Dia 2: Expectativas justas
Raquel Anderson: O pastor Crawford Loritts sente que muitas pessoas na igreja tentam fazer com que o pastor apoie a agenda delas. Mas o que será que aconteceria se os membros da igreja se aproximassem dos seus pastores com a seguinte atitude?
Pastor Crawford Loritts: “Pastor, é isso aqui que está no meu coração. Como posso alinhar isso à minha visão da igreja? Como posso contribuir ao máximo para que a igreja chegue onde ela precisa estar?”
Raquel: Você está ouvindo Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do livreto Vamos à igreja!, na voz de Renata Santos.
Daqui a pouco, você vai ouvir o pastor Crawford Loritts. Ele vai compartilhar coisas do coração de um pastor e também vai te mostrar maneiras práticas de encorajar os líderes que Deus colocou na sua igreja. Mas antes disso, vamos ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth, que vai nos …
Raquel Anderson: O pastor Crawford Loritts sente que muitas pessoas na igreja tentam fazer com que o pastor apoie a agenda delas. Mas o que será que aconteceria se os membros da igreja se aproximassem dos seus pastores com a seguinte atitude?
Pastor Crawford Loritts: “Pastor, é isso aqui que está no meu coração. Como posso alinhar isso à minha visão da igreja? Como posso contribuir ao máximo para que a igreja chegue onde ela precisa estar?”
Raquel: Você está ouvindo Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do livreto Vamos à igreja!, na voz de Renata Santos.
Daqui a pouco, você vai ouvir o pastor Crawford Loritts. Ele vai compartilhar coisas do coração de um pastor e também vai te mostrar maneiras práticas de encorajar os líderes que Deus colocou na sua igreja. Mas antes disso, vamos ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth, que vai nos levar à Palavra de Deus para mostrar porque é tão importante encorajarmos os nossos pastores.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Tem um senhor na minha igreja que foi pastor por muitos anos. Recentemente, estávamos conversando sobre esse tema de como nós, como membros da igreja, podemos demonstrar apreço, apoio e encorajamento aos líderes espirituais das nossas igrejas. Ele me entregou uma lista que ele mesmo escreveu sobre maneiras de desencorajar o seu pastor. Quero compartilhar essa lista com você:
Quinze maneiras de desencorajar o seu pastor:
- Ouça a pregação das Escrituras, mas não obedeça os seus ensinamentos.
- Fique irritada quando um ponto importante da pregação faz o culto terminar cinco minutos mais tarde.
- Comece uma corrente de fofocas.
- Tenha o hábito de chegar cinco ou dez minutos atrasada. (E eu acrescentaria: seja esporádica nas suas idas à igreja. Vá quando der vontade ou quando conseguir acordar as crianças a tempo. Seja esporádica — isso, com certeza, vai desanimar o seu pastor! Aqui vai mais uma).
- Diga ao pastor que o berçário não é sua responsabilidade.
- Seja sutilmente negativa com a maioria das decisões da liderança.
- Durante as férias, vá passear aos domingos em vez de ir à igreja.
- Dê ao seu pastor um salário tão baixo que ele não consiga sustentar bem a sua família.
- Durma com frequência durante a pregação porque ficou acordada até altas horas do sábado.
- Fale com frequência sobre as fraquezas da igreja.
- Nunca diga ao seu pastor que você está orando por ele e pela família dele.
- Quando a liderança mencionar necessidades financeiras importantes, deixe a sua carteira bem fechada.
- Desconfie das intenções do seu pastor.
- Presuma que só existe uma única maneira correta de fazer as coisas — a sua maneira.
- Desaprove verbalmente o novo pastor porque ele faz as coisas de forma diferente da que você estava acostumada.
Agora, essas são formas de desencorajar o seu pastor. Mas nós não queremos desencorajar os nossos pastores; queremos encorajá-los. E esse é o nosso foco nessa série. Estamos observando várias passagens do Novo Testamento nas quais as Escrituras nos ensinam quais são as nossas responsabilidades em relação aos nossos líderes espirituais.
Nós não somos responsáveis por eles serem fiéis ao chamado deles — isso é entre eles e Deus. Esses pastores, esses líderes, vão prestar contas diante do Senhor pela forma como exerceram as suas responsabilidades. E como alguém que ensina a Palavra de Deus, posso dizer que sei como é grandiosa essa responsabilidade, saber que um dia eu prestarei contas diante de Deus. A Bíblia diz que quem ensina será julgado com mais rigor.
Eu carrego esse peso comigo o tempo todo; o peso da responsabilidade de ensinar a Palavra. Acredite que o seu pastor se sinta do mesmo jeito. Mas quer ele se sinta assim ou não, saiba que ele prestará contas a Deus pela sua fidelidade. A nós, cabe sermos obedientes a Deus no que diz respeito à nossa parte, às nossas responsabilidades para com esses líderes.
Hoje, quero que observemos juntas o livro de Hebreus, capítulo 13. Vamos explorar três versículos desse capítulo que falam sobre as nossas responsabilidades para com os nossos líderes. Começando pelo versículo 7. O autor diz: “Lembrem-se dos seus líderes. . .” A Tradução Brasileira diz: “Lembrai-vos dos que vos governam.” As palavras “líderes” e “governantes” podem significar a mesma coisa. “Lembrai-vos dos que vos governam, os quais vos falaram a palavra de Deus, e contemplando o fim do seu procedimento, imitai a sua fé.” (Hebreus 13.7, TB)
Mais uma vez, nesse trecho da Palavra, vemos três responsabilidades dos líderes espirituais. O que eles devem fazer?
- Eles devem liderar, pastorear ou governar o rebanho. Devem ser líderes e servos.
- Devem falar ou ensinar a Palavra de Deus. É responsabilidade deles falar a Palavra de Deus para nós.
- E, por último, devem demonstrar um exemplo de fidelidade e piedade que o rebanho possa seguir.
Eles devem viver uma vida de fé e pureza, devem ser um exemplo para que possam dizer, assim como o apóstolo Paulo disse aos coríntios: “Sejam meus imitadores, como também eu sou imitador de Cristo” (1Co 11.1). Essas são, então, as responsabilidades dos líderes: liderar, ensinar a Palavra e ser um exemplo de fidelidade e piedade que possamos seguir.
E o que nos cabe fazer? Bem, nós devemos nos lembrar desses líderes. Devemos aprender com o exemplo de vida de líderes piedosos. E aqui creio que o texto se refere não apenas aos líderes atuais, mas também àqueles do passado. É por isso que às vezes eu gosto de olhar para trás e lembrar dos líderes que Deus colocou na minha vida ao longo dos anos. Alguns deles já estão com o Senhor, mas eu ainda me lembro deles, me lembro do seu exemplo de vida. Nós devemos imitar a fé deles. Isso significa que devemos imitar as características piedosas que observamos nas vidas daqueles que nos ensinaram a Palavra de Deus.
Sou imensamente grata a Deus pelos pastores que tive ao longo dos anos — homens íntegros, de caráter piedoso. Hoje mesmo, olho para os pastores e líderes da igreja que frequento e penso: “Ali está um exemplo que eu posso seguir. Eu preciso aprender com a vida deles.”
O autor de Hebreus continua, no versículo 8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Não se deixem levar por doutrinas diferentes e estranhas” (Hb 13.8,9). Creio que o contexto maior está dizendo: “Lembre-se que líderes vêm e vão, mas há um líder que permanece o mesmo: Jesus. Ele nunca muda. Confie nele. Siga o exemplo dos seus líderes, mas lembre-se: o Líder dos líderes é Cristo. Deposite a sua esperança nele. Ele é o único que nunca vai falhar com você.”
E é justamente isso que te protege contra se deixar levar por falsos mestres e doutrinas erradas — avaliar tudo o que você ouve à luz do que você aprendeu da Palavra de Deus, fielmente ensinada por ministros da Palavra de Deus.
Agora, vamos pular para o capítulo 13, versículos 17 e 18. Diz assim: “Obedecei aos que vos governam” (TB) ou “aos vossos guias”. Obedecei aos vossos guias (ARA). A Nova Almeida Atualizada diz: “Obedeçam aos seus líderes e sejam submissos. . . pois zelam pela alma de vocês, como quem deve prestar contas. Que eles possam fazer isto com alegria e não gemendo; do contrário, isso não trará proveito nenhum para vocês.”
A aplicação aqui é que os líderes espirituais têm de Deus a responsabilidade de liderar, guiar, governar o rebanho. Eles foram investidos de autoridade por Cristo, que é o Pastor Supremo. Quando lideram, eles representam a Cristo.
A responsabilidade que eles têm é enorme — a responsabilidade de representar bem a Deus, de guiar em Seu nome. Eles terão que prestar contas de como lideram ou governam e da condição espiritual do seu rebanho. Essa é uma responsabilidade pesada. É por isso que precisamos orar por esses homens. Eles prestarão contas da nossa condição espiritual. Eles são responsáveis por zelar pelas nossas almas.
Mas qual é a nossa responsabilidade? Seguir, obedecer aos ensinamentos deles e submeter-nos à liderança e autoridade espiritual deles. Nós também prestaremos contas a Deus por quão bem os seguimos e nos submetemos ao ensino deles.
Daí você pode dizer: “Mas isso parece óbvio, né?” Porém, se você olhar ao seu redor hoje, vai ver muitas igrejas onde as coisas não funcionam assim, onde os membros é que lideram os líderes. A congregação não deveria governar os líderes. Isso não é bíblico.
O que se vê nessas igrejas — grandes e pequenas — é uma congregação que detém o poder. As pessoas são teimosas, cheias de vontade própria. E, em muitos casos, é possível que nem sejam verdadeiros cristãos. Talvez sejam joio no meio do trigo. Na melhor das hipóteses, são crentes carnais. São teimosos, cheios de vontade própria, precisam estar no controle. O pastor e os líderes têm que dançar conforme a música deles. “Você vai fazer isso aqui do meu jeito!”
Mas essa passagem está dizendo: “Deixe os líderes liderarem.” Eles vão ter que prestar contas a Deus. E o que nós devemos fazer? Responder com obediência, responder aos nossos líderes espirituais com obediência, seguir o seu ensino.
É claro que estamos presumindo que o ensino deles é fiel à Palavra de Deus. Não estou falando de obediência cega. Não estou falando de uma seita, em que você segue o seu líder a ponto de beber cianeto e cometer suicídio coletivo. Isso não é bíblico. Líderes espirituais têm a responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus. E nós precisamos ter o hábito de examinar as Escrituras, nos certificando de que, em essência, estamos obedecendo a Palavra de Deus.
Então, presumindo que temos um pastor que está ensinando a Palavra de Deus, nós devemos seguir o que ele estiver nos ensinando. Devemos dar ouvidos ao seu conselho bíblico. Quando seus líderes espirituais estiverem diante de Deus para prestar contas do rebanho que pastorearam. . . Quando prestarem conta da sua vida, como membro desse rebanho, eles vão poder fazer isso com alegria? Eles vão ter que dizer ao Senhor: “Eu pastoreei esse rebanho. Eu dei o meu melhor.” Mas será que vão poder dizer isso com alegria? Ou, para citar as Escrituras, será que vão fazer isso gemendo?
Eles foram incumbidos de zelar pela sua alma. Você está os seguindo de forma que, ao prestarem contas, eles possam dizer: “Senhor, aqui estão as pessoas que o Senhor me deu para cuidar. Eis o rebanho que Tu me deste. Estou trazendo-os para Ti; eles estão em boas condições”?
E você, quando estiver diante de Deus — o que vai acontecer — você vai poder dizer: “Senhor, eu fui obediente à liderança espiritual que o Senhor colocou na minha vida. Os pastores, os mestres, os líderes, os presbíteros, os diáconos, os meus pais, o meu marido”? Você vai poder dizer que seguiu os seus líderes?
Agora, vou repetir mais uma vez: o Líder dos líderes é Cristo. Não estamos falando em obediência cega. Mas é verdade que Deus tem abençoado muitas de nós com líderes espirituais que amam ao Senhor. Eles amam ao Senhor. A pergunta é: Estamos facilitando ou dificultando a missão deles? Estamos apoiando eles? Estamos orando por eles? Estamos “sustentando as mãos” deles? O apóstolo Paulo disse aos tessalonicenses: “Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou a coroa em que nos gloriamos na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não é verdade que são vocês? Sim, vocês são realmente a nossa glória e a nossa alegria!” (1Ts 2.19–20)
Eu quero que os meus líderes espirituais digam isso de mim — que sou motivo de glória e alegria para eles, que sou uma bênção na vida deles, que eu faço com que eles pastoreiem com alegria, que eu os encorajo, que obedeço aos seus ensinamentos e à sua liderança.
Raquel: Você é motivo de alegria para o seu pastor? Nancy está te mostrando como encorajar os líderes da sua igreja. E ela teve uma conversa especial com o pastor Crawford Loritts sobre esse tema. Essa conversa aconteceu em uma conferência para líderes de ministério de mulheres organizada pelo Revive Our Hearts. O pastor Crawford foi um dos principais preletores naquela ocasião. Nancy queria perguntar a ele, em primeira mão, como é ser pastor e como as mulheres podem encorajar os líderes que Deus nos deu.
Embora o pastor Crawford já tenha se aposentado do ministério pastoral, as suas palavras continuam sendo muito preciosas. Aqui está Nancy.
Nancy: Sou tão, mas tão grata pelo ministério do pastor Crawford Loritts, que tanto abençoou os nossos corações neste final de semana. Quis reservar alguns minutos para que ele pudesse nos trazer palavras práticas de encorajamento, sabedoria ou exortação pastoral; palavras vindas do coração de um pastor. Queridas, precisamos ouvir homens de Deus, homens que Deus colocou em posições de liderança espiritual. Hoje temos um deles aqui com a gente.
Pastor, por favor, nos pastoreie com as suas palavras. Primeiro, apenas uma palavra de encorajamento. Na sua perspectiva, qual a diferença que o ministério de mulheres pode fazer, como ele pode abençoar a igreja local?
Pastor Loritts: Ah, a diferença é gigantesca. É tudo o que precisamos como pastores: ver as mulheres da igreja alinhadas com a visão que Deus tem dado à igreja, ter aliados proativos entre as mulheres.
Por mais que a gente tente, existem diferenças reais entre os gêneros. Eu sou pastor, mas também sou homem e preciso de alguém na equipe que me ajude a falar “a linguagem das mulheres”, alguém que me ajude a pastorear o coração das mulheres. Então, o papel do ministério de mulheres é importantíssimo.
O maior presente que você pode dar ao seu pastor e à sua igreja — e pode até parecer clichê. . . mas o maior presente é fazer da oração uma prioridade. Ore pelo seu pastor. Pastores são seres humanos. Temos um milhão de coisas na agenda. Não somos o quarto membro da Trindade. E, às vezes, quando os membros têm uma visão de algum projeto — e eu mesmo já passei por isso, nós temos visões e planos. Mas o problema é que, às vezes, essa visão acaba sendo apresentada de forma desproporcional para o seu pastor.
O que quero dizer é que, às vezes, na cabeça da gente, essa visão se torna a coisa mais importante que a igreja precisa fazer. E daí, o que acontece é que você tenta apresentar essa visão para o pastor e fica achando que ele está na defensiva, resistente — e pode até ser que ele esteja mesmo. Afinal, somos seres humanos. Mas o que você precisa saber é que, quando você sai do gabinete pastoral, tem outros assuntos chegando à mesa do seu pastor. Outras necessidades. Necessidades do ministérios de jovens, de famílias com pais solteiros. . . Muitas demandas diferentes.
Então, pense em si mesma como parte do todo e entenda que o seu papel é contribuir com essa visão maior e não apenas promover o que você está fazendo. Conseguem entender o que estou dizendo? Quando você tem esse tipo de mentalidade, você se torna uma aliada, ao invés de uma porta que fica “rangendo”, pedindo um pouquinho de óleo.
Nancy: Conseguiram entender? Precisam de algum esclarecimento?
Pensando agora no ministério de mulheres da sua igreja — sei que a Karen, sua esposa, também participa ativamente no ministério — quais são algumas formas de nós, como mulheres, “sustentarmos as mãos” dos nossos líderes espirituais, encorajá-los, apoiá-los e abençoá-los?
Pastor Loritts: Acho que a primeira pergunta que você sempre deveria fazer ao seu pastor é: “Pastor, o que está no seu coração?”
Nancy: Em vez de: “Pastor, é isso aqui que está no meu coração?”
Pastor Loritts: Exatamente.
O papel de todo cristão — e eu falo isso também como pastor. . . O papel de todo cristão é ser um bom mordomo da igreja, do lugar onde nos reunimos e da nossa visão, certo? Não podemos fugir disso.
Mas ao mesmo tempo, eu preciso caminhar ao lado das pessoas que Deus chamou para essa igreja, crendo que Deus deu a elas peças importantes para transformar essa visão em realidade. Então, o meu papel como líder é perguntar a essas pessoas: “O que está no seu coração? Como posso tirar as barreiras e os obstáculos que estão no seu caminho?”
É assim que eu vejo o meu papel. Mas é uma via de mão dupla. Você também precisa chegar no seu pastor e falar — vamos dar um passo para trás e pegar uma visão do todo: “Para onde estamos indo como igreja? O que está no coração do senhor? O que está no coração dos líderes? E depois sim: Pastor, é isso aqui que está no meu coração. Como posso alinhar isso à visão da igreja? Como posso contribuir ao máximo para que a igreja chegue onde ela precisa estar?
Muitas pessoas estão procurando um palco para promover o seu próprio ministério, em vez de buscar uma oportunidade para cumprir a missão. Acho que são formas diferentes de pensar. Não creio que exista um pastor em sã consciência. . . Na verdade, é capaz do camarada cair duro se você aparecer com uma atitude dessas: “Ops! De onde saiu isso?”
Não tire conclusões precipitadas, não presuma que o pastor será hostil. É verdade que pastores podem ser inseguros. Pastores podem se sentir ameaçados.
Nancy: E é óbvio que no ministério de mulheres ninguém é insegura, né? (risos)
Pastor Loritts: (Risos) Bem. . . essa daí já é a sua praia.
Nancy: Acho que todos nós somos inseguros, não somos?
Pastor Loritts: Com certeza. Todos nós trazemos as nossas bagagens. Mas sabe, acho que se você investir no seu pastor mais do que exigir as coisas dele, vai acabar se surpreendendo com o aliado que ele pode se tornar para você.
Nancy: Olha, essa é uma frase que vale a pena anotar:
Se você investir no seu pastor mais do que exigir dele, pode se surpreender com o aliado que poderá ter.
No fundo, parece que você está falando de ter um coração de serva, não é?
Pastor Loritts: Exatamente!
Nancy: Foi isso que você compartilhou ontem à noite.
Pastor Loritts: Com certeza! Quando você pensa em causa, você pensa em contribuição, em Reino de Deus — É incrível como você vai se sentir realizada com isso.
Nancy: Temos centenas de esposas de pastor aqui. Eu gostaria que a Karen pudesse estar aqui nesse fim de semana — e ela também gostaria de estar aqui.
Pastor Loritts: Ah, eu também gostaria. Estou nervoso. Estou com medo da Nancy me fazer uma pergunta e eu ter que responder: “Não sei!” (risos)
Nancy: Agora me diga, como as mulheres da igreja — porque muitas de nós lideramos ministérios de mulheres. . . Como as mulheres da igreja podem encorajar e abençoar as esposas de pastor?
Pastor Loritts: Ótimo. Eu diria: baixe as expectativas que vocês têm em relação a ela. É por aí que tudo começa.
Nancy: Acho que ouvi alguns “améns” por aí! (risos) Essa é a realidade de centenas de esposas de pastor, não é?
Pastor Loritts: Agora, quero dizer uma coisa para as esposas de pastor. E, por favor, não interpretem isso como “papo de macho”, tudo bem? Mas preciso dizer: Uma das lições mais importantes que aprendi na vida e na liderança é que as pessoas vão te tratar da forma como você permite que elas te tratem. Não tô falando para vocês serem valentonas, de forma alguma. A minha sugestão é: projetem a forma como vocês esperam ser tratadas pelas pessoas.
Estabeleçam limites saudáveis, e tirem de si mesmas a pressão de terem que corresponder aos dons públicos do marido de vocês. Vocês não precisam fazer isso, necessariamente. Vocês precisam ser livres para fazer aquilo que Deus chamou vocês para fazer. E os maridos precisam deixar bem claro para os presbíteros e líderes da igreja: “Olha, quem foi contratado aqui fui eu, não a minha esposa. Ela não tem a obrigação de ser tudo isso. Deem a ela a liberdade para ser quem ela precisa ser.”
Eu acho que, como líderes de ministérios de mulheres, sinceramente, vocês precisam aceitar a esposa do pastor por quem ela é. Ela não precisa estar no conselho de liderança das mulheres. Apenas aceitem o que ela tem a oferecer. Ela é uma irmã, que, por um acaso, é casada com o pastor.
Acho que todos nós precisamos baixar a bola e deixar de lado essa mentalidade de panelinha na liderança cristã, essa mania de querer encaixar todo mundo no mesmo molde. Vamos parar de colocar sobre as pessoas um fardo que Deus nunca desejou que elas carregassem.
Eu gostaria que os homens estivessem aqui, porque acredito que a solução está, em grande parte, no marido assumir a liderança e dizer para a esposa: “Querida, vai ser quem Deus te chamou para ser. Pedale com todas as suas forças a bicicleta que Ele te deu e não aceite uma bicicleta diferente de ninguém.”
Nancy: Ok, antes do pastor Crawford seguir para o aeroporto e voltar para a igreja dele em Atlanta, temos mil mulheres aqui que servem em suas igrejas locais. Tem mais alguma coisa que o seu coração de pastor gostaria de dizer para a gente?
Pastor Loritts: A única coisa que eu diria é o seguinte. . . Shane Freeman, um dos homens que trabalha na nossa equipe, é um jovem notável, um excelente pregador e líder do ministério de adultos. Ele disse um dia desses: “O maior presente que você pode dar para as pessoas ao seu redor é uma versão saudável e piedosa de você mesmo.” E é isso que eu gostaria de dizer.
Sim, vamos nos certificar de que a gente tem a visão, mas vamos colocar a visão aqui embaixo e a caminhada com Deus aqui em cima. A nossa caminhada com Ele é tudo. E é dessa caminhada saudável com Deus que vão surgir ideias e visão em abundância, e Deus vai te usar de maneiras que você nunca imaginou.
Nancy: Como podemos orar pelos nossos pastores — por você e pelos nossos pastores?
Pastor Loritts: Ser pastor — e não importa o tamanho da sua igreja — eu diria que, se for uma igreja com menos de 500 pessoas, o estresse pode ser ainda mais intenso. . . Sério! Então, não importa o tamanho da igreja, ser pastor é, em certos aspectos, uma tarefa impossível. Por isso, acredito que o que precisamos fazer é orar pela proteção de Deus sobre os nossos pastores. Ore para que ele tenha em mente as prioridades de Deus em tudo o que ele fizer. Ore para que ele dê daquilo que transborda da sua caminhada com Deus.
E ore para que ele possa dar o presente do “não santificado” às pessoas ao redor dele, ou seja, para que ele reconheça e confesse, sem culpa, que tem coisas que ele simplesmente não consegue fazer. Todos nós, pastores, lutamos com isso. Com toda a certeza.
Então, ore por eles — e ore por mim também. Sou pastor e pastoreio uma igreja maravilhosa, absolutamente maravilhosa. Aquele pessoal me ama e eu não sei por que, mas eu amo eles também. É incrível. Deus está trabalhando na nossa igreja, mas somos como qualquer outra igreja. Deus tem muito mais para gente e, nos últimos anos, o meu coração tem ansiado profundamente por um avivamento.
Precisamos romper com esse cristianismo cultural, sair dessa espécie de “fase empresarial” do cristianismo e buscar a realidade da presença manifesta de Deus. Tenho pregado muito sobre isso. Na verdade, esse tem sido o pano de fundo de quase todas as mensagens que tenho compartilhado recentemente.
Então, ore pela nossa igreja. Se a igreja nos Estados Unidos experimentar um derramamento do Espírito de Deus, não se pode sequer imaginar o que aconteceria ao redor do mundo.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth vai estar de volta daqui a pouquinho para orar com a gente.
Essa conversa entre Nancy e o Dr. Crawford Loritts aconteceu alguns anos atrás, quando Crawford ainda estava no ministério pastoral. Ele falou em uma conferência do Revive Our Hearts, especialmente organizada para líderes de ministérios de mulheres.
Espero que você demonstre, de alguma forma, a sua gratidão aos líderes da sua igreja. Se você estiver buscando ideias de como ser abençoada e abençoar a sua igreja local, tenho uma sugestão:
Você precisa ler o livreto de Nancy DeMoss Wolgemuth, Vamos à igreja! Ele está recheado de ideias de como servir e orar pelo seu pastor e a família dele e de como aproveitar ao máximo as suas pregações. E Nancy incluiu um guia de 30 dias de oração pelo seu pastor ao final do livreto!
Para saber como adquiri-lo, visite o nosso site avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Livro/Livretos” ou acesse o link que deixamos na transcrição do episódio de hoje, que você também encontra no nosso site.
Se você já se sentiu tentada a comparar o seu pastor com um pastor famoso, não deixe de assistir o episódio de amanhã, porque Nancy vai nos ajudar a enxergar o perigo desse jogo de comparações. Agora, vamos orar com ela.
Nancy: Obrigada, Senhor, pela Tua Palavra e como ela fala de forma tão prática às nossas vidas. Obrigada novamente pelos nossos líderes. E Senhor, mostra-nos em quais áreas podemos estar falhando em obedecer à Tua Palavra, em quais áreas podemos não estar seguindo o exemplo de vida dos nossos líderes, áreas em que podemos estar em desobediência ou rebelião, fora da autoridade dos nossos líderes espirituais. E Senhor, ajuda-nos a segui-los de tal forma que eles possam prestar contas diante de Ti com alegria, e que nós possamos prestar contas por termos seguido a liderança que colocaste em nossas vidas. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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