
Dia 3: O que é ser uma mulher verdadeira? (Parte 2)
Raquel: No episódio de sexta-feira do Aviva Nossos Corações, ouvimos Nancy dizer, na voz de Renata Santos:
Paulo insiste em dizer que o que o mundo realmente precisa, o que o mundo mais precisa, é de cristãos que realmente coloquem em prática o que eles dizem acreditar, coisas que estão de acordo com a sã doutrina.
Essa afirmação me lembra que, ao ascender aos céus, Jesus nos deixou o seguinte mandamento:
Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. (Mateus 28.19-20 – ARC)
A partir de um estudo aprofundado de Tito capítulo 2, em especial os versículos 1 a 5, Nancy tem nos ensinado, de maneira prática, o que significa ser uma mulher de …
Raquel: No episódio de sexta-feira do Aviva Nossos Corações, ouvimos Nancy dizer, na voz de Renata Santos:
Paulo insiste em dizer que o que o mundo realmente precisa, o que o mundo mais precisa, é de cristãos que realmente coloquem em prática o que eles dizem acreditar, coisas que estão de acordo com a sã doutrina.
Essa afirmação me lembra que, ao ascender aos céus, Jesus nos deixou o seguinte mandamento:
Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. (Mateus 28.19-20 – ARC)
A partir de um estudo aprofundado de Tito capítulo 2, em especial os versículos 1 a 5, Nancy tem nos ensinado, de maneira prática, o que significa ser uma mulher de Deus. Essa missão inclui viver uma vida alinhada com a sã doutrina e também instruir as mulheres mais jovens a fazerem o mesmo. Em outras palavras, Nancy tem nos mostrado como cumprir a Grande Comissão como seguidoras de Cristo.
Essa mensagem, intitulada “O que é ser uma mulher verdadeira?”, juntamente com outras sete originalmente compartilhadas nas conferências Mulher Verdadeira de 2008 e 2010, compõe o material complementar em vídeo que, há muitos anos, tem abençoado as leitoras do livro Mulher Verdadeira: Design Divino.
Desde a semana passada, temos divulgado as mensagens dubladas em formato de áudio, aos poucos, aqui no Aviva Nossos Corações. Todas elas também estão disponíveis em vídeo, com dublagem em português, no nosso canal do YouTube e também no site www.avivanossoscoracoes.com, na aba “Mulher Verdadeira”.
Hoje, vamos ouvir a segunda parte da mensagem da Nancy, tão rica e cheia de instruções preciosas. Mais uma vez, abra sua Bíblia no capítulo 2 de Tito e aprofunde-se na Palavra de Deus com Nancy DeMoss Wolgemuth — em língua portuguesa, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: E se nós perguntarmos à sua família? Esse é o ponto de partida, o lugar para o teste para o verdadeiro amor. É em casa. Se não funcionar lá, não funciona. Vocês podem estar pensando nas mulheres que estão em situações familiares muito diferentes e muito difíceis. Pode estar pensando: “Como posso amar aquele homem? Como amar aquela criança, aquele adolescente que está partindo meu coração ou aquele ser de dois anos que veio sem manual de instruções? Como posso amar aquele cara, aquela criança?”
Bem, essa passagem diz: pode aprender. Essas coisas não acontecem naturalmente. Elas precisam ser ensinadas, mas também há uma provisão aqui — vamos vê-la em alguns instantes — da graça sobrenatural de Deus, que permite que você estenda o amor até mesmo nas situações mais impossíveis.
Então, por todo o livro de Tito, vimos nesses versos que a vida dos crentes deve ser bem diferente da vida daqueles que não creem. Nossa cultura é caracterizada pelos tipos de coisas que lemos no final do capítulo 1: violência, promiscuidade sexual, mentira, glutonaria, embriaguez, revolta, ódio, raiva. Você vê essa descrição do mundo no livro de Tito, mas pelo modo como o Evangelho de Cristo nos transformou, nossas vidas deveriam ser diferentes, contraculturais. E o mundo deveria ser capaz de olhar para nós, como mulheres cristãs, e ver uma enorme diferença.
Nossas vidas são caracterizadas por coisas como amor, brandura, pureza, autocontrole, verdade, submissão, famílias bem organizadas.
Deveríamos ser uma demonstração viva do Evangelho para tornar o Evangelho crível. E, então, conforme olhamos essa lista que segue no livro de Tito, deixe-me mostrar uma pequena parte dela começando nos versículos que acabamos de ler em Tito 2, versículo 1. Temos essa lista para cristãos em geral, e nos versículos de 3 a 5, como mulheres, especificamente, devem refletir ou ilustrar o Evangelho. E eu quero só passar novamente essas qualidades rapidinho aqui e pensar sobre como seria se uma mulher não estivesse fundamentada na verdade, o Evangelho.
No verso 1, vemos que uma mulher cristã baseia sua vida na sã doutrina, na verdade e na Palavra de Deus. Mas a mulher cuja vida não está fundamentada pelo Evangelho, vai minimizar a importância da doutrina, vai ignorar ou desprezá-la, e a vida dela será baseada em crenças que não são verdadeiras, que não são sadias.
Mas a mulher santificada, cuja vida tem sido fundamentada pelo Evangelho de Cristo — que são as crentes mais velhas — devem modelar o amor e a maturidade espiritual. Elas têm que ser intencionais em passar o bastão, transferindo o Evangelho, a fé, à próxima geração. Intencionais ao discipular e mentorear a nova geração. Mas e se o Evangelho não fundamentar suas vidas, como é que vai ser?
Pessoas idosas serão livres para buscar seus próprios sonhos, seus próprios prazeres, para se aposentar, para viver como bem quiserem. Elas cumpriram suas obrigações e elas querem passar o resto de suas vidas viajando pelo mundo, com suas picapes ou qualquer outro carro, terem seus hobbies, o que quer que seja, e apenas relaxar. Esse é um estilo de vida que não é baseado no Evangelho.
No verso 3, as mulheres mais velhas, cujas vidas têm sido moldadas pelo Evangelho, devem ser respeitosas, mas uma mulher cuja vida não foi moldada ou baseada no Evangelho vai tomar um rumo secular ou vulgar. Mulheres moldadas pelo Evangelho não são caluniadoras. Elas falam a verdade, palavras que constroem. Mas se nossas vidas não tiverem sido moldadas pelo Evangelho, seremos fofoqueiras. Vamos ferir os outros com nossas palavras. A mulher cuja vida é baseada na sã doutrina e no Evangelho não vai ser escravizada a muito vinho. Ela vai ter um estilo de vida moderado, mas uma mulher para quem o Evangelho não importa o não significa nada, vai ser indulgente. Ela terá um comportamento viciado com abuso de substâncias, desordens alimentares, vai viver para o prazer baseando-se em sentimentos. Uma mulher cuja vida é moldada pelo Evangelho ensinará o que é bom. Ela ensinará as mulheres mais jovens.
Mas o que acontece no modelo onde o Evangelho não modifica vidas? Desvalorizamos o que as mais velhas tem a oferecer. Fazemos com que elas se sintam inúteis ou marginalizadas e as mulheres mais jovens são deixadas à deriva da própria sorte. Fazemos com que elas se sintam inúteis ou marginalizadas, acabam naufragando.
Vemos que as mulheres mais jovens, ancoradas no Evangelho, devem amar seus maridos. Elas devem valorizar seus casamentos, devem manter seus votos mesmo quando for difícil, quando machucar, quando parecer impossível. Mas na cultura ou no ambiente onde o Evangelho não molda nossas vidas, as mulheres ressentem seus maridos. Elas os desonram e é daí onde vem aquela cultura do divórcio, os casamentos descartáveis. A mulher fundamentada no Evangelho, ama seus filhos, valoriza a maternidade, ter filhos de acordo com a vontade e os planos de Deus e molda, intencionalmente, as suas vidas para Cristo. Mas numa cultura e mentalidade que não é fundamentada no Evangelho, as mulheres não são nem incentivadas a terem filhos e quando decidem ter, elas os maltratam ou os mimam, deixam que outras pessoas os eduquem. Elas não são intencionais em discipular seus filhos. Uma mulher cuja vida é fundamentada no Evangelho tem autocontrole. Essa é uma palavra na qual tenho meditado profundamente ultimamente. A Palavra “sophron”, que vem do grego, significa “ter uma mente sã ou sadia”. Um estado mental “sophron” é o que nos permite frear desejos carnais e resulta na prática do autocontrole em todas as áreas da nossa vida: nossa língua, hábitos, sexualidade — todas as áreas da nossa vida.
Mas a mulher cuja vida não é controlada, fundamentada no Evangelho, não tem auto-controle. Ela está fora de controle, com hábitos de consumo, sua língua, seu uso do tempo. Ela é impetuosa, impulsiva, fala tudo o que pensa. Sua mente não é “sophron”, não é uma mente sã. Então, vemos que uma mulher cuja vida é moldada pelo Evangelho é pura em seu coração, mente, sexualidade — é o oposto de um comportamento escandaloso, promíscuo. Uma mulher orientada pelo Evangelho valoriza o lar, tem o coração voltado para o lar. Seu foco e prioridades envolvem sua casa. Mas o que o mundo diz? Que o Evangelho não vale nada, ser dona de casa é desvalorizado. A hospitalidade tornou-se uma coisa do passado. Nossos lares estão um caos. Estamos empurrando as mães e valorizando o trabalho que elas fazem fora de casa, acima do que elas poderiam estar fazendo em prol da família.
Então, vemos através dessa passagem do livro de Tito como uma vida moldada pelo Evangelho é extremamente diferente de uma vida que não é moldada pelo Evangelho. Então a questão é: O quanto a sua vida, o quanto a minha vida refletem o Evangelho e a graça de Deus? E o que significa ser uma mulher redimida?
Quando eu olho para essas qualidades, apenas as poucas das quais falamos e as outras descritas em Tito, eu percebo um problema. Eu vejo esse incrível retrato de uma mulher verdadeira, vejo como ela deve ser em seu caráter. Eu a vejo fazendo um apelo para passar um legado de amor para a próxima geração. E aqui está o problema: eu não consigo viver dessa maneira. Eu não consigo ser esse tipo de mulher. Sabe o que mais? Você também não. E reconhecer esse problema é o primeiro passo para lidar com ele. Não temos esse poder. Cristo nos chama a viver uma vida impossível para a gente viver. Não conseguimos e o quanto antes reconhecemos melhor. Não temos o poder para viver esse tipo de vida.
Quantas de vocês na última semana diriam: “Houve pelo menos um momento, talvez mais — pensando só na última semana— no qual não pensei, agi, olhei e falei como uma mulher verdadeira. Talvez até no dia de ontem ou na última hora, só no dia anterior, posso ter acabado de fazer o meu devocional em menos de três minutos, agindo como uma pagã, falando como uma pagã, não como uma mulher de Deus. Por que sou assim? Por que eu fiz isso? Por que eu disse aquilo? Por que eu estou pensando isso?”
Como podemos nos tornar mulheres verdadeiras? Versículos de 11 a 14 nos dão três recursos, e eu gostaria de fazer uma mensagem inteira apenas sobre isso.
Vou apenas tocar neles e depois vocês podem explorá-los. Mas os três recursos que nos ajudarão a ser mulheres de Deus que vivem de acordo com a sã doutrina, são: o primeiro é recurso presente: é a graça de Deus.
Agora, olhem os versículos 11 e 12. A graça de Deus. “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade, às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa”. A graça de Deus. Esse é o recurso que Deus me dá a cada momento, a cada dia, e que aqui agora, me permitirá, não apenas nesse auditório, mas quando eu for para casa, quando eu estiver no meu trabalho, quando eu estiver pressionada e estressada; na carne. A graça de Deus é o que me dará o desejo e o poder para viver de acordo com a sã doutrina.
E aí o capítulo 3 nos lembra que não foi sempre assim. A graça de Deus não sempre esteve conosco. Costumávamos ser como o mundo. Olha o versículo 3 do capítulo 3: “Houve um tempo em que também éramos insensatos, desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda a espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade, na inveja, sendo detestáveis”. E se você se lembra ou não, assim éramos antes de Cristo mudar nossas vidas.
Então, qual foi a diferença? O que nos mudou? Olhe o versículo 4 do capítulo 3: “Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia. Ele nos salvou. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça — graça — nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna”.
Eu não posso ser salva por esforço humano ou por força de vontade. Eu não posso ser santificada por esforço humano ou força de vontade. Eu não posso ser uma mulher verdadeira e nem você, a não ser pela graça de Deus. Se tentar viver essa vida por sua conta, você ficará desanimada. Você viverá uma vida de desespero ou se sentirá um fracasso — porque você será um fracasso. Viverá debaixo da lei vivendo em escravidão. Ou, se você não falhar, terá que trabalhar e batalhar e ser rígida consigo mesma, e ninguém vai querer o que você tem enquanto você tenta ser uma mulher verdadeira. É a graça de Deus que nos permite dizer “não” para a carne e “sim” para Deus.
Hoje temos a graça de Deus, que recurso incrível! E é também um recurso que é um vislumbre do futuro, que é a volta de Cristo. O versículo 13: “Enquanto aguardamos a bendita esperança e a gloriosa manifestação do nosso Salvador Jesus Cristo”.
Mantenha seus olhos na linha de chegada e lembre-se: vai valer muito a pena. Quando? Quando virmos a Cristo. Quando O virmos, o processo de ser moldado à Sua imagem estará completo. Estaremos para sempre com o Senhor. Quando você estiver cansada, Deus usará um lembrete — aquela esperança abençoada do retorno de Cristo para ser algo que a encherá de força e desejo de vencer a batalha e tornar-se uma mulher de Deus.
Quando refletimos sobre o passado, temos um terceiro recurso, verso 14, que é o poder da cruz. “Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras”. É o Evangelho de Cristo que é a fonte de toda piedade. E somos chamadas a viver nossas vidas à luz do que Cristo já fez por nós, onde Ele morreu a nossa morte em nosso lugar, pelos nossos pecados, para que possamos ser revestidas da Sua retidão e sermos verdadeiras mulheres de Deus.
Se você nunca esteve diante da cruz para se arrepender dos seus pecados, colocar sua fé em Jesus Cristo, você não tem como viver essa vida de mulher verdadeira de Deus. E eu acredito que há mulheres aqui que foram trazidas por Deus porque Ele queria que cressem em Jesus Cristo. Enquanto você pensa sobre o que Cristo fez por você, levante os seus olhos e diga: “Sim, Senhor! Eu acredito que o Senhor fez isso. Faça-me Tua filha, para que eu me torne uma mulher verdadeira que traz glória para Ti”.
Vamos pensar agora, no “E então?”. Isso realmente importa? O quanto isso importa? É tão importante assim? Por que as mulheres precisam aprender essas coisas, praticar essas coisas? O que está em jogo? O que acontece se nós não vivemos assim?
Bem, Tito 2, a passagem que estamos lendo, dá instruções para crentes que estão em diferentes fases e estações da vida. Paulo disse: “É assim que o Evangelho deve ser refletido em você”. E, nessa passagem, Paulo inclui as três proposições desse propósito. Esse é o “E então?” É por isso que importa. Olhe essas três proposições:
- No versículo 5 — por que isso importa? “A fim de que a Palavra de Deus não seja difamada”.
- Verso 8: “Para aqueles que se opõem fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso respeito”.
- Versículo 10: “Para que assim tornem atraente em tudo o ensino de Deus, nosso Salvador”.
Senhoras, há muito mais em jogo aqui do que nossas vidas individuais. Há um efeito cascata em nossas vidas que vai muito além do que muitas de nós percebemos. As pessoas nos dizem: “Vocês que falam em conferências como essa, com certeza, precisam ser mulheres verdadeiras. A esposa do meu pastor, a diretora de ministérios que lidera o grupo de estudos. Mas que importa se eu sou ou não uma mulher verdadeira?” Importa muito. Você não percebe o impacto que a sua vida tem num mundo descrente e nos outros ao nosso redor, enquanto tornamos o Evangelho crível ou não, pela dimensão com a qual nossas vidas refletem a sã doutrina e o Evangelho de Cristo.
Portanto, quando os não crentes olham para os cristãos entre aspas, se eles nos virem sendo preguiçosas, viciadas, com filhos rebeldes, conflitos no casamento, imoralidade, relacionamentos disfuncionais, sendo grosseiras com nossas línguas, nossas atitudes, sem auto-controle, quais as conclusões que eles tirariam do cristianismo?
A sua vida faz com que o seu marido, seus filhos ou outras pessoas desrespeitem ou duvidem da Palavra de Deus? Dá a eles a munição para atacar o que você diz que acredita? Ou sua vida adorna, eleva a doutrina de Cristo?
Havia um filósofo alemão do século 19 que dizia: “Mostre-me a sua vida redimida e talvez eu queira acreditar no seu Redentor”. Que diferença faz? Você e eu vivermos vidas santificadas num mundo descrente?
Senhoras, sua vida, sua família pode ser uma pequena ilha de santidade, num imenso mar de perversidade, mas é assim que o Reino de Deus se propaga. Quando eles vêem a sua luz, quando eles vêem Cristo em você, eles são atraídos até Ele, são levados a acreditar ou se arrepender de seus pecados, a acreditar no Evangelho. Não subestime o impacto de ser uma mulher verdadeira de Deus, tendo caráter. . . cumprindo o chamado de uma mulher verdadeira de Deus.
Sexta-feira passada, pela manhã, eu recebi um telefonema. Uma prima havia morrido subitamente durante a noite. Tinha 61 anos de idade. Havíamos nos aproximado mais e pude conhecê-la melhor. Ela era uma guerreira de oração do nosso ministério e uma verdadeira mulher de Deus. Ela foi casada com Marty por 40 anos. Eles tiveram seis meninos, que têm entre 20 e 30 anos e, agora, seis noras — o filho mais novo casou-se este ano. No próximo mês, eles terão 16 netos, com idades de oito para baixo.
Quer uma foto aqui da família? Já vamos mostrar. E essa foto foi tirada há quatro anos, quando eram apenas três netos, porque nasceram 11 depois disso. Eu não sei se minha matemática está correta, mas tem 15 agora. O mais novinho nasceu na última quarta-feira. Na quinta, Ruth segurou aquele recém-nascido em seus braços e, quinta à noite, Ruth partiu para estar com o Senhor.
Eu tive o privilégio de participar do seu culto fúnebre ontem de manhã em Chicago. Me pediram que fizesse uma breve reflexão sobre a sua vida, assim como fizeram também dois dos seus filhos e dois dos seus irmãos. O tanto de amor e o carinho expressados a ela e os tributos sobre sua vida foram simplesmente inacreditáveis. Eu não estive lá na noite anterior para o velório, mas eu sei que, por sete horas, 500 pessoas permaneceram na fila, todo o tempo, para conseguir falar com a família, para expressar sua afeição por Ruth e suas recordações dela. De 3 a 4 mil pessoas foram ao velório. Mas enquanto eu estava no culto, durante o velório, eu ouvi o tempo todo as pessoas testemunhando sobre o impacto que ela teve em suas vidas. Pessoas que a conheciam, que a amavam, amigas de infância que permaneceram suas amigas a vida inteira com seus filhos, suas noras. Ouvi muitas pessoas falarem sobre o impacto dela. E o que eu conheci da vida dela e que eu ouvi descreverem é exatamente o que vimos em Tito capítulo 2.
Eu ouvi a história de uma mulher de caráter piedoso. Uma mulher que, por exemplo, em vez de caluniar, usava sua boca para falar palavras de bênção, encorajamento e graça. Alguém me enviou um e-mail dizendo: “Eu nunca ouvi Ruth dizer uma única palavra de reclamação ou crítica”. Pensei: “Vamos começar por aí. Sabe, como seria incrível se alguém pudesse falar assim sobre a minha vida, sobre as nossas vidas”.
Compartilhei isso no jantar ontem à noite, alguém na mesa disse: “Tarde demais”. Vocês estão falando sobre mim ou sobre eles? E pode ser tarde para alguém dizer que nunca me ouviu fazer reclamação ou crítica, mas nunca é tarde para eu chegar até a cruz e receber a graça de Deus para viver como esse tipo de mulher.
Eles falaram de uma mulher que era respeitosa, que era modesta no seu espírito e na sua conduta. Por onde passava ela não era espalhafatosa, não chamava a atenção para si, mas quando ela falava, as pessoas paravam para escutar, porque ela era uma mulher cheia de sabedoria, cheia da Palavra de Deus, sempre encorajando as pessoas a seguirem a Deus e Seus caminhos. Ela era gentil, rainha da hospitalidade. Ela usava sua casa como um lugar para abençoar as pessoas — da sua família e os de fora.
Ela era uma mulher e — isso veio à tona — que sempre, sempre, sempre amava o seu marido. Que o amava muito, que amava o seu marido, que o amava muito, que o amava fielmente, que cresceu no seu amor por ele. E ele desabrochou, ele floresceu, ele cresceu por causa dela. E Marty Ozinga é hoje é um grande servo do Senhor. É um homem de negócios cristão, cuja vida foi abençoada pelo amor de sua mulher.
Seus seis filhos falando sobre o impacto dela em suas vidas. Um deles me puxou de lado depois do velório e me disse: “Veja bem, embora todos nós estejamos andando com o Senhor hoje, casados com moças tementes que andam com o Senhor, não foi sempre assim. Em algum momento ou outro, sempre tinha um dos filhos que estava dando trabalho para nossa mãe. Ela se ajoelhou muito em nosso favor, ao mesmo tempo em que ela clamava ao Senhor em favor de seus filhos. Quando era necessário, confrontava”. Um deles fez um tributo a ela no velório e contou que alguns anos atrás, quando ele estava casado há apenas dois anos, morando na Califórnia, escravo do pecado, vivendo em pecado por causa de seus vícios, seu casamento estava ruindo, ele se preparando para o divórcio e Ruth pegou um avião e foi para a Califórnia, o encarou e disse: “Filho, não vai terminar esse casamento enquanto eu estiver viva”. E ela foi à luta pela alma daquele filho, pela alma daquele casamento. E ali estava ele, em pé ontem, dizendo o quanto ele ama sua esposa.
Agora que eles estão casados há 11 anos — e eu estava sentada lá na segunda fileira ouvindo ele falar —, que bênção ver esses rapazes e essas mulheres amando o Senhor! E esses preciosos netos todos ali que estão crescendo em famílias cristãs. Eu disse: “Isso é um tesouro nacional!” Tantas vidas impactadas por essa vida. Uma singela mulher verdadeira, que teria ficado constrangida em ouvir o que disseram sobre ela no velório e ouvir o que eu estou dizendo sobre ela hoje. Ela estava sempre chamando a atenção das pessoas para Cristo e sua vida deixou o perfume de Cristo, e ela se importava com o seu legado. De fato, na última grande reunião da família, ela era grega. Essa é a parte da minha grande família grega. E ela deu tochas para cada família naquela reunião. E ela desafiou — ela e o seu marido Marty desafiaram — desafiaram as famílias a manterem as suas tochas de fé queimando em suas casas e, então, passá-las para a próxima geração.
Quando soube do seu falecimento, eu fiquei muito triste. Eu ainda estou, de uma certa forma, quando penso naqueles preciosos netos que nunca conhecerão a vovó Ruth, que nunca terão a influência da sua vida aqui na terra, levada tão nova.
Então, olhei para aquelas preciosas noras e eu pensei: “Ela orou para elas entrarem na família. Ela orou por aqueles filhos para que eles cressem — ela e seu marido juntos”. Deus fez o trabalho. Ela não queria nenhum crédito por isso. Ela se preocupava com o legado — deixou sua marca, suas digitais — e pelas futuras gerações. Muito tempo depois que cada um que estava no velório tiver partido, ela ainda estará falando. Seu impacto, o efeito cascata do seu impacto ainda continuará nas gerações que virão enquanto eles passam a tocha — o bastão da fé adiante.
É fácil olhar para uma vida como essa e pensar: “Essa é a história de outra pessoa, mas a minha vida está totalmente quebrada; minha família está totalmente desequilibrada, meu passado é tão”. . . Amigas, é para isso que existe a graça. Esse é o motivo da cruz. E Deus está dizendo para você, nessa noite, mesmo nesse mar de maldade à sua volta, você pode ser, pela graça de Deus, uma mulher verdadeira. Indo à luta, com seu joelho no chão, tendo o caráter de uma mulher verdadeira, aceitando o chamado de uma mulher verdadeira para passar o bastão da fé para outros à sua volta. Intencional, não apenas vagando no mar da vida, mas dizendo: “Deus me colocou aqui, nesse planeta, para um propósito e, pela graça de Deus, eu serei essa mulher verdadeira para realizar Teus santos propósitos em meu mundo e para essa geração”.
E eu entendo esse aplauso como significando que estão afirmando que é esse desejo dos seus corações. Senhoras, um dia, bem antes do que pensamos — e eu quero que vocês, meninas adolescentes, me ouçam também, porque vocês acham que nunca vão morrer e algumas de nós não pensamos que um dia vamos morrer, mas nós vamos a muitos velórios.
Eu vi uma mulher que era apenas nove anos mais velha do que eu, repousando num caixão ontem. Um dia será você; serei eu. Pessoas virão e se reunirão. Dirão algumas coisas agradáveis, mesmo que você não tenha razão. Eles acham sempre uma maneira de dizer coisas boas nos velórios. Mas o que realmente importa para minha vida e para a sua é: Qual será o impacto de nossas vidas depois que o caixão for fechado, abaixado e a terra for jogada por cima? As pessoas, mais cedo ou mais tarde, esquecerão nosso nome. Mas a fragrância, o perfume e a beleza de Cristo continuará a se mover de uma geração para outra, porque estivemos aqui.
Enquanto eu estava naquele funeral ontem, a letra de uma música me veio à mente — que não cantaram na cerimônia, mas teria sido muito apropriado — e eu gostaria de encerrar o nosso tempo lendo para vocês a letra, que, para muitas de vocês, é uma música familiar.
Somos peregrinos na estrada estreita
E aqueles que já foram antes de nós
Confortam os fiéis, encorajando os cansados
Suas vidas, um testemunho vivo da graça sustentadora de DeusCercados por uma tão grande nuvem de testemunhas
Vamos correr a corrida não só pelo prêmio
Mas como aqueles que já foram antes de nós
Vamos deixar para aqueles que virão a herança de fidelidade
Transmitida através de vidas piedosasApós todas as nossas esperanças e sonhos irem e virem
E nossos filhos examinarem o que deixamos para trás
Que as pistas que eles descobrirem e as memórias que revelarem
Tornem-se a luz que os leve para o caminho que cada um deve encontrarÓ, que todos os que vêm atrás de nós nos encontrem fiéis
Que o fogo da nossa devoção ilumine seus caminhos
Que as pegadas que deixamos os levem a crer
E as vidas que vivemos os inspire a obedecerÓ, que todos os que vêm depois de nós nos encontrem fiéis
Curvem seus corações comigo em oração. Senhor, eu agradeço por ter me permitido que eu ouvisse, ontem ainda, esse poderoso lembrete de uma vida fiel, uma mulher verdadeira de Deus. E ser uma mulher verdadeira não tem a ver com ser casada ou solteira, com filhos ou sem filhos, netos ou não. Tem a ver com um coração que está ligado a Cristo e à sua Palavra, ligado ao Evangelho, ligado à cruz. Um coração que reflete a beleza de Cristo e Seus caminhos.
Oro para que o Senhor realize uma obra em nossas vidas essa noite e nos dias por vir. Dá-nos um desejo revigorado e santificado e a paixão para sermos suas mulheres verdadeiras. Oro pelas mais velhas, pelas de meia idade, cujos ninhos estão vazios, pelas que estão nos primeiros anos de criação de filhos, pelas recém-casadas, pelas solteiras, as adolescentes, as universitárias, cada fase da vida. Senhor, dá-nos aquele santo desejo pela Tua graça para permitir que o Senhor nos torne mulheres que fazem a diferença pela glória do Teu nome e pelo amor do Teu Reino. Amém.
Raquel: A sua vida faz com que o seu marido, os seus filhos ou outras pessoas ao seu redor desrespeitem ou duvidem da Palavra de Deus? Dá a eles a munição para atacar o que você diz que acredita? Ou a sua vida adorna, eleva a doutrina de Cristo?
Querida ouvinte, reserve um tempo hoje — ou ao longo desta semana — para refletir, com sinceridade diante de Deus, sobre essas perguntas. Permita que o Espírito Santo sonde profundamente o seu coração e a conduza em arrependimento e transformação, nas áreas em que isso for necessário.
E lembre-se que o Senhor Jesus não apenas nos comissionou a cumprir seus mandamentos e ensiná-los a outros; Ele também nos deixou uma promessa:
. . . eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. (Mateus 28.19-20 – ARC)
Como acabamos de ouvir Nancy dizer, Cristo nos chama a viver uma vida impossível, pois não podemos ser mulheres verdadeiras por esforço humano ou força de vontade. Mas como ela mesmo nos recorda, a graça de Deus e o poder da cruz estão abundantemente disponíveis para nós.
Gostaríamos de servi-la nessa jornada de santificação, à medida que você busca se tornar uma mulher verdadeira — uma mulher que adorna a doutrina de Cristo com a sua vida.
Adornadas: O belo design de Deus para as mulheres – Vivendo Tito 2.1-5 é uma série de podcasts do Aviva Nossos Corações que oferece, em 48 episódios, um estudo ainda mais aprofundado da passagem que Nancy expôs na mensagem de hoje. Você pode acessá-la em nosso site, na aba “Podcasts”. Além disso, você pode adquirir o livro Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo: Vivendo a beleza do evangelho juntas, escrito por Nancy DeMoss Wolgemuth, que também explora, de forma rica e prática, o ensino de Tito 2.1-5. Os links para acesso estarão disponíveis na transcrição deste episódio, que você encontra em nosso site!
O episódio de amanhã tem tudo a ver com o poder de Deus e Sua redenção em nossas vidas! Na mensagem “O plano de Deus para a sua família”, o pastor Voddie Baucham responde ao que talvez sejam os clamores de muitas de vocês que nos acompanham: “Como construir um lar piedoso quando venho de uma família disfuncional?” ou “Como obedecer a esses mandamentos se o meu próprio lar está destruído?”
Não perca! Esteja conosco amanhã e descubra como a Palavra de Deus oferece respostas cheias de graça, verdade e esperança — mesmo para realidades tão distantes do ideal.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Recursos Adicionais
- Adornadas: O belo design de Deus para as mulheres – Vivendo Tito 2.1-5
- Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo: Vivendo a beleza do evangelho juntas
- Mulher, sua verdadeira feminilidade: Design Divino
- Mulher, sua verdadeira feminilidade: Design Interior
- Uma jornada de 30 dias pelo Manifesto da Mulher Verdadeira