
Dia 7: Um homem trabalhador: A ocupação terrena de Cristo
Raquel: Você está enfrentando algumas tarefas entediantes hoje? Nancy DeMoss Wolgemuth te encoraja a realizá-las para a glória de Deus.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O trabalho é algo bom quando feito para a glória de Deus. Ele existe desde antes da queda. Sabia disso? O trabalho não é apenas uma consequência da queda. Em Gênesis 2:15, está escrito: “O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.”
O trabalho é algo grandioso; é algo bonito quando feito para a glória de Deus. É uma missão de Deus para glorificá-Lo aqui na Terra.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de "Incomparável", na voz de Renata Santos.
O que Jesus fez nos anos que antecederam Seu ministério público, por volta dos trinta anos? Nancy DeMoss Wolgemuth está prestes a responder a essa pergunta.
Nancy: …
Raquel: Você está enfrentando algumas tarefas entediantes hoje? Nancy DeMoss Wolgemuth te encoraja a realizá-las para a glória de Deus.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O trabalho é algo bom quando feito para a glória de Deus. Ele existe desde antes da queda. Sabia disso? O trabalho não é apenas uma consequência da queda. Em Gênesis 2:15, está escrito: “O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.”
O trabalho é algo grandioso; é algo bonito quando feito para a glória de Deus. É uma missão de Deus para glorificá-Lo aqui na Terra.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de "Incomparável", na voz de Renata Santos.
O que Jesus fez nos anos que antecederam Seu ministério público, por volta dos trinta anos? Nancy DeMoss Wolgemuth está prestes a responder a essa pergunta.
Nancy: Estamos explorando o Cristo incomparável. Como não há ninguém como Jesus—nem de longe.
Estamos refletindo sobre diferentes aspectos da vida e do ministério de Cristo, e espero que tenha sido um encorajamento para você até agora. Ainda temos um longo caminho pela frente na vida d’Ele, mas estamos indo devagar, meditando n’Ele e deixando-O encher nossas mentes com pensamentos grandiosos sobre Si mesmo.
Ontem deixamos Jesus com doze anos no templo. Não há mais registros nas Escrituras sobre Sua vida até Ele ter cerca de trinta anos. Então, a pergunta é: "O que Ele estava fazendo durante todos esses anos?"
Quando Ele estava no templo com doze anos, disse que devia estar cuidando dos negócios de Seu Pai. Uma pergunta que eu faria é: "Ele estava fazendo os negócios de Seu Pai durante esses dezoito anos 'silenciosos', ou foram anos 'perdidos' e sem propósito?" Ele estava apenas num estado de espera entre os doze até os trinta anos, aguardando o momento de aparecer em público e começar a fazer os negócios de Seu Pai?
Ele estava fazendo os negócios de Seu Pai aos doze anos? Estava fazendo isso aos quinze? Aos dezessete? Aos vinte e dois? Ou começou a fazer isso somente aos trinta, quando iniciou o ministério público?
Bem, deixe-me dizer primeiro que Deus não desperdiça nada. Ele não desperdiça tempo. Ele não desperdiça a vida de Seus filhos. E ouso dizer que Jesus não estava menos envolvido nos negócios de Seu Pai, fazendo a vontade de Seu Pai, durante esses dezoito anos, dos doze aos trinta, do que durante Seus três anos de ministério público. Ele estava engajado nos negócios de Seu Pai durante todos esses anos.
As Escrituras cobrem esses dezoito anos com uma cortina, não nos contando nada além do fato de que Jesus trabalhou na marcenaria de José. No Evangelho de Marcos, capítulo 6, vemos como Jesus era conhecido. Isso foi escrito durante Seu ministério público, mas aqueles que estavam assistindo a Seus milagres disseram:
“E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não vivem aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele.” (Marcos 6:2 & 3)
“Não é este o carpinteiro?” É assim que ele era conhecido— carpinteiro. Na passagem paralela, em Mateus 13, diz, “Não é este o filho do carpinteiro?” (v. 55) Assim o conheciam. Ele era o filho do carpinteiro.
Na cultura judaica antiga esperava-se que os pais ensinassem aos filhos um ofício. A ideia por trás da palavra "carpinteiro", aliás, não é apenas alguém que trabalha com madeira, mas é um construtor. Ele era um empreiteiro—talvez construísse casas. Um comentarista disse que Ele provavelmente trabalhou mais com pedra do que com madeira, pois a pedra era comum nas casas da época. Mas é provável que Jesus trabalhasse no negócio de construção de Seu pai terreno.
Quando as pessoas O chamavam de “o carpinteiro”, isso não era um elogio. Era uma observação depreciativa, uma crítica. É como se dissessem: “Como Ele pode fazer todos esses milagres? Ele é apenas um carpinteiro. Ele é o filho do carpinteiro.” Ele não tinha treinamento teológico formal. Era apenas um carpinteiro.
Bem, acho que saber que Jesus era conhecido dessa forma diz algo sobre a humildade de Cristo. Veremos isso ao longo da vida de Cristo—Sua condescendência, “ele se esvaziou... Ele se humilhou" (Filipenses 2:7–8).
Isso faz parte. Ele deixou o céu e veio à Terra para ser conhecido como o carpinteiro. "Ele é apenas o filho do carpinteiro.” Em outras partes das Escrituras, há muitos outros títulos para Jesus, e são títulos elevados; são títulos incríveis. Ele é o Senhor da glória. Ele é o Antigo de Dias, o Senhor dos Exércitos, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz, o Salvador, o Filho de Deus.
Mas durante esses anos de jovem adulto, Jesus era conhecido simplesmente como “o carpinteiro” ou “o filho do carpinteiro.”
No livro "O Cristo Incomparável", de Oswald Sanders, Sanders aponta que, entre todas as ocupações possíveis que Deus poderia ter escolhido para Seu Filho, Ele determinou que Jesus seria um trabalhador comum, um homem braçal, trabalhando com as próprias mãos.
Ele poderia ter tido um trabalho mais impressionante. Ele poderia ter um cargo de colarinho branco ou uma posição política.
Em vez disso, trabalhou duro como um trabalhador braçal. Sanders diz que isso deve ter feito os anjos se perguntarem—os anjos que estiveram com Jesus, o glorioso Filho de Deus, que é Deus em Si mesmo, que sempre esteve com Deus, o Criador do mundo—por que Ele desceu à Terra e não só nasceu em um estábulo, não só se tornou um bebê e depois uma criança, aprendendo o alfabeto e passando por todo o desenvolvimento normal; mas então cresceu e se tornou um trabalhador braçal, um operário, que trabalhou com Suas próprias mãos? Isso deve ter feito os anjos ficarem confusos!
Mas ver que Jesus era um carpinteiro—Ele trabalhava com Suas mãos; era um trabalhador; um homem do trabalho—nos lembra da nobreza e da sacralidade do trabalho feito para a glória de Deus... qualquer tipo de trabalho feito para a glória de Deus. Ele santificou o trabalho, por assim dizer, incluindo o trabalho braçal ou o que alguns chamariam de trabalho “servil”.
Isso deve ser encorajador para aquelas de nós que temos algum aspecto de nossas vidas que envolve trabalho simples. Alguém aqui tem tarefas simples para as quais é responsável? Falamos sobre como é maravilhoso ser mãe, por exemplo, mas há muitas coisas sobre ser mãe que estão longe de ser glamourosas. Certo?
Há muito trabalho árduo envolvido em ser mãe, não é? Trocar fraldas e outras tarefas do dia a dia.
Eu recebo pessoas que dizem: “Eu quero fazer o que você faz.” Bem, o que elas querem dizer é que querem fazer a parte do que eu faço que elas podem ver e acham que seria divertido. Mas o que elas não sabem são todas as horas longas, a frustração, o olhar para a tela do computador em branco enquanto tento escrever um livro pensando: “Não tenho ideia do que dizer”, e todo o esforço e o trabalho árduo.
Isso é comum no seu trabalho, no seu chamado, seja qual for, e na sua vocação espiritual. Jesus santificou o trabalho, o trabalho duro, o trabalho manual, o trabalho árduo, o trabalho rotineiro feito para a glória de Deus.
Ele glorificou Seu Pai no céu trabalhando com Suas mãos todos aqueles anos, talvez sustentando Sua mãe e outros membros da família depois que José morreu, o que muitos acreditam ser provável.
Veja, Jesus, ao ser um trabalhador, um carpinteiro... Ele não automaticamente passou de doze para ser um rabino, realizando milagres e ensinando. Ele trabalhou por vários anos no negócio de construção de Seu pai, afirmando o que o resto das Escrituras diz sobre o trabalho.
O trabalho é algo bom quando feito para a glória de Deus. Ele existe desde antes da queda. Sabia disso? O trabalho não é apenas uma consequência da queda. Em Gênesis 2:15, está escrito: “O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.”
O trabalho é algo grandioso; é algo bonito quando feito para a glória de Deus. É uma missão de Deus para glorificá-Lo aqui na Terra. E Jesus estava fazendo isso com o seu trabalho na carpintaria ou na construção. Você faz isso, e eu faço isso, de outras formas, mas é algo santificado.
Primeira Tessalonicenses capítulo 4:
“...Porém, irmãos ... empenhem por viver tranquilamente, cuidar do que é de vocês e trabalhar com as próprias mãos ... para que vocês vivam com dignidade à vista dos de fora, e não venham a precisar de nada.” (versos 10–12)
Tenho várias amigas com quem troco pedidos de oração por e-mail toda semana. Algumas de nós são escritoras e palestrantes. Nossos pedidos de oração frequentemente giram em torno de algo em que estamos trabalhando, um projeto ou um prazo. Uma das mulheres do nosso grupo escreveu no e-mail de oração desta semana: “Não sou uma palestrante. Não sou uma escritora. Não estou fazendo nada empolgante para colocar como pedido de oração, mas estou buscando viver tranquilamente e trabalhar com minhas próprias mãos.”
Ela é esposa; é mãe; cuida de sua casa; serve as pessoas no contexto de sua igreja local. Eu fico pensando: “Sim, para a glória de Deus, faça isso!” Esse é um chamado elevado e santo. Meu chamado, dar aulas, gravar podcasts, escrever livros, não é mais alto ou mais santo do que seu chamado, cuidar de sua casa ou trabalhar no escritório. Se é o chamado de Deus, então é para a glória de Deus. É santo e exaltado.
Segunda Tessalonicenses capítulo 3, Paulo diz o seguinte:
“porque vocês mesmos sabem ... que nunca vivemos de forma desordenada quando estivemos entre vocês, nem jamais comemos pão à custa dos outros. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e fadiga [este é o apóstolo Paulo], de noite e de dia, a fim de não sermos pesados a nenhum de vocês...” [Damos a vocês] esta ordem: "Se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato, ouvimos que há entre vocês algumas pessoas que vivem de forma desordenada. Não trabalham, mas se intrometem na vida dos outros. A essas pessoas determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio pão.” (versos 7–12)
Fazemos o nosso trabalho sem fazer um grande alarde. Simplesmente cumprimos o nosso chamado. Sempre de boa vontade e sem esperar que todos notem o quão excelente você é e te dê tapinhas nas costas ou a aplauda. Fazemos o nosso trabalho para a glória de Deus e por causa de Cristo. Jesus modelou isso.
Em Atos capítulo 20, Paulo diz: “Vocês mesmos sabem que estas minhas mãos serviram para o que era necessário a mim e aos que estavam comigo.” Qual era o trabalho de Paulo? Ele fazia tendas. Ele estava viajando, começando igrejas, escrevendo Epístolas, mas ganhava a vida enquanto fazia isso. Ele diz:
“Em tudo tenho mostrado a vocês que, trabalhando assim, é preciso socorrer os necessitados e lembrar das palavras do próprio Senhor Jesus: "Mais bem-aventurado é dar do que receber." (Atos 20:34–35)
Estamos trabalhando não para receber, mas para ter o suficiente para poder dar aos outros.
Primeira Timóteo capítulo 5, versículo 8:
“Se alguém não tem cuidado dos seus e, especialmente, dos da própria casa, esse negou a fé e é pior do que o descrente.”
Jesus sempre esteve trabalhando. Ele não começou a trabalhar apenas quando chegou à carpintaria de seu pai. Ele sempre esteve trabalhando com Seu Pai celestial. Falamos sobre isso anteriormente nesta série, em Provérbios 8: “Estava lá quando ele firmava as nuvens de cima, quando estabelecia as fontes do abismo. (v. 28)
Jesus disse em João capítulo 5: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” (v. 17). Ele estava sempre trabalhando—trabalhando com Seu Pai, trabalhando com Suas mãos, trabalhando para cumprir a vontade de Seu Pai.
O fato é que entre os doze e os trinta anos de idade, onde as Escrituras não nos dizem realmente nada além de que Ele se tornou conhecido como carpinteiro, Ele não estava ocioso. Ele não era preguiçoso. Ele não estava simplesmente esperando até o momento de entrar em ministério público. Ele demonstra a honra de executar um trabalho produtivo para a glória de Deus.
Como Oswald Sanders diz: “Se não era indigno do Filho de Deus trabalhar como um artesão, então certamente não é indigno de nenhum de Seus filhos.” (p. 70).
Jesus nasceu em uma família pobre e operária. Trabalhar não era uma opção para essa família. Mas, trabalhando duro, Jesus participou da nossa humanidade. Ele se identificou com as pessoas comuns e trabalhadoras. Ao experimentar a monotonia, os desafios, o trabalho árduo, Ele carregou a maldição colocada sobre Adão, de comer o pão com o suor do seu rosto. Isso foi parte d’Ele suportar a maldição da queda.
O problema é que nós vemos significância e valor de forma diferente de Deus. Tendemos a medir o valor do que fazemos em termos de visibilidade, escopo—quão glamouroso é, quão grandioso é, quão impressionante é, quão impactante é! Deus não mede assim.
Deus não está super impressionado com quantas pessoas ouvem este programa ou quantas pessoas lêem meus livros. O que Ele quer saber é: estou sendo fiel ao meu trabalho? Estou sendo obediente em fazer as tarefas que Ele me deu para fazer naquele dia?
Veja, na vontade de Deus, o trabalho simples e comum não glorifica menos a Deus, não é menos significativo, não é menos necessário do que os tipos mais públicos de ministério, atos ou conquistas impressionantes.
Ter um ministério direto na vida das pessoas não é mais impressionante, não é mais valioso para Deus do que lavar pratos, se esse for seu chamado em um determinado momento do dia, ou lavar roupas ou realizar alguma outra tarefa corriqueira e entediante. Tudo é para a glória de Deus, e é isso que torna a tarefa nobre.
O fato de Jesus ter passado tantos anos realizando um trabalho que muitos não considerariam nobre ou inspirador, deve nos encorajar a sermos fiéis na realização das tarefas rotineiras e as muitas responsabilidades do nosso dia a dia, e a fazê-las com fidelidade e alegria—mesmo que ninguém mais veja ou aplauda o trabalho que estamos fazendo. Não estamos fazendo isso para os homens. Certo? Para quem estamos fazendo isso? Para o Senhor. Estamos fazendo isso como se fosse para Ele.
Assim, vemos que Jesus passou a maior parte de Sua vida adulta trabalhando em um ofício físico e apenas três anos em ministério público. Aqueles anos anteriores não foram de grande impacto mundial, ao olhar humano, mas foram uma preparação vital para Seu ministério público.
Deixem Deus determinar a natureza e a extensão do seu serviço em cada fase da vida. Deixe que Ele te dê a descrição do trabalho, e então faça-o para a glória de Deus. E não tenha pressa por um ministério mais amplo e visível.
Tenho mulheres que vêm até mim, mães jovens, e dizem: “Eu quero estar no ministério.” E eu fico pensando: “O que você acha que está fazendo? Você tem um filho de dois anos e um de cinco anos. Isso não é ministério? Você está em um ministério em tempo integral, moldando e formando essas vidas jovens.”
Outras mulheres podem dizer: “Bem, Deus não me abençoou com filhos. Eu trabalho em um escritório em uma posição administrativa.” Então, faça isso para a glória de Deus e perceba que isso também é ministério. Fazer o seu trabalho de acordo com a vontade de Deus é o que glorifica a Deus e reflete Sua glória neste mundo.
Se Deus colocou em seu coração o desejo de servi-Lo de outras maneiras, não tenha pressa. Reconheça que Ele está te preparando e amadurecendo. Aguarde pelo tempo de Deus. Você será mais eficaz a longo prazo se permitir que Ele te entregue o ministério que planejou para você, em vez de buscar ou aspirar por mais responsabilidades ministeriais. Neste momento, Deus nos confiou, a você e a mim, exatamente o ministério para o qual estamos preparadas. Então, cumpra-o com dedicação e alegria.
Nos momentos restantes quero tocar em outro aspecto da vida jovem adulta de Jesus que não costumamos mencionar: o fato de que Ele permaneceu solteiro durante toda a Sua vida terrena. Pense nisso comigo por alguns minutos.
Jesus nunca experimentou a companhia de uma esposa. Através de todos os desafios do trabalho e do ministério, em todas as provas e tentações, Ele nunca conheceu o conforto, o encorajamento e o apoio que um cônjuge poderia ter proporcionado. Além disso, Ele nunca conheceu a bênção de ter filhos próprios. As crianças que Ele amava eram as crianças dos outros.
Você pode pensar: “Bem, Ele era Deus, então Ele não precisava de casamento; não precisava de filhos.” Na verdade, Ele também era plenamente humano. Ele era um homem. Tinha desejos e anseios humanos normais. As Escrituras nos lembram que, em todos os aspectos, Ele foi “tentado em todas as coisas ... mas sem pecado” (Hebreus. 4:15).
Ao olharmos para Jesus, devemos presumir que Ele tinha anseios humanos naturais, mas não transformou esses anseios em ídolos. Ele não permitiu que Seus desejos naturais se tornassem exigências.
Sabemos que Ele foi a casamentos. Sabemos que Ele foi a festas, jantares e banquetes. Sabemos que Ele viu Seus amigos e pares desfrutando primeiro do dom do casamento e depois do dom dos filhos. Mas também sabemos que Ele nunca se entregou à autocomiseração. Ele nunca ressentiu Deus, Seu Pai celestial, por reter essas dádivas d’Ele.
Sabemos que Ele permaneceu moralmente casto durante Seus anos jovens, até os trinta e poucos anos, confiando em Seu Pai para satisfazer todas as Suas necessidades, até (ouso dizer) necessidades sexuais. Pode soar um pouco desrespeitoso falar sobre Jesus com desejos sexuais. Eu apenas vou dizer o seguinte: não conheço todos os mistérios disso, mas sei que Ele era um ser sexual.
Ele era um homem, e confiava em Seu Pai para satisfazer todas as necessidades—de companhia, amizades, e realização dos desejos humanos. Ele não se inquietava com seu status de solteiro, mas abraçou completamente e se deleitou na vontade e no chamado de Deus para Sua vida e tudo o que isso implicava. Para Jesus, isso significava ser solteiro.
Para Jesus, abraçar o chamado de Deus em Sua vida—o celibato—foi tanto um ato de submissão à vontade do Pai quanto um ato altruísta de amor para com aqueles que Ele veio servir—nós. Ele estava disposto a renunciar a muitos dos prazeres normais e bons—prazeres santos—que a maioria das pessoas desfruta, para nos redimir do nosso pecado.
Ele sabia que Sua vida na terra seria curta e que Ele teria toda a eternidade para saborear a plenitude da alegria e os prazeres que se encontram à direita de Seu Pai. Então Ele pôde pagar o preço aqui. Ele conhecia a alegria que estava diante d'Ele, e Ele suportou. Ele suportou não apenas a cruz física, o sofrimento da crucificação e tudo o que isso significava, mas outros tipos de cruzes ao longo do caminho, incluindo talvez essa área do celibato. Isso pode ter sido uma cruz para Ele, assim como é para algumas aqui.
Sendo solteiras ou casadas, há momentos em que nos sentimos muito sozinhas, precisando de companhia e que alguém ouça os nossos corações e compartilhe nossas necessidades e anseios mais profundos. Há mulheres casadas com homens que não têm um coração para o Senhor, ou que simplesmente não estão se conectando verdadeiramente. Ou mesmo que você esteja em um ótimo casamento, há áreas do seu coração que jamais serão preenchidas pelo seu marido.
Você pode se sentir sozinha de diversas formas—seja como uma mulher solteira, como uma mulher casada com um marido que não compartilha da mesma fé, ou carregando um fardo que ninguém mais pode compreender ou compartilhar completamente com você.
Talvez você seja viúva, divorciada, ou talvez Deus não tenha te abençoado com casamento ou filhos ainda. Pode ser que você tenha se mudado recentemente e esteja longe de amigos e encorajamento. Quero te lembrar do que diz Hebreus 12: “Pensem naquele [Cristo]... para que vocês não se cansem nem desanimem.” (v. 3) Porque não temos um sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança...”
Graça é o que precisamos nesses momentos. “... a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno.” (Hebreus 4:15–16)
Amiga solitária, irmã solteira, mãe que está lutando, quero te encorajar a receber o amor do seu Pai celestial, a abraçar a vontade e o chamado Dele para esta (e cada) fase da sua vida, e deixar que Ele te sustente com Sua graça. Confie Nele para aqueles desejos não realizados. Dedique sua vida ao serviço dos outros.
E lembre-se de que esta vida é muito curta. Foque no Dia em que cada lágrima será enxugada e cada esperança e desejo serão cumpridos, quando estaremos unidos a Cristo, nosso amado Noivo, para toda a eternidade. Vale a pena esperar!
Raquel: Todas nós ouvimos essas palavras de Nancy DeMoss Wolgemuth enquanto enfrentamos diferentes desafios hoje. As verdades que acabamos de ouvir sobre Jesus podem nos dar uma perspectiva eterna. Esse ensinamento faz parte de uma série chamada "Incomparável." Para ouvir qualquer episódio anterior, visite avivanossoscoracoes.com.
Espero que esta série esteja te ajudando a ver Jesus com novos olhos. Talvez você seja como Abigail, que nos escreveu sobre as mensagens que temos ouvido: “Quando crescemos em uma escola cristã e frequentamos a igreja a vida toda, é fácil esquecer a majestade de Cristo. Pouco antes de começar esta série, pedi ao Senhor para tornar Jesus mais real para mim. Esta série está me fazendo ver Jesus com um novo olhar, e estou muito agradecida!”
Eu também sou grata, e especialmente pelas ouvintes que são usadas por Deus para tornar este programa possível para mulheres como a Abigail. Estamos produzindo mensagens que ajudam as mulheres a descobrir quem Jesus realmente é, graças às ouvintes que generosamente contribuem para o ministério. Visite o nosso site para fazer a sua doação.
Jesus era perfeito e não precisava mostrar arrependimento, então por que Ele precisaria ser batizado? Vamos meditar sobre o batismo de Jesus amanhã.
Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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