
Dia 4: Por que esperar: O ministério dos quarenta dias
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth descreve as aparições de Jesus após Sua ressurreição.
Nancy DeMoss Wolgemuth: É interessante notar que essas aparições não foram grandes e chamativas. Jesus, neste momento, não estava tentando fazer manchetes. A maioria dessas aparições foram encontros pequenos, pessoais e íntimos com indivíduos ou grupos pequenos.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Quebrantar-se completamente diante de Deus, na voz de Renata Santos
Nancy: Eu já precisei viajar bastante ao longo dos meus anos de ministério. Eu sou bem caseira, na verdade. Amo ficar em casa. Sempre digo que só faço essas viagens por causa de Jesus. Viajo por Ele, e Ele me abençoa por isso. Mas quando estou na estrada, fora da cidade, eu mal posso esperar para voltar para casa. Às vezes, ao longo dos anos, acontecem atrasos e tenho que fazer uma última parada ou cumprir uma …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth descreve as aparições de Jesus após Sua ressurreição.
Nancy DeMoss Wolgemuth: É interessante notar que essas aparições não foram grandes e chamativas. Jesus, neste momento, não estava tentando fazer manchetes. A maioria dessas aparições foram encontros pequenos, pessoais e íntimos com indivíduos ou grupos pequenos.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Quebrantar-se completamente diante de Deus, na voz de Renata Santos
Nancy: Eu já precisei viajar bastante ao longo dos meus anos de ministério. Eu sou bem caseira, na verdade. Amo ficar em casa. Sempre digo que só faço essas viagens por causa de Jesus. Viajo por Ele, e Ele me abençoa por isso. Mas quando estou na estrada, fora da cidade, eu mal posso esperar para voltar para casa. Às vezes, ao longo dos anos, acontecem atrasos e tenho que fazer uma última parada ou cumprir uma última responsabilidade. Tenho que te dizer, é difícil, porque eu só quero voltar para casa.
Eu amo servir. Amo o que o Senhor me chamou para fazer. Mas eu também amo dormir na minha própria cama. Quero voltar para casa. Pensei nisso quando cheguei a esta parte da nossa série Incomparável, e como, após a ressurreição, Jesus estava pronto para voltar ao céu e ver Seu Pai! Depois de tudo o que Ele passou, desde o momento em que veio a esta terra como um bebê, passando pelos anos de crescimento, vida adulta, ministério, julgamento, crucificação—depois de todo esse tempo de separação física de Seu Pai, quão animado Ele provavelmente estava para voltar para casa.
Mas as Escrituras nos dizem que Ele ficou aqui na terra por mais quarenta dias após a ressurreição—cinco semanas e cinco dias. Isso pode não parecer muito tempo, mas quando estamos viajando e queremos voltar para casa, esse tempo pode parecer uma eternidade. Acho que o ministério de Cristo durante os quarenta dias entre a ressurreição e Sua ascensão ao céu mostra o coração terno e compassivo de Cristo de passar mais quarenta dias neste mundo terrível e cheio de dor—quem escolheria entre ficar aqui ou estar no céu?
Mas Ele se importava mais com Seus discípulos e conosco do que consigo mesmo. Ele estava mais comprometido com o plano e a agenda de Seu Pai do que com seu próprio conforto e sua própria agenda. Na verdade, a agenda d’Ele era a agenda do Pai. Ele sempre dizia: “Eu vim para fazer a vontade do Meu Pai.” Como esse período de quarenta dias fazia parte da vontade do Pai, Ele o aceitou e o cumpriu.
Esse período de quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão é interessante. Um autor disse que “o período de quarenta dias nas Escrituras é sempre um período de espera solene seguido por questões de grande importância.” Ele apontou várias instâncias—certamente algumas delas vêm à mente quando pensamos em quarenta dias, onde houve espera seguida de uma grande questão. Por exemplo:
- Os quarenta dias e noites de chuva durante o dilúvio. A espera por aquilo acabar, e os que estavam na arca poderem voltar para a terra firme.
- Moisés no monte por quarenta dias recebendo a lei antes de descer e entregá-la ao povo.
- Os quarenta dias oferecidos aos ninivitas para se arrependerem nos dias de Jonas.
- Os quarenta dias que Jesus jejuou no deserto e foi tentado pelo diabo. Esse foi o início de Seu ministério terreno. Nesses quarenta dias Jesus estava se preparando para começar Seu ministério na plenitude e poder do Espírito Santo.
Agora vemos Jesus no final de Seu ministério terreno, preparando Seus discípulos para dar continuidade ao Seu trabalho na Terra, no poder do Espírito Santo. Portanto, Sua vida e Seu ministério estão delimitados por dois períodos de quarenta dias cada.
Precisamos nos perguntar: Por que Ele ficou na Terra durante essas semanas após a ressurreição? A resposta óbvia é que Seu Pai queria que Ele ficasse, mas por que Deus não deixou Jesus ser ressuscitado diretamente para o céu, do túmulo para a destra do trono de Deus? Qual era o propósito desses dias? O que Ele fez?
Ao pesquisar sobre isso foi interessante encontrar muita especulação. Existem muitos relatos ocultos e apócrifos. Acho que isso acontece porque as Escrituras não nos dizem muito. As pessoas usaram a imaginação e disseram: “Ahhh, foi isso que Ele fez.” A maior parte dessas respostas é pura especulação.
É por isso que precisamos olhar para as Escrituras e ver o que elas nos dizem sobre esse ministério de quarenta dias e quais são as implicações disso para nossas vidas.
Se possível, abra a sua Bíblia no livro de Atos, capítulo 1. No parágrafo inicial do livro de Atos, temos o resumo mais breve—apenas três versos—que resumem esse ministério de quarenta dias. Veremos, ao ler isso em um momento, que esses quarenta dias não foram um acidente. Não foi apenas algo sem propósito, mas sim uma parte intencional do plano de Deus.
Lembrem-se de que os discípulos tinham acabado de perder seu amigo e Senhor mais querido, ou assim pensavam. Ele havia morrido. Eles estavam confusos. Estavam lamentando Sua perda. Pensavam que Ele era o Rei, aquele que traria o reino de Deus. E agora o Rei deles estava morto.
Depois de todo o sofrimento, receberam a notícia da ressurreição. Mas como eles deveriam acreditar nisso? Como poderiam saber que era realmente verdade? Duas mulheres trouxeram o primeiro relatório, e naquela época, as mulheres não eram aceitas como testemunhas em um tribunal porque o testemunho delas não era considerado confiável ou válido.
Eles estavam recebendo esses relatórios, mas todos estavam emocionados e confusos. Portanto, Jesus usou esse breve período de quarenta dias para encorajar Seus discípulos. Ele fez isso de duas maneiras principais que vemos aqui em Atos 1.
Primeiro, Ele ministrou às suas dúvidas fornecendo provas—provas concretas—de Sua ressurreição, de que Ele realmente estava vivo.
Em segundo lugar, Ele os preparou para o futuro durante esses quarenta dias. Ele deu a eles esperança, visão e orientações para depois de Sua partida. Ele usou esse tempo para fornecer provas de Sua ressurreição e prepará-los para o futuro.
Vamos ler Atos 1:1-3 e depois vamos analisá-lo.
“Escrevi o primeiro livro [referindo-se ao Evangelho de Lucas, ambos escritos pelo Dr. Lucas], ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até o dia em que foi elevado às alturas, depois de haver dado mandamentos por meio do Espírito Santo aos apóstolos que tinha escolhido. Depois de ter padecido, Jesus se apresentou vivo a seus apóstolos, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas relacionadas com o Reino de Deus”. (Atos 1:1–3)
Vamos desmembrar isso um pouco.
Ele forneceu provas ou evidências de Sua ressurreição durante esses quarenta dias. As Escrituras falam em muitas provas. Ele se apresentou a eles, aparecendo-lhes durante quarenta dias. A palavra “provas” é forte na língua original. Significa “prova positiva”, “um sinal seguro”. Algumas traduções dizem “muitas provas convincentes” ou “muitas provas infalíveis”.
Ele usou essas semanas para fortalecer a fé de Seus discípulos. Ele estava prestes a deixá-los. Todo o futuro de Sua missão dependeria de eles terem confiança de que Ele estava vivo, que Ele havia vencido a morte.
E não só eles precisavam estar confiantes, mas também precisariam convencer outros de que esse crucificado, suposto criminoso, era de fato o Filho de Deus que havia ressuscitado dentre os mortos. Esta não era uma missão fácil, por isso, eles precisavam primeiro estar muito certos e confiantes na ressurreição. Durante esses dias, Jesus lhes apresentou evidências que não podiam ser refutadas.
Ele fez isso aparecendo para eles, como este trecho diz. Que maior prova da ressurreição do que ver alguém que você pensava estar morto, vivo e pessoalmente? Ele lhes deu evidências físicas. Eles viram Seu corpo físico. Era Seu corpo glorificado. Não era o mesmo, mas era reconhecível. Eles podiam ver as marcas dos pregos nas mãos e nos pés. Eles O viram, tocaram-no, comeram com Ele e conversaram com Ele. Ele lhes deu evidências físicas de Sua ressurreição.
Ele fez isso por meio de várias aparições—aparições pós-ressurreição—para várias pessoas, em diversas circunstâncias. Ao ler os quatro Evangelhos podemos obter toda a lista de aparições, e não é fácil harmonizar, porque cada um deles conta sobre algumas das aparições, mas não todas. Quando juntamos todos os, parece que há dez ou onze dessas aparições pós-ressurreição nas Escrituras.
Essas aparições foram impressionantes, porque eles achavam que Ele estava morto, mas é interessante que não foram grandes e chamativas. Jesus não estava, naquele momento, tentando fazer manchetes. A maioria dessas aparições foram encontros pequenos, pessoais e íntimos com indivíduos ou pequenos grupos. A propósito, a maioria, se não todas, eram cristãos em Cristo. Lembrem-se de algumas das aparições:
- A primeira aparição registrada foi para Maria Madalena no túmulo, que estava angustiada e chorando do lado de fora do túmulo. Como em muitas das aparições, você vê apenas uma troca terna e o encorajamento pessoal que Jesus deu a essa mulher que amava Jesus tão profundamente e foi tão impactada por Sua vida e ministério, mas estava lamentando Sua perda. Ele vem e a ministra de forma tão ternura em sua dor. (Marcos 16:9–10, João 20:11)
- Em seguida, temos a aparição para Maria Madalena e outra Maria que estavam voltando do túmulo vazio no Dia da Ressurreição (Mateus 28:9–10)
- Depois, para dois discípulos na estrada para Emaús. (Lucas 24:13; Marcos 16:12)
- Depois, aquele encontro incrível com Pedro em Jerusalém, que fazia parte do processo restaurador em sua vida. (Lucas 24:34)
- Outra aparição para os discípulos que estavam em um quarto trancado em Jerusalém. Lembram-se? Naquela ocasião, um dos discípulos estava ausente. Tomé—então, quando ouviu falar disso, teve dificuldade em acreditar. (João 20:19–23)
- A próxima vez que Jesus apareceu foi para os onze apóstolos em uma casa. Ele fez isso por causa de Tomé, para garantir que Tomé tivesse a mesma evidência, a prova da ressurreição. (João 20:26)
- E você se lembra que Ele apareceu para sete apóstolos que estavam pescando no Mar da Galileia? (João 21:1).
- Depois, Ele apareceu para Seu irmão Tiago, que não acreditava antes, mas se tornou um cristão firme—um dos líderes da igreja e o autor da Epístola de Tiago no Novo Testamento. (1 Coríntios 15:7).
- Finalmente, mais de 500 pessoas O viram ao mesmo tempo. Este foi o único evento em que ele apareceu em um grupo grande, que esteja registrado. A maioria de suas aparições foram muito mais pessoais e íntimas. (1 Coríntios 15:6).
Nesses encontros, vemos que Jesus lidou com ternura e diretamente com as dúvidas e medos de Seus seguidores. Por exemplo, Lucas 24 diz:
“Falavam eles ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: — Que a paz esteja com vocês! Eles, porém, ficaram assustados e com medo, pensando que estavam vendo um espírito. Mas ele lhes disse: — Por que vocês estão assustados? E por que surgem dúvidas no coração de vocês? Vejam as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo. Toquem em mim e vejam que é verdade, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho.
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e como estavam admirados, Jesus lhes disse: — Vocês têm aqui alguma coisa para comer? Então lhe apresentaram um pedaço de peixe assado, e ele comeu na presença deles.” (versos 36–42)
Mais evidências! Provas concretas de que Jesus realmente estava vivo.
As evidências eram persuasivas. Eram convincentes. Eram indiscutíveis. Tanto que os apóstolos nunca duvidaram novamente, desde o momento em que Jesus subiu ao céu.
Ao ler o livro de Atos, vemos essa pregação poderosa e convicta sobre a ressurreição de Cristo. Eles nunca duvidaram. Pregaram com convicção porque Jesus ficou tempo suficiente para dar-lhes provas de Sua ressurreição.
É interessante que “Depois de ter padecido, Jesus se apresentou vivo aos seus apóstolos, com muitas provas incontestáveis” (Atos 1:3). O fato de Ele ter se mostrado para eles depois de Seu sofrimento era um lembrete e uma garantia de que sofrimento e morte não são o fim.
Vejam, eles também iam sofrer. Jesus os havia chamado para “tomar a sua cruz e segui-Lo.” (Mateus 10:38), mas eles também compartilhariam, após seus sofrimentos, da Sua ressurreição.
Portanto eles poderiam proclamar Cristo com ousadia e sem medo, mesmo quando se tornava ilegal fazê-lo sob o governo romano opressor. Porque o pior que poderia acontecer a eles, eles sabiam, era que poderiam ser mortos. Mas eles haviam visto Jesus diante deles como prova de que há vida após a morte! A morte não é o fim.
Sou tão grata que Jesus forneceu essa prova, essa evidência de Sua ressurreição, não apenas para Seus discípulos, mas como evidência para futuras gerações de céticos—relatos de testemunhas oculares do Cristo ressuscitado são uma das maiores provas da ressurreição. Temos esses relatos de testemunhas oculares.
Ao tornarmos isso pessoal para nossos próprios corações, somos lembradas de que Jesus está vivo! Somos chamadas a banir dúvidas e medos. Ele Se mostrou durante esse período de quarenta dias. A nossa parte é acreditar na evidência e receber Sua paz.
Ele preparou Seus discípulos para o ministério depois que Ele se foi. Como Jesus preparou Seus discípulos para o que estava por vir? Deixe-me sugerir três coisas que se destacam para mim nesses relatos pós-ressurreição.
Ele forneceu instruções. Ele estava falando sobre o Reino de Deus. Essas eram coisas que Ele talvez já tivesse dito antes, mas eles não haviam compreendido completamente. Vejam, ao longo do livro de Atos, vemos que eles ainda estavam esperando um reino político terreno que expulsasse os romanos. Mas Jesus falou sobre o Reino de Deus, Seu reinado e domínio nos corações de Seu povo, que transformaria vidas e lares e impactaria o mundo com Sua realeza. Ele estava tentando instruí-los sobre o verdadeiro significado do Reino de Deus.
Enquanto fazia isso, Ele os ensinava com as Escrituras. Lembram-se dos dois homens na estrada para Emaús que inicialmente não reconheceram Jesus no dia de Sua ressurreição? O texto diz que “começando por Moisés e todos os Profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.” (Lucas 24:27). Ele os direcionou para a Palavra de Deus para instruí-los, para prepará-los a proclamar o evangelho depois que Ele partisse.
Novamente, continuamos em Lucas 24, quando Ele apareceu aos discípulos:
“A seguir, Jesus lhes disse: — São estas as palavras que eu lhes falei, estando ainda com vocês: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a respeito de mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: — Assim está escrito que o Cristo tinha de sofrer, ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia.” (Lucas 24:44–46)
Aqui estão eles, vendo-O com seus próprios olhos, mas Ele está dizendo que a coisa mais certa que temos, a evidência mais convincente, é o que está escrito nas Escrituras. Louvo a Deus por que temos essa Palavra e que Ele nos deu Seu Espírito Santo para iluminar nossa compreensão e nos ensinar como devemos fazer o ministério—como devemos fazer parte de trazer Seu reino para esta terra. Portanto, a instrução faz parte da preparação deles para o ministério futuro.
Missão—durante esses quarenta dias, Ele confirmou a eles o que deveriam fazer depois que Ele partisse. Ele lhes disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.” (João 20:21). Ele estava enviando-os da mesma forma que o Pai o enviou. E para o que Ele os enviava?
- Para viver vidas humildes, santas e obedientes como Ele fez
- Para proclamar o Reino de Deus como Ele fez
- Para chamar as pessoas ao arrependimento e a acreditar no evangelho como Ele fez
- Para viver em dependência consciente de seu Pai celestial e do Espírito Santo como Ele fez
- Para viver uma vida de oração, sacrifício e serviço como Ele fez
Eles não deveriam apenas ficar sentados, falando sobre os velhos tempos e curtindo as bênçãos de seu relacionamento com o Senhor enquanto Ele estava na terra. Se assim fosse, por que não levá-los para o céu com Ele? Ele estava os deixando na terra por um propósito. Ele explicou essa missão:
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês.” (Mateus 28:19–20)
Ele deixou a missão clara. Ele disse a eles em Lucas 24:
“e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas.” (versos 47–48)
Essa era a missão deles, ser testemunhas. Eles deveriam sair de suas zonas de conforto. Havia trabalho duro a ser feito e uma mensagem a ser proclamada.
Bem, Jesus nos deixou com uma missão, um mandato e uma mensagem. Ele voltará um dia, e naquele momento Ele nos cobrará por quão bem cumprimos nossa missão na Sua ausência. Como Jesus disse em Lucas 12: “Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (v. 43). Seremos fiéis em cumprir a missão que Ele nos deu para fazer?
Durante esse período de quarenta dias, Jesus instruiu Seus discípulos sobre o Reino de Deus, lhes deu a missão e mostrou o que deveriam fazer. Depois, Ele fez provisão para eles enquanto se preparavam para esse ministério.
Como eles iriam cumprir essa missão de proclamar Seu Reino? Devem ter se perguntado: “Como vamos fazer isso sem Ti, Jesus? Parece impossível. O governo romano é tão grande, tão poderoso e tão oposto a Cristo.”
Bem, nas horas finais antes de Sua crucificação, Jesus prometeu aos discípulos que pediria ao Pai para enviar o Espírito Santo e durante esses quarenta dias, Ele os lembrou dessa promessa e da provisão que Ele enviaria a eles.
Lemos sobre isso no último capítulo do Evangelho de Lucas e no primeiro capítulo de Atos. Ambos os livros foram escritos pelo Dr. Lucas. Lucas 24:
“Assim está escrito que o Cristo tinha de sofrer, ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vocês a promessa de meu Pai; permaneçam, pois, na cidade, até que vocês sejam revestidos do poder que vem do alto.” (versos 46–49)
Que poder era esse? O poder do Espírito Santo. Vemos a mesma coisa em Atos 1:
“E, comendo com eles, deu-lhes esta ordem:
— Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias ...
Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.” (versos 4–5, 8)
A vinda do Espírito Santo, a provisão prometida do Espírito, significava que Jesus estaria sempre com eles por meio do Espírito Santo que habitava neles. Não foi isso que Ele disse no final de Mateus 28: “E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (v. 20).
Aqui Ele está se preparando para partir, mas Ele diz: “Estarei sempre com vocês.” Isso significava a provisão prometida do Espírito Santo. Ele não os enviava para cumprir a missão sozinhos e Ele não nos envia para servi-Lo sozinhas.
Vocês não se sentem, assim como eu, quando o Senhor nos pede para servi-Lo de diferentes maneiras, que somos fracas e inadequadas e que precisamos muito da provisão e do poder do Espírito Santo e do encorajamento de que Deus tem os recursos para cumprir Sua missão e Seu mandato para nossas vidas no Espírito Santo e na presença de Cristo?
Durante esses quarenta dias, Ele lembrou aos Seus discípulos que a janela de oportunidade não ficaria aberta para sempre—que havia um tempo limitado para que eles servissem a Ele e expandissem Seu Reino dessa forma. Ele lhes disse para fazer isso “até que eu venha” (João 21:22); “até o fim dos tempos.” (Mateus 28:20) Ele lhes mostrou que havia um período definido para que eles cumprissem seu chamado.
O desafio para os discípulos, e para nós hoje, é viver pelo que realmente importa. Não o que importa para nós, mas o que importa para Cristo. Não o nosso programa, metas, agenda, mas o dEle. Aproveitando o tempo. Pois, como Jesus disse, a noite vem quando ninguém pode trabalhar.
E nesses quarenta dias, quão gratas podemos ser por Jesus ter usado esse tempo para fornecer provas de Sua ressurreição, para preparar Seus discípulos para o que estava por vir, dando-lhes instruções, um senso de missão e comissão, o que deveriam fazer, e então Sua provisão divina para cumprir esse chamado.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem explicado uma pergunta importante: “Por que Jesus permaneceu na terra por quarenta dias após ressuscitar dos mortos?” Que questão importante para considerar! Assim como o resto da série Incomparável, este episódio foi muito enriquecedor. Talvez Nancy tenha feito perguntas que você nunca havia considerado antes, e as respostas estão te levando a uma compreensão mais profunda sobre quem é Cristo.
Não se esqueça, se você perdeu algum episódio da série, pode acessá-los no avivanossoscoracoes.com. Espero que este ensinamento tenha ajudado você a ver o incrível trabalho de Jesus de uma maneira nova.
Bem, quarenta dias após ressuscitar dos mortos, Jesus ascendeu ao céu. A maioria das igrejas não dá muita importância a esse evento. Isso realmente importa? Amanhã, Nancy vai abordar essa questão.
Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.