
Dia 8: Cumprindo a sua missão (Parte 2)
Raquel: Hoje vamos encerrar a segunda parte da mensagem final desta série, onde Nancy fala sobre como nós, mulheres, podemos permanecer focadas em cumprir a missão que Deus nos confiou.
Essa é a última de uma série de oito mensagens sobre o que significa ser uma Mulher Verdadeira — e por que isso é tão importante.
Agora, vamos ouvir a conclusão da mensagem da Nancy, apresentada na Conferência True Woman de 2008.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O pastor John Piper tem um recurso maravilhoso sobre masculinidade e feminilidade bíblica — eu acho que no nosso centro de apoio, que se chama “Qual é a diferença”? Uma das coisas mais úteis que eu já li sobre as diferenças biblicamente entre homens e mulheres. Mas deixe-me ler uma citação onde ele fala sobre o que significa ser uma mulher verdadeira. “No coração da feminilidade madura existe uma disposição libertadora ou …
Raquel: Hoje vamos encerrar a segunda parte da mensagem final desta série, onde Nancy fala sobre como nós, mulheres, podemos permanecer focadas em cumprir a missão que Deus nos confiou.
Essa é a última de uma série de oito mensagens sobre o que significa ser uma Mulher Verdadeira — e por que isso é tão importante.
Agora, vamos ouvir a conclusão da mensagem da Nancy, apresentada na Conferência True Woman de 2008.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O pastor John Piper tem um recurso maravilhoso sobre masculinidade e feminilidade bíblica — eu acho que no nosso centro de apoio, que se chama “Qual é a diferença”? Uma das coisas mais úteis que eu já li sobre as diferenças biblicamente entre homens e mulheres. Mas deixe-me ler uma citação onde ele fala sobre o que significa ser uma mulher verdadeira. “No coração da feminilidade madura existe uma disposição libertadora ou uma inclinação, [é uma disposição libertadora, não é para nos colocar na prisão, amigas], uma inclinação para receber e nutrir-se de força e liderança de homens dignos em caminhos apropriados para os diferentes relacionamentos de uma mulher”.
Feminilidade madura, aquela disposição e inclinação para afirmar, receber e nutrir força e liderança de homens dignos de formas apropriadas em nossos diferentes relacionamentos. É diferente com um marido do que com um colega de trabalho, com o irmão. Há maneiras diferentes que são apropriadas, mas ele diz que essa é uma inclinação libertadora para nós, mulheres.
E Débora ilustra isso tão lindamente, ela agia de maneira a afirmar e levantar a liderança masculina. Ela não mandava em Baraque, dizendo a ele o que fazer. Ela só entregou a mensagem do Senhor. Versículo 6, do capítulo 4: “Porventura o Senhor de Israel não te deu ordem?” Ela nutria a liderança de Baraque sem querer parecer que era isso que ela estava tentando fazer. “Vamos ajudar os homens a serem mais homens, né?” — nada dessa atitude. Eu amo essa mulher. Sem picuinhas, ela deu uma oportunidade a Baraque para que ele preenchesse o seu chamado por Deus como líder, um protetor, um defensor. Nós a vemos num papel responsivo, ajudador. Ela está disposta a acompanhar o Baraque na batalha pela iniciativa dele e pelo seu apelo. Essa não é a mulher que está tomando as rédeas.
Capítulo 4, verso 9: “Certamente irei contigo”. Nós vemos que essa mulher estava encantada em ver homens se levantando e tomando a liderança, assim como os nossos corações ficam encorajados e agradecidos quando vemos Deus levantando homens santificados para orar, para pregar, para liderar. Nós queremos ser grata por isso — isso nos encanta, nos encoraja. Olhe o capítulo 5, verso 2, no hino de Débora: “Desde que os chefes se puseram à frente de Israel e o povo se ofereceu voluntariamente”. Glória a Deus! Ela estava grata por isso.
Verso 9, capítulo 5: “Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, que voluntariamente se ofereceram entre o povo”. Ela afirma a liderança masculina. Então vemos em Débora uma mulher de fé e uma mulher de coragem. E o legado de sua vida é que, através do seu encorajamento e influência, os homens da sua época tornaram-se homens — assumiram de fato a liderança, aceitaram a responsabilidade de enfrentar o mal e defender suas esposas e filhos.
Não é o poder do controle, mas é o poder da influência que temos como mulheres. Vejo nessa mulher um coração humilde. Humildade é como a graça e o orgulho sendo a sua antítese, a raiz principal de todos os pecados. Vejo um coração humilde aqui, não estava querendo crédito ou ser a heroína da história. Se vocês estivessem na reunião de oração, terem ouvido a Abby de nove anos, citar para nós os últimos versos de Hebreus, capítulo 11. Ela tinha sentado conosco a conferência inteira.
Ela tomou nota de cada preletora. Ela encheu seu caderninho de notas e havia sobrado apenas uma página para hoje — provavelmente, ela já está sem espaço. Mas ela citou para nós os últimos versículos de Hebreus, capítulo 11, aquele grande “hall da fé”. E naquela passagem havia 14 homens do Velho Testamento e duas mulheres do Antigo Testamento que foram nomeadas. Lembram quem eram? Sara e Raabe. Não tem Débora naquela lista, ela não é citada.
Mas ouçam isso, o verso 32 de Hebreus 11: “Certamente me faltará o tempo necessário para falar de Gideão [faz sentido], Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas. Por meio da fé, conquistaram reinos e praticaram a justiça”. Como é possível que Baraque foi parar nessa lista e Débora não?
Débora não é citada, mas Baraque o é como um grande homem, de grande fé. Na verdade, ele não era assim no começo. Débora viveu numa época onde os homens eram passivos e medrosos e recusavam estar à altura do desafio. Débora teve fé no início, mas no fim é a fé de Baraque que é reconhecida em Hebreus, capítulo 11.
Sabe de uma coisa? Eu acho que isso teria deixado Débora feliz. Eu acho que isso a teria feito feliz, porque ela estava cumprindo o seu papel dado por Deus como ajudadora. E quando Baraque é reconhecido no final como um homem de grande fé, vocês não acham que ela diria “Sim! Obrigada, Senhor, por dar a esses homens coragem e levantá-los”?
E lembrem-se: no livro de recordes do Céu, o nome de Débora está lá. E o seu nome pode estar lá, junto com os nomes dos homens que Deus usa em nossas vidas para influenciar-nos.
Bom, no capítulo 4, no verso 12, temos a descrição da batalha:
Anunciaram à Sísera que Baraque havia subido ao monte Tabor. Sísera convocou todos os seus 900 carros de ferro, [só para não esquecermos quão sério era esse inimigo] e todo o povo que estava com ele de Harosete-Hagoim para o rio Quisom. Débora disse a Baraque: ‘Levanta-te, porque este é o dia em que o Senhor entregou Sísera nas tuas mãos: Porventura o Senhor não saiu diante de ti?’ E desceu, pois Baraque do monte Tabor, e 10.000 homens com ele.
Baraque está numa situação perigosa, com risco de vida. E o que a Débora faz? Ela atende ao seu chamado e encoraja esse homem com as promessas de Deus. Nós sabemos o final da história, mas o que Baraque sabe é que aqueles 900 carros estão indo para cima dos seus 10.000 soldados. Ela o encoraja com as promessas de Deus, inspira a avançar pela fé. Dos lábios de uma mulher de fé, ela o encoraja com as promessas de Deus. Ela o inspira a avançar pela fé. Mulheres, as palavras de uma mulher podem inspirar coragem e fé nos homens ao nosso redor, nossos maridos e filhos e pastores e outros.
Então vamos parar de ficar falando sobre homens passivos que se recusam a aceitar desafios e vamos ser mulheres de coragem, fé e humildade que usam palavras construtivas em vez de destrutivas. Isso vocês viram no vídeo de ontem a Kim, compartilhando com tanta transparência a sua própria vida, como ela pouco a pouco destruiu a masculinidade do seu marido, até que aquele homem, que tinha sido corajoso, se tornou enfraquecido.
Quantas de nós, mulheres, nossas palavras têm enfraquecido a coragem, a fé e a masculinidade dos homens à nossa volta? Vamos colocar um fim nisso e começar a falar palavras de coragem e fé? “Meu marido não é um guerreiro!” Você acha que Deus pode torná-lo um guerreiro? Acredita que Deus pode infundir fé no coração dele? “Você não sabe de nada, ele é horrível!” Você acha que Deus pode redimir os horríveis? Deus nos redimiu. Ele está nos redimindo. E, a propósito, também temos muito para ser redimidas. E alguns desses homens são tão pacientes conosco, mulheres controladoras, coniventes e manipuladoras — como Ford, sempre têm uma ideia melhor.
Você sabe, Deus tenha misericórdia desses homens. Tanto que viver com algumas de nós que, às vezes, somos megeras. Aqui está uma mulher que é o modelo de uma encorajadora e de como suas palavras inspiram coragem em vez de destruir.
Olhem no versículo 15:
E o Senhor derrotou a Sísera e a todos os seus carros, e a todo o seu exército, diante de Baraque, ao fio da espada, e Sísera saltou do seu carro, e fugiu a pé. Mas Baraque perseguiu os carros e os exércitos até Harosete-Hagoim, e todo o exército de Sísera caiu ao fio da espada, sem escapar nem um sequer.
E quem foi o herói? O campeão nessa história? Não é Débora, nem Baraque. Quem foi? Quem derrotou Sísera e todos os seus carros? Foi Deus! Quem rendeu Jabim, o rei de Canaã, diante do povo de Israel, no verso 23? O Senhor fez! Deus será vitorioso, e os Seus inimigos serão derrotados. Quando o inimigo, a maré do mal vier como uma inundação, Deus levantará alguém contra ele. O nome, a cruz de Cristo, o Evangelho de Cristo, a verdade de Deus, que é mais poderosa do que todos os carros do mundo, ideologias, filosofias, poderes, exércitos e falsas religiões.
Deus é a vitória, Deus é o campeão. A batalha é do Senhor.
Vemos uma coisa linda nessa passagem e a vemos na vida como Deus usou meios humanos na batalha; Ele usou Baraque, aqueles soldados lutaram bravamente, mas Deus também enviou intervenção divina sobrenatural para vencer a batalha. Olhe o capítulo 5, verso 20. Eu amo esses versículos e provavelmente nunca parou para pensar sobre eles antes. Capítulo 5, verso 20: “Dos céus pelejaram as estrelas, desde os céus pelejaram contra Sísera, o ribeiro Quisom os arrastou, Quisom o ribeiro das batalhas”. Que que significa isso? Olhe, parece, conforme lemos essa passagem, que Deus enviou no meio dessa batalha, uma tempestade violenta, relâmpagos, uma chuva torrencial com granizo, com neve e o rio Quisom, que é normalmente apenas um pequeno minúsculo córrego, inundou. E o que aconteceu com as carruagens dos cananeus, que todos acharam que seriam a sua força? As rodas ficaram atoladas na lama, nas águas inundadas, e o inimigo foi atirado ao pânico e confusão, e os homens nas carruagens começaram a fugir a pé, para escapar da ira do Deus Jeová e do Seu exército.
Agora, o mais incrível é que Baal, o deus cananita, era o deus das tempestades, assim eles pensavam. E naquele momento Deus Jeová demonstrou Seu supremo poder sobre as tempestades, e sobre Baal, e sobre todos os falsos deuses.
Mulheres, não há limite para os recursos de Deus e Seu poder. Coloque a si mesma fraca como você é, à Sua disposição, e Ele moverá céus e terras, se necessário, para defender você e glorificar a Si mesmo. Não subestime o poder, a grandeza e a graça de Deus.
No desenrolar da história, vemos que havia alguns israelitas que quiseram se juntar à batalha, mas havia outros que ficaram em casa e recusaram se envolver. Os participantes, os voluntários foram elogiados e abençoados por sua boa vontade. Veja o capítulo 5, verso 11: “Então, para os portões marcharam os filhos do Senhor”. Verso 14: “De Efraim eles marcharam para o vale, se seguiu Benjamim, com seus povos de Maquir, que é da tribo de Manassés, desceram comandantes e de Zebulom os que levam a vara de comando. Versículo 15: “Também os príncipes de Issacar foram com Débora, Issacar seguiu a Baraque, em cujas pegadas foi enviado para o vale”. Olha o versículo 18: “Zebulom é povo que expôs a sua vida à morte, assim como Naftali, nas alturas do campo. Então foram esses, essas tribos que quiseram se envolver na batalha”.
Mas havia outros que se recusaram a se envolver, apesar de morarem próximo, e eles foram repreendidos. Continuando no capítulo 5 olhe o versículo 15: “Entre as tribos de Rúben, houve grande discussão”. Sentaram e pensaram no assunto. Verso 16: “Porque ficaste entre os currais para ouvires o barulho da flauta? Entre as facções de Rúben houve grande discussão”. Eles pensaram sobre o assunto, mas eles não fizeram nada. Optaram por sentar e deixar os seus irmãos irem para o perigo da batalha e lutar. Verso 17: “Gileade, da tribo de Gade, ficou além do Jordão, e Dã, porque se deteve junto aos seus navios. Asser se assentou nas costas do mar e repousou nas baías”. Olhe o verso 23, ainda no capítulo 5: “Amaldiçoai a Meroz”, que muitos comentaristas acham que é uma cidade em Naftali, que ficava perto do local da batalha. “‘Maldito seja Meroz’, diz o anjo do Senhor. Maldito sejam os seus moradores, porque não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor e seus heróis’”.
Em seu comentário, Phillip Brooks diz: “Meroz se coloca como algoz porque ele quer ver outras pessoas lutarem as batalhas, enquanto ele só chega e pega os despojos”. O comentarista Matthew Henry disse: “Muitos são impedidos de fazer seus deveres pelo medo dos problemas, o amor ao fácil e uma afeição desordenada aos seus negócios mundanos”.
Isso tem sido um desafio para mim, porque Deus tem me chamado para a batalha. Às vezes, eu tenho sentido muito medo, querendo muito ficar para trás, longe dos problemas, e tenho sido lembrada que é o medo dos problemas, o amor ao fácil, uma afeição desordenada da vida mundana que pode me manter fora da batalha.
Deus não precisava dessas tribos para trazer a vitória. Fez sem a ajuda deles e tinha estrelas, raios e tempestade, tudo isso à Sua disposição. Mas aquelas pessoas perderam a oportunidade de se alinhar com Deus. Eles inventaram desculpas para não se envolver e eles foram desonrados porque escolheram ficar fora da batalha.
Deus não precisa de nós. Ele não precisa de você, não precisa de mim.
Os propósitos do Seu reino serão cumpridos neste mundo, com ou sem você e eu. Mas Ele dá a cada uma de nós uma oportunidade incrível para nossa geração de juntar-nos a Ele no que Ele tem feito neste mundo, na batalha entre o bem e o mal. Uma oportunidade de se juntar a Ele e ao Seu povo para arriscar nossa segurança e, talvez, nossas vidas e nos envolvermos. Você vai ser daquelas que se junta à batalha ou vai ficar sentadinha fazendo o que é seguro?
De volta ao capítulo 4, enquanto nos aproximamos do final desse relato, vemos uma outra mulher que se envolveu — reconhecidamente de uma maneira pouco diferente. Eu não vou ler o texto, mas começando no versículo 17, a esse relato dramático da destruição de Sísera pelas mãos de uma mulher chamada Jael. Jael não era israelita, mas se juntou ao Deus de Israel contra Seus inimigos.
Sísera foge no meio de uma chuva torrencial para a tenda de Jael, achando que estaria seguro lá. A família dela tinha um tratado com os cananitas. Sísera está com frio, está molhado, está exausto. Imagina ele encharcado. Tinha corrido debaixo da água. Jael o recebe, convida para entrar, dá a ele um pouco de leite para beber e ele está exausto da batalha. Ele cai no sono e Jael pega o martelo, acerta um prego na sua cabeça e o mata.
Olha, Matthew Henry, um dos meus comentaristas favoritos, sugere que é possível que Jael, inicialmente, não pretendia nada mais do que mostrar gentileza e hospitalidade, até que Deus “por um impulso imediato em sua mente, a dirigiu a fazer o contrário”. E ele prossegue: “Não devemos confiar em tais impulsos, hoje”.
Olha, isso é macabro. Se vocês não tinham ouvido essa história antes, você pode pensar: “Poxa vida, que modelo de papel é esse?” Mas tenha em mente que Sísera era um homem violento e impiedoso, que estava tentando destruir o povo de Deus. E de fato, nós lemos no capítulo 5 que a sua própria mãe — sua própria mãe — como ele e seus homens, não teriam titubeado em violentar e matar qualquer mulher que eles considerassem uma inimiga. E no hino de vitória de Débora, um ato de coragem de Jael é celebrado e ela é abençoada por Deus.
Eu amo o que Charles Spurgeon, aquele grande príncipe dos pregadores em dizer a respeito de Deus usando Jael. Ele dizia: “O Senhor ainda pode usar instrumentos frágeis. Por que não eu? Ele pode usar pessoas que não são normalmente chamadas para grandes eventos públicos. Por que não você?”
A mulher que abateu o inimigo de Israel não era uma amazona, mas uma mulher que estava em sua tenda. Ela não era uma oradora, mas uma mulher que ordenhava vacas e fazia manteiga. Possa o Senhor usar qualquer uma de nós para realizar Seus propósitos.
Assim, o capítulo 4, verso 23 nos conta: “Naquele dia, Deus subjugou Jabim, o rei de Canaã, diante do povo de Israel”. Capítulo 5, verso 32: “E eis que a terra ficou em paz por 40 anos”. Posso só te lembrar da ordem? Primeiro a batalha, depois o descanso. O impacto da vida de Débora, sua coragem, fé e influência santa não foi sentida apenas na sua geração, mas também na próxima. Isso me faz pensar que marca sua vida terá nessa geração e naquelas que virão depois de nós?
A batalha espiritual nos nossos dias não é menos intensa do que era nos dias de Débora e o inimigo não é menos poderoso. Deus está castigando o Seu povo pelos nossos pecados e nossa idolatria. Tantos crentes em nossas igrejas parecem ignorar o que está acontecendo e há outros, muitas de vocês talvez reconheçam o que está acontecendo, mas nos sentimos tão desamparadas para fazer qualquer coisa.
Eu recebi um e-mail de Chuck Colson, não faz muito tempo. Eu realmente acredito, nesse momento da história, que a grande esperança é que o gigante adormecido em nosso meio, os crentes, serão despertados. Já aconteceu antes. Ele disse: “Isso pode acontecer novamente se Deus assim escolher”. E então ele diz: “É o primeiro item pelo qual eu oro todas as manhãs”. Nós começamos lendo aquela citação de John Angell James: “Não é provável que uma comunidade caia onde uma mulher cumpra sua missão, pois pelo poder do seu nobre coração sobre os corações dos outros, ela erguerá das ruínas e a restaurará para a prosperidade e a alegria”.
E eu estou orando para que Deus levante, em nossos dias, não apenas uma mulher, mas milhares e milhares de mulheres por todo o país e ao redor do mundo. Mulheres que se levantaram, como Débora fez. Mulheres da Palavra, mulheres de convicção bíblica, coragem e visão, mulheres de fé, mulheres humildes, mulheres que estão querendo dizer: “Sim, Senhor!” Mulheres cujas vidas inspiraram homens à sua volta a crerem em Deus, pelo que somente Deus pode fazer. Eu creio que a influência desse exército de mulheres santas será incalculável em nossas casas, nossas igrejas, comunidades e nossa cultura. E ao redor do mundo.
Agora eu só queria dizer que. . . você precisa ouvir isso. Porque estamos bem inspiradas neste momento. Mas dizer “sim” para se envolver nesse chamado não é para os fracos. Temos um inimigo incansável, ele odeia a Deus. Ele não gosta da ideia de milhares de mulheres nessa sala dizendo “sim” para Cristo. E ao chegarmos ao final da conferência Mulher Verdadeira 10, este ano, eu só queria dizer que conheço um pouco sobre a batalha e um pouco mais do que quando começamos.
Desde que lançamos o movimento Mulher Verdadeira, Mulher Verdadeira 8 em Schaumburg — muitas de vocês estavam conosco lá — na minha própria vida, essa batalha tem se intensificado, tem ficado muito mais difícil, mais difícil. Há tempos nesses últimos anos, faz exatamente dois anos que nos encontramos em Schaumburg, eu tenho me visto combatendo o medo, extremo cansaço, dúvidas imensas, desânimo querendo me derrubar, dia e noite, tenho combatido minha própria carne. Eu não sei dizer a vocês quantas vezes eu quis fugir.
Eu vou ser bem honesta com vocês: eu fiquei muito, muito cansada de nadar contra a corrente, de ser um alvo não apenas do mundo. Na verdade, nem tudo vem de lá, mas vem de dentro, de dentro da igreja, algumas vezes, de gente bem intencionada, talvez. E eu sempre me encontro querendo voltar para um lugar seguro, onde eu poderia ter uma vida mais normal.
Mas eu também sei que Deus tem Sua mão na minha vida e há um chamado de Deus na minha vida, não porque eu seja especial ou extraordinária, mas porque eu sou uma filha redimida de Deus. Minha vida não é minha. Eu fui comprada por um preço e minha vida está agarrada em Cristo, o autor e consumador da minha fé. E eu aprendi. Eu estou começando a entender que não há mais lugar seguro para estar do que no meio da batalha com Ele. Martinho Lutero disse assim:
Castelo forte é o nosso Deus
Espada e bom escudo
Nosso ajudante prevalecendo em meio aos males mortais
Pois o nosso antigo inimigo ainda procura nos fadigar
Seu ofício e poderes são grandes
Está armado com ódio cruel, na Terra, é sem igualConfiando em nossa própria força
Estaríamos perdendo a luta
Não fosse o homem certo ao nosso lado
O homem escolhido por Deus
Não pergunte quem poderia ser Cristo Jesus é Ele
Senhor dos Exércitos, é o Seu nome
O mesmo de geração em geração
E Ele deve vencer a batalhaEmbora neste mundo repleto de demônios
Devam nos ameaçar
Nós não temeremos, pois Deus tem dado
Sua verdade para triunfar em nós.
O príncipe do mal, com seu plano infernal já condenado
Está vencido, cairá por uma só palavraEssa palavra acima de todos os poderes
Não graças a eles permanece
O Espírito, e os dons são nossos
Por aquele que conosco está
Se temos de perder família, prazer
E a morte enfim chegar
O corpo, eles podem matar
Mas a verdade de Deus permanece
Com Ele, reinaremos
Muitas de vocês já leram ou ouviram a história de C.S. Lewis, Crônicas de Nárnia, A Viagem do Peregrino da Alvorada. Lembra daquele momento quando Edmundo, Lucy e Caspian estão numa viagem de Nárnia em direção ao leste, o país de Aslam, lá longe, no fim do mundo? Num certo ponto, o navio deles, o Peregrino da Alvorada, ancora perto da Terra. Os marinheiros estão cansados da longa jornada e eles querem parar e passar o inverno onde eles estão e depois voltar para o oeste, retornar para casa, em Nárnia, na primavera. E lhes é dito que se ficarem onde estão, terá dado uma festa digna de um rei, todas as noites. Isso faz com que eles relutem em se apressem a voltar para leste, o país de Aslam. E então Ripchip — lembram de Ripchip, aquele rato valente falante? Ele resolve falar (e às vezes eu me sinto tão pequena quanto Ripchip) e ele mostra sua determinação de continuar indo de qualquer jeito.
Lembram-se do que ele diz? “Meus planos foram feitos. Enquanto puder, velejarei para leste no Peregrino da Alvorada. Se ele falhar, remarei em direção ao leste em meu bote [é um barquinho] e, quando ele afundar, eu vou nadar para o leste com as minhas quatro patas. E quando eu não conseguir mais nadar, se eu ainda não tiver chegado ao país de Aslam, eu vou afundar com meu nariz voltado para onde nasce o sol”.
Amigas, Deus não prometeu que essa jornada seria fácil, mas Ele prometeu ir conosco. Ele prometeu que um dia a oração será louvor, a fé será vista, todas as lágrimas, enxugadas e nossa jornada — cada passo longo e difícil — será recompensada e será vista como nada comparada à glória eterna que está esperando por nós.
Algumas de nós nessa batalha, eu mesma, às vezes estão cansadas e querem parar. Algumas querem a recompensa aqui e agora, a vida boa. Pode ser que eles desistam. Mas pela graça de Deus e para Sua glória, meu rumo está traçado, meus planos feitos, eu planejo prosseguir até atingir o país de Aslam, a Nova Jerusalém, a cidade do Grande Rei.
E o que eu quero saber é: Vamos juntas? Você vem comigo? Vamos curvar nossos corações para orar.
“Eu sou fraca, mas Tu és forte, ó Deus, Sou pequena e Tu és grande. Sou pecadora e Tu és Santo. Tenho medo, às vezes, mas Tu és o Deus que nos dá a fé. Fé não em mim mesma, na minha força, nos meus próprios esforços, mas fé no grande exército do Deus Jeová, o Deus das tempestades, o Deus dos céus e da terra.
Eu prostro meu coração diante de Ti. Eu oro, Senhor, o que eu acabei de dizer que não sejam apenas palavras, mas faça que elas sejam ainda mais verdadeiras no meu coração, hoje. Senhor, eu me junto em oração por essas mulheres e por mim mesma, que Tu nos conceda tudo o que é necessário nesse momento para dizermos “sim” para Ti, dizer “não” à nossa carne, a continuar na batalha, seguindo a Cristo, nosso Líder exaltado.
Senhor, eu oro que Tu faças algo nos próximos momentos para acender uma chama nos milhares de corações aqui nesta sala, uma tocha a ser carregada deste lugar, de cidade após cidade, após cidade, após cidade, para as casas, para as igrejas e escritórios. Uma tocha, um fogo, uma luz que jamais será extinta até o dia que colocarmos, nós mesmos, as nossas coroas aos pés de Jesus e diremos: “Senhor, Tu és digno, valeu a pena e é tudo para Ti. Senhor faríamos tudo de novo por Ti”. Ajuda-nos, Senhor, dá-nos coragem, dá-nos fé para dizer “sim”. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
Raquel: É com muito prazer que compartilhamos mais esta série com você!
E gostaríamos de enfatizar a nossa alegria em dizer que todas as mensagens desta série — que há anos têm sido usadas por mulheres no estudo do livro Mulher Verdadeira com vídeos legendados — agora estão disponíveis como vídeos dublados!
Você pode assisti-los no nosso canal do YouTube ou no nosso site: é só digitar avivanossoscoracoes.com, procurar por “Mulher Verdadeira” ou acessar a transcrição deste episódio no site, onde você encontrará os links diretos.
E também esperamos de coração que você possa participar da Conferência True Woman 2025, que acontece em outubro deste ano. Seja presencialmente em Indianápolis nos Estados Unidos, ou no conforto da sua casa, não deixe de visitar o nosso site para saber como se inscrever.
O tema deste ano é “A Palavra: Contemple suas maravilhas” e vamos juntas admirar a beleza e a veracidade da Palavra de Deus.
Junte-se a nós e a mais de 7.000 mulheres para esse tempo de inspiração e edificação, de 2 a 4 de outubro.
E não perca a nossa próxima série, que começa amanhã, com um tema super relevante: “Gênero e sexualidade: Clareza numa cultura de confusão”.
Até amanhã!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.