
Dia 2: Doação radical
Raquel: Você e eu sabemos que, quando vemos relâmpagos, algo vem a seguir! (som de trovão) Isso mesmo, trovão! Aqui está Randy Alcorn.
Randy Alcorn: Lemos as Escrituras e somos atingidos por aquele relâmpago da graça de Deus que produz o trovão da generosidade. Se o trovão da generosidade não está presente, podemos presumir que o relâmpago da graça de Deus também não está.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com nossa anfitriã Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Bem-vindas novamente ao Aviva Nossos Corações e a conversa maravilhosa que estamos tendo esta semana com o autor e meu amigo de longa data, Randy Alcorn.
Ele escreveu um livro intitulado “The treasure principle” (O princípio do tesouro, em tradução livre). É um livro pequeno, mas cheio de insights profundos sobre como podemos descobrir o segredo de …
Raquel: Você e eu sabemos que, quando vemos relâmpagos, algo vem a seguir! (som de trovão) Isso mesmo, trovão! Aqui está Randy Alcorn.
Randy Alcorn: Lemos as Escrituras e somos atingidos por aquele relâmpago da graça de Deus que produz o trovão da generosidade. Se o trovão da generosidade não está presente, podemos presumir que o relâmpago da graça de Deus também não está.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com nossa anfitriã Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Bem-vindas novamente ao Aviva Nossos Corações e a conversa maravilhosa que estamos tendo esta semana com o autor e meu amigo de longa data, Randy Alcorn.
Ele escreveu um livro intitulado “The treasure principle” (O princípio do tesouro, em tradução livre). É um livro pequeno, mas cheio de insights profundos sobre como podemos descobrir o segredo de dar com alegria! Obrigada, Randy, por se juntar a nós novamente hoje para esta conversa sobre um tema tão querido ao coração de Cristo, mas também ao nosso coração.
Randy: É ótimo estar aqui novamente, Nancy.
Nancy: Randy, estou curiosa: você falou e escreveu tanto sobre o assunto de dar, a graça de dar, a alegria que vem do dar, como dar, e falando particularmente sobre investir nossos recursos em empreendimentos do Reino e no trabalho do Senhor. Você se lembra de como, quando ou por que foi que, no início, você cultivou um coração e um amor por generosidade? De onde veio essa paixão? Você se lembra o que causou o seu interesse nesse tema?
Randy: Na verdade, eu lembro como se fosse ontem. Fui criado em um lar não cristão. Ouvi o Evangelho quando era estudante do ensino médio, aos quinze anos. Comecei a ler vorazmente. Li O Contrabandista de Deus, li O Refúgio Secreto. Li um livro de Richard Wurmbrand chamado Torturado por Cristo, que contava a história dele como pastor na Romênia sendo perseguido, torturado horrivelmente, preso. Quando cheguei ao final do livro, havia um lugar onde você poderia enviar dinheiro para ajudar os cristãos perseguidos.
No fim das contas, aquele lugar era a Voz dos Mártires, mas ainda não tinha esse nome. Aprendi a fazer uma doação online (minha mãe me ensinou como), enviei pagamento para aquela organização pela primeira vez, e continuei mensalmente. Pegava a maior parte do dinheiro que eu ganhava durante as férias—classificando batatas, plantando brócolis e couve-flor e coisas desse tipo—e enviava, e tinha uma alegria incrível! Acontece que meu pai descobriu e ficou muito bravo!
Ele não era cristão. Pensava que eu estava desperdiçando meu dinheiro e que aquilo era algum tipo de golpe, mas minha mãe—que ainda não era cristã—respeitava o fato de que era assim que eu escolhia usar meu dinheiro. E foi assim que a doação realmente tomou conta da minha vida.
Nancy: E enquanto você conta isso, Randy, eu penso comigo mesma, “Isso é uma evidência, uma prova, da salvação genuína!” O fato de Deus ter derramado Sua graça no seu coração, ter transformado sua vida e doado a Si mesmo para você... Parece que você não ouviu um sermão sobre dar. Tenho certeza de que já ouviu muitos desde então.
Randy: Sim.
Nancy: Você já pregou muito sobre isso desde então, mas este é um conceito que é muito claro quando percebemos o quanto Deus fez por nós, do que Ele nos resgatou e como Ele se deu por nós.
E a gratidão e generosidade, essas são as duas coisas que surgem, que jorram, que transbordam dessa graça. Repetindo, como dissemos ontem, se não somos pessoas generosas e gratas, isso deixa em aberto a pergunta: “Eu realmente experimentei a abundante graça de Deus na minha vida, ou eu só tenho religião?”
Randy: Sim. Jesus apareceu para Paulo [chamado Saulo] na estrada para Damasco e disse: "Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo!" E é interessante, por que quem Paulo estava perseguindo? Cristãos. E você diria, “Peraí, Ele não está perseguindo Jesus, está perseguindo os cristãos!”
Mas veja, essa é a identidade que Jesus tem com Seu povo perseguido. E assim, na minha doação para a causa dos cristãos perseguidos, eu estava doando para a causa de Jesus... e eu nem sabia! É, “onde estiver o tesouro de vocês, aí estará também o seu coração.” (Lucas 12.34). E quanto mais eu dava, mais meu coração estava com Jesus e Seu reino.
Nancy: Que lindo!
Randy: Onde há generosidade, há graça; onde há graça, há generosidade. Jesus queria ir até a casa de Zaqueu, e Zaqueu acaba dizendo para Jesus: “Vou dar metade de tudo o que tenho e vou devolver quatro vezes mais a todos que enganei”—e ele tinha enganado muita gente como coletor de impostos.
E Jesus não diz apenas, “Isso é uma boa ideia,” ou “Isso é legal, que gentil da sua parte, Zaqueu.” Não. Ele disse, “Hoje houve salvação nesta casa.” (veja Lucas 19.1–9). Uau! Claro que ele não foi salvo por fazer a boa obra, mas a boa obra foi uma evidência convincente da salvação que havia acabado de acontecer em seu coração.
Quando você tem uma atitude transformada em relação a dar dinheiro e bens, isso é uma evidência convincente de que a salvação entrou na sua vida. E, da mesma forma, qualquer coração que não tenha sido transformado assim sugere que talvez uma salvação realmente radical não tenha ocorrido, ou que a salvação não tenha ocorrido de forma alguma. Pelo menos, a pessoa ainda não tem a presença sobrenatural dessa transformação pelo Espírito de Deus em sua atitude e ações em relação ao dinheiro e bens. As pessoas não mudam assim sozinhas.
Da mesma forma, para o jovem rico, foi triste o fato de ele ter se afastado. Jesus o amava, mas no amor que Ele tinha por aquele homem, Ele percebeu que... Não era que Jesus tivesse elevado a barra muito alto ao chamá-lo a abandonar seu dinheiro e bens, para dar tudo aos pobres. Mas isso era na verdade uma expectativa razoável diante do senhorio.
Jesus não nos chama à generosidade o tempo todo, mas Ele nos chama a reconhecer que tudo pertence a Ele. O jovem rico é um exemplo de muitos chamados cristãos, eu acredito, em nossas igrejas: ele simplesmente se apega a tudo o que tem. (veja Mateus 19.16–22).
Ele quer todo o pacote da salvação e um relacionamento com Cristo sem as inconveniências do que significa reconhecer a posse de Deus e o Senhorio de Jesus, e entregar a Ele tudo o que antes pensávamos que era nosso.
Lemos as Escrituras e somos atingidas por aquele relâmpago da graça de Deus que produz o trovão da generosidade. Se o trovão da generosidade não está presente, podemos presumir que o relâmpago da graça de Deus também não está.
Por que algumas igrejas sempre experimentam recursos inadequados? Elas não têm finanças suficientes para pagar seus pastores e equipe, precisam sempre voltar à igreja e pedir mais dinheiro, e os corações das pessoas não respondem. Isso diz algo sobre essa igreja e a falta da presença e poder de Jesus lá.
Acho que é um momento para um autoexame por parte dos líderes de igreja e membros da igreja igualmente. Em Atos 2.43–45, as Escrituras dizem, “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.”
Lembre-se que isso foi voluntário da parte deles. Não era socialismo; não era uma exigência. Era apenas uma reação transbordante à graça de Deus. Eles queriam dar!
Diariamente. . . perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos. (vv. 46–47)
Qual era a parte de uma igreja saudável que estava sempre se expandindo e crescendo, onde as pessoas viam a presença de Deus? Uma grande parte disso era a presença da graça de Deus exemplificada na generosidade do povo de Deus, a generosidade radical do povo de Deus.
Nancy: Eu amo que você usou a palavra “radical” aí. Eu estava pensando nisso exatamente no momento em que você disse. Não estamos falando de algo medido, cauteloso (e precisamos ser cautelosas), mas de algo mesquinho do tipo: “Vou dar um pouquinho aqui e talvez um pouquinho ali, mas nada que mude radicalmente meu padrão de vida ou que interfira no meu poder de compra.”
A graça de Deus em nossas vidas não é um fiozinho! Não é algo que Ele distribui para nós com uma colherzinha de café por vez. Ele derramou Sua graça sobre nós! E é por isso que queremos buscar nos tornar doadoras generosos, doadoras radicais! E você falou muito sobre isso neste livro O Princípio do Tesouro.
Eu me lembro de um contador que me ajudou com meus impostos certo ano, há muito tempo e estava analisando as minhas contas. Ele estava analisando o que entrava e o que saía, dizendo, “Sabe, Nancy, isso realmente não faz sentido!”
Porque eu aprendi com Cristo, e com meu pai e minha mãe, que amavam a generosidade radical... Isso se tornou uma parte da forma como fui criada, é o jeito como cresci na graça. Não é algo para se vangloriar. É uma alegria! Eu sinto tanta alegria em dar!
Mas eu me lembro do contador dizendo, “Não tenho certeza de como tudo isso funciona.” Bem, contadores deveriam saber como "tudo isso funciona!" Não havia nada de errado acontecendo. Ele estava apenas dizendo: “Como você pode dar dessa forma e ainda assim ter suas necessidades atendidas?!”
A graça carrega um mistério em si. Temos testemunhado Deus prover de maneiras sobrenaturais—nós e nossas famílias—em momentos em que não há explicação nenhuma. Isso acontece quando você se abre para Deus e desenvolve uma generosidade consciente. Não de forma imprudente, mas como uma inclinação natural do coração.
Na verdade, eu disse ao Robert, quando estávamos nos preparando para essa gravação hoje, “Querido, talvez seja melhor ouvir essa gravação, porque se você não ouvir, talvez ao final deste programa eu queira doar tudo o que temos!” Porque esse assunto é tão envolvente!
E, graças a Deus por Robert Wolgemuth, porque ele tem um coração generoso, ele ama dar. Nós não conseguimos nos superar nesse jogo. Não é um jogo, mas ambos amamos isso! Se um de nós sente que o Senhor está nos guiando a fazer algo realmente radical em termos de nossa generosidade, oramos sobre isso, conversamos sobre isso, e concordamos mutuamente, porque sabemos que Deus abençoa.
Há coisas que podemos renunciar. E há outras que pensamos ser indispensáveis, mas que, na verdade, valem a pena deixar de lado para investir no que Deus está realizando na vida de outras pessoas neste mundo.
Essa palavra “radical” realmente fala ao meu coração.
Randy: Essa é muito a experiência que minha esposa e eu tivemos no nosso casamento. Houve momentos em que realmente fomos testados. É comum que um dos parceiros seja mais inclinado a dar de maneira radical, assim como um pode ser mais inclinado a compartilhar sua fé. Um pode ser mais inclinado a ajudar em abrigos para sem-teto. Cada um de nós é movido de maneiras diferentes.
Mas ela sempre dizia, quando era hora de uma oferta missionária especial, “Ok! Quanto você acha que devemos dar desta vez?”
E eu dizia, “Bem, quanto você acha que devemos dar?” A gente concordava no valor, e ela percebia que eu sempre queria dar a mais do que ela havia proposto, então orávamos a respeito. E com graça, de forma gentil, normalmente íamos com o valor que o outro sugeria.
Mas eu nunca vou esquecer de uma vez específica, quando ela disse, “Então, quanto você acha que devemos dar para essa oferta especial, para a igreja?” Ela sugeriu um valor muito alto, e eu fiquei super surpreso e disse: “Ei, sim, vamos fazer isso!”
E a resposta dela foi, “Eu te peguei dessa vez!” Nós amamos isso!
Na verdade, há algo assim em 2 Coríntios 8.1–9, onde Paulo claramente gera uma certa competição entre os cristãos da Macedônia e os cristãos de Acaia e basicamente dizia: “Não deixe que eles superem vocês na generosidade!”
Bem, confiamos em Deus nesse processo, e somos um incentivo para elevar o padrão um para o outro. E nos últimos quatro anos Nancy me disse, “Obrigada por me desafiar da forma como você vive (em certas áreas, incluindo generosidade).”
Eu disse, “Obrigado por me desafiar da forma como você tem vivido!”
Tem sido incrível! Aprendemos a confiar em Deus por meio da generosidade, e nas outras áreas de nossas vidas. Nos últimos quatro anos dela, ela me orientou e discipulou em relação ao coração dela, à atitude dela, confiança e perspectiva relacionadas a um Deus soberano e amoroso e ao Seu trabalho na vida dela e ao enfrentar um câncer.
Penso em Atos 4.33–36, semelhante a Atos 2, onde fala sobre:
Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia nenhum necessitado entre eles, porque os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e os depositavam aos pés dos apóstolos.
E o versículo aponta Barnabé pelo nome como aquele que vendeu seu campo e deu tudo ao Senhor.
Nós temos essa ideia errada—baseada numa má interpretação de Mateus 6, os primeiros versículos, onde dizemos, “Bem, Jesus disse para não fazer as suas obras de justiça (incluindo doar, orar e jejuar) ‘para ser vistos pelos homens.’” (veja v. 1) E, claro, não devemos fazer isso “para ser vistos pelos homens.”
Mas precisamos lembrar que apenas cinco ou dez minutos antes, no Sermão da Montanha, na mesma mensagem, Jesus disse, “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte. Nem se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto, mas num lugar adequado onde ilumina bem todos os que estão na casa. Assim brilhe também a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5.14–16)
Não para honrar você, mas para honrar o seu Pai que está nos céus. E o que isso significa é que há momentos em que precisamos tornar visíveis as obras de justiça.
Precisamos de guerreiros da generosidade na igreja, não apenas guerreiros da oração, mas guerreiros da generosidade. As pessoas precisam ver como é a generosidade da mesma forma que precisam ver como é a oração fiel, como é o jejum fiel, como é a paternidade fiel. Precisamos de exemplos de todas essas coisas, incluindo a generosidade.
Sim, precisamos ter um equilíbrio, garantindo que não estamos fazendo para sermos vistos pelos homens, mas sim diante de Deus como a audiência única. Porém, é importante mostrar às pessoas o caminho da generosidade. Vejo muito mais exemplos, eu acho, de oração, misericórdia, ajuda e ensino na igreja do que temos de generosidade.
Nancy: Isso mesmo. Queremos que as pessoas vejam a grandeza e bondade de Deus ao nos verem sendo generosas. E, certamente, no tipo de lar em que eu cresci, isso aconteceu muito. Sou tão grata por esse exemplo de um pai generoso e uma mãe que o acompanhava. Eles caminhavam juntos, até mesmo em tempos de maior necessidade.
No início dos anos setenta, durante aquele período altamente inflacionário, eu me lembro (eu estava no ensino médio) do meu pai se desafiando e desafiando minha mãe, e nós, filhos, ouvindo aquilo. “Como podemos dar mais?” não “Como podemos segurar mais?” “Como podemos apertar o cinto e dar mais?” Não era para que eles recebessem crédito, porque ele era muito cuidadoso para que sua generosidade não fosse algo de que se orgulhasse ou ostentasse, mas era claro que era assim que ele pensava.
Agora, Randy, enquanto estamos tendo essa conversa, posso imaginar—tenho certeza—que há algumas pessoas ouvindo, pensando: “Bem, eu amaria dar dessa forma! Eu amaria dar mais generosamente. Eu amaria ser generosa o suficiente para atender essas necessidades no corpo de Cristo, mas meu cônjuge não está muito na mesma página. Talvez ele seja cristão, mas mesmo assim está um pouco nervoso sobre o que vamos fazer caso nos falte.”
Temos esposas ouvindo o Aviva Nossos Corações que estão sendo realmente inspiradas por essa conversa, e elas vão chegar em casa e dizer ao marido, “Querido, precisamos esvaziar essa conta” ou “Precisamos dar mais para isso.” E talvez o marido não tenha tanta certeza de que ele ouviu a mesma mensagem do Senhor.
Como você incentivaria, particularmente, uma esposa nessa situação, onde talvez o marido ainda não esteja tão orientado dessa forma?
Randy: Eu diria que, quando seu marido é um cristão—realmente, verdadeiramente ama Jesus, mas talvez precise de mais exposição à verdade bíblica na área da generosidade, e também aos benefícios práticos e pragmáticos de dar— talvez vocês tenham que conversar mais sobre isso para que ele tenha um melhor entendimento sobre essa prática.
Para o descrente, é uma situação mais desafiadora. Cresci em um lar não cristão, e vi isso de perto. Tive a alegria de levar minha mãe a Cristo alguns anos depois de me converter, quando estava no ensino médio.
Meu pai era um não cristão dono de taverna e não tinha espaço para Deus em sua vida. Ele desprezava a igreja! Minha mãe levou a sério 1 Pedro 3.1, que diz: “Igualmente vocês, esposas, estejam sujeitas, cada uma a seu próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho sem palavra alguma, por meio da conduta de sua esposa.”
Em determinado momento, ela sentiu um profundo desejo de ser generosa e poder dar livremente, eu disse a ela: “Mãe, se você conseguir encontrar maneiras de ganhar um dinheiro extra, que meu pai veja como sendo seu, você poderia dar tudo isso ao Senhor.”
Claro, corretamente falando, só porque ela era dona de casa, uma mãe que ficava em casa, não significava que ela não era uma contribuinte igual para o bem-estar da família. Mas você frequentemente vê essas situações muito injustas em que as mulheres estão, com maridos que pensam que o único papel importante para fazer de uma casa um lar é trazer o dinheiro para casa.
Outra alternativa para uma esposa de um não cristão ou até mesmo de um cristão que é muito hesitante em dar, seria dizer o seguinte: “Olha, eu gasto tanto com mantimentos, tanto com roupas. Você se importaria se eu comprasse roupas mais baratas, ou algo do tipo, e pegasse a diferença entre o que tenho gastado e o que passarei a gastar agora e desse isso?” ou “Eu vou comprar mantimentos que têm a mesma qualidade, mas pegarei mais coisas em promoção”, seja lá o que for.
Você é uma esposa melhor por causa do Evangelho e da verdade de Cristo! Eu acredito que muitos, muitos maridos não cristãos vão reconhecer isso, mesmo com alguma hesitação e, eventualmente, serão influenciados pela postura da esposa.
E há um momento em que a mulher poderia dizer, “Jesus é o meu Senhor, e Ele diz que eu devo fazer isso, então eu vou fazer. Não é desrespeito; não é desobedecer a você. É obedecer a Deus.” Acho que até mesmo comunicar a realidade de que você está sob a soberania de Cristo, antes de tudo, é um exemplo maravilhoso, mesmo que às vezes seja difícil para o marido ouvir.
Por fim, anos depois que minha mãe faleceu, tive o privilégio de levar meu pai a Cristo, quando ele tinha 85 anos. Mas estou convencido de que minha mãe, por meio daquele espírito generoso de colocar Deus em primeiro lugar. . . mas também querendo fazer tudo o que podia para se submeter ao meu pai, foi a razão principal pela qual ele veio à fé em Cristo, por causa do que ele viu nela. Mesmo quando ele dizia que não gostava, ele via as mudanças na vida dela e era lindo de ver!
Nancy: Que grande testemunho! E quão importante para o seu marido (talvez de alguém que esteja ouvindo agora) ver em você, como esposa com coração generoso, não apenas a generosidade em relação à igreja ou a outros ministérios, mas um coração generoso para com ele!
Não são muitos os maridos que vão resistir ou rejeitar isso. E, claro, é só oração e esperar no Senhor para abrir e mudar o coração dele, caso Deus queira que você vá além do nível da obediência para um maior sacrifício ou generosidade radical.
Nos últimos anos, tenho sido inundada com pedidos de doação para as mais diversas causas. E, às vezes, pode ser até um pouco desesperador, porque há tanta necessidade.
Quais são algumas perguntas que devemos fazer antes de doar, ou como sabemos para onde doar, quando há tantas boas oportunidades além da sua igreja local? Claro, a igreja local é o ponto de partida, isso deveria ser óbvio, devemos ser fieis na nossa igreja. Precisamos investir nossa vida, nosso tempo e nossos recursos ali.
Mas além disso, há ministérios como o Eternal Perspective Ministries, que você lidera, e o Aviva Nossos Corações, que as pessoas estão ouvindo agora. E muitos, muitos outros! Nos dê, de forma resumida, talvez algumas coisas para manter em mente, já que as pessoas estão recebendo muitos pedidos. Como é que elas podem saber onde doar?
Randy: Uma coisa que eu diria é: observe o histórico da organização, e não vá apenas ao site deles para informação. Se você puder, visite o escritório e converse com algumas das pessoas que trabalham lá, você pode aprender muito sobre uma organização apenas com conversas casuais. “Como é trabalhar aqui? O que você ama nesta organização?”
Se sentir que pode fazer isso, pergunte: “Há algo que você gostaria que fosse feito de maneira diferente aqui? Estou falando como um possível doador, mas é algo que eu gostaria de saber.” Procure outras fontes de terceiros para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre determinada organização.
Ministry Watch é uma organização que avalia diferentes ministérios. Às vezes, você pode aprender com eles sobre quanto é gasto com despesas gerais, o que, claro, é legítimo até certo ponto, mas, às vezes, é um valor excessivo. Veja se você consegue descobrir se o dinheiro está realmente sendo bem gasto.
E descubra se o ministério é verdadeiramente centrado no Evangelho, se realmente é sobre Jesus e as boas novas. Mesmo que eles estejam trabalhando para levar água potável às pessoas, oferecer cuidados de saúde ou ajudar as pessoas com suas colheitas, o mais importante é garantir que o Evangelho esteja presente, que Jesus seja creditado como a razão, o amor de Jesus que os impulsiona a fazer o que fazem.
Eu perguntaria: “O que há de único neste ministério? Onde eles estão em seu relacionamento com Deus?” Certamente, observe a declaração doutrinária deles. O que levanta uma questão interessante. Tivemos que avaliar nosso ministério, EPM, porque doamos todos os royalties dos meus livros. E ainda há mais que doamos também. (O excesso que chega ao nosso ministério, não queremos mantê-lo. Passamos para outras pessoas.) Então, estamos doando para vários outros ministérios.
Nos últimos anos, descobrimos que muitos deles não têm mais declarações doutrinárias. Alguns estão apenas publicando o Credo dos Apóstolos. Eu sou a favor do Credo dos Apóstolos, mas ele não aborda a divindade de Cristo, a inspiração e autoridade das Escrituras, e muitas outras coisas importantes.
Eu gosto da velha forma de mostrar uma declaração doutrinária e dizer o que você acredita. Sei que você tem uma declaração doutrinária, Nancy, com seu ministério. Nós também temos no nosso. Eu realmente acho que ser capaz de fazer perguntas básicas e obter respostas claras é essencial se você vai doar para uma organização.
Escute pessoas objetivas que podem ver tanto os prós quanto os contras desse grupo. Deixe que isso ajude a influenciar sua decisão sobre doar a eles e quanto doar.
Nancy: Hoje, há tantas tendências que afastam os ministérios da doutrina sólida, da palavra pura do Evangelho, da verdade. Queremos tomar cuidado com isso, então queremos doar generosamente, mas sem dizer, “Nós estamos no controle” deste ministério. Queremos doar com as mãos e corações abertos, mas ainda assim, queremos ser mordomos responsáveis.
E como você falou, é importante fazer o que for possível para aprender sobre o coração e a vida das pessoas que lideram o ministério que você está pensando em apoiar. Elas são pessoas de integridade? Elas têm um coração para servir? Ou são apenas gerentes, diretores ou líderes? Elas têm paixão por Cristo e pela missão e pela mensagem?
Obrigada Randy, mais uma vez e você não pode perder o episódio de amanhã, enquanto continuamos essa conversa com Randy sobre a alegria de doar do jeito de Deus e como isso pode se tornar um meio de preparação para toda a eternidade. Aguardamos você aqui, amanhã, no Aviva Nossos Corações!
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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