
Dia 3: Nossa sexualidade caída
Raquel: Juli Slattery diz que todas nós enfrentamos algum tipo de dor sexual.
Dra. Juli Slattery: É louco pensar que eu era psicóloga clínica, e tinha dores sexuais no meu coração e no meu casamento que nem sequer reconhecia! Mas, à medida que Deus começou a me mostrar uma perspectiva mais ampla do Seu plano para a sexualidade, Ele me convidou para uma cura que eu nem sabia que precisava!
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Mentiras em que as garotas acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você perdeu alguma das últimas duas conversas com a Dra. Juli Slattery e Dannah Gresh, não deixe de acessar avivanossoscoracoes.com porque essa tem sido uma conversa super importante. Tentamos estabelecer uma base para o assunto da sexualidade.
Juli, …
Raquel: Juli Slattery diz que todas nós enfrentamos algum tipo de dor sexual.
Dra. Juli Slattery: É louco pensar que eu era psicóloga clínica, e tinha dores sexuais no meu coração e no meu casamento que nem sequer reconhecia! Mas, à medida que Deus começou a me mostrar uma perspectiva mais ampla do Seu plano para a sexualidade, Ele me convidou para uma cura que eu nem sabia que precisava!
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Mentiras em que as garotas acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você perdeu alguma das últimas duas conversas com a Dra. Juli Slattery e Dannah Gresh, não deixe de acessar avivanossoscoracoes.com porque essa tem sido uma conversa super importante. Tentamos estabelecer uma base para o assunto da sexualidade.
Juli, você escreveu um livro muito importante — e eu diria até inovador — para acrescentar à conversa. Há muita discussão sobre sexualidade no mundo hoje, mas não tanto (certamente não o suficiente!) sobre a sexualidade na perspectiva divina.
Você escreve sobre por que é um bom presente e por que é um presente que, se abusado ou mal usado, pode ser extremamente perigoso em seu livro Repensando a Sexualidade: O Design Divino e porque importa. Estamos apenas tocando em alguns dos temas que você abordou no livro aqui nessa conversa desta semana com Dannah Gresh também aqui conosco.
Essas são duas das minhas mulheres favoritas, mulheres que me incentivam a amar e a fazer o bem. Passamos por algumas partes importantes e difíceis das nossas próprias jornadas. Juli, lembro de uma conversa com você, anos atrás. Estávamos em uma conferência, sentadas em um quarto de hotel por horas! Você compartilhou um novo trabalho que Deus estava fazendo no seu próprio coração.
Saí daquela conversa pensando: Eu quero mais de Jesus! Quero conhecê-Lo melhor. Quero desejar mais a Ele. Ambas tiveram esse impacto na minha vida. Ambas me desafiaram a pensar mais profundamente sobre o que acredito em muitos assuntos. . . e por quê.
Ambas me ajudaram a ser mais frutífera aqui no Aviva Nossos Corações e em ministrar através do nosso ministério, mas também em minha vida pessoal e ao ministrar aos outros. E ambas também, mesmo que provavelmente não percebam, têm falado na minha vida de maneiras que estão realmente ajudando no meu jovem casamento com Robert.
Juli, você conheceu o Robert ontem à noite. Diga às nossas ouvintes o que você achou do Robert.
Juli: Ah, ele é um verdadeiro cavalheiro! Ele tem um espírito muito sensível. Eu realmente amei conhecê-lo!
Raquel: Ele tem o “carimbo de aprovação da Juli”!
Juli: Com certeza, ele tem! Ele não precisava disso, mas tem.
Nancy: Bem, ele sentiu o mesmo por você. E, Dannah, ele te ama há muito tempo. Temos nos ajudado mutuamente em nossos casamentos. Todas nós estamos em jornada. Todas nós estamos em processo. Eu acho que às vezes, quando você ouve autoras ou palestrantes, pensa: “Claro, elas podem falar sobre esse assunto porque têm tudo sob controle. O casamento delas é perfeito!”
Eu vi ambas ministrarem a partir do quebrantamento, da fraqueza. Vi ambas usarem até falhas passadas e lutas atuais como parte da mensagem de vida delas. Eu não acho que nenhuma de vocês poderia estar ministrando tão profundamente para as mulheres na área de sexualidade se não tivessem estado dispostas a lutar e falar abertamente em relação às suas próprias lutas.
Estamos falando sobre a base da criação de Deus para o sexo — o que, por sinal, a Escritura fala muito mais sobre isso do que muitas pessoas percebem. É algo que devemos conversar. Jesus falou sobre isso; as Escrituras falam sobre isso — tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Mas, ao olhar ao redor hoje, acho que dois dos maiores desafios em torno da sexualidade são convencer as cristãs solteiras a se absterem de sexo antes do casamento e convencer as cristãs casadas a desfrutarem do sexo no casamento! Não é interessante como o inimigo quer fazer as solteiras dizerem: “Ah, você tem que ter isso, você tem que ter isso!” E falar sobre isso o tempo todo?
E, uma vez casadas, é como se dissessem: "Ah, você não pode falar sobre isso", e "Você não vai querer isso". O inimigo distorceu e torceu toda a imagem. E, em ambos os casos, ele está fazendo com que tanto os cristãos solteiros quanto os casados — seguidores de Cristo — fiquem confusos, envergonhados e se sintam culpados.
Mais importante ainda, eles não estão florescendo da maneira que Deus planejou para que florescessem, e não conseguem mostrar ao mundo uma imagem do amor redentor e da aliança de Deus. E eu acho que, Juli, isso é o que realmente te motivou a mergulhar profundamente e dizer: "Precisamos abordar o pensamento de Deus sobre esses assuntos".
Juli: Sim, com certeza, Nancy! Acho que, se você tivesse me perguntado há dez anos porque eu pensava que escrever sobre sexualidade era importante, tudo seria sobre: "Bem, eu quero melhorar os casamentos. Isso é uma parte importante do casamento". E isso é verdade.
Mas eu perdi a visão maior. Deus revelou isso através de Sua Palavra e do que vi ao ministrar (principalmente para mulheres) sobre questões sexuais. Essa visão maior de que a sexualidade foi criada para ser muito mais do que aquilo que pensamos sobre ela.
Pensamos nela como uma troca física — algo que talvez expresse amor ou expresse nossa identidade, ou algo que seja uma construção moral (algumas coisas são boas ou ruins sexualmente). Mas não temos a visão do porquê Deus nos criou como pessoas sexuais e por que isso impacta tão profundamente quem somos, com base na nossa experiência sexual e nas nossas escolhas.
Raquel: Por que Ele nos criou como seres sexuais, Dra. Juli? Por que Ele fez isso?
Juli: Aah, essa é a pergunta de um milhão de dólares! Bem, eu acho que uma parte disso é até dar um passo para trás e perguntar: "Por que Deus criou qualquer coisa na terra? Por que Deus fez árvores, e por que Ele fez a água? Por que Ele criou a terra da maneira que fez?"
Temos que entender que tudo isso não foi aleatório! Deus não pegou um pincel um dia e disse: "Ah, acho que vou criar isso". Ele teve uma intenção por trás de tudo o que criou! E Sua intenção principal é se revelar a nós através do mundo físico.
Vemos isso ao longo de toda a Escritura, que as estrelas, o céu, as montanhas, o vento, a comida, a fome, todas essas coisas são usadas como coisas físicas que entendemos, que podem nos ajudar a entender coisas espirituais.
Raquel: "Até as pedras clamam!"
Juli: Sim. E se você começa com essa premissa: "Ok, então por que Deus nos fez seres sexuais? Por que Ele nos fez homens e mulheres, por que Ele nos deu órgãos sexuais, por que temos desejos sexuais que se despertam?"
Eu acho que, devido ao fato de a sexualidade ter levado tantas pessoas a tanta dor, nem sequer conseguimos pensar na ideia de que Deus intencionalmente nos deu o desejo sexual por um motivo santo. À medida que me aprofundo nas Escrituras, acredito que a sexualidade é importante porque é uma metáfora profunda, uma maneira tangível que nos ensina sobre o amor da aliança de Deus!
Agora, essa é uma grande frase a ser destrinchada! Há muito a ser explorado nesta afirmação.
Raquel: Defina "amor da aliança".
Juli: Esse é um bom ponto de partida. O amor da aliança é tão diferente do que normalmente pensamos como "amor". Não é baseado principalmente em um sentimento, embora envolva paixão. É um amor baseado em uma promessa — como vemos nas Escrituras, "De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei" (Hb 13.5). E, assim, os nossos votos matrimoniais refletem isso: "Até que a morte nos separe".
Há uma permanência; há uma escolha nisso. "Estou me movendo em sua direção. Escolho te amar, não importa o que aconteça, com base em uma promessa da Minha Palavra". E assim, essa é a coisa mais profunda que Deus pode comunicar a nós, é que Ele é um Deus que nos conquista com o amor da aliança! Não é baseado na nossa beleza, não é baseado no que fizemos, mas porque Ele é amor.
Então, o casamento e a sexualidade são as coisas que Ele escolheu para criar no mundo físico para nos ajudar a entender a paixão, a fidelidade. . .
Nancy: . . . a graça. . .
Juli: Exatamente! Que representa o amor de aliança de Deus para conosco.
Nancy: Isso infunde significado e importância na solteira que se abstém sexualmente — ou não — antes do casamento. Há significado nisso: "O que isso diz sobre a imagem do amor de aliança de Deus e o que o desejo sexual na solteira diz sobre como fomos criadas?"
Bem, fomos criadas com um anseio por intimidade, com um desejo de união, e Deus ordenou como isso é cumprido dentro da aliança do casamento. E vemos esse conceito, que é muito normalizado entre os cristãos, de viver juntos antes do casamento. Não há muito entendimento sobre por que isso importa.
Juli: Sim.
Nancy: Qual é o problema com isso? É só porque está na lista de alguém de "não faça isso"? O que isso diz sobre a imagem quando os solteiros não estão lidando com esses desejos sexuais de maneira santa?
Juli: Sim. Aprofundando mais no que você está dizendo, Nancy. Primeiro, reconhecer que o desejo sexual é algo que nos convida para um relacionamento de aliança aqui na terra. Se você tem adolescentes ou jovens adultos em sua casa (como eu), é uma fase da vida onde a sexualidade é despertada — até biologicamente.
E como mãe, você pode pensar nisso como algo ruim, porque isso leva a problemas, mas é algo muito bom! Porque é isso que faz com que um jovem deixe o controle do videogame de lado e uma jovem deixe seus livros ou outros passatempos ou vocações que estão interessados, e digam: "Eu não fui feita para estar sozinha! O meu corpo está dizendo que eu não fui feita para estar sozinha!"
E para a maioria de nós, isso levará a um casamento de aliança. Mas é o desejo sexual, é a atração sexual. É esse anseio de estar com alguém.
Raquel: "O meu corpo está me conduzindo para a intimidade."
Juli: Sim! Para a aliança, porém, para uma promessa que agora tenho que cumprir. E o próximo passo é que a intimidade sexual é a celebração dessa promessa de aliança. Timothy Keller chama isso de "cerimônia de renovação da aliança". É quase como um sacramento.
Como na igreja, quando fazemos certas coisas físicas para lembrar as verdades espirituais, a intimidade sexual entre marido e esposa é Deus dizendo: "Eu quero que vocês façam algo físico, que seja muito vulnerável, que seja muito íntimo, que seja muito apaixonado para lembrar, para se lembrar da promessa de aliança que fizeram com toda a sua vida!"
E assim, o sexo dentro do casamento adquire um novo significado, a fidelidade no casamento adquire um novo significado. E essa metáfora mais ampla, esse entendimento da sexualidade no contexto do que Deus criou para nos ensinar, significa que: "Eu quero lutar por isso na minha vida! Eu quero que Deus redima isso na minha vida!"
Porque, se não, é como se Ele tivesse criado essa obra-prima linda e Satanás tivesse vandalizado. E talvez eu até tenha participado desse vandalismo. Eu quero que Deus redima isso! Quero ver o que era originalmente para ser — se estou solteira, casada ou divorciada, não importa qual seja a sua circunstância.
Nancy: Dannah e Juli, vocês duas falam com muitas mulheres. Elas escrevem para vocês, vêm até vocês para aconselhamento, mandam e-mails e mensagens de texto. Eu só estou curiosa, qual é a experiência de vocês sobre como as mulheres cristãs casadas. . . onde elas estão em relação ao entendimento e ao desfrute do presente da intimidade no casamento? Elas veem essa imagem? Elas entendem essa imagem?
Raquel: "Desfrutando", sim, essa é a palavra pela qual sou apaixonada para que as mulheres sejam discipuladas a entender melhor: "desfrutar" deste presente do casamento! Porque estou aconselhando mulheres o tempo todo. Eu estive no exterior recentemente e uma missionária me disse: "Estamos no campo missionário há tantos anos (acho que foram duas décadas). E, sabe, já não há muita chama no nosso amor, mas tudo bem, porque servimos a Jesus juntos".
E eu pensei: Não está tudo bem! Porque esta é uma imagem do seu amor por Cristo! O seu amor de aliança com seu marido está ajudando o mundo a entender o amor da aliança de Cristo.
Queremos alguma vez parar de crescer em paixão por Cristo? Não! Então, por que você iria querer parar de crescer em paixão pelo seu marido? E esta é uma mulher piedosa, piedosa. Você, Juli, conhece mulheres em liderança — mulheres no ministério — mulheres próximas a você que nem estão cientes de que estão com a vida sexual em frangalhos, por que não estão desfrutando desse presente dentro do casamento?
Juli: Sim! Você me faz essa pergunta, olhando para mim, sabendo que essa é parte da minha história, Dannah! Sendo não só uma mulher no ministério, em liderança, mas sendo uma psicóloga clínica. Você pensaria que, entre a Bíblia e o que aprendi na faculdade, eu deveria ter tudo isso resolvido. Bem, eu realmente não tinha!
Eu diria que provavelmente eu teria sido essa mulher. Sabe, era como se eu dissesse: "Bem, isso não é ótimo. Eu realmente não gosto disso, mas tudo bem. Eu estou servindo ao meu marido, e estou servindo a Deus". Levou um tempo para perceber que isso não estava certo, porque isso tem as digitais de Satanás por todo o processo.
Novamente, isso é vandalizar um presente que Deus nos deu. Lutar por integridade sexual não é apenas um conceito psicológico; é espiritual, dizendo: "Eu quero que o Senhor recupere esse território!"
Raquel: Me fale: "Recuperar" qual território? Como isso se manifestou no seu casamento?
Nancy: Eu quero saber, quando você se casou, isso te surpreendeu? Porque quando as pessoas estão solteiras, elas ficam ansiando, pensando: "Então, eu poderei expressar isso!" Você era virgem quando se casou, então, o que você esperava? Você esperava que a intimidade física fosse maravilhosa? Houve decepção, expectativas não atendidas?
Juli: Sim. Eu conto a história de que as pessoas sempre diziam que seria como abrir um presente! E nós abrimos o presente.
Nancy: E você esperou.
Juli: E eu pensei: "Ok, tipo, onde está o recibo do presente, porque eu quero outra coisa".
Nancy: Então isso foi uma surpresa para você.
Juli: Foi!
Raquel: Mas você fez algo a respeito quando essa foi a sua experiência? Você contou para alguém? Leu um livro? Falou com seu médico? "Isso não é tão divertido quanto eu pensava que seria".
Juli: Sim, um pouco. Eu não diria que tive alguém com quem compartilhar isso em detalhes, simplesmente não tínhamos esse tipo de relacionamento, mas eu falei com meu médico sobre isso. O sexo era fisicamente doloroso. E foi assim por muitos, muitos, muitos anos. Eu continuei pensando que melhoraria. Não melhorou.
E então, eu acho que simplesmente presumi: "Bem, é assim que é, e estou feliz que seja divertido para o meu marido. Uma esposa piedosa atende às necessidades do marido", e realmente se tornou sobre dever.
Nancy: E você acha que, também, talvez uma das mentiras que as mulheres acreditam — ou algumas mulheres — sobre sexualidade seja: "Isso é para o prazer dele. Como esposa, eu sou responsável apenas para dar prazer a ele". Mas esse não é o quadro completo, é?
Juli: Sim, eu acreditava nisso. Eu acho que, em algum nível, fui ensinada isso na igreja, porque quando a sexualidade era abordada no casamento, falava-se muito em agradar o marido.
Nancy: "Isso atende a uma necessidade que seu marido tem."
Juli: Sim, eu me lembro de ir a uma conferência cristã, e havia uma sessão sobre sexualidade para mulheres. A mulher disse algo que realmente me impactou. Na época, eu pensei que fosse algo positivo. Ela disse: "Eu quero ser tão atraente para o meu marido que ele não olhe para mais ninguém!"
Como uma esposa jovem, o meu entendimento sobre isso era que eu precisava agradar tanto o meu marido que ele não se sentisse atraído por outras mulheres ou por pornografia! A intenção era boa, mas um pensamento errado!
Raquel: Foi uma responsabilidade excessiva colocada no seu coração de recém-casada.
Juli: Não só isso, mas era tudo sobre isso! Como, você olha para Cânticos e percebe que a esposa em Cânticos está pensando sobre sexo, aproveitando o sexo, planejando o sexo.
Raquel: Sim. Ela diz: "Beije-me com os beijos de sua boca. . ." (Cânticos 1.2). O quê? Sim!
Juli: Não é? Ela está iniciando; ela planeja um encontro em uma vinha.
Nancy: E ele encontra prazer em saber que ela está recebendo prazer — que isso é uma parte importante para o marido, que ela também tenha prazer.
Juli: E então você lê em 1 Coríntios 7, que muitas vezes é usado como aquele versículo de "dever conjugal" — que a esposa tem um dever para com o marido de satisfazê-lo sexualmente. Mas antes de Paulo mencionar o dever da esposa, ele fala do dever do marido, que é o dever do marido agradar a esposa sexualmente. E eu acho que os homens têm uma tarefa muito maior, quando pensamos sobre isso!
Raquel: Ah, sim! Não é no Antigo Testamento que os homens deveriam tirar um ano de seus deveres para aprender a agradar suas esposas!?
Juli: Eu acho que leva mais do que um ano, mas foi um bom começo! Mas o que aconteceu no meu casamento foi — e eu acho que isso é verdade para muitos casamentos cristãos — a relação sexual começa a girar em torno do marido, porque ele pode articular sua necessidade.
As mulheres são muito mais complicadas. Nem sabemos o que queremos! Há um chamado para os homens estudarem suas esposas, para convidarem suas esposas para o amor, para convidarem suas esposas ao prazer sexual. E eu nunca havia escutado isso de uma perspectiva cristã!
Nancy: E o seu marido não tinha uma base bíblica. Ele não conheceu o Senhor até ser um jovem adulto, então ele não tinha esse quadro de referência ao entrar no casamento.
Juli: Nenhum de nós tinha. Nós lemos livros sobre o tema. Tentamos aprender, mas nunca realmente recebemos a mensagem de que, em primeiro lugar, buscar a paixão no casamento é algo que honra a Deus. Não é opcional! É um ato de reivindicação — de proclamação — do Criador da intimidade e da sexualidade.
E, em segundo lugar, a complexidade dessa jornada: Onde estão as ferramentas para lidar com os problemas que enfrentávamos e os problemas que muitos outros casamentos enfrentam? Pensamos simplesmente: “Pronto! Agora vocês são casados, são cristãos, então se divirtam. Sigam em frente!” Não reconhecemos que a maioria dos casais cristãos têm algumas barreiras profundas relacionadas à intimidade sexual.
Raquel: A maioria! Sim, eu diria que eu não entrei no leito conjugal como virgem, infelizmente. Eu trouxe marcas sexuais no meu coração, e havia barreiras no meu casamento que eram resultados da minha dor sexual no passado. Mas eu simplesmente pensei: “Ah, eu tenho que conviver com isso. Isso é minha culpa, essa é minha consequência. Eu não sabia que poderia haver liberdade e cura!”
Você chegou a um ponto em que disse: "Eu quero liberdade e cura!" Ou isso simplesmente aconteceu magicamente? Nos conte a parte esperançosa da sua história!
Nancy: . . . em um minuto!
Juli: Eu só tenho um minuto?!
Nancy: Podemos continuar amanhã, mas comece falando sobre o ponto de virada.
Juli: Sim, eu diria que houve alguns pontos de virada, mas, sim, com certeza. Um grande ponto de virada para mim foi reconhecer que, por mais frustrada, com raiva e nojo que eu estivesse de como Satanás estava pervertendo a sexualidade no mundo, Deus começou a me mostrar que reivindicar a sexualidade começaria no meu próprio coração, no meu próprio quarto.
Raquel: Uau!
Juli: E é assim que o avivamento sempre começa, sem dúvida, essa atitude foi uma parte grande disso.
Nancy: E você estava disposta a dizer, “Sim, Senhor!” para convidá-Lo para essa área da sua vida e dizer: “Não vai mais ser uma área separada! Vai ser parte do meu discipulado, parte do meu crescimento, da minha santificação, do meu relacionamento com Ele”.
Eu sei que, nesse período, você amava a Palavra de Deus. Você amava orar e ler a Bíblia. Mas houve um momento em que o Senhor, por Seu Espírito, convenceu seu coração: “A forma como você Me ama é amando bem o seu marido, e isso inclui o seu relacionamento sexual”.
Juli: Sim, lembro-me distintamente de uma vez, estando apenas com o Senhor à noite, estudando minha Bíblia, derramando meu coração para Deus dizendo: “Eu quero Te servir, Deus! Quero Te amar! Como posso Te amar mais?” E, na época, tínhamos três meninos pequenos, e o sexo estava. . .
Nancy: . . . bem embaixo na lista.
Juli: E Deus realmente, no meu espírito, me motivando: “Se você quer Me amar, vá ao seu quarto e inicie sexualmente com seu marido”. E eu tive uma batalha com o Senhor: “Por que o Senhor quer que eu faça isso!? Não é mais importante ler a Bíblia?”
Mas Deus começou a me convencer — e Ele tem feito isso muitas vezes — que, para mim, no meu coração, aquela era uma área da vida em que eu me dava permissão para ser egoísta e reservada. Se eu realmente quisesse dizer que queria amar o Senhor com tudo, essa era uma forma tangível de entregar algo a Ele que eu nunca pensei em entregar antes.
Nancy: Uau! Eu sei que há muitas pessoas ouvindo agora que estão dizendo: “A Juli acabou de contar a minha história!” Ou estão dizendo: “A Dannah acabou de contar a minha história!” E espero que a mensagem que vocês estão recebendo seja que vocês não precisam ficar na situação que se encontram hoje! Há redenção; há integridade, e sua vida pode ser não apenas íntegra — sua vida, seu casamento, ou sua solteirice.
Sua vida pode ser uma imagem da história do Evangelho, e pode ser um instrumento de graça e redenção na vida de outros.
Nossa oração é que Deus use esta conversa desta semana para trazer um avivamento, um renovo, uma restauração para muitos corações — talvez começando com o seu.
Oramos para que Ele use cada uma de nós como instrumentos para ajudar a resgatar outras pessoas que desesperadamente precisam da graça de Deus nesta área de suas vidas!
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth e eu amamos sentar com nossa querida amiga, Dra. Juli Slattery, e falar sobre esse tema tão importante e esperamos que tenha sido esclarecedor e encorajador para você também.
Visite o nosso site caso tenha perdido algum dos episódios desta série até agora avivanossoscoracoes.com.
Este mês de junho temos focado nesse assunto tão importante sobre a sexualidade segundo os padrões de Deus.
No mês de julho, o nosso foco será no poder que há nas nossas palavras. Gostaríamos de convidá-la a participar do desafio de 30 dias do poder das palavras. Enviaremos um link por WhatsApp e por email para que você possa se cadastrar e receber um encorajamento diário em como utilizar as suas palavras de forma sábia e que edifique as pessoas ao seu redor.
Você já teve a sensação de que Deus está tentando te podar e não permitindo que você se divirta? Juli Slattery diz que os limites de Deus para o prazer sexual não são feitos para roubar nossa felicidade.
Em vez disso, os Seus limites existem para nos ajudar a experimentar o prazer genuíno. Vamos falar sobre isso amanhã.
Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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