
Dia 2: O ponto de partida correto
Raquel: Não é incomum ouvir as pessoas falarem sobre a importância do amor.
Dr. Christopher Yuan vai nos ajudar a esclarecer o pensamento sobre os conceitos populares de amor.
Dr. Christopher Yuan: Deus é amor. Mas quando dizemos “só amor”, não estamos dizendo que Deus é amor. Estamos dizendo que o amor é Deus, porque o amor, definitivamente, deve ser a forma como somos conhecidos. Mas o amor não deve ser um fim em si mesmo. O amor deve ser um meio para um fim. Em outras palavras, nós amamos as pessoas para levá-las a Cristo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações. Nossa apresentadora é a autora de Mentiras em que as Mulheres Acreditam e a Verdade que as Liberta, Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Talvez você conheça alguém que esteja vivendo em uma “terra distante”, …
Raquel: Não é incomum ouvir as pessoas falarem sobre a importância do amor.
Dr. Christopher Yuan vai nos ajudar a esclarecer o pensamento sobre os conceitos populares de amor.
Dr. Christopher Yuan: Deus é amor. Mas quando dizemos “só amor”, não estamos dizendo que Deus é amor. Estamos dizendo que o amor é Deus, porque o amor, definitivamente, deve ser a forma como somos conhecidos. Mas o amor não deve ser um fim em si mesmo. O amor deve ser um meio para um fim. Em outras palavras, nós amamos as pessoas para levá-las a Cristo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações. Nossa apresentadora é a autora de Mentiras em que as Mulheres Acreditam e a Verdade que as Liberta, Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Talvez você conheça alguém que esteja vivendo em uma “terra distante”, por assim dizer, como o filho pródigo na história que Jesus contou. Há um momento lindo nessa parábola. Ele tinha desperdiçado todo o seu dinheiro e estava trabalhando em um emprego miserável e imundo cuidando de porcos — algo que nenhum bom rapaz judeu jamais faria.
A frase que estou pensando está no versículo 17 de Lucas, capítulo 15. Diz: “Caindo em si.” Esse foi o começo da grande virada daquele filho.
Bem, esse é o momento pelo qual tantos pais de filhos pródigos estão orando: “Senhor, traga meu filho (minha filha, meu neto) à razão.”
E, infelizmente, uma área comum hoje em que muitos pródigos se perdem e precisam voltar à razão é toda essa área do gênero e da sexualidade.
O convidado de hoje dedica sua vida e ministério a ajudar as pessoas a voltarem à razão, assim como Deus o trouxe à razão muitos anos atrás. Aqui está Dannah Gresh para apresentar nosso convidado.
Dannah: O Dr. Christopher Yuan teve uma conversão dramática: de um homem gay e agnóstico, que colocava sua identidade em sua sexualidade, a professor de Bíblia no Instituto Bíblico Moody, que coloca sua identidade somente em Cristo. Ele esteve conosco ontem e esta foi a sua afirmação. Ele está aqui novamente para compartilhar uma análise profundamente centrada no Evangelho sobre sexo, desejo e relacionamentos. Bem-vindo de volta, Christopher.
Christopher: Oh, muito obrigado por me receber novamente, Dannah.
Dannah: Ah, nós estamos muito felizes.
Um tempo atrás você mencionou que havia recebido um livro de um pastor ou leigo que defendia que a homossexualidade não era condenada pelas Escrituras. Você pegou aquele livro, colocou-o ao lado da Bíblia e decidiu que queria basear sua decisão sobre a verdade da homossexualidade somente nas palavras da Bíblia.
Eu quero saber: o que você encontrou na Bíblia sobre a homossexualidade?
Christopher: Isso é o que é tão incrível sobre o Espírito Santo e como Ele nos convence, porque eu sabia que queria que aquele livro fosse verdade — tudo dentro de mim queria. . . Era a minha carne que dizia: “Ótimo! Agora eu posso ter o melhor dos dois mundos!”
Eu nem sei exatamente o que foi. . . Bem, na verdade foi o Espírito Santo, realmente, que me fez, de certa forma, me encorajou a não apenas ler o livro, mas a ter a Bíblia ao meu lado.
E, enquanto eu lia, percebi: “Sabe, na verdade, isso é só uma história.” Eu estava lendo o livro, e sempre que o autor mencionava um versículo da Bíblia, eu não aceitava apenas a palavra dele. Eu pegava a Bíblia e verificava. Eu sempre brinco que eu tinha muito tempo livre. (risos)
Dannah: Porque, naquela época, você ainda estava na prisão, não é? Essa é a piada?
Christopher: Eu ainda estava na prisão, sim. Eu tinha muito tempo livre. E sempre que o autor mencionava uma passagem bíblica, ou às vezes apenas um versículo, eu ia até a Bíblia e lia a passagem inteira. E quase todas as vezes eu dizia: “Não é isso que a Bíblia está dizendo.”
Quando você lê tudo no contexto, o parágrafo inteiro, o capítulo inteiro, ou até o livro, não era isso que Paulo estava dizendo, não era isso que Moisés estava dizendo.
E eu fui lendo. Devolvi o livro ao capelão e me voltei somente para a Bíblia. Não é verdade que nós queremos negociar com Deus? Queremos ter tudo. Queremos o mundo e queremos Jesus. Colocamos Jesus na prateleira junto com todos os outros ídolos que temos. É isso que a nossa carne, nossa natureza humana, deseja.
Enquanto eu buscava nas páginas das Escrituras, eu fui da capa à contracapa várias vezes. . . porque eu tinha muito tempo. Eu não encontrei nada. Eu estava tentando me convencer do seguinte: “Vamos só deixar esses seis versículos de lado (o que, na verdade, não podemos fazer, mas vamos deixá-los de lado). Vamos ver se existe algum versículo na Bíblia que realmente promova, defenda ou afirme um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.”
Eu percorri toda a Bíblia. Não havia nada nas Escrituras. Na verdade, a Bíblia inteira promove o sexo dentro do casamento entre um homem e uma mulher.
Muitas, muitas vezes, as pessoas chamam esses seis trechos da Bíblia que falam sobre a homossexualidade, chamando-a de pecado. Três no Antigo Testamento. Três no Novo Testamento: Gênesis 19, Levítico 18, Levítico 20. E, no Novo Testamento: Romanos 1, 1 Coríntios 6, 1 Timóteo 1.
Além disso, temos também Judas. Então poderiam ser sete. Mas vamos nos ater aos seis. Muitas vezes as pessoas se referem a esses textos de “passagens que ferem”. Aqui está algo importante sobre esse termo equivocado de chamar esses seis trechos de “passagens que ferem”: quando chamamos qualquer versículo da Bíblia, a Palavra de Deus, de uma “passagem que fere”, nós, na verdade, não entendemos o Evangelho. Deixe-me mostrar alguns outros versículos que poderiam ser chamados de “passagens que ferem”.
Que tal este: “Não há ninguém que busque a Deus.” Esse é um versículo bem forte, Dannah.
Ou este: “O salário do pecado é a morte.” Eu diria que esse poderia ser chamado de “passagem que fere”, se não entendêssemos o Evangelho. Porque, qual é a continuação desse versículo que Paulo diz? “Porque o salário do pecado é a morte, mas. . . ” Eu amo quando a Bíblia diz “mas” — mas Deus. . . mas Jesus. “. . . mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.”
Não podemos chamar realmente isso de “passagem que fere”, se entendermos a passagem completa. Por exemplo, 1 Coríntios 6: “Não se enganem, nem imorais, nem idólatras. . . ” e a lista continua. É uma lista longa que, para ser honesto, inclui todos nós.
Se parássemos por aí, talvez pudéssemos chamar isso de “passagem que fere”, se isolássemos do restante das Escrituras. Mas precisamos ler o versículo seguinte, que diz: “Tais fostes alguns de vós.” Esse é um dos meus versículos favoritos em toda a Bíblia — “tais fostes.”
Qual é o tempo verbal de “fostes”? É o passado. “Alguns de vocês eram assim. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (v. 11)
Portanto, não há versículo na Bíblia que seja uma “passagem que fere.” Todos eles apontam para quem nós somos — pecadores — e para quem Deus é — o Salvador de pecadores. E isso, Dannah, é uma boa notícia. Isso é, na verdade, uma notícia maravilhosa!
Eu estava lendo os versículos e pensei: Vamos deixar esses versículos de lado (o que não podemos fazer). E pensei: Vamos ler o resto da Bíblia. E eu percebi: Uau! A Bíblia realmente enfatiza o casamento. Isso não é algo trivial em que podemos concordar ou discordar.
Temos Gênesis 2 começando com um casamento.
Temos Apocalipse 19, que é a ceia das bodas do Cordeiro.
Temos o primeiro milagre de Jesus em Caná — o casamento em Caná.
Há tantas metáforas ao longo das Escrituras sobre o casamento — o marido e a esposa. E Jesus, quando Ele é questionado sobre o divórcio em Mateus 19 e Marcos capítulo 10, vemos que os fariseus queriam arrastar Jesus para aquele argumento quando estavam discutindo sobre a lei, a lei de Moisés: “Pode-se divorciar da esposa por qualquer motivo?”
Alguns diziam: “Sim. Se minha esposa queimar o jantar, minha refeição, eu poderia me divorciar dela.”
E outros rabinos diziam: “Não. Isso é ridículo. Não. Só em caso de imoralidade sexual.”
Eles estavam discutindo sobre o que Moisés quis dizer com esse certificado de divórcio que é encontrado na Lei.
Jesus sabia, sendo Deus, que eles estavam querendo arrastá-Lo para aquela discussão, porque eles poderiam então debater e puxá-Lo para um “sim” ou “não”. Assim, poderiam apresentar um argumento para cada lado. E Jesus percebeu: “Eu não vou cair nessa.”
Ele voltou para algo que é, na verdade, a base da Lei, que é a criação. Ele voltou a Gênesis 1 e Gênesis 2, e Ele disse: “O Criador os fez homem e mulher” (isso está em Gênesis 1.27), “e os dois se tornarão uma só carne. O que Deus uniu, o homem não separe” (isso está em Gênesis 2.24).
O que Jesus estava fazendo não era apenas ensinando sobre por que o divórcio é errado (isso vem de Gênesis 2: “Os dois se tornarão uma só carne”).
Mas Ele trouxe algo que pode parecer extremamente difícil para alguns, mas Jesus nunca faz nada sem propósito. Ele mencionou Gênesis 1.27: “Deus os fez homem e mulher.”Por que Ele fez isso? Porque Ele não estava apenas ensinando sobre o divórcio, mas estava ensinando sobre a definição de casamento. Não existe casamento fora da relação entre homem e mulher, marido e esposa. E se temos um problema com isso, temos um problema com Jesus.
Dannah: Eu amo que Jesus faz isso. Ele não recorre às passagens do tipo “não farás”, as chamadas “passagens que ferem,” como você diz. Ele poderia ter feito isso. Ele definitivamente poderia ter feito. Ele conhecia essas passagens. Ele cresceu como menino aprendendo as leis de Levítico. E ainda assim, Ele diz: “No princípio,” e volta ao que o Designer definiu como verdade sobre nós, como homens, como mulheres, como seres sexuais. Que resposta linda de Jesus.
O que você diria para as pessoas que vêm até você acreditando nos livros que dizem que você pode ser gay e cristão? Ser gay e cristão é um paradoxo?
Christopher: Na verdade, em cada situação em que vi pessoas fazendo isso, é a maneira como elas definem as coisas que, muitas vezes, muda a mente. O que vejo, de fato, como questão central, é que essas pessoas rejeitam a verdade de Deus sobre a sexualidade. Elas rejeitam a sexualidade bíblica.
Em todas as situações em que vejo pessoas rejeitando a sexualidade bíblica e ainda afirmando serem cristãs, o que percebo como a questão principal é que elas não têm mais uma visão elevada das Escrituras.
E elas podem até discordar: “Não. Eu tenho uma visão elevada das Escrituras.” Mas quando você realmente investiga e observa sua hermenêutica, você percebe que elas não têm uma visão elevada do Antigo Testamento, como Jesus tinha. Jesus e os escritores do Novo Testamento tinham um respeito muito grande pelo Antigo Testamento. Eles não diziam apenas: “Ah, nós não seguimos mais isso.” Eles sabiam que, obviamente, algumas coisas foram cumpridas em Cristo, mas não podemos descartar a verdade de Deus.
Portanto, o que precisamos encorajar as pessoas é ajudá-las a ver isso. Quando alguém tem uma visão baixa das Escrituras, e não compreende completamente a verdade de Deus — especialmente como articulada por Jesus e os apóstolos no Novo Testamento — isso muda tudo.
Por exemplo, os apóstolos afirmaram muitas coisas do Antigo Testamento. O maior mandamento vem de Deuteronômio 6. O segundo maior mandamento também vem do Antigo Testamento.
Muitos cristãos sabem que o maior mandamento vem de Deuteronômio 6. Mas muitos, muitos cristãos não sabem de onde vem o segundo maior mandamento, “Ame o seu próximo como a si mesmo.” Ele está em Levítico 19.
Por que isso é significativo para essa discussão sobre a homossexualidade? Porque as duas condenações mais fortes contra a homossexualidade estão em Levítico 18.22 e Levítico 20.13.
Muitas vezes, as pessoas simplesmente descartam esses versículos e argumentam: “Nós não seguimos isso. Isso está em Levítico. E até mesmo essa porção das Escrituras, capítulos 18, 19 e 20, não seguimos mais.”
Bem, se quisermos eliminar essas proibições importantes contra relações homossexuais, também precisamos eliminar Levítico 19, que está entre esses dois versículos. E isso eliminaria o segundo maior mandamento, “Ame o seu próximo como a si mesmo.”
E, em última análise, quando um indivíduo tem essa visão baixa das Escrituras, sabe o que isso muda? Isso muda o Evangelho e muda quem Jesus é.
Quando abordamos isso, dizendo que o cristianismo é sobre “lutar pelos marginalizados”, é isso mesmo? Nós lutamos pelos marginalizados, mas esse não é o único propósito pelo qual Jesus veio. Porque, se fosse, Jesus não precisaria morrer na cruz apenas para lutar pelos marginalizados.
É por isso que isso não apenas muda o Evangelho, mas muda a natureza de Jesus. Porque Jesus deixa de ser Aquele que nos reconcilia com Deus por meio da Sua morte na cruz, que satisfaz a ira de Deus. E Jesus passa a ser apenas uma pessoa boa, um exemplo de como devemos lutar pelos marginalizados.
Jesus não é apenas um exemplo. Ele é o nosso Salvador.
Dannah: Você disse algo que acendeu um fogo no meu coração há pouco, quando você apontou a proximidade de “Ame o seu próximo como a si mesmo” em Levítico com aqueles versículos que são advertências contra nossos pecados sexuais. Essa proximidade provavelmente não foi acidental.
Christopher: Exatamente.
Dannah: Porque sinto que muitas vezes, quando falamos sobre o que é verdade e o que é certo, há muitos cristãos fazendo isso sem amar e sem bondade. Fale sobre isso.
Christopher: Sim. Muitas vezes ouvimos pessoas dizendo: “Sabe, meu trabalho é apenas amar.” E muitas vezes isso acaba virando: “Meu trabalho não é julgar.”
E, para ser honesto, isso é uma interpretação errônea do que Jesus diz quando Ele diz: “Não julguem.” Porque Jesus também diz: “Não julguem pelas aparências, mas julguem com um julgamento reto.” Isso está em João 7.24.
Quando lemos toda a Bíblia de forma canônica, e eu acho que isso é um aspecto-chave não apenas para entender esses versículos sobre a homossexualidade, mas como interpretamos a Bíblia como um todo.
Leitura canônica significa que estou lendo, por exemplo, Isaías à luz de Gênesis, à luz de Atos, à luz de Apocalipse. Ler a Bíblia canonicamente significa que não estamos apenas lendo à luz do contexto literário (o que significa os versículos e capítulos ao redor), não apenas à luz do contexto histórico, como o que estava acontecendo no momento em que foi escrito, mas à luz de todo o cânon. Esse é o contexto canônico. Estou lendo à luz de toda a Bíblia porque a Escritura interpreta a Escritura.
E quando lemos um versículo como “Não julguem”, precisamos lê-lo à luz de todos os outros versículos da Bíblia. Portanto, realmente precisamos julgar, mas julgar corretamente.
Mas as pessoas dizem: “Meu trabalho não é julgar”, o que não é correto. Somos chamados a julgar. Somos chamados até a julgar os anjos. Somos chamados a julgar o mundo, como Paulo diz em 1 Coríntios, mas somos chamados a julgar corretamente.
E aqui está o aspecto no qual quero focar: onde se diz que sou chamado apenas para amar.
Bem, aqui está o problema: eu não tenho problema com o amor. Mas existem duas coisas: primeiro, como definimos o amor? Segundo, meu problema está na parte do “apenas.”
Definitivamente somos chamados a amar. Deus é amor. Mas quando dizemos “apenas ame", não estamos dizendo que Deus é amor. Estamos dizendo que o amor é Deus, porque o amor definitivamente deve ser como somos conhecidos — isso é bíblico. Isso é o que a Bíblia ensina. Mas o amor não deve ser um fim em si mesmo. Eu não “apenas amo” simplesmente. O amor deve ser um meio para um fim.
Em outras palavras, amamos as pessoas até Cristo. Cristo deve sempre ser o nosso tudo em tudo. Na série de vídeos que produzi, toda lição eu termino com isso: agora vá e siga Jesus. Eu explico o que isso significa. Jesus realmente define o que significa ser um seguidor de Cristo. Ele diz: “Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.” (Lucas 9.23)
Na verdade, na primeira lição da série de vídeos, faço uma espécie de catecismo, nesse sentido. Foi assim que todos criávamos os filhos ao longo dos milênios. Esses catecismos são perguntas e respostas, perguntas e respostas.
A primeira pergunta foi: qual é o objetivo final quando se trata de sexualidade? E a resposta — puxando de alguns outros catecismos e confissões — o objetivo final quando se trata de sexualidade é glorificar a Deus negando-se a si mesmo, tomando a sua cruz e seguindo a Jesus.
Veja, Jesus deve ser sempre o objetivo final. O amor não salva. Jesus salva.
Precisamos ser muito claros. Na verdade, não só temos o segundo maior mandamento, que está entre esses dois versículos que falam sobre pureza sexual e, especificamente, a proibição contra relações homossexuais, mas muitas vezes as pessoas não sabem o contexto.
Os judeus do primeiro século, os cristãos do primeiro século, eles definitivamente sabiam o contexto, porque provavelmente tinham o Antigo Testamento decorado. Eles conheciam o Pentateuco, a Torá, a Lei, muito, muito bem. Aqui está algo que muitas vezes perdemos quando se trata desse segundo maior mandamento:
Ele fala não só “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Levítico 19.18), mas também temos o versículo anterior a esse, em Levítico 19, versículo 17. Ele diz: “Não guarde ódio no coração contra o seu próximo, mas repreenda-o e não incorra em pecado por causa dele.” Então, na verdade, convencer as pessoas do pecado delas.
E então, o versículo seguinte diz: “Não procure vingança. . . mas ame o seu próximo como você ama a si mesmo.”
Quando Jesus diz “Ame o seu próximo como a si mesmo,” eles sabiam o contexto de que, na verdade, um aspecto de amar o próximo é repreendê-lo para que você não compartilhe da culpa dele. Isso é amor. Na verdade, é não amar permitindo que as pessoas pequem ou simplesmente aceitar o pecado delas. Claro, não vamos bater nas pessoas. Não estou dizendo isso. Não devemos ficar o tempo todo apontando o dedo.
Minha mãe, ela não. . . Eu nem me lembro dela dizer: “Você está vivendo em pecado. Você vai para o inferno.” Ela nunca disse isso. Mas eu sabia o que ela pensava em relação à sexualidade. Eu sabia disso. Ela não precisava ficar me lembrando disso. Suas ações eram claras de que ela estava me amando até Cristo.
Esse é o nosso objetivo final. Isso realmente é o que significa amar o próximo, sermos cheios de graça e cheios de verdade. Não graça à custa da verdade, nem verdade à custa da graça. Mas cheios de graça e cheios de verdade.
Dannah: Sim. Nós não equilibramos bem essas duas coisas, não é? Acho que o cuidado para mim é que não devemos apenas amar, mas amar e falar a verdade. Devemos fazer ambas as coisas a partir da nossa identidade em Cristo, certo?
Christopher: Amém.
Dannah: Nancy frequentemente fala sobre se alguém está em uma casa pegando fogo, seria algo muito desamoroso não bater na porta, acordá-lo. Você não vai dizer gentilmente: “Ah, ele está dormindo. Vou deixá-lo dormir tranquilamente.” Você vai bater na porta, quebrar janelas, fazer o que for necessário para que ele acorde e saia daquela casa em chamas.
Christopher: Amém.
Dannah: Mas isso precisa ser feito com a motivação certa. Isso é o mais importante, não é, a motivação certa? Que a sua motivação seja o amor. Não ser apenas estar certo, mas amar a partir da justiça.
Christopher: Amém.
Dannah: Me diga, Christopher, o que você pensa sobre como nós, cristãos, devemos nos aproximar da comunidade gay, que parece estar crescendo a cada dia. Eu conheço muito mais pessoas agora que estão lutando com isso do que eu conhecia há dez, vinte anos. O que é que talvez não entendemos sobre como compartilhar o Evangelho com eles? Como podemos crescer na nossa compreensão?
Christopher: Eu acho que uma das principais coisas que nos, cristãos, erramos quando queremos compartilhar o Evangelho, quando queremos entender melhor o nosso ente querido que se identifica como gay, lésbica ou até mesmo com o chamado de transgênero; o principal problema é como o mundo e nossos entes queridos confundiram sexualidade com quem somos. Precisamos começar por aí. Porque, se tentarmos entrar diretamente dizendo: "Bem, isso é comportamento pecaminoso", como podemos convencer alguém de que isso é comportamento pecaminoso, se eles nem sequer veem isso como comportamento?
O que quero dizer com isso? Se voltássemos vinte e cinco anos atrás, antes da minha conversão, antes de eu conhecer a Cristo, e você me dissesse que isso é pecado, eu não ouviria você dizendo que o que eu estou fazendo é pecado ou que o meu relacionamento ou os desejos que eu tenho são pecaminosos. Eu ouviria você dizer que toda a minha pessoa, da cabeça aos pés, é repreensível, não apenas para você, mas para Deus.
Por isso eu disse ontem, eu não poderia odiar o meu pecado sem odiar a mim mesmo. Precisamos começar por aí. O problema está na essência deles. Eles têm o ponto de partida errado.
E por que isso é tão importante? Por quê? Estou apenas discutindo terminologias ou palavras? Não. Porque como respondemos à pergunta “Quem sou eu?” vai afetar nossos pensamentos. Vai afetar nossas escolhas. Vai afetar nossos relacionamentos. Vai afetar tudo — como vivemos.
Enquanto temos esse maravilhoso desejo de compartilhar com eles o Evangelho, acho que precisamos perceber que o maior obstáculo é que eles confundem completamente que a sexualidade ou a autoimagem deles, seja como eles pensam que são homens ou mulheres, isso foi distorcido pela queda, mas realmente se tornou quem eles são.
E, no final, não estamos apenas apontando para que as pessoas deixem de pecar. Isso é gestão de comportamento. Eu acho que não pecar, isso é um bom objetivo. Mas como alguém pode “ir e não pecar mais” se não conhece a Cristo? Eu sempre quero voltar a Jesus Cristo.
Muitas vezes em nossas abordagens, quando se trata de quebrantamento sexual em geral ou até mesmo nossas abordagens quando se trata de homossexualidade ou transexualismo, pode parecer um pouco como esforço humano e gestão de comportamento. Mas como poderíamos nós mesmos mudar? Como podemos “ir e não pecar mais” se Cristo não estiver habitando em nós?
Para meus pais, quando estavam na minha vida e exerciam o dom espiritual de esperar, esperando Deus trabalhar, estavam muito presentes na minha vida. E, de maneiras muito naturais, mostraram o que Cristo significava para eles. O Evangelho é ofensivo para as pessoas. Eu não gostava de ver a mudança na vida deles. Mas isso foi plantar sementes de que o Evangelho tem poder para mudar vidas.
Por quê? Porque eu vi isso na vida da minha mãe. Por quê? Porque eu vi isso na vida do meu pai. Eu não deixei de buscar relacionamentos com pessoas do mesmo sexo porque meus pais me convenceram de que eu estava vivendo em pecado. Não. Eu nunca teria me voltado a Bíblia se não tivesse visto a Palavra de Deus viva na vida do meu pai e da minha mãe. Eu não deixei de buscar relacionamentos do mesmo sexo porque eles me convenceram de que era pecado.
Em vez disso, eles me mostraram algo melhor, e Seu nome é Jesus.
Nosso trabalho é mostrar a um mundo morrendo lá fora — nossos entes queridos não-cristãos, vizinhos, amigos, colegas de trabalho, etc. — que seguir a Jesus não é só melhor, mas seguir a Jesus é o melhor.
Nancy: Estamos ouvindo uma conversa útil entre o Dr. Christopher Yuan e a co-apresentadora do Aviva Nossos Corações, Dannah Gresh. Eles estarão de volta amanhã com mais.
A série de vídeos de que estavam falando é uma série de doze sessões de Christopher chamada Projeto Sexualidade Santa. Foi projetado especificamente para pais assistirem com seus filhos adolescentes. Você encontrará mais informações, explicando como você pode encomendá-la, no link da transcrição do programa de hoje em www.avivanossoscoracoes.com.
Eu mencionei anteriormente que toda a discussão sobre gênero e sexualidade se encontra em uma área em que há muita confusão hoje em dia. Muitos pais e avós estão entrando em contato conosco aqui no Aviva Nossos Corações, expressando a angústia que estão sentindo por causa de um jovem pródigo em suas vidas. Eles anseiam para que aquele a quem amam sinceramente venha a ter o discernimento, assim como o irmão mais jovem fez na história que Jesus contou.
Talvez você também esteja vivenciando esse desejo. Você sente que não pode fazer nada. Bem, isso não é totalmente verdade. Aqui está algo que você pode fazer: você pode orar.
Este mês, no Aviva Nossos Corações, estamos lançando o desafio de orar pelo seu pródigo. Compilamos um conjunto de devocionais e orações para o mês todo para você ler e orar pelo pródigo que você ama. Eu acho que este pode ser um dos desafios mais importantes que já oferecemos, e um que creio que vai ressoar em verdade com muitas das nossas ouvintes.
Existem duas maneiras para você receber esse desafio. Você pode se inscrever, e a cada dia durante o mês de outubro, nós enviaremos um e-mail com a passagem para ler, alguns comentários para refletir e uma oração de exemplo sobre como você pode orar pelo seu pródigo. E que alegria saber que você estará orando junto com milhares de outras pessoas que podem estar em situações semelhantes. O desafio de oração se chama Enquanto você espera pelo seu pródigo. Você pode se inscrever para receber esse desafio de oração por e-mail em www.avivanossoscoracoes.com.
Eu disse que há outra maneira de recebê-lo, e isso é quando você faz uma doação de qualquer valor para o Aviva Nossos Corações. Ficaremos felizes em enviar um PDF que nossa equipe produziu com o mesmo conteúdo, mas com espaço para escrever. É um PDF bonito que acho que será um grande encorajamento para você. Ele contém todas as mesmas informações. Quando você fizer uma doação de qualquer valor, teremos o prazer de enviar essa versão do PDF como nossa forma de dizer “obrigada”.
Novamente, todas as informações sobre a versão por e-mail ou a versão em PDF estão disponíveis em www.avivanossoscoracoes.com.
Bem, como você provavelmente já ouviu, há mais de 81 anos, no dia 6 de junho de 1944, referimo-nos a isso como o Dia D, quando os exércitos aliados invadiram a Normandia. Aquela batalha foi duramente lutada. As baixas foram muito grandes, mas ela provou ser o ponto de virada da Segunda Guerra Mundial.
Nós estamos em uma guerra agora. É uma guerra pelas almas. É uma guerra pelas nossas famílias. E o diabo tem seus olhos voltados para os nossos jovens. Amanhã Christopher Yuan estará de volta para falar mais especificamente sobre como podemos ajudar os adolescentes a ganhar uma compreensão bíblica e uma apreciação de quem Deus os criou para ser, como jovens homens e jovens mulheres.
Mesmo que você não seja mãe de adolescentes, você conhece outras que são, e o Senhor provavelmente traz jovens para sua vida. Espero que você ouça, e talvez Deus use isso para ajudar a mudar os rumos da batalha pela santidade sexual. Por favor, esteja de volta amanhã aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.