
Dia 8: Cumprindo a sua missão (Parte 1)
Raquel: Na mensagem de hoje, que é a primeira parte da mensagem final desta série, Nancy encerra com uma palavra de encorajamento para que a gente permaneça firme no nosso propósito, cumprindo a missão que Deus nos deu, e nos lembra por que é tão importante sermos mulheres verdadeiras.
Essa foi a mensagem de encerramento da conferência True Woman de 2008 — a primeira conferência Mulher Verdadeira da história, onde o movimento foi oficialmente lançado.
E como temos falado, está chegando aí a nossa mais nova edição da conferência True Woman, com o tema: “A Palavra: Contemple Suas Maravilhas” que vai acontecer este ano, de 2 a 4 de outubro.
Você pode participar de duas formas: A primeira é presencialmente, junto com outras 7.000 mulheres, no centro de convenções em Indianápolis, EUA. Se preferir, pode acompanhar tudo com tradução simultânea em português, usando um …
Raquel: Na mensagem de hoje, que é a primeira parte da mensagem final desta série, Nancy encerra com uma palavra de encorajamento para que a gente permaneça firme no nosso propósito, cumprindo a missão que Deus nos deu, e nos lembra por que é tão importante sermos mulheres verdadeiras.
Essa foi a mensagem de encerramento da conferência True Woman de 2008 — a primeira conferência Mulher Verdadeira da história, onde o movimento foi oficialmente lançado.
E como temos falado, está chegando aí a nossa mais nova edição da conferência True Woman, com o tema: “A Palavra: Contemple Suas Maravilhas” que vai acontecer este ano, de 2 a 4 de outubro.
Você pode participar de duas formas: A primeira é presencialmente, junto com outras 7.000 mulheres, no centro de convenções em Indianápolis, EUA. Se preferir, pode acompanhar tudo com tradução simultânea em português, usando um fone de ouvido, mesmo estando lá nos Estados Unidos.
A segunda forma é online — você pode se inscrever para assistir à transmissão ao vivo diretamente da sua sala ou da sua igreja, também com tradução simultânea. E para ficar melhor ainda: convide suas amigas para assistirem com você! Assim vocês podem compartilhar juntas tudo o que Deus vai falar por meio das mensagens.
Para saber mais sobre como participar, é só acessar o nosso site avivanossoscoracoes.com e ir na aba “Eventos”, onde você vai encontrar tudo sobre a Conferência True Woman 2025.
Agora, vamos ouvir Nancy com a primeira parte da mensagem que ela trouxe lá em 2008, na conferência onde tudo começou.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Agora que estamos chegando próximo ao momento do compromisso, eu oro para que Deus envie as milhares de mulheres deste lugar para colocarem em prática a mensagem da verdadeira feminilidade, e para reproduzir essa mensagem nas vidas de todos à sua volta.
Olha, você deve estar pensando, enquanto falamos sobre todo esse movimento, sobre feminilidade bíblica, nação, que a sua vida, tão pequenininha, não é realmente tão importante ou que realmente não pode fazer diferença.
Deixe-me ler para vocês uma citação de um pastor britânico dos séculos 18 e 19. O seu nome é John Angell James. A maneira de falar é um pouco estranha porque não é como falamos hoje, mas eu acho que vocês vão acompanhar, vocês vão entender o propósito dele. Ele disse: “Cada mulher, cada mulher rica ou pobre, casada ou solteira, tem um círculo de influência”. Cada mulher tem um círculo de influência. “Você tem um círculo de influência dentro do qual, de acordo com o seu caráter, ele está exercendo um certo poder para o bem ou para o mal. Cada mulher por sua virtude ou seu vício, por insensatez ou por sabedoria, por leviandade ou por dignidade, acrescenta alguma coisa à nossa elevação pública ou nossa degradação”. Cada uma de nós está acrescentando alguma coisa à situação deste país. Estamos ajudando a torná-lo um lugar melhor ou pior. Não há neutro. E tem a ver com o nosso caráter e a maneira como ele é visto em nosso círculo de influência. Ele continua dizendo que “uma comunidade não pode ser derrubada onde uma mulher cumpre sua missão, pois pelo poder do seu nobre coração sobre os corações dos outros, ela a levantará das ruínas e a restaurará até a prosperidade e alegria”.
Essa é a influência que cada uma de nós tem como mulher. Abram suas Bíblias, por favor, no livro de Juízes no Velho Testamento, Josué, Juízes, capítulo 4, Juízes, capítulo 4. E nós vamos olhar um relato nos próximos momentos, acredito que Deus vai usar para motivar os seus corações acerca de como Ele quer usar nossas vidas. Essa história acontece por volta de 1.200 a.C. É a história de uma mulher que cumpriu sua missão e Deus usou o coração nobre dessa mulher para tirar a sua comunidade das ruínas e restaurá-la novamente à prosperidade e à alegria.
É a história de Débora que é a imagem de uma mulher verdadeira, uma mulher que exerceu forte influência divina de uma forma que era distintamente feminina e de uma forma que encorajava os homens à sua volta a serem mais santificados e exercer uma liderança maior.
Débora não era uma mulher frágil ou fraca, então acho que temos essa imagem de que se você for uma mulher verdadeira de Deus, você vai ser apenas aquela mulher fraca. Ela era uma mulher que era valente. Ela era corajosa, mas era ao mesmo tempo humilde e feminina. Esse é um equilíbrio que somente o Espírito de Deus pode tornar realidade em nossas vidas.
E esse era o caso de Débora. No capítulo 4 nós temos a história, o relato, a narrativa de como Débora foi instrumento para livrar Israel da opressão do poderoso regime de Canaã. Então, no capítulo 5, temos uma repetição poética da história num hino de vitória, uma canção de livramento que provavelmente foi escrita por Débora. Vamos focar mais tempo no capítulo 4, mas de vez em quando eu vou voltar ao capítulo 5, porque há alguns detalhes que encontramos no capítulo cinco, no hino, na repetição da história, que não encontramos no capítulo 4.
Então, capítulo 4.1-3, mostram o cenário desse relato e descreve um ciclo que é repetido pelo menos sete vezes no livro de Juízes. Esse ciclo pode ser resumido em quatro palavras e, para que você se lembre delas, três delas começam com a letra D. Você pode traçar esse ciclo não apenas ao longo de juízes, mas provavelmente em sua própria vida.
Primeiro, a desobediência. O povo de Deus O desobedece e depois há disciplina. Deus traz disciplina para as vidas dos seus filhos. Então, sob a mão disciplinadora de Deus, o Seu povo é trazido para um lugar de desespero. E naquele lugar de desespero eles clamam ao Senhor e Ele envia livramento.
Vamos olhar para aquelas quatro palavras de novo. Eu quero que repitam comigo primeiro a desobediência, então Deus manda disciplina e o povo clama em desespero e então Deus manda livramento.
Veja a desobediência no capítulo 4.1 — o começo desse ciclo. Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o Senhor depois de falecer Eúde. Eúde era um dos juízes de Israel naquela época. O povo de Israel novamente. . . esse era um padrão na vida deles, e não eram os pagãos que estavam agindo dessa maneira, embora eles fizessem isso também — era o povo da aliança escolhido por Deus, que estava fazendo o mal perante os olhos do Senhor.
Nossa tendência é focar nos pecados dos incrédulos, em todas as maldades que eles estão fazendo em nossa cultura. Mas Deus está preocupado com a pureza, a santificação do Seu povo. Mas o que o povo de Deus fazia que era tão mau?
Vocês podem voltar lá ou apenas ouvir, se quiserem, no capítulo 2. Nós vemos uma descrição do que acontecia repetidamente aos filhos de Israel. Capítulo 2.12 diz: “Eles abandonaram o Senhor, o Deus de seus pais, que os tinha tirado do Egito. Deus os resgatou, Ele os redimiu, e eles o abandonam”. Seu Salvador, seu Redentor, seu Senhor, seu Pai, seu amado. Eles o abandonaram e pior: foram atrás de outros deuses, outros amantes. Eles foram atrás de outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e provocaram o Senhor à ira.
Esse foi um período de apostasia espiritual na nação de Israel e terrível, terrível declínio moral entre o povo de Deus. Então, desobediência traz o quê? Disciplina. Deus traz Sua disciplina. Assim vemos no capítulo 4.2: “Entregou-os o Senhor nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Jabim era um rei poderoso, e Hazor era uma cidade na região norte de Israel”.
É importante lembrar que isso ficava umas dez milhas ao norte do Mar da Galileia, e você vai ver como a geografia tem um papel importante em toda essa história. “E o comandante de seu exército era Sísera, que vivia em Harosete-Hagoim, que também é uma vila ao norte de Israel”. E vou voltar para essa primeira parte do versículo 3 daqui a pouco. Mas veja a última parte do verso 3: Esse comandante tinha 900 carruagens de ferro e ele vinha oprimindo o povo de Israel, cruelmente, por 20 anos. Quem entregou o povo de Deus para ser oprimido pelos seus inimigos? Quem os vendeu? Foi Deus. Esse é o castigo das mãos de Deus. E Deus usa as circunstâncias externas e pessoas como instrumentos para disciplinar Seus filhos.
Então, vemos que era um período de insurreição e revolta econômica, social e política. De fato, volte um momento para o capítulo 5 e veja o versículo 6. E vemos na repetição da história uma descrição de como era. Verso 6 do capítulo 5: “Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram as caravanas e os viajantes tomavam desvios tortuosos”. Havia bandidos, viajar era perigoso. Verso 7: “Ficaram desertas as aldeias em Israel”. Eles tiveram que deixar suas aldeias sem muros e mudar para cidades muradas, porque era muito perigoso. Verso 8: “Escolheram-se deuses novos, então a guerra estava às portas”.
Você não quer guerra nos portões. Significa que os portões foram violados, as defesas, violadas. A guerra estava nos portões, não se via escudo nem lança entre 40.000 em Israel. Haviam se tornado indefesos, talvez porque suas armas tivessem sido confiscadas pelos cananitas, ou talvez apenas porque as pessoas não tinham coragem ou vontade de usar essas armas contra os cananitas.
Então aqui está uma nação, o povo de Deus, entregue à idolatria e sob a disciplinadora e punitiva mão de Deus. Eles estão sob o domínio opressivo dos cananitas. Você não consegue ver a Deus, mas podemos ver os efeitos que Ele causa com Sua disciplina. Às vezes, reclamamos dos instrumentos humanos, das ferramentas que Deus usa para nos punir, quando Ele quer que reconheçamos a Sua mão por trás disso, tentando nos trazer para o lugar de arrependimento. Os israelitas estão arrasados, foram totalmente rechaçados pelo inimigo. Vulneráveis, não têm armas. Há medo. A moral está baixa. As pessoas estão desencorajadas. A terra está em estado de medo, terror e caos.
E, como veremos em alguns instantes, outro sinal da disciplina de Deus é uma falta de liderança forte e masculina.
Então, desobediência traz disciplina e para onde isso leva?
Para o desespero e olhem para a parte do verso 3 que nós pulamos, a primeira parte do verso 3. Então, quando, depois da disciplina, certo? “Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor por ajuda”. Foi preciso intensa disciplina por um prolongado período de tempo para Deus conseguir a atenção do povo. Lembra quanto tempo foi? Vinte anos! E você diz: “Como esse povo pode ser tão estúpido? Como é que eles não perceberam? Vinte anos?” E quanto tempo tem levado para você? E quanto tempo tem levado para mim? Para que eu perceba isso, seja levada a um lugar de desespero, onde possa clamar ao Senhor em humildade e arrependimento?
Isso não demonstra o longo sofrimento e a misericórdia de Deus, que ao longo de todos aqueles anos Ele esperaria, Ele continuaria a fazer pressão, mas tudo com o objetivo de restaurar o Seu povo a um lugar de humildade e obediência.
A disciplina de Deus, o Seu castigo, tem a intenção de nos tornar humildes, nos colocar de joelhos, trazendo-nos para o fim de nós mesmas, para que reconheçamos que precisamos Dele e voltemos nossos corações para Ele. Assim é o coração misericordioso e redentor de Deus que, quando Seu povo clama, o que Ele faz? Ele envia libertação.
Olha o verso 4 do capítulo 4: “Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim, e os filhos de Israel subiam para ela para julgamento”. Aqui está uma mulher que estava fielmente servindo ao Senhor, servindo sua família, servindo o seu povo e utilizando os dons que Deus a deu, cumprindo o seu chamado. Uma mulher que vivia para os outros, não para si. Ela não buscava um lugar maior, uma oportunidade maior, um espaço maior para ministrar. Ela fazia fielmente o que Deus a chamou para fazer, onde Ele a havia colocado.
E aprendemos três coisas sobre Débora nessa passagem. Eu vou dar apenas uma pincelada na parte mais importante dessa passagem. Se quiserem ouvir algum ensino extra, verso por verso, a passagem inteira, nós teremos uma série que colocamos ao ar que estará disponível no nosso centro de apoio. Mas eu quero apenas capturar a essência, o coração dessa passagem.
Primeiro vemos que ela era uma profetisa. E sem entrar em detalhes sobre o papel das profetisas no Antigo Testamento versus as do Novo Testamento, sabemos que ela tinha um ministério de ensino, de advertência e encorajamento baseados na Palavra de Deus.
Então nós vemos que ela era uma esposa. Não acho que seja insignificante que as Escrituras apontem que era uma esposa. Esse era o seu relacionamento humano mais importante, e ela era capaz de servir ao Senhor sem negligenciar o cuidado da casa.
Depois, ela era uma juíza. Juízes naquela área eram aqueles a quem Deus tinha nomeado e levantado para resgatar o Seu povo dos seus inimigos. Débora foi a quarta juíza em Israel. Notem que ela não se autonomeou. Isso não foi um desejo de infância que ela disse: “Quando eu crescer, eu quero ser juíza”. Ela não chamou a si mesma para isso.
Deus a levantou para um tempo como este, e as pessoas a procuravam para acertar as diferenças, para dar conselhos e sabedoria, porque ali estava uma mulher que conhecia a Deus e conhecia Sua Palavra, e ela sabia como ouvir a Sua voz.
Débora vivia naqueles pequenos vilarejos que nós mencionamos — seja ou não familiar a vocês, mas ajuda a história enquanto a história se desenrola — ela vivia na parte sul de Israel, perto de Jerusalém, bem longe das fortalezas cananitas na parte norte do país.
Mas ela sabia o que estava acontecendo. Embora aquela opressão não tivesse influenciado sua vila como tinha com aqueles do norte, ela estava ciente e ela estava pronta e disponível quando Deus a chamou para fazer alguma coisa a esse respeito. Então o verso 6 diz: “Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, que fica ao norte, e disse a ele: porventura o Senhor Deus de Israel não deu ordem, dizendo: ‘vai e leva a gente ao monte Tabor, levando 10.000 homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? [Essas são as tribos do norte.] E eu, o Senhor, farei ir a ti Sísera, comandante do exército Jabim no ribeiro de Quisom, com seus carros de ferro e suas tropas, e eu, o Senhor, o darei nas tuas mãos’”.
Então Débora ouviu ao Senhor, e ela envia Baraque e diz a ele para reunir 10.000 homens das tribos vizinhas, as mais afetadas pelo conflito, e os chama a um monte Tabor, que fica estrategicamente localizado na junção das tribos de Naftali, Zebulom e Issacar, e um lugar seguro para atacar as forças cananitas e as carruagens abaixo deles.
Deus tinha prometido a Débora, que leva a promessa para Baraque, que Deus levaria Sísera e as forças cananitas para a batalha, e Deus os entregará nas mãos de Baraque.
Aqui está uma mulher que acreditava em Deus. Acreditava que Ele era soberano, que Ele era poderoso e que Ele venceria a batalha. Vemos que essa é uma mulher sábia, que sabia como ouvir a Palavra de Deus. Ela não ficava só falando suas próprias palavras e ideias. Nós mulheres temos feito muito isso e as pessoas ficam cansadas de nos ouvir, estamos dando nossas próprias opiniões. Minha opinião não interessa mais do que a sua ou de qualquer outra pessoa.
Quando nos tornamos mulheres da Palavra, que conhecem a Palavra de Deus, as promessas de Deus, internalizado, acreditado nelas, então as pessoas vão parar e vão ser influenciadas pela Palavra de Deus.
Quando ela falou e mostrou a direção, foi a palavra que ela recebeu do Senhor. Então, cuidado quando voltarem para casa para não jogar suas anotações em cima de todo mundo, e dizer: “Nós precisamos mudar as coisas por aqui. Susan Hunt que falou! E vocês têm que ler esse livro”. Sejam apenas gentis, sejam piedosas, ouçam, esperem pelo Senhor. Peçam a Ele pelo momento certo e pela palavra certa para qual isso deva ser aplicado na sua situação.
E ela diz para Baraque: “O Senhor, o Deus de Israel, não deu ordem a você?” Porque essa mulher tinha confiança na Palavra de Deus, as pessoas a procuravam para obter respostas. As pessoas te procuram por respostas quando elas estão lutando em seus casamentos? Você viu o testemunho da Kim e do Leroy e eu estive com a Kim por um bom tempo. Eu tenho visto muitas mulheres nas conferências esperando por horas para falar com uma mulher que tem vivido e está vivendo a mensagem da verdadeira feminilidade bíblica, que tem um coração humilde e arrependido e conhece a Sua Palavra.
Mulheres mais velhas, as pessoas vão até vocês e você diz: “Eu não sou conselheira”. Sem problema, só precisa conhecer o maravilhoso Conselheiro. E as pessoas precisam saber que você O ouve e que você conhece a Sua palavra e sabe como levá-las até a Escritura. Elas podem ir à TV buscar o modo de pensar do mundo, mas elas sabem como ir até você para buscar a verdadeira visão, o jeito de Deus de pensar?
No verso 8, Baraque diz: “Se for comigo, eu irei, porém, se não fores comigo, não irei. Ela disse: Certamente irei contigo, porém não será tua honra da investida que empreendes, pois o Senhor entregará Sísera às mãos de uma mulher”.
Olha, não sabemos porque Baraque insistiu para que Débora fosse com ele. Talvez ele quisesse ter a certeza da presença de Deus, porque ele sabia que Deus estava com aquela mulher. O que sabemos é que Débora concordou em ir, mas ela disse a Baraque que a honra pela vitória, humanamente falando, não iria para ele, mas para uma mulher. E se vocês conhecem o resto da história, sabem que ela não estava falando de si mesma, mas ela falava profeticamente do papel que Jael teria na vitória.
Então, continuando no versículo 9, Débora se levantou. Eu amo essas palavras, porque geralmente eu tenho medo de me intrometer demais. Geralmente, eu prefiro ficar no meu lugar conveniente, confortável e não me levantar e, realmente, me engajar na batalha. Fico feliz por Débora ter se levantado, porque ela sabia que era isso que Deus queria que ela fizesse. “E ela se levantou e foi com Baraque para Quedes. E Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes. E subiram 10.000 homens, e Débora também subiu com ele” (vv. 9,10).
Olha, ela devia saber que isso seria uma situação perigosa. A batalha ia acontecer longe de onde Débora vivia. Ela poderia ter ficado para trás, às margens, não se envolver — mas ela tinha que se envolver, porque Deus tinha um chamado para a sua vida. Tinha um coração para Deus e um coração para o Seu povo. E vemos essa história que Deus usa instrumentos humanos para realizar os Seus propósitos. Mas Ele nem sempre usa as pessoas que a gente espera. Nesse caso, Deus escolheu e usou meios pouco convencionais para derrotar o inimigo e libertar o Seu povo. Ele usou duas mulheres no Seu plano de batalha, Jael e Débora.
Não é como teríamos escrito o roteiro, e certamente não é como teria sido escrito naquela época. Então Ele usou, como estamos vendo aqui, infantaria — 10.000 homens a pé. O que tem de especial nisso? Lembram como os cananitas estavam viajando? Novecentas carruagens de ferro! Essas eram armas de destruição em massa. Esses eram veículos de guerra pesados. E aquelas carruagens oprimiram os cananitas por 20 anos. E você vai mandar infantaria para essa batalha? Por que Deus faz coisas assim? Para Ele ficar com toda a glória. Para que a glória não fique nas mãos humanas. Ah sim, alguns grandes generais nos lideraram na batalha — de jeito nenhum! Ao lermos essa história, somos lembradas: Deus é o conquistador, Deus quem consegue a vitória. Ele escolhe, usa os vasos quebrados que querem ser usados.
O padrão normal de Deus, conforme observamos nas Escrituras, é que homens são chamados e levantados para serem os principais líderes, protetores e provedores do povo de Deus. E nós não vamos tomar mais tempo olhando todas as passagens das Escrituras que ilustram isso. Agora vocês não vão tuitar isso aí, por favor, porque vocês podem me colocar em problema. Mas a norma de Deus é que, no geral, a liderança, a proteção e a provisão para o Seu povo vem de homens. Contudo, no período de juízes, havia um vazio de liderança masculina. Eles estavam com medo, eram passivos, eram inativos. E eu vejo em Débora o modelo de uma mulher que sabia da sua natureza feminina e do seu chamado e era usada por Deus para ajudar a promover mais lideranças masculinas no meio do Seu povo.
Como é que você sabe disso? Você está inventando. Na verdade, Débora se tornou um ícone para aqueles que se agarram a mais uma teologia igualitária de papéis masculinos. E eu gostaria de resgatar a Débora e mostrar para vocês como ela ilustra um ponto de vista complementar de masculinidade e feminilidade. Não há evidências de que ela se colocou naquele lugar porque ela aspirava a liderar a nação. Seu coração era para servir. E se você for até o capítulo 5, versículo 7, você verá a percepção que Débora tinha de si mesma, a percepção do seu papel, seu coração. Versículo 7, do capítulo 5: “Ficaram desertas as aldeias em Israel. Elas repousaram, [descrevendo o período de caos], até que eu me levantei. Eu, Débora, me levantei como uma [o quê?] uma mãe em Israel”.
Ela poderia ter dito qualquer outra coisa — “Eu me levantei como profetisa”, “Eu me levantei como juíza”, “me levantei como guerreira”, “me levantei como estrategista”, “me levantei para assumir o comando, porque nenhum homem naquela nação tinha coragem para fazer nada sobre o que estava acontecendo”. Nada disso. Como é que ela se via? Uma mãe, uma mãe, uma mãe! Uma referência ao instinto protetor materno. Foi isso que lhe deu coragem para enfrentar a batalha, um coração de mãe. Você não precisa ter filhos biológicos para ter um coração de mãe.
Deus tem colocado em mim, como mulher solteira, sem filhos biológicos, um coração de mãe para o povo de Deus. E Deus pode colocar isso em você também. Isso era o que a motivava. Ela não era levada por um desejo de poder, de controle, de posição, de reconhecimento. Ela é motivada como uma mãe em Israel.
Raquel: Espero que você tenha sido inspirada e encorajada com essa primeira parte da mensagem.
E não se esqueça: você pode assistir ao vídeo dublado dessa mensagem no nosso canal do YouTube ou no nosso site, acessando avivanossoscoracoes.com e clicando na aba “Mulher Verdadeira”.
Esteja com a gente amanhã para ouvir a parte final desta mensagem tão abençoada.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.