
Dia 3: Confiando o seu futuro a Deus
Raquel: As fases da vida podem mudar. Você pode ser casada ou solteira, mas o seu coração pode permanecer firme no Senhor, independentemente das suas circunstâncias. Ouça o que Nancy DeMoss Wolgemuth tem a dizer.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você busca a Cristo, algumas coisas podem mudar — talvez o espaço que você tem na sua cama mude, a forma como você gasta seu dinheiro mude, a forma como decide administrar seu tempo mude. Mas o que não vai mudar é o cerne de quem você é.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhida para Ele, na voz de Renata Santos.
Sabia que a sua visão sobre Deus influencia a forma como você encara o seu estado civil? Talvez mais do que você imagina. Nancy vai nos explicar isso hoje, desafiando você a refletir sobre o que pensa …
Raquel: As fases da vida podem mudar. Você pode ser casada ou solteira, mas o seu coração pode permanecer firme no Senhor, independentemente das suas circunstâncias. Ouça o que Nancy DeMoss Wolgemuth tem a dizer.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você busca a Cristo, algumas coisas podem mudar — talvez o espaço que você tem na sua cama mude, a forma como você gasta seu dinheiro mude, a forma como decide administrar seu tempo mude. Mas o que não vai mudar é o cerne de quem você é.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhida para Ele, na voz de Renata Santos.
Sabia que a sua visão sobre Deus influencia a forma como você encara o seu estado civil? Talvez mais do que você imagina. Nancy vai nos explicar isso hoje, desafiando você a refletir sobre o que pensa a respeito de Deus e o quanto confia nele.
Este é o terceiro dia da série Reflexões para as minhas irmãs solteiras . . . antes de eu me tornar uma mulher casada. Nancy compartilhou essa mensagem em 2015, poucos dias antes de se casar com Robert Wolgemuth. Fique, então, com o episódio de hoje em que ela compartilha insights preciosos que aprendeu durante os seus anos de solteira.
Nancy: Para concluir esta pequena série, quero falar sobre alguns temas importantes. O primeiro deles é fundamental, seja para as solteiras ou as casadas — a importância de ter uma visão correta de Deus.
De fato, ao longo desses dias, esta tem sido a essência de tudo que quero dizer nesta série: Deus é bom e você pode confiar nele para escrever a sua história. Você pode confiar nele para escrever o roteiro da sua vida.
Se você não tem uma visão correta de Deus, se não sabe como Ele é de fato, não vai conseguir confiar nele de verdade. Porque, no fim das contas, aquilo que você crê sobre Deus vai motivar tudo em sua vida — suas emoções, seu nível de contentamento, seu comportamento e ações, suas decisões e suas prioridades. O que você pensa sobre Deus é muito importante.
Tenho uma amiga chamada Karen que serve ao Senhor em uma agência missionária. Ela tem pouco mais de quarenta anos e é uma daquelas mulheres que sempre desejou ser esposa e mãe, mas Deus ainda não realizou esse desejo na vida dela. Quando escrevi pedindo que amigas compartilhassem suas experiências para esta série, ela me escreveu uma resposta e escuta só o que ela compartilhou:
O momento que mudou tudo foi quando percebi que eu tinha uma visão errada de Deus. Certa vez, eu estava em uma sessão de aconselhamento com uma mulher piedosa, também solteira. Ela me perguntou: ‘Karen, e se você nunca se casar?’ Minha única resposta naquele momento foi: ‘Eu só imploro para que Deus não faça isso comigo. Por favor, não me peça isso. Eu não consigo aceitar isso’. Aquela ideia me assustava profundamente.
Aquela mulher, então, me ajudou a identificar algumas mentiras em que eu estava acreditando. Eu nunca teria dito em voz alta que Deus não me amava, mas lá no fundo do meu coração era exatamente assim que eu me sentia — e eu nem percebia! Eu precisava que alguém me apontasse isso. Essas eram as mentiras: Sentia que Deus estava me punindo. Achava que tinha alguma lição que eu precisava aprender. Pensava que Deus não queria que eu me casasse, que Ele estava retendo isso de mim porque eu desejava muito. Amargurada, eu dizia às minhas amigas: ‘Bem, Ele ainda não permitiu, então provavelmente nunca vai permitir’.
Quando a minha conselheira me disse ‘Karen, seu Pai não é assim. Esse não é o caráter dele’, as lágrimas começaram a rolar (nossa, estou chorando agora mesmo só de escrever isso). Precisei confessar a Deus as mentiras em que eu acreditava sobre Ele e, pela fé, abraçar e crer na verdade de que Ele me amava e ama, sim, e se importa comigo, sim.
Nancy, quando você ficou noiva, pensei: ‘Bem, ainda tem esperança para mim!’ Eu não sei qual será o desfecho da minha história. Talvez Deus ainda tenha alguém para mim. Talvez não. Mas, independentemente de como essa história termine, eu sei, sem sombra de dúvida, que Deus me ama.
Eu amo essa resposta! Você não sabe o final da história da sua vida. Eu não sei o final da história da minha vida. Não sei quantos dias, semanas, meses ou anos Deus vai nos dar para que eu e Robert fiquemos juntos. Não existem garantias. Mas o que eu sei é que Deus é bom, e eu confio nele para escrever a minha história.
Seja qual for o desfecho da história, podemos ter a certeza de que Deus, realmente, nos ama. Precisamos ter uma visão de Deus que esteja alicerçada na Palavra de Deus, e não nas nossas emoções, que são instáveis, frágeis e mudam o tempo todo. Precisamos de uma visão de Deus alicerçada na Palavra.
Mencionei no episódio anterior o livro da minha amiga Lydia Brownback, Porcelana chinesa também é para as mulheres solteiras (ainda sem tradução para o Brasil). É um livro que eu recomendo muito! Nele, ela diz assim:
O que governa a forma como Deus determina o nosso estado civil? A mesma coisa que governa tudo o que Ele faz — amor, misericórdia, graça e Seu desejo de nos conformar à imagem de Jesus Cristo. Por que iríamos querer mudar isso? É tudo para nos abençoar. Se você é solteira, é porque, pelo menos por enquanto, Deus determinou que você glorificará mais a Ele e encontrará maior alegria nele como uma mulher solteira. Se chegar o momento em que esses dois propósitos serão mais bem alcançados por meio do casamento, Deus mudará sua vida para que você se case.
Ao refletir sobre sua visão de Deus, quero te incentivar a se firmar tanto na Palavra de Deus a ponto de estar continuamente aconselhando o seu coração de acordo com a verdade revelada na Palavra de Deus. A verdade é que:
- Deus ama você;
- Ele deseja somente o seu bem;
- Ele quer apenas o que é bom para você;
- O casamento não é uma recompensa pela piedade, beleza ou paciência;
- Seu estado civil não é uma medida do seu valor;
- Deus te vê como desejável.
Vá para a Palavra de Deus e deixe que seja ela a direcionar, moldar, possuir e ancorar seus pensamentos, seu coração e suas emoções, de modo que seus sentimentos estejam ligados à verdade de Deus. É nos momentos difíceis que, às vezes, você precisa se lembrar daquilo que sabe ser verdadeiro, com base na Palavra de Deus.
Eu tive de fazer isso como mulher solteira. Tive que aprender. E agora, vou ter de fazer isso como mulher casada — começando amanhã — vou ter que aprender a aconselhar o meu coração segundo a verdade da Palavra de Deus, porque, no final das contas, a minha felicidade e o meu bem-estar não dependem de Robert Wolgemuth. Ele me faz muito feliz. Ele me ama profundamente. Mas ele não é Deus. Ele é um pastor com “p” minúsculo na minha vida, mas juntos estamos comprometidos em seguir o Pastor com “P” maiúsculo. E é nele que a nossa felicidade e o nosso bem-estar estão assegurados.
Sei que, para as solteiras, uma grande preocupação que se costuma ter é: “Mas e o futuro?” Acredito que muitas solteiras e viúvas têm vários medos em relação ao futuro — “Como vou cuidar disso?”
Uma mulher que trabalha em outro ministério me escreveu sobre isso. Ela disse assim, “Às vezes, fico com medo do que me aguarda lá na frente”. Ela está no começo dos seus cinquenta anos. Ouça o que mais ela fala: “Não tenho mais pais vivos para me ajudar, e meus irmãos moram em outros estados. Uma catástrofe poderia acabar comigo. Quem cuidaria de mim se eu adoecesse ou me machucasse? Dois meses de desemprego poderiam me derrotar. Quando meu pai faleceu, eu trouxe minha mãe para casa e a sustentei financeiramente”. E ela fez isso de uma forma maravilhosa! Eu acompanhei essa fase da vida dela. Mas ela continua: “Quem vai me ajudar? É assustador. Eu trago à minha memória: ‘jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão’”.
Você volta à Palavra de Deus ao pensar no futuro. Você não vive com esses medos do futuro. Você aconselha o seu coração de acordo com a verdade.
Provérbios 1.33 nos diz: “Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal”.
Lucas 12, começando no versículo 29: “Portanto, não fiquem perguntando o que irão comer ou beber e não fiquem preocupados com isso” (Lc 12.29).
Durante a nossa corte e noivado, não sei quantas vezes Robert me disse: “Não vamos nos preocupar com isso — seja o que for. Deus nos mandou não nos preocuparmos. Preocupar-se é pecado. Não vamos fazer isso”. E eu — “Fácil para você dizer!”
Não é fácil, mas é necessário dizer: “Deus nos disse para não nos preocuparmos”.
Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas o Pai [com P maiúsculo] de vocês sabe que vocês precisam delas. [Ele sabe!] Busquem, antes de tudo, o seu Reino, e estas coisas lhes serão acrescentadas. Não tenha medo, ó pequenino rebanho; porque o Pai de vocês se agradou em dar-lhes o seu Reino. (Lc 12.30-32)
Veja, Ele vai nos dar tudo isso. Ele já nos deu Cristo. Você acha que Ele não nos dará as pequenas necessidades do dia a dia — o pão de cada dia, que Ele mesmo nos ensinou a pedir em oração e pelo qual devemos confiar nele? E a falta dessas coisas nos coloca em um lugar no qual precisamos confiar mais ainda nele, clamar por Ele.
Mas e o futuro? “Não tenha medo, ó pequenino rebanho; porque o Pai de vocês se agradou em dar-lhes o seu Reino”. Há tantas promessas na Palavra de Deus, promessas de que Ele nos vai dar um futuro e esperança.
Em Isaías 56, Deus diz: “Porque assim diz o Senhor: ‘Aos eunucos que guardam os meus sábados [isso se aplica àquelas que abriram mão do casamento por amor ao Reino, essas pessoas solteiras, as solteiras de mais idade, aquelas que guardam os meus sábados] escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei no meu templo e dentro das minhas muralhas [Deus disse] um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; darei a cada um deles um nome eterno, que nunca se apagará’”. (Is 56.4-5)
Tenho visto tantas mulheres solteiras chegarem àquela fase dos “quase quarenta”. Elas sabem que o relógio biológico está quase marcando a hora final. Quando muitas mulheres percebem que, provavelmente, não vão ter filhos, porque Deus ainda não deu a elas um marido, é algo muito difícil na vida de muitas mulheres e muitas de vocês já passaram por isso.
Mas a Palavra de Deus diz: “Àqueles que escolhem aceitar o Meu chamado para suas vidas, darei um nome, um lar, um lugar, uma família que é melhor do que filhos e filhas biológicos”.
Talvez você pense: “O que poderia ser melhor?”
O que Deus dá sempre é melhor. Sou tão grata pelos “filhos” que Deus me deu — pelos netos espirituais — pelos relacionamentos, pelo ministério, pelas décadas frutíferas como mulher solteira, que teriam sido diferentes se eu fosse casada. De certa forma, durante as décadas em que fui solteira, tive uma oportunidade de viver algo que teria sido muito diferente se eu tivesse me casado mais cedo. Robert seria o primeiro a te dizer que tenho muitos e muitos relacionamentos ricos, doces, profundos, significativos, edificantes e íntimos com pessoas às quais me dediquei. E essas pessoas também dedicaram suas vidas a mim. Nós somos família.
Robert vai fazer parte da minha vida de uma forma totalmente diferente de qualquer uma dessas pessoas. E como é sadio nos casarmos quando ele já tem uma família! Ele é viúvo, tem duas filhas adultas, cinco netos adolescentes, muitos amigos, muitos familiares, muitos relacionamentos que construiu ao longo dos anos como homem casado.
E agora, ele como viúvo e eu como uma mulher que foi solteira durante todos esses anos, estamos unindo essas vidas e famílias. Muitas vezes, dizemos um ao outro: “O seu povo será o meu povo”.
E tudo isso para a glória de Deus, para darmos frutos que o Senhor já planejou — frutos que nunca poderíamos ter planejado.
Se dependesse de mim, eu não teria escrito a minha história desse jeito. Acredite em mim. Nunca sequer passou pela minha cabeça que esse seria o plano de Deus para mim nesta fase da vida. Mas passou pela mente dele. “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1Co 2.9)
Então, ame a Deus acima de todas as coisas e procure saber se a sua visão de Deus vem das Escrituras, de que Deus é bom e que você pode confiar nele para escrever a sua história.
Penso nas fases da vida — pelas quais Deus já me levou e para a qual Ele está me levando agora — e quero dizer o quanto me sinto grata. Tão, mas tão grata. Não apenas porque vou me casar amanhã (me sinto muito grata por isso!), mas porque há muito mais pelo que agradecer.
E eu posso afirmar: se eu não tivesse sido grata pelo que veio antes, eu não poderia experimentar esse nível de gratidão pelo que está por vir. Sou grata pelos quase quarenta anos que Deus me deu como mulher solteira. E, pela graça dele, apenas pela graça dele, realmente tentei aproveitar ao máximo essa fase da minha vida. Sou grata porque, pela graça de Deus, não desperdicei esses anos ansiando por algo que Ele não tinha me dado.
Sou grata por não ter insistido em me casar mais cedo. Veja o que eu teria perdido! Veja quem eu teria perdido! Lembra daquele versículo nos Salmos? “E ele lhes cumpriu o seu desejo [Ele atendeu a exigência deles], mas enviou magreza às suas almas (Sl 106.15, ACF). Outra tradução diz, “enviou-lhes também uma doença terrível” (Sl 106.15, NAA).
Se você quiser um cônjuge desesperadamente, você pode conseguir um. Mas não se contente com algo ou alguém que não é o que Deus tem para você, no tempo que Ele planejou.
Sou grata pelos relacionamentos maravilhosos que Ele me deu. Sou grata porque, ao longo dos anos, não fiquei indo atrás de casamento ou de homens. E, se você já ouviu esse programa antes, sabe que sou uma grande apoiadora do casamento.
Acredito que, dentro da vontade de Deus, não há chamado mais nobre do que se casar e ser espiritual e fisicamente frutífera quando essa é a fase da vida em que Deus te colocou. Mas sou grata porque, ao longo daqueles anos, essa não foi a minha busca.
Sou grata porque, graças à doce providência de Deus, tive pais e outras pessoas, desde que eu era bem pequenininha, que sempre me ensinaram: “Busque a Cristo. Busque a Ele”.
Sou grata por ter buscado conhecer a Deus, andar com Ele, amá-Lo e servi-Lo fielmente, assim como servir ao próximo. E, de muitas formas, este próximo capítulo da minha vida não é algo tão diferente assim. É, na verdade, uma continuação de uma caminhada e de um estilo de vida que venho experimentando e desfrutando há décadas — não sem falhas ou tropeços. Mas Deus sempre me trouxe de volta à posição de desfrutá-Lo, buscá-Lo, segui-Lo. E é isso que vou continuar fazendo como senhora Nancy DeMoss Wolgemuth.
Há muitas moças que buscam o casamento ou desejam tanto o casamento por si só que, quando conseguem se casar, percebem um vazio, porque o casamento nunca foi planejado para ser um fim em si mesmo, mas, sim, um meio para um fim. E qual é esse fim? A glória de Deus e o avanço do reino de Cristo.
Então, é isso que as mulheres, sejam solteiras ou casadas, devem buscar antes de tudo. Se você busca a Cristo, algumas coisas podem mudar — talvez o espaço que você tem na sua cama mude, a forma como você gasta seu dinheiro mude, a forma como decide administrar seu tempo mude assim como essas coisas vão mudar para mim agora, nessa transição de vida de solteira para vida de casada. Mas o que não vai mudar é o cerne de quem eu sou e o foco numa vida piedosa, no serviço e no reino de Cristo. Sou grata porque esperei pelo Senhor — não esperei pelo casamento, mas esperei pelo Senhor.
A vida é curta. A eternidade é longa. Precisamos fixar os nossos olhos em Jesus. Fixe seus olhos nele. Não coloque a sua vida em espera, aguardando por um homem para completá-la. Se você é solteira, você não está em um limbo. Desenvolva habilidades para servir ao Senhor. Envolva-se. Esteja totalmente presente. Abra o seu coração, abra as portas da sua casa para os outros. A solteirice é um presente — enquanto a tiver, use-a para a glória de Deus.
E à medida que pensamos em tudo que está por vir, ancore o seu coração, amarre o seu coração às promessas da Palavra de Deus. Promessas como esta:
Não tenha medo, porque eu a remi; eu a chamei pelo seu nome; você é minha. Quando você passar pelas águas, eu estarei com você; quando passar pelos rios, eles não a submergirão. . . Visto que você é preciosa aos meus olhos e digna de honra, e porque eu a amo. . . Não tenha medo, porque eu estarei com você. (Is 43.1–5, adaptado).
Segunda Coríntios 9.8 diz: “Deus pode tornar abundante em vocês toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, vocês sejam abundantes em toda boa obra”. Essas não soam como as palavras de alguém desesperado. Soam como as palavras de alguém que está experimentando liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Coloque sua esperança no Senhor. Espere por Ele. Seja na solteirice ou no casamento, continua sendo verdade que: “O Senhor é o meu Pastor; nada me faltará" (Sl 23.1). Espere no Senhor. As Escrituras dizem que aqueles que esperam por Ele nunca serão envergonhados.
Sempre tive necessidades na minha vida que somente o Senhor poderia suprir e isso vai continuar sendo verdade nessa nova fase. Portanto, seja casada ou solteira, jovem ou idosa, é sempre melhor esperar no Senhor do que seguir adiante tentando fazer as coisas do seu jeito.
Há uma canção com esse título, escrita por John Elliott. Ouvimos muitas de suas músicas ao longo dos anos. Por dez anos ou mais, John liderou o louvor nas conferências do Revive Our Hearts. Fizemos dezenas de eventos juntos. Ao final de cada conferência, quando eu falava com as mulheres sobre ter que “descer” para o chão da realidade depois de terem passado um tempo “nas alturas” durante a conferência — e os desafios e dificuldades que as aguardavam em casa — eu sempre dizia: “Espere no Senhor. Seja lá o que você estiver enfrentando quando chegar em casa, as coisas que você já sabe e as que ainda não sabe, espere no Senhor”. E depois eu pedia ao John que cantasse essa música. Vamos ler a letra dela para você daqui a pouquinho.
O que eu não sabia até recentemente é que, durante todos aqueles anos em que ele cantava essa canção para nós — provavelmente umas cinquenta vezes aos finais das conferências — é o que ele me contou: “Em muitas e muitas dessas ocasiões, sentia Deus falando ao meu coração enquanto eu cantava que, do jeito dele e no tempo dele, Ele traria um homem piedoso para a sua vida — um marido”.
Eu só descobri isso agora, recentemente. E como sou grata a Deus pelas orações que o John e tantas outras pessoas, que descobri só mais tarde, fizeram durante esses anos! E se você é casada, essa é uma maneira maravilhosa de ministrar na vida de suas amigas solteiras. Se Deus colocar esse desejo no seu coração, ore para que, no tempo e na maneira de Deus, Ele traga um esposo para a vida delas. Mas ore não apenas por um cônjuge, ore também para que Deus conceda a graça de esperar nele. É melhor esperar no Senhor. Então, tenha bom ânimo e seja forte. Ainda que os caminhos dele pareçam longos, é sempre melhor esperar no Senhor.
John Elliott:
É melhor esperar no Senhor Deus Todo-Poderoso
E colocar toda a sua confiança nele.
É melhor buscar Sua sabedoria e Seu tempo
Do que se apoiar no próprio entendimento.Temos um Pai que vê lá de cima,
Ele sabe quando fomos testados o suficiente.
E Ele faz tudo cooperar
Em favor dos filhos que Ele ama profundamente.Então, tenha bom ânimo e seja forte
Embora os Seus caminhos pareçam longos.
É melhor esperar, melhor esperar no Senhor.
Nancy: Você poderia, neste momento, colocar diante do Senhor qualquer desejo não realizado em seu coração? Diga a Ele: “Senhor, pela Tua graça, quero esperar em Ti, colocar toda a minha confiança em Ti. Obrigada por que posso confiar no Senhor para escrever a minha história e que o Senhor é bom, sábio e amoroso”.
E posso dizer algo para as minhas irmãs solteiras, na véspera do meu casamento? Eu não sei se, como ou quando Ele vai atender os desejos do seu coração pelo casamento, mas esta é a minha oração: oro para que Ele fortaleça e sustente você nesta fase, para que Ele te santifique pela Sua graça e te satisfaça profundamente com o Seu amor constante.
E, Senhor, nos mantenha todas esperando em Ti até o dia em que a fé se tornar visão, a oração se transformar em louvor e estarmos para sempre com o nosso Noivo celestial, por toda a eternidade. Oro em nome de Jesus. Amém.
Raquel: Você acabou de ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth num episódio que foi originalmente transmitido no dia anterior ao seu casamento. Durante várias décadas, Nancy compartilhou uma perspectiva valiosa sobre a solteirice, sendo uma mulher solteira. Esperamos que as verdades que você ouviu hoje tenham te encorajado a confiar em Deus agora e para o futuro — seja você solteira ou casada.
Nancy compartilha mais sobre como essa fase da vida é um presente de Deus em seu livreto chamado Escolhida para Ele: Como abraçar a dádiva, as bênçãos e os desafios de ser solteira. Esse é um recurso precioso que vai te ajudar a descobrir como ser grata e confiar em Deus e no plano dele para a sua vida. Para saber como adquiri-lo, acesse o nosso site avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Livros/Livretos” ou acesse o link que deixamos na transcrição do episódio de hoje.
Ao adquirir nossos recursos, você recebe materiais ricamente bíblicos e edificantes para fortalecer sua caminhada com Cristo — e ainda apoia nosso ministério a levar a Palavra de Deus a mais mulheres!
Querida ouvinte, você se preocupa em como educar seus filhos meninos nos caminhos do Senhor nos dias de hoje? Nesta segunda-feira, começamos uma nova série intitulada Mentiras em que os meninos acreditam, com Erin Davis e seu marido, Jason Davis — autores do livro Mentiras em que os meninos acreditam e a épica busca pela verdade, voltado para meninos de 8 a 12 anos, lançado esse ano pela editora Vida Nova.
Participe com a gente dessa série especial de três episódios e descubra o que a Palavra de Deus tem a nos ensinar sobre como criar meninos com um senso bíblico de masculinidade.
E a gente ainda não acabou, viu? Você, ouvinte do Aviva Nossos Corações, vai ganhar material extra hoje! Para complementar o ensino desta série, Nancy conversou com uma querida amiga, que estava no auditório no dia em que o episódio foi gravado.
Nancy: Paula, o que estamos falando aqui tem sido uma linda ilustração da sua vida. Eu tenho te acompanhado nessa jornada. Você escreveu um livro alguns anos atrás chamado Confessions of a Boy-Crazy Girl (em tradução livre, “Confissões de uma garota louca por garotos” — ainda não publicado em português). Quando você chegou ao Revive Our Hearts, você era o que podemos chamar de uma moça obcecada por rapazes. Quantos anos você tinha quando se tornou uma menina obcecada por meninos? Uns dois, talvez?
Paula: Sete, talvez?
Nancy: Você esperou até os sete anos? Você é muito transparente nesse livro, que eu recomendo muito para adolescentes, jovens mulheres e mães que discipulam suas filhas, porque o subtítulo é: Em sua jornada da carência à liberdade.
Quando você chegou aqui, uns onze ou doze anos atrás, você era, como todas nós, uma moça carente, mas, especialmente, nesta área da solteirice — haviam desejos profundos. Eu te vi passar por alguns desses relacionamentos, as diferentes questões que surgiam, os seus medos e os medos deles.
E depois, eu te acompanhei enquanto você pregava o Evangelho para si mesma. Você recebeu a graça de Deus. Eu vi o poder transformador do Evangelho no seu pensamento, nas suas emoções. E então acompanhei a sua jornada — não porque todas as suas questões já estivessem resolvidas — mas testemunhei, pela providência de Deus, a sua jornada quando o Senhor trouxe o Trevor para a sua vida.
Você tem me ouvido falar nesses três episódios sobre a minha transição de mulher solteira para mulher casada. E você, agora, está casada por longos dezessete dias!
Paula: Isso mesmo!
Nancy: À luz do que compartilhei nesta série, o que você poderia acrescentar para encorajar outras mulheres, com base na sua história? Como isso se conecta com a sua experiência pessoal?
Paula: Bem, foi muito precioso poder sentar ali atrás e tomar notas enquanto você falava, porque pensei em todas as vezes em que fiquei nesta capela após o culto, me ajoelhei ao lado da minha cadeira e derramei lágrimas frescas por mais uma decepção. Estava pensando nas muitas mulheres que se aproximaram de mim neste lugar, colocaram o seu braço ao meu redor e oraram por mim. Foi uma jornada longa e dolorosa.
Eu não era nem um pouco como você, não estava tão satisfeita quanto você estava. Muito pelo contrário. Eu enxergava a vida a partir do desejo de ser amada por alguém do sexo oposto — e sentia que isso nunca se tornaria realidade.
Mas eu amei o que você compartilhou. Foi tudo tão prático e verdadeiro. A parte sobre estar em comunidade. . . Eu me lembro de quando eu me sentei na varanda da sua casa. Na verdade, eu estava brava com você porque você disse que não achava que eu deveria morar sozinha se quisesse me casar e aquilo me deixou muito irritada, mas foi algo tão sábio.
E uma coisa que aprendi ao longo do caminho é que Deus realmente responde nossas orações. Ele realmente provê as nossas necessidades. Ele só não costuma fazer isso da forma como esperamos. Eu vejo como Ele me proporcionou amor e cuidado por três ou. . . quatro décadas? (Não sou boa em matemática, é para isso que casei com um contador!) Mas Ele providenciou tudo isso por meio de pessoas mais velhas e pessoas mais novas, por meio do Corpo de Cristo.
Sou tão grata pelo Corpo de Cristo; ele é um presente daqueles.
Nancy: Então, depois daquela conversa na varanda e de processar e orar sobre aquilo, você acabou tomando a decisão de se mudar
para. . .
Paula: Isso. Eu acabei me mudando para a casa de uma família. Por um período, eles viajavam e, depois, ficavam em casa. . . Foi uma bênção. O Senhor me colocou numa casa ao lado de outra família com filhos. Eu estacionava o carro na garagem para entrar numa casa escura (ninguém deixa as luzes acesas para você quando você é solteira, sabe), mas eles saíam na varanda e diziam: “Quer jantar com a gente?”
E também me identifico muito com a coisa das manhãs de domingo. Os domingos eram noooooossa cruéis. . . entrar em igreja bastante voltadas para famílias, ver casais abraçados e me sentir uma perfeita desajustada.
Mas agora é precioso, por causa dos meus muitos anos como solteira. Agora, quando entro na igreja, vejo uma jovem solteira e vou até ela para conversar. Na verdade, comecei uma amizade com uma garota chamada Betsy. Eu disse: “Ei, sei como é se sentar sozinha na igreja. Quer vir sentar com a gente?” E consegui sair com ela para comermos algo juntas e nos conhecermos melhor.
Nancy: Agora, refletindo sobre a sua jornada, você diz que foi dolorosa, mas também houve momentos preciosos em que o Senhor te encontrou, em que Ele se revelou para você antes de você encontrar o Trevor. . . ou de o Trevor te encontrar. Quais são as principais coisas que você diria para uma mulher solteira que ainda tem esse desejo não realizado, essa solteirice indesejada? Como mulher recém-casada, imagino que isso ainda esteja fresco na sua memória. Quais foram algumas das coisas que não só te ajudaram a sobreviver, mas a florescer nessa estação?
Paula: Bom, é um processo. Você não vai acabar de ouvir esse episódio e sair porta afora como uma mulher transformada. Requer bastante trabalho duro. Não basta ouvir a Nancy, ou eu, ou outras pessoas dizermos que Deus pode nos satisfazer de verdade. É necessário que você comece a aplicar isso na sua vida pessoal. É escolher deixar de lado aquele filme romântico ou aquele livro de romance cristão e, em vez disso, ler a Palavra de Deus, mesmo quando você não está com vontade. O que você disse, Nancy, é a mais pura verdade. Você não pode confiar em alguém que não conhece.
Deus é maravilhoso e totalmente capaz de atender todas as suas necessidades à medida que você O encontra diariamente na Sua Palavra.
Nancy: E como está essa sua forma de pensar agora? Você acha que ela vai impactar o seu relacionamento com o Trevor e fazer com que o seu casamento seja diferente do que poderia ter sido?
Paula: Aah, eu sou muito grata pela jornada que percorri porque eu teria sugado toda a vida do meu marido se eu não tivesse passado por tudo aquilo. E, mesmo com dezessete dias de casada, já consigo ver rastros dessa maldição. Eu quero controlar o meu marido. Quero que ele fique mais tempo sem o celular e preste mais atenção em mim.
Mas já é muito bom depender do Senhor em oração em vez de ficar só reclamando no ouvido do meu marido o tempo todo. Eu vejo como, agora, preciso de Deus e de tempo sozinha com Ele tanto quanto quando era solteira. Ele é a minha vida. E, sem Ele, a vida é vazia e não vale a pena viver.
Nancy: E o Evangelho. . . você é uma mulher centrada no Evangelho. Você experimentou a graça de Deus de maneiras incríveis. Como o Evangelho, a graça de Cristo, fez diferença na sua jornada como solteira e como vai fazer a diferença no seu casamento?
Paula: Bem, acho que ontem eu estava lendo Efésios 2, sobre como eu estava morta em minhas transgressões e pecados, e você também. Todas nós estávamos. Paulo fica ali por um tempo e depois vem essa grande transição: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia [esse é quem Deus é — Ele é um Deus misericordioso], por causa do grande amor com que nos amou”.
Eu amo isso porque, às vezes, ouvimos as pessoas querendo estar teologicamente corretas dizendo coisas como: “Ah, sabe, Jesus veio à terra para glorificar o Pai”. Sim, mas Ele veio à terra também por causa do Seu grande amor por nós. Então, quando não estou me sentindo particularmente amada pelo meu marido ou amada da maneira profunda que eu gostaria, posso voltar à cruz e lembrar que em nenhum outro lugar Deus demonstrou de forma mais clara o Seu grande amor por mim.
Eu continuo sendo a Sua futura noiva. E, na verdade, você e o Robert não são os únicos esquisitões que vão à igreja depois de se casar. O Trevor adora estar com o Corpo de Cristo, então fomos à igreja no domingo seguinte ao nosso casamento e muitos disseram: “O que vocês estão fazendo na igreja? Vocês deveriam estar na lua de mel”. E o Trevor disse assim: “O casamento é um retrato terreno da realidade celestial. Por que perderíamos a oportunidade de fixar os nossos olhos em Deus por causa disso?”
Nancy: Sim, e o que você acabou de dizer nos aponta novamente para as Bodas finais, que é o momento para o qual estamos vivendo, para o qual nossas vidas devem estar apontando, o que estamos almejando — o casamento eterno com Cristo.
Então, toda mulher, seja solteira, esteja numa solteirice indesejada por trinta ou quarenta anos, ou uma vida inteira de solteirice não desejada, toda mulher solitária que conhece a Jesus e está em um casamento difícil — todas podem esperar por aquilo que é final, o casamento eterno com Cristo. É por isso que vivemos. É isso que estamos almejando. Tudo o que acontece aqui na terra não passa de um ensaio geral, uma preparação.
Este casamento para o qual estamos nos preparando é como a prova do vestido de noiva. É um preparo para a eternidade, para o nosso casamento com Cristo. Todos os homens e mulheres vão estar casados por toda a eternidade com Cristo. Aqueles que estão em Cristo vão se casar com Ele. Portanto, queremos que as nossas vidas apontem as pessoas para Ele e que elas encontrem sua satisfação mais profunda e única nele. E isso é algo que, realmente, transcende o nosso estado civil — sejamos casadas ou solteiras.
Paula: E todas nós estamos no mesmo barco — solteiras ou casadas — Deus está cumprindo o propósito de nos conformar cada vez mais à bela imagem do Seu Filho. Então, vamos abraçar o plano dele e deixar que Ele faça tudo da maneira que achar melhor.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.