
Dia 3: A recompensa de uma palavra gentil
Nancy DeMoss Wolgemuth: Dannah Gresh diz que, segundo a Bíblia, suas palavras podem derrubar as pessoas, ou. . .
Dannah: Você entende o quão doloroso é quando usamos palavras duras para ferir outra alma? Quando palavras sarcásticas, apressadas, mordazes saem de nós, atingindo não apenas a pessoa que é o nosso alvo, mas também a verdade que Deus declara sobre ela em Sua Palavra?
Nancy: . . . edificá-las.
Dannah: Quando o estilo e o tom da sua comunicação são, geralmente, suaves, gentis e sábias, há uma grande recompensa.
Nancy: Vamos falar mais sobre essa recompensa hoje no Aviva Nossos Corações. Eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Temos passado o mês de julho todo refletindo sobre uma frase simples de duas palavras: Seja gentil. Não é apenas um mandamento divino, mas também torna a vida muito mais agradável …
Nancy DeMoss Wolgemuth: Dannah Gresh diz que, segundo a Bíblia, suas palavras podem derrubar as pessoas, ou. . .
Dannah: Você entende o quão doloroso é quando usamos palavras duras para ferir outra alma? Quando palavras sarcásticas, apressadas, mordazes saem de nós, atingindo não apenas a pessoa que é o nosso alvo, mas também a verdade que Deus declara sobre ela em Sua Palavra?
Nancy: . . . edificá-las.
Dannah: Quando o estilo e o tom da sua comunicação são, geralmente, suaves, gentis e sábias, há uma grande recompensa.
Nancy: Vamos falar mais sobre essa recompensa hoje no Aviva Nossos Corações. Eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Temos passado o mês de julho todo refletindo sobre uma frase simples de duas palavras: Seja gentil. Não é apenas um mandamento divino, mas também torna a vida muito mais agradável para nós e para aqueles ao nosso redor quando mostramos a bondade de Cristo.
Nos últimos dias, no Aviva Nossos Corações, minha coanfitriã, Dannah Gresh, tem nos levado ao livro de Provérbios, capítulo 15, versículos 1 a 4, mostrando-nos o poder e a sabedoria de uma palavra gentil, uma resposta branda.
E eu tenho que confessar que Dannah Gresh é uma das pessoas que eu conheço que melhor exemplifica, em sua própria conversa e espírito, a beleza e o poder de uma palavra gentil. Eu vi isso nela repetidas vezes. O que você tem ouvido dela não é apenas uma mensagem que ela preparou em suas anotações. É uma mensagem de vida. Ela me ensinou muito sobre o poder de uma resposta branda.
Bem, hoje, Dannah vai falar sobre a recompensa de uma palavra gentil. Vamos ouvir.
Dannah: Me sinto honrada por você ter escolhido passar um pouco do seu tempo incrivelmente valioso comigo hoje. Acho que você fez uma escolha sábia, porque vamos nos aprofundar na Palavra de Deus juntas aqui no Aviva Nossos Corações. Quero falar palavras que dão vida para você. Na verdade, eu já falei. Se acomode e prepare sua alma para receber mais.
Você sabia que a Bíblia nos promete que palavras como essas liberam uma doçura em nossas almas, uma cura em nossos espíritos? Aposto que você já se sente um pouco melhor, não é? Espero que sim. E logo teremos mais dessas palavras verdadeiras e que dão vida.
Mas antes, quero contrastar a beleza das palavras que dão vida com algo que está acontecendo na nossa cultura e que me preocupa profundamente. Para entender o que estou prestes a compartilhar, vamos voltar algumas décadas para uma viagem no tempo. Quero que você ouça um pouco do vocabulário das décadas passadas.
Primeira parada: A década de 1950, quando, bem, as coisas que os adolescentes estavam tornando populares soavam bem mais construtivas, para ser honesta. Aqui estão dois adolescentes conversando em um arquivo de vídeo da época.
Menina: Parece que você precisa de ajuda. Posso dar uma mão?
Menino: Você daria? Você realmente daria?
Menina: Claro, eu gostaria.
Dannah: Não é adorável? É tão incrivelmente saudável.
Bem, receio que isso seja o fim da boa notícia, porque, a princípio, a linguagem da moda começou a ficar um pouco boba. Mas o vocabulário foi, muito lentamente, perdendo sua qualidade de dar vida. Primeiro, ele se tornou, bem, menos útil.
Como na década de 1980, a época em que eu era adolescente, e nós fomos lembradas por sermos as "valley girls" (meninas do vale).
Menina 1: Mas tubular, bem, é um dia totalmente ótimo, tipo, totalmente incrível!
Menina 2: Me mata com uma colher. É totalmente nojento.
Dannah: Depois disso, as coisas desmoronaram rapidamente.
E hoje, eu não posso tocar um trecho de áudio para você de como uma adolescente estilosa fala nos dias de hoje. Seria incrivelmente profano. Para se cumprimentarem, muitas jovens usam linguagem suja, humilhante sobre o corpo, num tom de desprezo ou desaprovação. E eu não estou falando quando elas estão em conflito, mas quando estão bem uma com a outra. Chamar uma à outra de nomes sujos, o que chamamos de cringe culture (cultura vergonhosa) é o que está em alta hoje.
Agora, não estou dizendo que as meninas cristãs falam assim. Muitas mães cristãs não acham que suas filhas usam linguagem profana, mas as meninas imitam o tom. E é sobre isso que eu quero falar com você hoje, porque isso pode ser melhor do que a linguagem profana de algumas adolescentes e jovens universitárias, mas o nosso parâmetro não é o mundo, certo? Devemos usar a Palavra de Deus como o nosso padrão de verdade para guiar nosso comportamento, e isso inclui a maneira como nos cumprimentamos.
Esta é uma série onde estamos aprendendo sobre o poder de uma palavra gentil. E o que está em alta entre as mulheres mais jovens hoje? Bem, está bem longe de ser gentil. Certamente não é bondoso ou brando. E o resultado é um estilo de comunicação ríspido e cruel. E eu vejo isso transbordando para as interações familiares.
Quero te perguntar: Se eu pudesse passar um dia na sua casa, o estilo de comunicação refletiria mais a tendência cruel e ríspida da nossa cultura? Ou refletiria com mais precisão o que a Palavra de Deus nos incentiva: bondade e brandura temperada com sabedoria?
A maneira como falamos, não apenas as coisas que dizemos — importa. E hoje, vamos nos aprofundar para examinar a Palavra de Deus na tentativa de ver se o nosso próprio estilo de comunicação está de acordo com a verdade das Escrituras. Ou, talvez, vamos descobrir que é "vergonhoso”.
Chame as jovens que estão na sua vida. O episódio de hoje do Aviva Nossos Corações é um que vale a pena compartilhar com elas ou pelo menos preparar você para ter uma conversa sólida e cheia de verdades com elas.
Quero te convidar a pegar a sua Bíblia, se ela estiver por perto, e abrir em Provérbios 15. Vamos explorar a parte interessante de Provérbios 15.1-4 hoje.
Vamos revisar o que fizemos até agora:
No nosso primeiro dia de estudo, exploramos o poder de uma palavra gentil. O versículo 1 diz: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
Quando escolhemos ter uma resposta controlada diante do conflito e da frustração, isso acalma a raiva e o sofrimento no nosso próprio coração e na pessoa com quem estamos nos comunicando.
Ontem aprendemos sobre a sabedoria de uma resposta gentil. O versículo 2 diz: “A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama tolices”.
Deixe-me te lembrar: Há um espaço entre o estímulo que nos frustra e a nossa resposta. E o que escolhemos nesse espaço revela se somos sábias ou tolas.
Bem, essas duas coisas podem ter te incomodado e sido difíceis de aplicar. Estou tão feliz que você ainda está comigo, porque agora vamos explorar o que eu chamo de recompensa de uma resposta gentil.
Na verdade, há duas recompensas, e as encontramos nos versículos 3 e 4 de Provérbios 15. Vamos ler o versículo 3 para ver a primeira recompensa: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons”.
Este versículo basicamente está dizendo que os olhos de Deus estão em todo lugar. Ele está anotando o que vê. E Ele está vigiando aqueles que Ele ama e que O amam, mas também está registrando as palavras dos ímpios.
Vamos ver a primeira recompensa:
Deus vê. Ele vê o que estamos fazendo. Isso inclui observar nossas intenções com os outros. Ele ouve o que estamos dizendo e pretende recompensar o que Ele vê de acordo, ou de uma maneira apropriada ao que Ele vê.
Agora, uma recompensa é algo dado de acordo com o serviço, esforço ou conquista de alguém. E geralmente pensamos nela como algo bom, certo? Ela também pode ser algo ruim.
O fato de Deus nos recompensar com base no que Ele vê que fazemos, com base no que Ele ouve que dizemos, isso pode ser uma boa notícia para você — uma recompensa no melhor sentido da palavra — ou pode ser uma má notícia, o que significaria que uma punição ou disciplina seria necessária. De qualquer forma, será merecido. De qualquer forma, você colherá o que semear.
Vamos olhar para a consequência negativa primeiro. (Eu sou do tipo que prefere tirar as más notícias logo, como um esparadrapo.)
No contexto deste versículo, contrastando palavras suaves e gentis com palavras ríspidas, podemos supor que, se o estilo de sua comunicação for amplamente cruel, reativo e doloroso, então você deveria temer um pouco ao pensar que Deus está observando.
Eclesiastes 12.14 diz: “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”.
Isso deveria causar terror no seu coração, no meu coração se a maneira como estamos falando com o nosso marido, nossos filhos, se essas palavras forem duras e feias como um padrão geral.
A Palavra de Deus diz: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons”. (Provérbios 15.3)
Deixe-me perguntar: Você gostaria que eu visse como você fala com seu marido? Gostaria que eu ouvisse como você fala com seus filhos, atrás de portas fechadas, onde ninguém mais vê, onde é no segredo?
Bem, Deus vê, e Sua Palavra indica que Ele responderá de forma protetora por seu doce filho e até pelo seu marido, se o que você está fazendo e dizendo é cruel e impiedoso.
E posso te falar uma coisa, caso seu coração precise desesperadamente ouvir: Deus também vê se você é a pessoa que não está sendo bem tratada pelo seu marido. Deus julgará um homem que não fala com sua esposa com palavras gentis, brandas, bondosas e que dão vida.
Mas, se seu marido é verbalmente abusivo com você, não ceda à tentação de revidar com palavras feias e odiosas. Eu posso te prometer uma coisa: isso não vai te fazer bem. Só vai deixar você e ele mais irritados. E, se você continuar cedendo a isso, e isso se tornar um padrão, pode resultar em você se tornando uma tola como ele. Eu te imploro: Não faça isso. Não faça.
Mas, amiga, deixe-me também te dizer isso: Você não precisa ser abusada e tratada mal.
Eu quero pedir para você contar para alguém hoje. Busque ajuda. Está tudo bem em se afastar de uma situação abusiva. Deus não quer isso para você. Ele eventualmente terá algo a dizer a um homem que tratou sua esposa com dureza ou abuso.
Você acredita que isso, na verdade, me leva à boa notícia deste versículo? (Aguenta firme, que eu vou provar meu ponto).
Quando o estilo e o tom da sua comunicação são geralmente gentis, brandos e sábios, há uma boa recompensa. Ouça o que as Escrituras dizem em 2 Crônicas 16.9: “Porque, quanto ao Senhor, os seus olhos passam por toda a terra, para dar força àqueles cujo coração é totalmente dele”.
Deus vê, e Ele está olhando não apenas para julgar aqueles que usam sua língua de maneira imprudente, mas para dar apoio forte — não qualquer apoio — o tipo forte, àqueles que usam suas palavras com sabedoria e gentileza.
Deus vê. “Os olhos do Senhor estão em todo lugar,
contemplando os maus e os bons.” Ele vê como você está reagindo. Ele vê como você está falando. Isso deveria encher seu coração de grande conforto. É uma boa notícia se você fala suavemente, gentilmente e responde com sabedoria, ao invés de reagir apressadamente.
Recompensa número um: Deus está observando. E Ele será seu apoio constante se Ele encontrar um coração íntegro do qual saem palavras brandas, gentis e marcadas pela sabedoria.
Há uma segunda recompensa aqui em Provérbios 15, no versículo 4, e é a seguinte: Deus usará suas palavras. Provérbios 15.4 diz: “A língua serena é árvore de vida. . .” Essa é a boa notícia.
Mas antes de falarmos sobre isso, há também uma possível consequência negativa. Vemos na última parte do versículo 4. Somos advertidas de que “a língua perversa esmaga o espírito”. Para parafrasear o versículo todo, quando você fala palavras gentis e curadoras, é como oferecer a alguém que você conhece e ama frutos de uma árvore cheia de vida. Mas — a palavra usada aqui é perversa — a linguagem perversa não faz nada além de esmagar, quebrar e destruir corações.
Vamos lidar com as más notícias deste versículo de uma vez. "A língua perversa esmaga o espírito." A palavra hebraica para perversidade neste versículo se refere à falsidade, perversão da verdade, distorção da verdade e talvez até mesmo malícia.
Agora, você lembra como eu falei que o estilo de comunicação, a gíria popular hoje em dia, é usar palavras perversas, imorais, distorcidas, palavras que não são verdadeiras para cumprimentar umas às outras? Recentemente, eu ouvi duas meninas na faixa dos 12 anos, e foi assim que elas se cumprimentaram:
“Oi. Você é tão burra.”
“Eu sei. Você também é tão burra.”
E elas disseram isso, não para serem más, mas para se cumprimentarem. A Palavra de Deus tem algo a dizer sobre isso. Ela diz que essas são palavras perversas. Não faça isso. Não fale desse jeito. Toda mulher é uma portadora da imagem de Deus. Toda mulher é uma obra-prima criada por Ele. Falar de outra forma é nada mais do que uma mentira terrível, uma perversão da verdade.
Deixe-me te lembrar: Suas palavras têm poder. Assim como uma palavra gentil pode afastar a ira, palavras perversas, palavras distorcidas e falsas, esse tipo de palavra pode gerar dor.
Deixe-me falar sobre a cringe culture (cultura vergonhosa).
Eu fico incomodada quando ouço uma jovem cristã soltar uma palavra feia quando cumprimenta uma amiga ou sua mãe — eu já vi isso também.
Eu fico incomodada quando vejo uma jovem universitária postar esse tipo de cumprimento em sua rede social. Ela está plantando dor, saiba ela disso ou não. Ela está plantando dor nas amigas, na família, no seu mundo.
Eu nem entendo isso. Em uma cultura onde as mulheres marcham com cartazes exigindo ser tratadas com respeito, dignidade e igualdade, como é possível que ninguém diga: “Ei, se queremos que os homens usem palavras respeitosas conosco, talvez devêssemos usar palavras respeitosas umas com as outras? Talvez devêssemos evitar usar palavras duras e feias entre nós”. Isso é contraditório. Isso é destrutivo.
“A língua serena é árvore de vida, mas a língua perversa esmaga o espírito.”
Deixe-me falar um pouco sobre como as palavras perversas e duras quebram o espírito. Infelizmente, eu aprendi isso na prática. Veja bem, muitos anos atrás, provavelmente uns quinze, Bob e eu participamos de um retiro de casais de uma semana. Tivemos um tempo de aconselhamento individual com um conselheiro. Esse homem se dizia cristão, e eu acho que ele provavelmente era, mas não tenho certeza se ele conhecia bem a Bíblia.
Quando compartilhei algumas frustrações no meu casamento durante essa sessão de aconselhamento, esse homem sugeriu que eu estava com raiva reprimida (naquele momento, provavelmente isso era verdade), e que eu precisava encontrar maneiras saudáveis e piedosas de me comunicar melhor com meu marido. E isso é algo que o Bob sempre acolheu, seja o que eu tinha a dizer de bom ou ruim.
Então, o conselheiro me perguntou: “Com que frequência você xinga o Bob?”
Bem, a resposta foi: “Nunca”.
Isso fez ele querer saber se eu já deixava sair algum palavrão para expressar minha raiva.
A resposta não foi “Nunca”, mas foi: “Raramente”.
“Esse é o problema”, o homem me assegurou.
Só que não, aquilo não era verdade. O que ele estava prestes a me dar não era um bom conselho, nem um conselho bíblico. Esse homem me disse que poderia me ajudar a acessar meus sentimentos verdadeiros. Ele disse: “Podemos começar com apenas uma palavra”. E ele me convidou a começar a usar uma palavra específica e depreciativa com meu marido — bem ali, na hora.
Não era só profano. Aqui está o maior problema: Não era verdadeiro.
E esse homem queria que eu falasse uma palavra mentirosa, odiosa sobre meu marido, e queria que eu dissesse isso de maneira cruel. Ele queria que eu dissesse isso toda vez que me sentisse frustrada com o Bob.
Lembra que ontem eu te falei que existe um espaço entre todo estímulo e nossa resposta? E nesse espaço, podemos decidir o que preencher. É nossa escolha. E eu te incentivei a preencher o seu com sabedoria.
Bem, esse homem estava me dizendo para preencher aquele espaço com a coisa errada, com falta de autocontrole, com dureza, com malícia e com uma palavra mentirosa, suja. Ele estava me convidando a preencher esse espaço com tolice. Era isso que esse homem estava me ensinando a fazer.
Eu realmente estou triste em dizer isso, mas eu tentei. “É só uma palavra” — pensei no caminho de volta para casa. “E não é a pior de todas as palavras feias. Talvez eu esteja reprimida. E se eu estiver reprimida?” Atrás das portas fechadas, em lugares secretos, onde ninguém além do meu marido ouvia as palavras feias e duras, eu fiz o que o conselheiro sugeriu. Eu soltei o verbo.
Eu não posso te dizer o quanto me arrependo disso. Dentro de alguns dias, mais e mais palavras incontroladas, impiedosas, bem longe de serem gentis, e até aquela palavra feia entregue com desprezo, raiva e fúria — saíram de mim.
E aqui está a verdade: Aos meus olhos, eu podia ver o espírito do meu marido se quebrando, assim como Provérbios 15.4 afirma. “A língua perversa esmaga o espírito”. Eu podia ver o espírito dele se quebrando.
Mas aqui está a questão: Eu não consegui parar o que eu havia começado.
Meu coração se parte ao pensar nas mentiras e feridas que eu plantei no meu doce e bom marido, portador da imagem de Deus, nessas poucas semanas de minhas palavras descontroladas, feias e duras. Eu realmente fico incomodada quando penso nisso.
Você sabe o que aconteceu? Mais ou menos uma semana depois, eu estava dirigindo na estrada e um motorista me cortou. E, naquele instante, eu soltei aquela palavra contra o outro motorista. Eu falei a mentira no ar contra um portador da imagem de Deus. Eu degradei aquela obra-prima de Deus.
E foi aí que eu soube que eu tinha um problema. Veja bem, eu nunca tive raiva no trânsito antes — ou depois — e eu tinha certeza de que não tinha nenhum rancor reprimido contra aquele motorista que eu nunca sequer conheci.
Na viagem de volta para casa, eu pedi perdão a Deus e pedi para Ele me ajudar. Eu sabia que tinha perdido o controle da minha boca. Ela tinha se tornado dura, feia, cruel. E Deus é tão bom para nos ajudar quando pedimos. Ele fará isso se você pedir.
Naquela semana, ouvi um ensino bíblico sobre Isaías 6, onde o profeta escreve sobre sua visão de estar na presença de Deus. Ele vê o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Anjos estão de cada lado do Senhor, clamando juntos: “Santo, Santo, Santo”. E, no versículo 5, vemos a resposta de Isaías ao que ele está experimentando. Ouça enquanto eu leio o que Isaías disse:
Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! (v. 5)
No momento em que Isaías entra na presença de Deus, ele se sentiu indigno. “Ai de mim!” Por quê? Seus lábios. Seus lábios não estavam limpos? De fato? Isso me pareceu um pouco estranho. Ele está na presença da santidade de Deus, e a coisa que mais lhe preocupa são seus lábios? Quando eu parei para pensar sobre isso, fiquei surpresa.
O que você pensaria na presença de Deus? O que te torna impura? Existem tantos pecados que consideramos piores do que o que falamos — pornografia, vícios, roubo, gastos excessivos, aborto. Isaías era perfeito? Ou será que Deus estava iluminando algo importante para nós?
Nossas palavras são mais importantes do que pensamos. Elas têm poder. E quando usadas de maneira destrutiva, nossas palavras, segundo Provérbios 15.4, podem quebrar o espírito dos filhos de Deus, sua obra-prima, suas crianças criadas à Sua imagem.
Será que entendemos o quão profundamente doloroso é quando usamos uma linguagem dura para ferir outra alma, quando palavras sarcásticas, precipitadas e mordazes saem de nós, atingindo não só a pessoa que é o nosso alvo, mas também a verdade que Deus declara sobre ela em Sua Palavra?
Eu me pergunto, como você responderia, como eu responderia se estivéssemos na presença do nosso Deus santo e, ao mesmo tempo, cientes das palavras que saem de nossas bocas? Nós clamaríamos: “Ai de mim!”? Eu temo que, para mim, a resposta seja: “Sim”.
Ouça, minha amiga, a santidade de Deus não dá espaço para as palavras duras, vitriólicas e cruéis que saem facilmente de nós.
E considere isso: Embora seja verdade que Deus usará suas palavras se você deixar, também parece ser verdade que Satanás as usará, se você permitir. Assim como Provérbios 15 promete, “palavras perversas quebram o espírito”.
Mas há uma boa recompensa aqui no versículo 4. “A língua serena é árvore de vida.”
Eu quero ser uma mulher, eu quero que você seja uma mulher que escolhe palavras gentis, temperadas com sabedoria, para que Deus seja aquele que as use. E enquanto eu olho para essa frase, “A língua serena é árvore de vida”, eu me fiz duas perguntas: Que tipo de palavras Deus usa? E como Ele as usa? Que tipo de palavras Ele usa?
Bem, “a língua serena é árvore de vida”. A palavra “serena”, ou “branda” foi usada no versículo 1. Mas vários dos comentários que eu consultei disseram que uma tradução melhor aqui no versículo 4 poderia ser “restauradora”.
As palavras usadas sugerem que há um poder restaurador ou de cura em nossa língua. E aqui, mais uma vez, vemos o poder de uma palavra branda. “A língua restauradora é árvore de vida.” Ela restaura, traz cura. Ela é um remédio. É bem o oposto das palavras perversas.
Como Deus usa nossas palavras? Bem, elas serão como árvore de vida. Palavras serenas, gentis, temperadas com sabedoria, são saudáveis. E isso, segundo a Palavra de Deus, é gerador de vida.
Jesus, na verdade, disse algo assim quando andou aqui na terra. Está registrado em João 6.63. Deixe-me ler para você:
O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que eu lhes tenho falado são espírito e são vida.
Jesus disse: “As palavras que eu lhes tenho falado são vida”. As palavras têm poder. Precisamos usá-las com sabedoria. E a recompensa de usá-las bem é que cooperamos com Cristo e trazemos vida, assim como Ele fez.
Agora, se neste momento tudo isso está parecendo demais — “É tão difícil. Dá muito trabalho.” — vamos nos apoiar um pouco em João 6.63.
“O Espírito é o que vivifica.” Não sou eu. Não é você. Não são nossas bocas. É o Espírito.
E não vamos esquecer que a mansidão e o domínio próprio são frutos — de quê? Do nosso esforço para ter palavras melhores? Não! Mansidão e domínio próprio são frutos do Espírito de Deus.
Descanse, minha amiga. Se isso parece difícil, se ser gentil parece complicado, isso deveria ser porque precisamos do Espírito de Deus para nos ajudar.
Você se lembra daquele espaço entre o que nos frustra, o estímulo, e a nossa resposta? Use-o. Faça dele uma ferramenta para te levar até Deus em oração. Peça ao Espírito Santo para te encher com mansidão, com domínio próprio, para que suas palavras possam trazer vida e sua boca se torne uma árvore de vida da qual você distribui cura. Felizmente, eu sei algo sobre isso também.
Alguns anos atrás, Bob e eu estávamos almoçando com Robert e Nancy Wolgemuth em um dos nossos lugares favoritos em Indianapolis. Acabávamos de terminar um evento do Aviva Nossos Corações para mulheres, e Robert, um marido absolutamente incrível, e um homem que escreveu ótimos livros sobre homens pastoreando suas esposas, entrou em ação como conselheiro para Bob e Dannah Gresh. E, ao contrário do outro homem de quem falei, Robert conhece a Bíblia.
Quando compartilhamos um pouco do que estávamos trabalhando recentemente em nossa comunicação como casal, Robert pegou seu telefone e procurou algo que ele queria nos mostrar. Ele nos perguntou: “Vocês sabem o que prepara o terreno para como vocês se comunicam como casal?”
Bem, nós queríamos saber, então nos aproximamos, e ele nos disse: “É como vocês se cumprimentam”.
E ele nos mostrou um vídeo no telefone dele. Era de um cachorro cumprimentando seu dono. As orelhas do cachorro estavam em pé, a boca aberta, como se estivesse sorrindo. Ele estava abanando o rabo, em pé sobre as patas traseiras, pulando no lugar de tanta empolgação.
Robert disse: “Não importa como você se sinta, valorizar a outra pessoa ao cumprimentá-la é essencial”.
Agora, eu tenho que ser honesta. Eu pensei que Robert estava um pouco fora de si. Eu ia abanar meu rabo como um cachorro quando Bob entrasse em casa? Mas eu sabia que havia sabedoria nisso, então decidi tentar. Determinei cumprimentar Bob de forma mais entusiástica. E sabe o que eu percebi nas tentativas? O quanto frequentemente eu não estava cumprimentando ele de jeito nenhum.
Amiga, nossos telefones às vezes não nos fazem bem. As bênçãos das nossas palavras para maridos, filhos, amigos, bem, elas têm sido tantas vezes arrancadas pelas telas na nossa frente. Foi isso que eu descobri.
Cumprimentar Bob não significa abanar o rabo. Só para você saber. (risos) Mas significa que eu coloco o celular de lado quando ele chega em casa e, para registrar, eu sou péssima nisso e preciso constantemente redefinir meu compromisso.
Significa que eu o encontro na porta com um abraço.
Significa que no caminho até a porta, eu penso em palavras para dizer sobre ele que abençoem, afirmem e deem vida a ele.
Significa que eu falo palavras doces e breves: “Eu senti sua falta. Olha quem está aqui. Bem-vindo de volta ao lar. Estou tão feliz que você voltou”.
Eu uso palavras cheias de confiança em quem ele é, carregadas de expectativa sobre o impacto que meu marido pode ter no mundo. “Que coisas incríveis você fez hoje, amor? Como você mudou o mundo hoje?”
Eu uso palavras que dizem: "Estou disponível para você", como: "Como foi o seu dia? Você está com fome? Posso te trazer algo? Quer conversar? Ou só quer ficar no seu cantinho, no seu refúgio? Está tudo bem também".
E conforme eu apliquei a técnica de “abanar o rabo” do Robert, pude ver o espírito do meu marido florescer.
Poucas coisas, minhas amigas, são mais atraentes do que palavras brandas, gentis, saudáveis e geradoras de vida, mesmo que sejam simples e doces.
Provérbios 16.24 diz: “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e remédio para o corpo”.
“Remédio para o corpo.” Você ouviu isso? Geradoras de vida, remédio para o corpo.
Meu coração certamente foi acalmado, fortalecido e realmente ajudado por essa simples mudança na nossa relação. Se você está ouvindo, obrigada, Robert. Eu posso ver a qualidade geradora de vida nestas simples, gentis e entusiásticas palavras.
E agora, estou vendo Bob Gresh ser a melhor versão dele mesmo. Há muitas coisas no relacionamento dele com o Senhor que sem dúvida merecem o crédito máximo por aquilo que estou vendo. Mas eu vou dar um créditozinho pelo que vejo acontecendo enquanto segurei minha língua e abracei a mansidão, com sabedoria quando necessário. Eu experimentei a verdadeira recompensa de uma resposta branda. Deus me deu um lugar na primeira fila para ver o impacto das palavras geradoras de vida na vida do meu marido.
Como estão os assentos na plateia da sua vida? Você vê a destruição da linguagem agressiva em sua família e amigos? Ou você tem um lugar na primeira fila para assistir a fala branda e mansa gerar vida?
Se você não gosta do que está vendo, deixe-me te lembrar: não são só seus olhos que estão vendo isso. “Os olhos do Senhor estão em todos os lugares, observando o mal e o bem.”
Deus vê o que você está vendo, e Ele provavelmente vê com mais clareza, por isso Ele nos avisa que uma língua perversa, que não reflete a verdade de uma pessoa ou situação, esse tipo de língua quebra espíritos.
Mas aqui está o que eu espero que você abrace: “A língua serena é árvore de vida”.
Nancy: Amém. “A língua serena é árvore de vida.” Que tal você dizer isso comigo: “A língua serena é árvore de vida”.
Obrigada, Dannah Gresh, por essas preciosas lembranças de Provérbios 15 sobre o poder, a sabedoria e, como ouvimos hoje, a recompensa de uma palavra gentil.
Agora, uma palavra de encorajamento para você, nossa ouvinte: Se o Senhor tem trabalhado no seu coração hoje, se você ouviu o que a Dannah compartilhou e talvez se sentiu convicta sobre suas palavras, ou talvez você percebeu que suas palavras têm sido menos como “árvore de vida” e mais como um arbusto espinhoso e prejudicial, quero desafiar você a dar uma olhada mais de perto no que a Palavra de Deus tem a dizer sobre nossas palavras.
Uma ótima maneira de fazer isso é utilizando um estudo devocional de quatro semanas que desenvolvemos aqui no Aviva Nossos Corações. Ele se chama O poder das palavras. Este livreto é baseado no ensino que já fiz no passado, olhando para as palavras no livro de Provérbios. E percorremos muitos provérbios sobre a língua.
“A morte e a vida”, diz Provérbios 18.21, “estão no poder da língua”.
Nossas palavras realmente são poderosas, e queremos ser geradoras de vida com nossas palavras.
Visite o nosso site e clique em “mais” para ter acesso à aba “Livros/Livretos”. Lá você vai encontrar informações de como obter a sua cópia. Não fique de fora do que o Senhor tem para fazer na sua vida.
Na próxima semana, começaremos a série Superando a maldição das palavras. As palavras têm poder. Tenho certeza que você se lembra de momentos em que alguém disse palavras cruéis para você. Elas podem nos afetar por anos. Mas há um caminho para a liberdade.
Aguardamos você na próxima semana aqui, no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.