
Dia 2: Vitaminas da alma
Raquel: Robert Wolgemuth diz que maridos e esposas precisam se fazer uma pergunta importante. Ouça o que ele diz ao conversar com a sua esposa, Nancy.
Robert Wolgemuth: “De quem são as necessidades que estou tentando atender?” Se a resposta for “as minhas necessidades”, eu não vou ser uma pessoa de convivência agradável. Não sou perfeito nisso de jeito nenhum, mas quero que a minha resposta seja sempre: “Quero atender às necessidades da Nancy”.
Raquel: Este é o podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo o perdão, na voz de Renata Santos.
As suas palavras e ações têm um peso enorme. O que as coisas que você diz e faz revelam sobre o seu coração, especialmente no contexto da sua casa?
Ontem, ouvimos Robert e Nancy Wolgemuth falarem sobre tratar os membros da nossa família como convidados de honra. Hoje, Robert …
Raquel: Robert Wolgemuth diz que maridos e esposas precisam se fazer uma pergunta importante. Ouça o que ele diz ao conversar com a sua esposa, Nancy.
Robert Wolgemuth: “De quem são as necessidades que estou tentando atender?” Se a resposta for “as minhas necessidades”, eu não vou ser uma pessoa de convivência agradável. Não sou perfeito nisso de jeito nenhum, mas quero que a minha resposta seja sempre: “Quero atender às necessidades da Nancy”.
Raquel: Este é o podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo o perdão, na voz de Renata Santos.
As suas palavras e ações têm um peso enorme. O que as coisas que você diz e faz revelam sobre o seu coração, especialmente no contexto da sua casa?
Ontem, ouvimos Robert e Nancy Wolgemuth falarem sobre tratar os membros da nossa família como convidados de honra. Hoje, Robert compartilha mais um pouquinho sobre o seu livro “O lugar mais importante da terra” (ainda sem tradução para o português). Ele vai falar sobre valores importantes que aprendeu como marido e pai. Fique com a gente, vamos retomar essa conversa!
Nancy DeMoss Wolgemuth: Muitas das coisas que eu incentivei outras mulheres casadas a refletirem, a implementarem em seus lares (como o ministério do encorajamento, atos de bondade e ser intencional), coisas que você escreveu neste livro “O lugar mais importante da terra”. . . muitas dessas coisas nós estamos vivendo e colocando em prática agora no laboratório da vida. E essas são decisões diárias e intencionais que tomamos. Eu me sinto tão abençoada porque você trouxe para o nosso casamento muitos anos de experiência — anos em que você permitiu que o Senhor te ensinasse. Você passou por muitos processos de aprendizado, mas agora este é um novo casamento.
A bondade é uma decisão. É incrível como as coisas podem estar tensas em um relacionamento ou em casa, mas é só chegar um convidado ou o telefone tocar que mudamos o nosso tom ou a nossa postura rapidinho — é impressionante!
Robert: Com certeza!
Nancy: Na verdade, você conta no livro sobre uma história que você e a Bobbie viveram, anos atrás.
Robert: Estávamos na cozinha da nossa casa em Nashville e digamos que o volume estava alto o bastante para rachar o azulejo da cozinha. Estava horrível e barulhento de verdade! Daí, o telefone tocou. . .
Agora, se alguém tivesse me perguntado, “Você está descontrolado?”, eu teria dito, “Sim, estou completamente descontrolado!” Mas o telefone tocou, eu atendi e disse, “Alô, aqui é o Robert”. Tive a conversa e a Bobbie ficou lá assistindo.
Quando eu desliguei, o olhar no rosto dela foi tudo o que eu precisava ver. Eu estava completamente controlado. Eu tinha decidido brigar (e eu sou bom de briga!) então estava brigando. O telefone tocou, o assunto mudou e eu atendi como uma pessoa normal.
É mais ou menos como quando o telefone toca no meio da noite e você atende como se estivesse esperando a ligação, “Alôôôô” — mesmo tendo acordado de um sono profundo. Sim, temos muito mais controle do que pensamos que temos.
Os psicólogos chamariam isso de “monólogo interior”. As Escrituras diriam, “Assim como o homem pensa, assim ele é” (Pv 23.7). O que está plantado na sua mente precisa ser bom, justo, reto e puro, porque o que sai da sua boca será um reflexo direto do que está na sua mente, no seu coração.
Então, sim, você toma a decisão de tratar o seu cônjuge de uma determinada maneira. Não só o jeito que você fala com ele ou ela vai mudar, mas logo isso vai vir do seu coração, e você não vai mais precisar se esforçar.
Nancy: Eu vi, tantas vezes, como a escolha — a decisão — de demonstrar bondade (mesmo quando ela não está sendo recebida) muda a dinâmica das coisas. [Robert concorda]. Durante anos, temos oferecido às mulheres o “Desafio de 30 Dias de Encorajamento ao Marido”.
Eu tenho um monte de testemunhos e e-mails que recebemos de mulheres contando a grande diferença que essa pequena atitude fez no casamento delas. Durante trinta dias, elas se propuseram a falar palavras de elogio e gratidão aos seus maridos em vez de criticar, reclamar ou se queixar.
Parece algo bom de se fazer o tempo todo, mas basta fazer essa pequena mudança na dinâmica do relacionamento e começar a falar palavras bondosas. . . As mulheres escrevem e dizem, “Meu marido é romântico. Eu nunca soube disso!” Ou elas dizem: “Ele está falando palavras bondosas quando tudo o que fizemos durante anos foi brigar um com o outro. Ele sente vontade de voltar para casa!”
Usar palavras de bondade, amor, consideração e compaixão é transformador. Nunca é exagero dizer que, “uma palavra dita a seu tempo” e oferecer bondade quando ela não é merecida transforma toda a atmosfera de um lar!
Eu acho que nós, mulheres, temos uma grande responsabilidade pela atmosfera da nossa casa. Somos os termostatos do nosso lar; nós que definimos a temperatura. Pensamos, “Ah, eu sou só um termômetro. Só revelo como está a temperatura da minha casa”. Mas eu acho que, mais do que nos damos conta, nós, realmente, definimos a temperatura.
Robert: E isso não é teoria. Aconteceu hoje de manhã mesmo.
Nancy: Sim, hoje de manhã o nosso porão inundou e tivemos que lidar com coisas que não tínhamos planejado, com circunstâncias que não esperávamos. E vimos o Senhor tomar conta dos nossos corações e vimos ambos permitindo que Ele assumisse esse controle.
Agora, é verdade que, às vezes, não fazemos isso e colhemos as consequências. Mas tudo poderia ter acabado num desastre relacional (não que tenha sido culpa de ninguém, é que choveu bastante mesmo). Mas poderíamos acabar em um apontando o dedo para o outro, em mau humor. . . porque tínhamos coisas para fazer; aquilo lá não estava na nossa agenda. Poderia ter acabado em murmuração — me deixa falar isso para a nossa audiência: eu sou casada com um homem que não reclama. Ele não acredita em reclamações. Então isso diminuiu bastante as minhas reclamações! (Robert ri.) Amor, estou trabalhando nisso.
Robert: É interessante. . . isso tudo faz parte de “dar o primeiro passo”. Eu entrei no porão hoje de manhã descalço e pisei em um tapete encharcado. Beleza, vou dar o primeiro passo. Vou deixar que um tapete molhado e frio debaixo dos meus pés descalços diga o que eu devo fazer, vou deixar que isso controle o meu dia?
Ou eu vou dar o primeiro passo e dizer: “Não estou acreditando. Ok, como vamos resolver isso?” Mas imagina só: um tapete molhado no chão do banheiro me dizendo como agir. Está falando sério? Eu vou dar o primeiro passo. Não vou deixar essa circunstância controlar o que eu penso e como eu respondo.
Eu vou estar no controle dessa situação. Eu vou “dar o primeiro passo”. Não vou deixar isso me controlar. Agora, é uma luta para mim? Sim, luto com isso o tempo todo! Sabe, bater a unha do dedinho do pé na quina de um móvel me irrita. Por dentro, eu tenho um pavio bem curto.
Eu não sou um homem dócil; sou um homem intenso. E em cada uma dessas situações, eu tenho que tomar uma decisão: “Eu não vou deixar isso me controlar. Eu vou dar o primeiro passo. Eu vou ficar calmo. Eu vou me manter sob controle. Eu vou me alegrar!”
E quanto tempo levou desde que nos vimos hoje de manhã pela primeira vez até eu te contar sobre o porão inundado? Nós conversamos, oramos, nos abraçamos, nos beijamos algumas vezes, e daí eu disse: “Adivinha só? Tem água no nosso porão!”
Pode parecer que estou me aplaudindo, mas tudo isso é um trabalho árduo. São decisões que eu tomo, pela força do Espírito Santo, a fim de esperar, manter o controle.
Nancy: E acho que isso é, especialmente, difícil para nós — falando pelas mulheres. Eu tenho certeza que é difícil para os seres humanos em geral. Mas eu diria que é realmente difícil e a nossa tendência (a minha com certeza). . . a minha tendência é simplesmente despejar as notícias negativas e difíceis assim que você entra pela porta, ou assim que você atende o telefone.
O que você está me ensinando na vida real (e eu ensinei isso para outras pessoas!) são os benefícios de parar, pensar, deixar o Espírito tomar o controle e dizer: “Vamos dar um tom positivo para essa situação, vamos construir um ambiente seguro. E vamos lidar juntos com as coisas difíceis, as coisas que precisam ser discutidas”.
Tivemos um momento de tensão entre a gente na noite passada, coisa bem rápida. Tinha a ver com a nossa garagem. Você esperou, jantamos, tivemos um tempo de conversa muito especial e, no final do jantar, você disse: “Certo, vamos conversar sobre a garagem”. E conversamos.
Sentamos e conversamos como dois adultos que se amam, que amam ao Senhor e querem servir e abençoar um ao outro. Mas isso exigiu disciplina da sua parte, autocontrole, amor e bondade para dizer: “A gente não vai ficar de pé na garagem no final do dia, bem na hora do jantar. . .”
Robert: Certo. Talvez tenha sido porque nós dois estivéssemos com fome e mal-humorados. . .
Nancy: E você continuou: “. . . e não vamos deixar esse problema tomar o controle”. E aquele desafio virou algo produtivo, ao invés de criar muros e barreiras entre a gente.
Robert: Uma pergunta que eu me faço inúmeras vezes é: “De quem são as necessidades que estou tentando atender?” Se a resposta for “as minhas necessidades”, eu não vou ser uma pessoa de convivência agradável.
Não sou perfeito nisso de jeito nenhum, mas quero que a minha resposta sempre seja: “Quero atender às necessidades da Nancy. Me deixa olhar isso pela perspectiva dela e, se for uma situação que podemos conversar a respeito, vamos esperar o momento certo”.
Ou se a situação estiver completamente fora do nosso controle — se for política, o clima, coisas sobre as quais não podemos fazer nada — vamos esperar o momento certo e não, só porque surgiu uma oportunidade, despejar tudo no ouvido do outro.
Quando a Missy e a Julie eram pequenas (na verdade, por tantos motivos, eu gostaria que elas estivessem aqui, porque elas iriam sorrir e acenar com a cabeça). . . mas quando eram pequenas eu dizia para elas: “Só porque um assunto veio à sua mente, não significa que você tenha que falar dele!”
Nancy: Sim.
Robert: Às vezes você precisa estar aberto, às vezes precisa resolver as coisas o mais rápido possível — não há dúvidas sobre isso. Mas às vezes, se não for prudente, se não for útil, se não for algo que edifique o relacionamento — simplesmente espere.
Nancy: Isso me faz pensar na rainha Ester, no Antigo Testamento.
Robert: Isso aí — é um exemplo perfeito!
Nancy: Pensa numa circunstância terrível — era urgente, exigia uma ação imediata! A ameaça era grande; era real. Não era só ela que estava envolvida; era todo o seu povo — o povo judeu. E ela recebeu esse mandato de ir falar com o rei sobre o assunto. Ela sabia que precisava fazer aquilo. Mas ela também sabia que ele era um homem difícil. Ele era lendário por sua raiva e por perder a paciência — o Rei Assuero.
Robert: E era o marido dela.
Nancy: Eu sou tão grata, meu bem, por não ser casada com aquele homem. Sim, ele era o marido dela. Mas ela foi prudente, sábia, comedida. Ela disse: “Você pode vir jantar comigo esta noite?”
Robert: Que reflexão ótima!
Nancy: E aí eles começam a jantar e ele diz: “O que você quer falar? O que você quer? Eu te dou até metade do meu reino. É seu”. Mas ela não fala tudo de uma vez. Sempre que leio isso, fico impressionada.
Eu sou uma pessoa que fala tudo de uma vez. Quero botar tudo para fora logo! Mas ela espera e diz: “Bem, você pode jantar comigo de novo amanhã à noite?” Ela dá tempo para Deus agir na situação, porque Deus está prestes a enforcar Hamã com as suas próprias estratégias. . .
Robert: Em sua própria forca. . .
Nancy: E ela dá tempo para que o próprio coração dela esteja em boas condições. Ela dá tempo para Deus agir no coração do marido dela; ele passa uma noite sem dormir e toda a história muda. Não quer dizer que ela não vai cuidar do assunto — ela vai. Mas ela está esperando, esperando o tempo de Deus. E Deus faz tudo belo no Seu tempo. A disposição de esperar, de estar quieta, de ficar calada, e quando falamos, fazê-lo com o controle do Espírito Santo — isso faz toda a diferença dentro das quatro paredes de um lar.
Robert: A minha parte favorita é que ela estava orando por ele, porque ela sabia que somente o Senhor poderia preparar o coração dele para o que ela precisava dizer. Ela não estava orando apenas para que ela encontrasse as palavras e a estratégia certa, ela estava pedindo ao Senhor para fazer o que só o Senhor poderia fazer, ou seja, falar ao coração do marido dela. Acho que isso se encaixa perfeitamente no que estamos falando aqui.
Nancy: “O lugar mais importante da terra: Como é um lar cristão e como construí-lo”. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1).
Eu sou muito grata a Robert Wolgemuth — agora um dos meus autores favoritos. É um ótimo livro, mas ele também é um homem que está vivendo, no nosso casamento, as coisas sobre as quais ele fala neste livro.
É um livro cheio de sabedoria prática e bíblica aplicada ao dia a dia. É fácil de ler. Tem histórias ótimas. É bem humorado. Mas, acima de tudo, é contracultural. Ele traz os caminhos de Deus — e eles são tão diferentes dos caminhos do mundo.
Antes de nos casarmos, li esse livro pela primeira vez e, agora, enquanto eu me preparava para essa entrevista, o li mais uma vez e percebi que você continua me ensinando e continuo aprendendo, sendo desafiada, exortada e encorajada a colocar em prática as coisas que desejamos que façam parte da realidade do nosso lar.
Robert: Isso mesmo; obrigado.
Nancy: Estou sendo desafiada pelas coisas que precisam ser cultivadas no meu próprio coração, para fazer com que o nosso lar seja tudo o que Deus quer que ele seja. Sinto uma gratidão imensa por como você está vivendo essas coisas no nosso lar.
Uma das coisas que você diz neste livro que me fez refletir é algo que ouvi meus pais dizerem enquanto eu crescia. A gente pensa na nossa família, pensa em como as outras famílias são. . . e tudo bem ser diferente. Que um lar cristão, por definição, é diferente. O que você quer dizer com isso?
Robert: Isso mesmo. Bem, ser diferente é bom. Seus pais estavam certos. Às vezes, isso é difícil para uma criança. Eu me lembro dessa época. Meus pais eram diferentes dos outros pais. Meu lar era diferente. Eu jogava beisebol no quintal e a minha mãe me chamava para o jantar. E sério, gente, antes de dizermos o “amém” da oração, meus amigos já estavam lá fora de novo.
Eu ficava em casa por uma hora, uma hora e meia. Eu voltava para fora e eles diziam: “O que vocês estavam fazendo lá dentro?” Eu dizia: “A gente estava conversando e fazendo culto em família”. Éramos diferentes. Sabíamos disso. E sabemos que quando você tem doze ou catorze anos, às vezes ser diferente parece algo ruim.
Nancy: A gente se sente estranho.
Robert: É estranho. Isso mesmo. Mas, quanto mais velho você fica e mais oportunidade você tem de definir o ritmo da sua casa como pai, você descobre que ser diferente é muito bom.
Ser igual a todas as outras crianças, ser igual a todos os outros lares que você conhece, não é necessariamente bom. Ouse ser diferente. Meu pai dizia isso. Eu ficava tão cansado de ouvir isso. “Ouse ser diferente”.
Nancy: Você dizia isso para as suas filhas?
Robert: Provavelmente. E elas provavelmente sentiram a mesma coisa.
Nancy: E com certeza elas agora estão dizendo isso para os filhos delas.
Robert: Provavelmente estão. E olha só. . . Agora, chegou a hora delas.
Nancy: Eu me lembro quando dizíamos para os nossos pais: “Mas todo mundo. . .” Por exemplo, não tínhamos televisão, mas todo mundo tinha. E eu lembro que a mentalidade deles era: “Você não é filho dos outros. Você pertence ao Senhor. Este é um lar onde queremos honrar o Senhor”. Não fizemos isso de um jeito perfeito. E você deixa bem claro neste livro que a sua família também não fez tudo perfeitamente. Mas é a disposição de ser diferente e dizer que isso é uma coisa boa.
Na verdade, a Disney soube tirar proveito disso. Eles acham que ser diferente é ótimo. Você morou em Orlando, né? Bem perto.
Robert: Só alguns quilômetros de distância. Na verdade, a Disney é chamada de “O lugar mais feliz da terra”. É o slogan deles. Na verdade, foi daí que tirei inspiração para escrever O lugar mais importante da terra.
Eu fiz uma boa pesquisa sobre a vida de Walt Disney. Ele escreveu que a sua família era diferente. Eles se mudaram de Illinois para Missouri para escapar da correria e das pressões de viver na cidade. Eles se mudaram para Missouri para poderem ser diferentes e sair dessa pressão. Então, essa busca está realmente no DNA da Disneylândia em Pasadena. Esse pessoal decidiu que seria diferente.
Nancy: Você chega a mencionar que Walt Disney disse (acho que foi na abertura da Disneylândia na Califórnia): “Eu quero que as pessoas sintam que estão em outro mundo quando chegam à Disney”.
Robert: Isso mesmo. Que exemplo perfeito! É isso que você quer para o seu lar. Entramos nesse lugar e sentimos que é um lugar seguro. As pessoas se honram. As pessoas se escutam. As pessoas se olham quando estão conversando. Elas falam coisas gentis umas para as outras. Não é igual a nenhum outro lugar.
Quando os seus filhos entram pela porta, eles precisam ter a mesma sensação que algumas pessoas têm quando entram na Disney. “Estou em um lugar diferente. Tô amando isso daqui. Como é bom estar aqui”. É isso que você quer que seus filhos sintam em casa.
Nancy: Bem, talvez alguns pais que tenham levado os seus filhos pequenos para a Disney digam que ele não é o lugar mais feliz da terra. É tudo fantasia.
Robert: Ah, sim. E quando você vai para um desses parques e vê pessoas empurrando carrinhos de bebê, é bem capaz que eles prefiram brincar no parque da pracinha. Preferem o parquinho da praça do que tudo o que a Disney oferece — é estímulo demais. Então, não leve essa analogia longe demais.
Nancy: Mas um lar realmente pode ser um dos lugares mais felizes da terra. Não toda hora, todos os dias. Dá trabalho. É necessário muita graça.
Acabamos de receber uma família aqui no estúdio enquanto estávamos gravando. Fizemos uma pausa curtinha. E lá estavam três gerações: um casal de avós, duas irmãs com seus maridos e filhos.
Foi bem agitado — cerca de uma dúzia de pessoas estiveram aqui por alguns minutos. Mas que alegria ouvir e conversar com aquela família! Eles são diferentes. É uma família muito envolvida com a memorização das Escrituras. Estávamos conversando sobre isso e o impacto de passar essa prática de uma geração para a outra.
É uma família muito divertida. Eles fizeram uma longa viagem de carro, mas não estavam brigando. Tenho certeza de que vão ter que lidar com algumas atitudes e tudo mais, mas eles têm a Palavra de Deus para orientar como tratar disso — e isso faz tudo ser diferente, mas ainda assim é uma experiência muito boa.
Robert: É verdade. É impressionante. Faz diferença, uma diferença muito boa. E não é isso que queremos? E só uma observação rápida: eles não estavam com os celulares. Eles não tinham nada. Eles tinham uns aos outros, como você disse. Estavam recitando as Escrituras que tinham memorizado.
É um investimento que os pais fizeram nos corações dos filhos, que pode até levar décadas para dar todos os frutos. Mas está lá. Eles esconderam a Palavra de Deus no coração. E, porque Romanos 3.23 é verdadeiro, todos nós temos um problema com o pecado. Esconder a Palavra de Deus no coração vai resolver esse problema. É uma promessa. E os pais pagaram o preço para ser diferentes e fazer esse investimento. É uma coisa incrível de ver. É maravilhoso!
Nancy: Você fala neste livro, e também falamos sobre isso no nosso casamento, sobre a importância das palavras, que podem fazer um bem enorme e podem causar danos enormes também. Na verdade, Provérbios diz: “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21).
E você realmente fez disso algo importante na sua família. Era algo importante quando você e a Bobbie estavam criando as suas filhas e é algo importante no nosso lar, hoje.
Robert: É. Tem um filme bobo que vimos quando as meninas eram pequenas chamado Os Três Amigos. Não é um filme que eu recomendaria para estimular o intelecto. É um filme meio pastelão e bobo. Mas tem uma cena em que o vilão, El Guapo. . . sempre me perguntei de onde arrumam atores assim. Pensa no homem mais feio que você consegue imaginar. E eu entendo esse papel, não seria divertido? Mas esse cara, El Guapo, puxa uma arma e atira em um dos atores, e o cara percebe que não era faz de conta. Era real. E ele diz: “Ah, que maravilha! Balas de verdade”.
A gente costumava falar sobre isso. Isso vem do Sermão da Montanha. Os votos. Cada palavra que você fala é um voto. E é uma promessa. As palavras são importantes. Às vezes, olhamos um para o outro e dizemos: “Sim, balas de verdade”. E isso é 100% verdade.
As palavras que você fala são tão importantes. Elas definem o seu coração. Elas revelam aos outros ao seu redor o que realmente está dentro do seu coração. Suas palavras fazem isso.
Nancy: E elas têm um impacto nas pessoas que as ouvem.
Robert: Elas têm. São como balas de verdade. Pode ter certeza. A gente costumava cantarolar na rua: “Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas palavras nunca vão me machucar”. Isso é uma mentira. Está bem longe da verdade, porque as palavras machucam. As palavras penetram. As palavras podem partir um coração.
As palavras encorajam as pessoas. Falamos sobre isso no último programa. As palavras são muito importantes. Como marido e mulher, vocês precisam enfatizar a importância da precisão. Isso é verdade? Isso é realmente verdade? Eu sei que isso soa meio óbvio. Mas com que frequência nos pegamos exagerando ou dizendo algo que sabemos que não é bem verdade? Imagine o quão devastadoras as palavras podem ser.
É tão interessante. Tem uma história que conto de quando eu tinha doze anos e ouvi uma mulher na igreja dizer algo gentil sobre mim para a minha mãe. Eu ouvi sem querer. Então, foi uma aprovação sincera. Eu a ouvi dizendo isso sobre mim. Eu não conseguia acreditar. Lá estava essa mulher maravilhosa, muito conhecida e respeitada em Wheaton, Illinois, onde cresci, e eu a ouvi dizendo algo gentil sobre mim. Ela nem sabia que eu estava ouvindo.
Quando contei para a minha mãe sobre isso muitos anos depois, ela disse: “Quando eu era adolescente, uma amiga me disse que a Sra. Ritteau, a minha professora, disse: ‘Grace é uma boa menina’”.
Nancy: Grace é sua mãe.
Robert: Grace era minha mãe. “Grace é uma boa menina”. Dá para imaginar isso? Uma coisa tão simples. Mas minha mãe foi para o céu aos noventa e quatro anos e isso ficou com ela como uma das coisas mais importantes que ela já ouviu. Alguém falou isso sobre ela. Foi uma aprovação.
Estamos no ramo editorial, e uma das coisas que os autores amam fazer é conseguir recomendações que são impressas na contracapa do livro. É uma terceira pessoa dizendo: “Este livro é bom. É um livro que você deveria comprar e ler”.
O que seus filhos ouvem você dizer sobre eles. . . Na verdade, às vezes é ainda mais poderoso quando eles ouvem você dizendo alguma coisa gentil ou algo favorável sobre eles para outra pessoa.
Eu até descrevo uma cena dessas no livro. Você tem o Charlie, ele tem oito anos e está deitado na cama. O quarto dele é bem ao lado do quarto dos pais; à noite, ele ouve o papai dizer para a mamãe: “Sabe, quero te contar algo sobre o Charlie”. E aí, o Charlie acorda, e ele pensa: “O que será que o papai vai dizer sobre mim?” E ele ouve o papai dizer para a mamãe: “Que menino especial o Charlie é. Como eu sou grato por ter o Charlie na nossa família. Eu amo muito esse menino”.
Agora, me deixa te fazer uma pergunta: isso faz alguma diferença na vida do Charlie? Sim — provavelmente para o resto da vida dele. É o poder das palavras.
Uma das imagens que eu gosto de manter na minha mente é uma cena de tribunal. Você coloca a mão na Bíblia; levanta a outra mão e faz uma promessa. Você faz um voto. E cada palavra que você fala é muito importante. Você está fazendo um voto.
Nancy: Provérbios diz isso várias vezes. Tenho alguns desses versículos aqui comigo. Provérbios 12.18: “As palavras do sábio são remédio”. Provérbios 15.4: “A língua serena é árvore de vida”. Provérbios 16.24: “Palavras agradáveis são como favo de mel, doces para a alma e remédio para o corpo”.
Palavras podem dar vida. E coisas que foram ditas. . . você mesmo ouviu o que essa mulher disse quando você tinha doze anos. As palavras dela moldaram a sua vida.
Robert: Isso mesmo.
Nancy: E, por outro lado, palavras que são lançadas. . . palavras descuidadas, palavras imprudentes. . . Provérbios diz que existem pessoas cujas “palavras precipitadas são como pontas de espada” (Pv 12.18). Dói só de pensar nisso.
Robert: Dói.
Nancy: Mas muitos carregam essa memória pela vida toda. Alguma coisa que alguém disse de forma precipitada, com raiva. “Mas eu não quis dizer isso”. Bem, você pode ou não ter desejado dizer o que disse — embora Jesus diga que as palavras que você fala saem do seu coração. Mas a pessoa que te ouviu, com certeza, pensou que você foi sincera. E isso fica no coração dela.
Robert: Tem uma frase de uma música que fez muito sucesso trinta ou quarenta anos atrás: “Palavras precipitadas ditas com raiva, que desperdício de duas vidas”. Falava sobre um marido e uma esposa brigando.
Outra coisa é. . . Eu amo falar sobre palavras, porque os meus pais diziam que elas eram muito importantes. E eles estavam certos. Quando a Missy e a Julie eram pequenas, decidimos tomar vitaminas juntos. Eu amo vitaminas. Tomo vitaminas todos os dias.
Nancy: É verdade. Sou testemunha! Você me fez começar a tomar também.
Robert: Mas decidimos criar cinco vitaminas que falaríamos. Coisas muito simples. Cinco vitaminas que falaríamos. Missy e Julie estão na casa dos quarenta e têm filhos na adolescência até a casa dos vinte. Mas elas ainda se lembram dessas vitaminas. Se você ligar para uma delas e perguntar: “Qual é a vitamina número três?” Você vai ter uma resposta imediata. A terceira vitamina é: “Me perdoa. Eu estava errada. Você me perdoa, por favor?” Tínhamos cinco vitaminas. Você quer ouvir?
Nancy: Eu quero, sim. Preciso do lembrete.
Robert: Você conhece. Elas estão no livro. A número um é: “Eu te amo”.
Nancy: Amor, você é incrível. Você fala “eu te amo” várias e várias vezes. Enche a gente de vida. Uma das coisas que você me ensinou é que quando você fala essas coisas, o seu coração te segue. É um investimento. Acho que muitas famílias, pais e filhos, casais, simplesmente deixam de dizer essas coisas porque acham que são óbvias.
Você vai levando a vida, fica ocupado. Sou tão grata por você lembrar de repetir isso. Tenho falado “eu te amo” muito mais do que jamais falei na minha vida.
Robert: Eu espero que sim.
Nancy: Isso é um presente. Fortalece um bom casamento, e acho que também pode ser uma cura para famílias em crise. É só começar a falar. Tomar essas vitaminas. Falar essas palavras. No começo, pode ser estranho, fora do normal. Em nosso relacionamento, isso é normal porque sempre foi assim. Mas onde isso não é uma prática, alguém tem que dar o primeiro passo, como você costuma dizer.
Robert: Sim, a sua mente dá o primeiro passo e o seu coração segue atrás. Você toma uma decisão — eu vou dizer, “Eu te amo”.
Nancy: Mesmo que ninguém mais diga.
Robert: Isso mesmo. Não é por isso que você escolhe dizer. Você não está esperando receber algo em troca. Você diz porque acredita. A sua mente dá o primeiro passo e o seu coração segue atrás. Então, sim, “eu te amo” foi a primeira vitamina da nossa família.
A segunda foi: “Eu preciso do seu amor”. Sabe, o perigo das expectativas irrealistas é algo interessante. Acontece em famílias, em relacionamentos. Vocês saem de férias e seu marido tem uma ideia do que ele gostaria de fazer e você tem uma outra ideia, mas ninguém conversa sobre nada. É bem provável que vocês acabem voltando da viagem exaustos.
Nancy: E decepcionados.
Robert: E talvez pior ainda: com raiva. Então, o que você faz é dizer: “Ok, essa aqui é a minha expectativa, é isso que eu quero. O que você acha disso?” Por isso, a segunda vitamina é: “Eu preciso do seu amor”.
E se você perguntasse para a Missy ou a Julie, elas falariam das milhares de vezes que. . . Quando elas tinham catorze anos e estavam começando a descobrir quem eram e enfrentando conflitos na escola, elas falavam, “Eu preciso de um abraço”. Eu consigo até vê-las na cozinha dizendo para mim, “Eu preciso de um abraço. Eu preciso do seu amor”. E sempre foi um prazer atender o pedido delas.
Mas, às vezes, a gente parece que vai se esbarrando, como uma máquina de pinball. A gente não para. Somos como um saco de bolinhas de gude, batendo um no outro. E ninguém fala: “Para. Para. Para. Só preciso de um abraço. Só preciso do seu amor. Só preciso de algum gesto gentil”.
Talvez você diga que, para ser real, tem que ser espontâneo. Bem, nem sempre. Algumas pessoas têm uma necessidade maior disso. Mas, enfim, a nossa vitamina número dois é: “Eu preciso do seu amor”.
Nancy: Isso me faz pensar em como você faz isso no nosso casamento, me ensinando o que comunica amor para você. A gente não planeja isso com um notebook e uma planilha de Excel — a gente conversa. E isso tem me dado mais liberdade para dizer o que comunica amor para mim. Porque queremos fazer isso, queremos ministrar graça um ao outro, mas não sabemos como.
Robert: Sim. A vitamina número três é: “Me perdoa. Eu estava errado. Você me perdoa, por favor?”
Nancy: Não são palavrinhas fáceis de dizer, né?
Robert: E como! É como engolir um daqueles comprimidos grandões. Imagina isso. Eu digo, “Me desculpe. É assim que eu me sinto sobre o que acabei de fazer. Foi errado”." E daí ainda peço uma resposta: “Você me perdoa?”. E é isso, está resolvido. Vitamina três: “Me perdoa. Eu estava errado. Você me perdoa, por favor?”
E daí vem a vitamina quatro: “Posso te ajudar?” Numa casa, tem muito trabalho que precisa ser feito — muita coisa para arrumar, muita louça para lavar, muita coisa para organizar. Muita coisa.
Nancy: O tempo todo.
Robert: Sim, o tempo todo. A gente pode ter acabado de sair da cozinha depois de deixar tudo limpinho. Está tudo impecável e, uma hora depois, já tem alguma coisa suja no balcão, na pia. . . não é verdade? “Posso te ajudar?” Essas palavras são mágicas.
E a verdade é que eu sou preguiçoso. Eu preferiria muito mais que você me dissesse, “Quer um copo d’água?” do que ter que dizer, “Quer um copo d’água?” Certo? É algo inato. Faz parte da nossa natureza pecaminosa.
Eu digo para você, “Posso te ajudar? Posso te ajudar em alguma coisa?” Meu pai costumava dizer: “Filho, procure alguma coisa para fazer”.
Assim como você, eu não tive TV até a sexta série. E quando conseguimos uma TV, ele não me deixava sentar e assistir TV sem fazer nada. Então, aprendi a fazer barra de vestidos para a minha mãe, a passar roupas, a engraxar sapatos. Qualquer coisa que eu pudesse fazer enquanto assistia TV. Eu não podia só sentar e assistir TV. O ponto é que a pergunta “Posso te ajudar?” é uma vitamina familiar de uma importância gigantesca.
Nancy: “Precisa de ajuda com alguma coisa?”
Robert: Sim, isso é importante demais.
Nancy: É ter um coração de servo — e esse é o coração de Jesus. Nunca somos mais parecidos com Jesus do que quando estamos servindo. E, de novo, eu só queria dizer que eu te vejo fazer isso o tempo todo aqui em casa — e não é por ter tempo sobrando, não. Nós dois somos pessoas ocupadas. Tem muita coisa acontecendo nas nossas vidas. Mas você é tão rápido em dizer “Posso fazer alguma coisa para te ajudar?” e perceber o que precisa ser feito e colocar a mão na massa.
Penso em quantas pessoas estão vivendo vidas preguiçosas — maridos ou esposas. Ficam sentados jogando videogames e jogos de palavras. E não tem nada de errado com essas coisas, a não ser que tenham coisas que precisam ser feitas. A preguiça pode enfraquecer, de verdade, uma família. Mas contribuir, ajudar, ser ativo, não ser ocioso, é bom para a alma, mas também é bom para tornar esse lar um lar cristão, um lugar feliz.
Robert: E falando em relacionamentos, uma das coisas que mais amo fazer por você, Nancy, é antecipar o que você precisa.
Nancy: Você é incrível nisso.
Robert: Talvez seja um jogo. Eu amo me desafiar com as palavras do meu pai, “Procure alguma coisa para fazer”. Então, se eu ouço você fungar. . .
Nancy: O lencinho de papel já está lá na minha mão antes mesmo de eu perceber que estou fungando.
Robert: E é uma coisa pequena.
Nancy: Mas isso comunica atenção. Comunica cuidado. Comunica que sou valorizada. De novo, consigo até ouvir esposas pensando: “Eu daria qualquer coisa para ter um marido que fizesse isso”. E o desafio para o meu próprio coração e o desafio para o seu coração é ser esse tipo de pessoa. Se torne essa pessoa. Seja a pessoa que diz: “Posso fazer alguma coisa para te servir?"
Eu sei que muitas mulheres sentem que fazem todo o trabalho pesado, ou a maior parte do trabalho pesado em casa. É aí que precisamos nos lembrar que servir é um privilégio. É uma maneira de honrar o Senhor e honrar uns aos outros. E, com o tempo, isso gera relacionamentos mais saudáveis.
Talvez chegue um momento em que você precise ter uma conversa com seu parceiro e falar sobre a necessidade de reajustar as prioridades. E nós já fizemos isso algumas vezes. Ambos passamos por períodos de prazos malucos quando precisamos ajudar um ao outro. “Como posso ajudar a aliviar a sua carga? Como posso deixar a sua carga mais leve?”
Não é só pensar: “Tá bom, ele cuida daquelas coisas ali e eu cuido dessas outras coisas aqui”. Estamos contribuindo juntos para edificar um relacionamento e um lar.
Robert: Sim. E isso leva a gente de volta à vitamina número dois. Não tem nada de errado em ter uma conversa com o seu parceiro e dizer: “Eu esperava mais ou menos isso aqui. Essa era a minha expectativa, e não aconteceu assim. Só queria que você soubesse. Eu não queria guardar isso para mim e deixar de compartilhar com você. Mas queria que você soubesse que o que você disse outro dia me magoou muito”.
Você não está julgando ninguém. Você não está dizendo: “O que você disse foi idiota”. Está dizendo: “Eu me senti desse jeito”.
Ouça uma coisa muito importante. De novo, a Missy e a Julie podem te dizer que eu falei isso muitas vezes. Relacionamentos que se deterioraram geralmente foram comprometidos pelo que não foi dito, e não pelo que foi dito. O silêncio não é ouro — não em uma família.
Então, eu encorajo vocês a usar palavras. Na verdade, a maior parte da comunicação é não verbal. O olhar no rosto do seu parceiro, a posição do corpo dela enquanto você fala com ela, ou o jeito que ele coloca as mãos na cintura; essas coisas comunicam mais do que palavras. Mas use suas palavras. É muito importante fazer isso.
Não perca a oportunidade de explicar as suas expectativas, de expressar, sem acusações, os seus sentimentos e pensamentos e de encorajar. Então, a quarta vitamina é, “Posso te ajudar?” E a quinta é: “Obrigado”.
Nancy: Uma palavra importantíssima.
Robert: É mesmo. Gratidão. Eu não sei o que vai estar gravado na minha lápide, mas a minha esperança é que diga algo do tipo: “Ele tinha um coração grato”. Eu nunca quero me esquecer. Eu acordei hoje de manhã. Eu estava vivo. Que coisa bacana. Eu ouvi os passarinhos cantando lá fora. Isso é maravilhoso. O café estava delicioso. Isso é incrível. Eu passei tempo com a Palavra. Passei tempo diante do Pai, de joelhos. Minha esposa desceu as escadas; ela é linda. Acho que você a conhece.
Nancy: Obrigada, querido.
Robert: Eu me sentei na beirada da cadeira, a abracei, a segurei e disse o quanto a amo. Tem tanta coisa para agradecer. E, às vezes, esperamos pelas coisas boas e apontamos as coisas ruins. A gente se torna revisor de tudo e esquecemos de dizer: “Sabe, a maioria das palavras que você escreveu aqui estão corretas”.
Nancy: Exatamente. Perceber as pequenas coisas e expressar gratidão por elas. Elas fazem falta. Elas fariam muita falta se não as tivéssemos. Precisamos ser gratos, não só ao Senhor, mas também dizer um ao outro: “Obrigada por fazer isso”.
E, querido, acho que estamos criando um bom hábito. Eu nunca quero que cheguemos ao ponto de deixar de perceber o que acontece ao nosso redor ou deixar de perceber as pequenas coisas e dizer “obrigada”. Não leva muito tempo ou esforço, mas exige que a gente seja intencional. Fazemos isso verbalmente. Fazemos isso escrevendo bilhetes e cartinhas.
E, sim, não faz muito tempo que estamos casados. Mas mesmo para os casamentos mais longos, as famílias que existem há anos. . . Acho que muitas daquelas conversas que criam um ambiente negativo e doloroso no lar poderiam se beneficiar muito se algumas dessas pequenas mudanças fossem feitas. Apenas comece a dizer: “Obrigada”. Reconheça e expresse apreço pelas coisas que aconteceram, que são presentes do Senhor e da nossa família.
Robert: Isso é verdade. E, às vezes, palavras escritas são tão poderosas quanto palavras ditas.
Nancy: E, no nosso caso, às vezes, em um guardanapo ou post-it.
Robert: Ou esta semana. . . Eu estava viajando. Fui para Nova York. Abri a minha Bíblia de um ano na data do dia e tinha um post-it amarelo da minha esposa na página. Você sabia, é claro, qual seria o dia em que eu estaria fora de casa, sozinho em um hotel. E eu abri a minha Bíblia de manhã cedo, e lá estava o bilhete — um bilhete escrito à mão, pela minha esposa, me agradecendo por separar um tempo para estar na Palavra.
Agora, qual é o preço disso? É um presente muito valioso. Foi uma decisão que você tomou. Talvez você nem estivesse com vontade de fazer isso. Talvez você estivesse cansada. Digamos que você provavelmente estava quando escreveu aquele bilhete. E você poderia ter dito: “Ah, ele sabe que eu amo ele”. E eu sei. Eu sei que você me ama. Eu não li aquele bilhete e pensei, “Ufa! Que alívio saber que a Nancy me ama”. Mas foi um lembrete precioso, cedinho de manhã — na escuridão da manhã, em um hotel numa cidade movimentada — um lembrete precioso de que minha esposa me ama, e ela registrou isso por escrito. Foi um grande presente. Então, obrigado por fazer isso.
Nancy: Bem, de nada. E eu te amo mesmo. Uma das coisas que te digo quase todos os dias desde que nos casamos: “Eu te amo mais hoje do que ontem”. E eu nunca quero parar de dizer isso. Obrigada por dar o primeiro passo e liderar o caminho para nos mostrar como edificar um lar cristão.
Raquel: Nancy e Robert Wolgemuth conversaram sobre O lugar mais importante da terra — os nossos lares. Eles nos ajudaram a entender quais devem ser as nossas prioridades e perspectiva ao administrarmos os nossos lares. Se você perdeu o episódio de ontem “Construindo um lar cristão”, te encorajamos a buscá-lo no nosso arquivo de podcasts em avivanossoscoracoes.com ou ouvi-lo em nosso canal do YouTube. Você certamente será abençoada!
Mesmo que você coloque em prática tudo o que Robert e Nancy acabaram de falar e faça tudo ao seu alcance para cultivar um ambiente doméstico amoroso e piedoso, você nem sempre pode controlar o resultado. Às vezes, os filhos se afastam, resistem a Deus e rejeitam a Sua influência em suas vidas.
No Aviva Nossos Corações, acreditamos no poder da Palavra de Deus para sustentar famílias enquanto elas esperam pela volta dos seus filhos pródigos. E acreditamos também no poder da oração para fortalecê-las nesse período. Então, movidos pelo desejo de servir essas famílias, estamos divulgando o nosso desafio de oração de 30 dias “Enquanto você espera pelo seu pródigo”. Nele, você vai percorrer quatro passagens das Escrituras, passar tempo em oração e considerar questões que vão te ajudar a aplicar a verdade de Deus à sua situação específica.
Você pode adquirir a sua cópia digital em avivanossoscoracoes.com, na aba “Livros/Livretos”, com uma doação de qualquer valor. Também em nosso site, você pode se inscrever para participar do desafio por e-mail. Você receberá o conteúdo de cada dia diretamente na sua caixa de entrada, começando no dia em que se inscrever. Não deixe de participar!
Nancy: Como foi divertido ter o meu querido marido, Robert, como convidado nesses dois últimos dias. Amanhã, no Aviva Nossos Corações, vamos começar uma série nova e muito especial sobre o livro de Ester, que terá duração de 15 dias! A cada episódio, vamos explorar a incrível jornada de uma mulher que foi poderosamente usada por Deus para abençoar o povo judeu. Você não só será encorajada a confiar na providência divina, mas também será desafiada a render a sua vida à soberana vontade de Deus!
Raquel: Uhuuul, mal posso esperar! Amada, não deixe de nos acompanhar. Volte amanhã para estar com a gente aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.