Senhor.
O restante deste capítulo não é muito longo, mas é uma profecia extremamente detalhada e complexa sobre esse período de setenta semanas.
Os estudiosos da Bíblia gastaram muita tinta tentando entender a quem essas profecias se referem e quando devem ocorrer.
A maioria concorda que, como muitas profecias do Antigo Testamento, essas profecias têm uma visão a curto prazo e uma visão a longo prazo.
A visão a curto prazo não é para amanhã. A visão a curto prazo abrange eventos relacionados ao povo de Israel ao longo de centenas de anos, incluindo a vinda de Cristo à terra.
Essa é a visão a curto prazo – centenas de anos. Essas profecias que têm essa visão a curto prazo foram cumpridas com detalhes impressionantes e em tempo preciso.
Quando Deus disse que essas coisas aconteceriam – ao examinar essas profecias, vemos que Deus as cumpriu no dia exato em que disse que aconteceriam.
Mas também há uma visão a longo prazo nessas profecias que aponta para o fim dos tempos, quando o plano eterno de Deus para as eras será concluído e consumado.
De fato, há muitas coisas que não estão claras neste trecho e nos últimos capítulos do livro de Daniel. Enquanto estudava esta passagem, em alguns momentos pensei: “O Senhor não poderia enviar Gabriel para me ajudar a entender isso?”
Então me lembrei de que acho que é por isso que temos o Espírito Santo, para nos mostrar o que precisamos saber e entender!
Há coisas que são realmente difíceis de entender nesses últimos capítulos de Daniel, mas quero destacar algumas coisas que são claras no final:
Deus tem um plano para o Seu povo, tanto no passado como agora; e Seu plano é fazer cessar o nosso pecado, expiar a iniquidade e trazer justiça eterna (v. 24). O que poderia ser mais importante do que isso?
Depois, no versículo 25, para cumprir tudo isso, Deus prometeu enviar um Ungido à terra; “Messias, o Príncipe”, como algumas de traduções dizem.
No versículo 26, esse Messias seria “cortado”. Isso se refere à crucificação de Cristo. Foi isso que trouxe o perdão do pecado e a expiação de nossa iniquidade.
Vemos também no versículo 26 que um “governante maligno” destruiria mais uma vez a cidade santa, Jerusalém, e o templo.
Na visão a curto prazo, isso se cumpriu em 70 d.C., quando os romanos destruíram Jerusalém. Na visão a longo prazo, essa profecia será cumprida pelo Anticristo, quase no fim desta era.
Vemos nestes versículos que até o fim dos tempos, haverá dificuldades e desolações na terra, incluindo desastres naturais, guerra, perseguição do povo de Deus.
Não se surpreenda quando essas coisas acontecerem, porque todas foram decretadas por Deus.
Vemos neste trecho que Deus controla o momento exato em que todas essas coisas acontecem, e Deus controla a extensão precisa até onde essas forças são capazes de realizar suas ações malignas.
Ele controla tudo, mas isso inclui as forças que se levantam contra o Seu povo. Vemos neste trecho que, aconteça o que acontecer ao povo de Deus, Ele nunca abandona os Seus, aqueles que Lhe pertencem.
Vemos no versículo 27 que, em última análise, Deus restaurará e purificará o Seu povo, e derramará destruição sobre aqueles que causaram essas desolações na terra.
Quando parece que pessoas más, reis, governantes, pessoas más com planos malignos estão vencendo, lembre-se, chegará o momento em que tudo isso vai acabar e Deus destruirá todos aqueles que perpetraram o mal e as desolações nesta terra.
Em tudo que os governantes terrenos e seus esforços fazem contra o povo de Deus, o céu ainda reina.
Então duas vezes somos lembradas no versículo 26, “Todas essas dificuldades chegarão ao fim.” Você verá as palavras “o fim” repetidamente nestes últimos capítulos de Daniel.
Haverá um fim para o pecado, a violência, os ataques e a maldade. Essas coisas chegarão ao fim.
Daniel orou para que Deus perdoasse e intervisse em favor do Seu povo, e a resposta trazida por Gabriel foi que Deus ouviu a oração de Daniel e que Deus faria como Daniel pedira … em Seu próprio tempo. Enquanto isso, o povo de Deus não deve se desanimar.
Precisamos perseverar nas dificuldades, agarrando-nos à fé naquele que prometeu que um dia todas as coisas nesta terra serão redimidas e renovadas.
No centro deste plano complexo, detalhado e eterno, que é plenamente conhecido apenas na mente de Deus, está o Ungido de Deus, Seu Messias.
Jesus, que é apresentado nesta passagem. Ele é a nossa esperança. Ele é a resposta para todos os anseios mais profundos, todas as maiores crises e todas as orações fervorosas do Seu povo.
Portanto, oremos: “Venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu,” e confiemos que Deus está ouvindo.
Deus está respondendo, mesmo quando não podemos ver a resposta, mesmo quando ela está a centenas ou milhares de anos de distância, talvez; mas sabendo que em Cristo todas essas orações serão respondidas, e todas as coisas serão renovadas.
Raquel: Quando você está no meio de uma situação difícil e não consegue ver nenhuma luz no final do túnel, não desista. Nancy DeMoss Wolgemuth tem lhe assegurado que Deus ouve suas orações; Ele está com você. Você pode perseverar através de qualquer coisa ou situação que estiver enfrentando, pela Sua força, quando mantém os olhos fixos Nele. Às vezes, precisamos de lembretes tangíveis para direcionar nosso pensamento de volta a Cristo.
Lembretes tangíveis como ler a Palavra de Deus ou vê-Lo agir em uma situação, ou ler um ótimo livro como o novo livro de Nancy, “O Céu Reina“. Ela o escreveu para dizer: “Tenha coragem. Tenha conforto. Nosso Deus está no controle.” Você pode adquirir uma cópia deste livro no nosso site www.avivanossoscoracoes.com.
No próximo episódio, Nancy nos levará ao capítulo 10 de Daniel. Este é outro trecho difícil. Se possível, leia essa passagem antes de escutar o próximo episódio? Na verdade, os capítulos 10 a 12 formam uma unidade, e são capítulos que tendemos a pular. Mas eles nos dão uma visão do plano eterno de Deus para o nosso mundo e o Seu povo. Então, aqui está a sua tarefa de casa para o final de semana. Com oração, leia os capítulos 10 a 12 de Daniel e fique atenta aos vislumbres de “O Céu reina”. Combinado?
Obrigada por ouvir hoje, tenha um ótimo fim de semana, e aguardamos você na segunda-feira, quando mais uma vez pediremos ao Senhor que avive nossos corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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