
Dia 4: Abençoem aqueles que os amaldiçoam
Raquel: Para abençoar os outros você precisa abrir a boca. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não fique apenas pensando algo sobre seus filhos, seu cônjuge. Diga. Você precisa dizer. Se há coisas que você aprecia, que você admira, e isso passa pela sua mente, “Estou tão feliz que meu marido fez tal coisa”. Diga isso a ele. Fale as palavras. E eu diria, diga isso agora. Não espere pelo velório.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Durante toda a semana, temos falado sobre Superando a maldição das palavras. Agora, Nancy, eu já disse algumas coisas aos outros das quais me arrependi.
Nancy: O mesmo é verdade para mim, Raquel. Tenho certeza de que todas nós já dissemos palavras em certos momentos que gostaríamos de não …
Raquel: Para abençoar os outros você precisa abrir a boca. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não fique apenas pensando algo sobre seus filhos, seu cônjuge. Diga. Você precisa dizer. Se há coisas que você aprecia, que você admira, e isso passa pela sua mente, “Estou tão feliz que meu marido fez tal coisa”. Diga isso a ele. Fale as palavras. E eu diria, diga isso agora. Não espere pelo velório.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Durante toda a semana, temos falado sobre Superando a maldição das palavras. Agora, Nancy, eu já disse algumas coisas aos outros das quais me arrependi.
Nancy: O mesmo é verdade para mim, Raquel. Tenho certeza de que todas nós já dissemos palavras em certos momentos que gostaríamos de não ter dito. “Por que eu disse isso? Ah se eu tivesse ficado quieta!” Imagine suas palavras como o tubo da pasta de dente. Seria muito difícil, se não impossível, colocar toda aquela pasta de volta dentro do tubo.
Raquel: Exatamente. Não leva muito para falarmos o que pensamos. Mas, uma vez que aquelas palavras saem de nossa boca, é tarde demais para recuperá-las. Assim como não podemos colocar a pasta de dente espremida de volta no tubo.
Nancy: Quando você pensa sobre seus relacionamentos, há algumas coisas que você disse a outros das quais agora gostaria de poder voltar atrás? É uma coisa incrível, esses momentos de pasta de dente. As palavras saem tão facilmente, mas nunca podemos recuperá-las, não é?
Raquel: Sim! Eu não ficaria surpresa se algumas de nós tivermos tido momentos de pasta de dente no último mês ou mesmo nos últimos dias, ou talvez, nos últimos minutos! Com as consequências da COVID-19, estou descobrindo que preciso colocar uma guarda especial na minha língua! Então, vamos ouvir hoje enquanto Nancy continua a série Superando a maldição das palavras.
Nancy: Recentemente, recebi um bilhete de uma amiga enquanto estávamos falando sobre essa coisa de abençoar/amaldiçoar, e ela se lembrou de quando era pré-adolescente, sentada em um culto com sua família. Ela disse: “Eu me virei para o meu irmão, que estava cantando os hinos ao meu lado, e disse a ele que ele era surdo e desafinado”.
Não tenho a impressão, pelo que ela escreveu, de que ela estava sendo maliciosa ou que tinha a intenção de prejudicar a vida dele, mas ela simplesmente disse isso — se foi casual, se ela quis dizer isso ou não, se estava apenas brincando. Provavelmente foi algum comentário impensado.
Ela disse: “Levou anos para ele cantar novamente, e como eu gostaria de nunca ter dito aquelas palavras. Cerca de cinco anos atrás ele repetiu esse comentário para mim e me contou o quão difícil tinha sido para ele cantar desde então. Meu coração dói muito só de pensar em como o impedi de louvar a Deus através da música. Eu busquei perdão, mas gostaria que isso nunca tivesse sido dito.”
“Põe guarda à minha boca, Senhor; vigia a porta dos meus lábios.” (veja Salmo 141.3) Essa precisa ser a nossa oração. Existem tantas maneiras diferentes de amaldiçoarmos os outros. Existem maneiras pelas quais nos tornamos amaldiçoadas pelas palavras de outros. Temos falado durante essa série sobre como superar a maldição das palavras. . . como superar o poder dessa maldição em nossas vidas.
Falamos que uma das coisas que precisamos fazer é nos arrepender das maneiras pelas quais falamos palavras que amaldiçoam os outros. Falamos sobre fazer brincadeiras, com provocações, com ser rápidos demais para falar, e deixa eu apenas dizer novamente a importância — principalmente como esposas e mães — de que você guarde sua língua quando se trata de críticas e julgamento do seu cônjuge e de seus filhos.
Também podemos fazer isso com os outros. Eu penso sobre a minha infância. Sendo uma de sete filhos, há coisas que eu disse aos meus irmãos que — não queria que fosse uma ferida ou facada — mas que eram apenas comentários depreciativos sobre como eles tocavam piano ou como faziam alguma coisa.
Eu não estava tentando ser cruel ou má, mas agora, olhando para trás, percebo que não os abençoei com aquelas palavras. Gostaria de poder voltar atrás e não dizer tantas palavras — naquela época ou na minha vida adulta — que estão sempre julgando o desempenho das pessoas. Isso pode ser uma maldição das palavras.
Tenho falado com muitas pessoas nas últimas semanas sobre como foram abençoadas ou amaldiçoadas enquanto cresceram. Um homem disse que se lembra de quando tinha cerca de dez anos (ele não era cristão, não vinha de uma família cristã). Ele sempre tentava obter validação (mesmo que não conscientemente) de seu pai. Ele queria a afirmação do pai. Queria fazer algo que soubesse que agradaria ao seu pai.
Ele disse: “Eu construía algo ou consertava algo. O que eu realmente estava fazendo era tentar agradá-lo. Eu estava tentando obter reconhecimento dele de que algo que eu fiz foi bom, que era valioso, que eu estava bem. Meu pai nunca reconheceu nem elogiou os meus esforços. Em vez disso, sua única resposta era uma avaliação crítica do que eu fazia. . . [e ele terminou essa frase dizendo] repetidamente, repetidamente.”
Aqui está um homem com filhos crescidos, compartilhando memórias de quando ele tinha dez anos. Esse homem é recém convertido, e agora ele precisa avaliar a forma como educou seus próprios filhos. Ele ainda tem um adolescente em casa e deseja fazer diferente. Ele está percebendo: "Quando eu era criança, eu estava gritando por socorro, e os comentários dos meus pais eram sempre de julgamento, sempre 'você poderia fazer melhor.'"
Como pais, essa é uma linha tênue da qual estamos falando aqui. Você quer encorajar seus filhos a fazer o seu melhor e, quando não estão fazendo o que você sabe que poderiam, parte de educá-los é guiá-los a ser tudo o que podem ser. Mas há uma linha fina que você pode ultrapassar, onde seus filhos sentem que estão sempre sendo avaliados ou criticados, que nunca fazem o suficiente, que nunca podem ter um bom desempenho.
Eu já observei alguns pais, que frequentemente vêm de contextos perfeccionistas ou orientados pelo desempenho, que tendem a ser mais propensos — eu acho — de fazer isso com seus próprios filhos. Ele poderia sempre fazer melhor. Ele poderia sempre fazer mais.
No coração deles, eles amam seus filhos. O coração deles não é amaldiçoar os seus filhos. Mas pergunte a si mesma, essas palavras fazem com que o seu filho se sinta aceito? Afirmado? Agora, novamente, como pai ou como mãe, você não quer afirmar seus filhos em pecado. Mas vou te dizer o seguinte. A correção dos seus filhos, quando necessário, provavelmente será muito mais frutífera se vier em um contexto em que eles tenham ouvido você expressar que está satisfeita com eles — que os esforços deles, o que fizeram, são aceitáveis para você.
É incrível como muitas pessoas carregam essa mentalidade de desempenho em seu relacionamento com Deus — sempre tentando desempenhar. Vivendo sob a lei, vivendo sob o cinto da escravidão de tentar ser bom o suficiente. É uma forma de maldição que você pode dar aos seus filhos, essa crítica e julgamento constantes.
Deixe-me dizer isso também. Precisamos pensar sobre como amaldiçoamos pessoas nos diferentes relacionamentos que tivemos. Já falamos um pouco sobre seus filhos; já falamos um pouco sobre seu cônjuge. Deixe-me enfatizar o perigo de amaldiçoar seus pais.
Mesmo como filhos adultos, as Escrituras são muito claras sobre isso. “Se alguém amaldiçoa o seu pai
ou a sua mãe, a sua lâmpada se apagará na mais densa escuridão.” (Pv 20.20) Provérbios fala no capítulo 30 sobre aqueles que amaldiçoam seus pais e não abençoam suas mães. Você diz, “Eu não amaldiçoei meus pais!” Você tem certeza?
Na maneira como você fala deles, na maneira como você fala com eles (ou falou com eles), há algo que você precisa corrigir para garantir que falou palavras que abençoam e honram? Novamente, se Deus está convencendo o seu coração — como fez com o meu através deste estudo — de palavras que foram ditas e precisam ser arrependidas, então arrependa-se.
Há graça para os que se arrependem. Você vence o poder da maldição em sua vida — o poder das palavras de maldição que outros falaram sobre você — se arrependendo das palavras de maldição que você falou para os outros.
Enquanto continuamos a pensar em algumas maneiras práticas de superar a maldição das palavras em nossas vidas, deixe-me enfatizar o seguinte — que vem direto de Romanos capítulo 12 — e que é: recuse-se a devolver maldição por maldição. Temas diferentes que tocamos falam sobre isso, mas acho importante ressaltar isso.
Recuse-se a devolver maldição por maldição. Você será amaldiçoada. Você terá pessoas dizendo coisas a você que são degradantes, que te minimizam e prejudicam, algumas delas com a intenção de prejudicar, algumas das quais você não terá ideia de como estão sendo percebidas.
Pode ser algo que seu marido tenha dito. Você pode ter um ótimo marido, ou pode ter um marido com muitas necessidades espirituais, e às vezes ele diz coisas das quais ele nem tem ideia de como isso te afeta, ou talvez ele tenha a intenção de te machucar com essas palavras.
Talvez seus filhos tenham te dito algo extremamente doloroso. Ouvi falar de uma mãe que estava envolvida em uma situação recentemente. Ela recebeu uma ligação de um filho adulto que disse algo muito duro para ela. Eu tive a oportunidade de conversar com esse filho mais tarde e ouvi o lado dele da história. Ele não enxergava a situação daquela maneira de forma alguma. Não era a sua intenção machucar.
Deus conhece o coração, mas foi isso que ele disse. Eu disse a ele: "Você consegue ver como sua mãe, ao ouvir essas palavras, recebeu isso como uma punhalada? Você não é mãe", eu disse a esse jovem. "Você tem que entender. Isso a amaldiçoou; essas palavras foram muito dolorosas." Então, peça a Deus para te dar entendimento.
Sim — você será amaldiçoada — mas recuse-se a devolver maldição por maldição. Você sabe por que aquele jovem falou assim com a mãe dele (como eu ouvi os dois lados da história)? É porque ele sentiu que, em uma conversa que tiveram antes, algumas coisas dolorosas foram ditas a ele. Ele não tinha a intenção de ser vingativo, mas estava sendo reativo. Recuse-se a devolver maldição por maldição.
Aqui está o outro lado dessa moeda; em vez disso, devolva bênção por maldição."Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem." (Romanos 12.14) Vamos ser bem práticas aqui. Não estamos vivendo no império romano como nos dias de Paulo. Não temos escravidão como nos dias de Paulo.
Então quem são aqueles que nos perseguem hoje? Podem ser filhos adultos que não estão andando com o Senhor. Pode ser o seu marido. Pode ser o seu ex-marido. Podem ser os seus sogros. Continuamos voltando a esses relacionamentos básicos. Eu recebo cartas e e-mails o tempo todo de mulheres que estão sendo amaldiçoadas.
Elas estão vivendo em situações onde coisas estão sendo ditas a elas que são muito, muito dolorosas. O que elas devem fazer? Tudo o que sei fazer é levá-las de volta à Palavra de Deus. "Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem." (Rm 12.14) Pergunte a si mesma, enquanto pensa naquela pessoa que te feriu profundamente: "Estou obedecendo à Palavra de Deus?"
Todas nós temos as nossas desculpas. "Mas você não sabe o que ele disse!" Eu não preciso saber o que ele disse. Eu sei o que a Palavra de Deus diz. Não estou dizendo que é fácil, mas estou dizendo — se você é uma filha de Deus — é possível. "Abençoem aqueles que perseguem você."
Não fale mal deles. Não os amaldiçoe. Não fale mal do seu ex-marido para seus filhos; não fale mal do seu chefe para um colega de trabalho. Ele pode ser um péssimo chefe, mas não devolva maldição por maldição. Em vez disso, os abençoe. Não retribua o mal pelo mal. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem. Aqui está o motivo: você colhe o que semeia.
Se você semear bênção, você colherá bênção. Se você semear maldição — mesmo que tenha sido isso que foi semeado na sua vida, você semeia de volta — é isso que você vai colher. Você pode colher maldição daquela pessoa para quem você está devolvendo maldição, ou pode acabar colhendo maldição de outros, mas você colherá o que semear.
Recuse-se a devolver maldição por maldição — não importa quem seja a pessoa, não importa o que fizeram, não importa o que disseram. Em vez disso, peça a Deus para te mostrar como devolver bênção — uma bênção positiva, proativa e poderosa. . . devolver bênção àqueles que te amaldiçoaram.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth já volta com a segunda parte da mensagem de hoje. É parte da série chamada Superando a maldição das palavras.
Jesus foi amaldiçoado por muitos em Sua vida na terra. No entanto, foi em Seu ensino em Lucas 6 que Ele disse: "Abençoai os que vos amaldiçoam". Ele modelou isso perfeitamente, até em Sua morte.
Nancy: Eu também me lembro de Gálatas capítulo 3, onde o apóstolo Paulo escreveu, “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar — porque está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro’.” Esta foi uma troca incrível que aconteceu na cruz: Ele tomou a nossa maldição por nós e nos deu Sua bênção em troca. Isso é incrivelmente belo!
Raquel: Por causa da morte e ressurreição de Jesus, Deus nos oferece graça como Suas filhas. Quando nos arrependemos, podemos ser perdoadas por aquelas palavras que não deveríamos ter dito. O poder das palavras amaldiçoadas não nos prende mais, seja pelas palavras que dissemos ou pelas palavras que nos disseram. Jesus superou o domínio que o pecado tinha sobre nós, e podemos estar atentas para não desanimar os outros com nossas palavras.
Bem, vamos continuar com a segunda parte do programa de hoje. Aqui está Nancy.
Nancy: Eu estava falando sobre essa questão de abençoar e amaldiçoar com um amigo outro dia, e ele disse: "Cresci em um lar onde experimentei muito o poder da maldição, mas não era que meu pai [com quem ele sentia mais isso] fosse brutal ou verbalmente abusivo. Era mais pelo que ele não dizia." Era a ausência de elogios, a ausência de bênção que se comunicava como uma maldição para esse homem enquanto ele crescia naquele lar.
Como estamos falando sobre formas de superar a maldição das palavras, superar o poder — quebrar o poder — da maldição das palavras que os outros falaram sobre sua vida, precisamos resolver falar palavras de bênção para os outros e sobre os outros. Há um poder imenso nesse princípio.
Você pode estar pensando: "Achei que essa série fosse sobre como superar a maldição das palavras que recebemos". E é, e se você deseja ser liberta, se você quer quebrar a maldição das palavras que experimentou na sua infância, no seu casamento, na sua vida adulta, aqui está uma das chaves: torne-se uma abençoadora. Decida falar palavras de bênção.
Quanto mais palavras de maldição você ouviu ou experimentou dos lábios dos outros ao longo dos anos, mais difícil isso pode ser para você. Eu tive a bênção de crescer em um lar onde me senti muito afirmada. Eu ainda me lembro de meu pai me apresentando a alguém quando eu tinha provavelmente treze ou quatorze anos.
Meu pai era um homem de negócios muito bem-sucedido e tinha uma empresa de seguros. Ele disse: "Essa é minha filha, Nancy. Ela poderia administrar meu negócio." Bem, eu não poderia administrar o negócio dele nem ser presidente dos Estados Unidos. Eu realmente não tenho cabeça para negócios. Não sei nada sobre seguros. Até hoje, todos os detalhes sobre seguro ainda são um mistério para mim!
Ele falou palavras de bênção sobre a minha vida. Acho que meu pai realmente achava que eu poderia administrar o negócio dele. O amor é cego. (risos) Ele olhava para os filhos dele através de "olhos de bênção". Ele afirmava cada um na sua individualidade.
Somos todos muito diferentes, e ele estava sempre trabalhando para reforçar nossas fraquezas de formas que nos abençoassem. Isso é um grande legado. Como resultado disso, provavelmente é mais fácil para mim do que para outros que não tiveram isso — principalmente de um pai — falar palavras de bênção.
Eu percebo que, mesmo que você tenha ou não recebido palavras de bênção ao longo da sua vida, isso ainda é algo com o qual precisa trabalhar, algo de que precisa estar consciente.
Precisamos ser proativas quanto a isso. Precisamos procurar oportunidades para falar palavras de bênção na vida dos outros.
Especialmente as mamães, que têm muitos filhos pequenos e muitas coisas acontecendo nas suas vidas. Isso é algo do qual vocês precisam estar mais conscientes, porque o seu dia é sempre muito cheio — muitos dias o seu principal objetivo é sobreviver. Sua rotina é vestir seus filhos, educá-los, levá-los para aulas de piano, jogos de futebol, ir pra lá e pra cá, alimentá-los, colocá-los para dormir.
É fácil, com certeza, se sentir consumida com as tarefas diárias e esquecer como é importante para você — como um estilo de vida — falar palavras de bênção na vida dos seus filhos.
É fácil agora, enquanto estamos aqui pensando sobre isso, mas é quando você está com pressa e com muito a fazer, quando a vida está corrida, pensar no que sai. . . Mesmo que você tenha se decidido a não falar palavras de maldição, é fácil negligenciar a importância de falar palavras de bênção de forma proativa.
Como dissemos, essa palavra "abençoar" no Novo Testamento é a palavra da qual obtemos nossa palavra "elogio". Significa falar “bem de alguém, elogiá-la”. Não pense apenas nas suas palavras de bênção para seus filhos, para o seu marido — diga!
Você precisa dizer isso. Se há coisas que você aprecia, coisas que você admira e de repente pensa: "Eu estou tão feliz que meu marido fez. . . qualquer coisa". Diga isso a ele. Fale essas palavras.
E diga isso agora. Não espere pelo velório, como falamos no episódio de ontem. Não sabemos se vamos ver as pessoas que amamos no próximo dia.
Eu saí de casa no final de semana do meu vigésimo primeiro aniversário. (Eu ia passar o fim de semana com minha família.)
Meu pai me colocou em um avião para voltar para a Virgínia, onde eu estava morando. Quando eu aterrissei na Virgínia, recebi a ligação dizendo que meu pai teve um infarto. Ele foi para o Senhor instantaneamente. Não houve mais chance de dizer palavras de bênção. Agora, eu ainda posso dizer palavras de bênção sobre ele, e faço isso. Mas tudo o que eu teria dito — eu tinha acabado de fazer 21 anos — foi minha última chance de dizer.
Sou muito grata que, antes de partirmos, nós dissemos que nos amávamos. Mas se eu pudesse voltar, há tantas coisas que eu aprecio sobre meu pai, que admiro. . . coisas que eu já admirava. Mas houve muitas coisas que eu não disse. Não estou dominada pelo arrependimento sobre isso, mas pensar sobre isso me faz querer ser mais proativa com as pessoas que ainda estão aqui, e falar palavras de bênção para elas.
Então, à medida que você abençoa, peça a Deus que mostre como dar bênçãos específicas, que sejam pessoais e apropriadas de forma individualizada. Há uma passagem fascinante em Gênesis, nos capítulos 48 e 49. Não vamos ler toda a passagem, mas deixe-me dar uma visão geral.
O assunto principal neste momento da história é Jacó, um dos patriarcas. Lembre-se de como Jacó lutou, ainda jovem, para obter uma bênção? Ele era o segundo filho. Ele era aquele a quem Deus disse que iria abençoar, mas Jacó era um enganador, um manipulador. Ele estava sempre tentando conseguir a bênção de seu pai, conseguir a bênção de seu irmão, conseguir a bênção de Deus.
Ele era um homem inquieto, sempre desejando uma bênção. Bem, finalmente, ele recebeu a bênção — depois de muita dor, muita luta, muito sofrimento, muito quebrantamento. Agora ele é um homem idoso — esta é a reta final de sua vida — e ele percebe que está contente com a bênção de Deus. Ele foi preenchido, está satisfeito, ele foi abençoado por Deus.
Jacó diz em Gênesis 48.1–3 para seu filho José, “O Deus Todo-Poderoso me apareceu. . . e me abençoou.” Essa é uma afirmação significativa, vinda de um homem que passou tantos anos tentando ser abençoado, lutando por uma bênção. Mas ele chegou ao ponto de descansar na bênção de Deus. Então, à medida que a história se desenrola aqui em Gênesis 48.15, Jacó abençoa seu filho José e os filhos de José, seus dois netos Efraim e Manassés.
O versículo 15 diz: “E ele abençoou José. . .” Novamente, ele é capaz de abençoar porque ele recebeu a bênção de Deus pela fé. Ele está satisfeito com isso e agora tem algo para dar. Ele disse: "O Deus em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que tem sido o meu pastor durante a minha vida até este dia. . . [esse Deus] abençoe estes meninos!" (vv. 15–16)
Ele está transferindo uma bênção. Ele está dizendo: “Deus abençoou meus pais. Deus me abençoou, e agora estou abençoando você, meu filho, e seus filhos.” É uma bênção transgeracional que Deus tinha intenção de dar aos pais para que eles abençoassem seus filhos e netos.
Jacó disse a José, “e que em [seus filhos] meu nome seja levado adiante, e. . . e que eles cresçam em uma multidão no meio da terra.” Ele fala uma bênção sobre o futuro de seus netos. Mas ele não terminou. Mais tarde, no capítulo seguinte, 49, Jacó está no seu leito de morte.
Ele chama seus doze filhos e os abençoa individualmente. Ele diz o nome deles e, em seguida, fala palavras sobre o futuro deles. No final de todo esse capítulo, onde ele deu essas bênçãos muito específicas aos seus filhos, Gênesis 49.28 diz: “São estas as doze tribos de Israel e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a bênção que lhe cabia.”
Eu nunca tinha notado essa frase antes, até que eu estudei esse conceito. Percebi que Jacó tinha doze filhos muito diferentes. Alguns deles falharam de forma grandiosa e iriam enfrentar consequências. O seu primogênito, Rúben, teve uma falha moral enorme e não pôde experimentar a bênção do primogênito.
Mas até para esse filho Rúben, cuja vida seria limitada por suas falhas, Jacó encontrou uma maneira de falar palavras que o abençoaram, chamando-o de "meu primogênito, o filho da minha dignidade." Houve palavras que ele falou que foram adequadas para aquele filho. Ele abençoou cada um com a bênção adequada a ele.
Todos os seus filhos são diferentes. Seu marido é diferente de qualquer outro marido. Você pode dizer, “Eu sabia disso!” (risos) Peça a Deus para mostrar maneiras apropriadas de abençoar seu marido, seus filhos, seus netos, seus pais, de maneiras que sejam apropriadas, específicas e adequadas a eles.
À medida que você faz isso, exerça fé em favor deles. Imagine o que Deus pode fazer através da vida desses filhos. Não estou falando sobre qual carreira eles terão, mas peça a Deus para lhe dar fé a respeito de como Ele pode usá-los.
Não é que você vai controlar a vida deles. Você quer abençoá-los. Você quer enviá-los acreditando que há um grande futuro e esperança para eles enquanto caminham com Deus.
Meu pai fez um trabalho incrível de abençoar seus filhos nesse sentido de abençoá-los no futuro. Ele sempre nos dava essa visão. Quando ele morreu, nós sete estávamos com idades entre 8 e 21 anos. Ele não teve filhos adultos, mas, de alguma forma, ele deixou em nossas vidas a marca de que "Deus quer usar sua vida. Deus tem uma missão para você. Deus tem um propósito para você. Ninguém mais pode cumprir isso."
Raquel: É incrível o que pode acontecer quando pedimos a Deus para nos ajudar a abençoar intencionalmente os outros com nossas palavras. Que tipo de impacto suas palavras terão pelos anos que virão? Estávamos ouvindo Nancy DeMoss Wolgemuth continuar na série Superando a maldição das palavras. Ela acabou de compartilhar como as palavras de seu pai foram um grande encorajamento em sua vida.
Amanhã, Nancy concluirá essa série sobre nossas palavras, desafiando você a pensar sobre a necessidade de encorajamento na sua família. Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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