
Dia 2: A sabedoria de uma palavra gentil
Nancy DeMoss Wolgemuth: Dannah Gresh diz que falar palavras sábias é uma habilidade que precisamos desenvolver.
Dannah: Mães, avós, incentivem seus filhos a praticar piano, mas não deixem de incentivá-los a praticar palavras gentis e brandas.
Os pequenos conflitos, aqueles pequenininhos, eles não são pequenos. Eles são sessões de prática. São oportunidades para você e eu nos prepararmos para conflitos maiores. Você está praticando bem?
Nancy: Este é o podcast Aviva Nossos Corações. Eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos. Hoje, vamos ouvir sobre a sabedoria da palavra branda aqui no Aviva Nossos Corações.
Bem, eu soube recentemente que Alfred Nobel, o fundador do Prêmio Nobel da Paz, foi o homem que inventou a dinamite. Nobel percebeu o quão destrutiva sua invenção poderia ser e estava preocupado com a rapidez com que ela poderia ser usada para desenvolver bombas …
Nancy DeMoss Wolgemuth: Dannah Gresh diz que falar palavras sábias é uma habilidade que precisamos desenvolver.
Dannah: Mães, avós, incentivem seus filhos a praticar piano, mas não deixem de incentivá-los a praticar palavras gentis e brandas.
Os pequenos conflitos, aqueles pequenininhos, eles não são pequenos. Eles são sessões de prática. São oportunidades para você e eu nos prepararmos para conflitos maiores. Você está praticando bem?
Nancy: Este é o podcast Aviva Nossos Corações. Eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos. Hoje, vamos ouvir sobre a sabedoria da palavra branda aqui no Aviva Nossos Corações.
Bem, eu soube recentemente que Alfred Nobel, o fundador do Prêmio Nobel da Paz, foi o homem que inventou a dinamite. Nobel percebeu o quão destrutiva sua invenção poderia ser e estava preocupado com a rapidez com que ela poderia ser usada para desenvolver bombas e outras armas. E isso não era como ele queria ser lembrado, então ele estabeleceu um prêmio para o avanço da paz.
Bombas são extremamente poderosas, mas as Escrituras nos dizem que há algo ainda mais poderoso. Sim, nossas palavras podem ser destrutivas como as bombas ou promover a paz como o homem que inventou a dinamite.
Isso é algo que Dannah Gresh está nos ajudando a refletir nesta série baseada nos primeiros quatro versículos de Provérbios capítulo 15. Se você perdeu o episódio de ontem sobre o poder de uma palavra gentil, você pode acessá-lo no nosso site, avivanossoscoracoes.com.
Dannah é minha coapresentadora aqui no Aviva Nossos Corações. Ela também lidera o ministério parceiro Menina Verdadeira, um ministério, em inglês, focado em alcançar os corações das meninas da faixa etária de sete a onze anos. Somos muito gratas pelo ministério Menina Verdadeira.
Dannah também é esposa, mãe e, como você vai ouvir agora, uma avó que se encanta com seus netinhos.
Dannah: Algumas semanas atrás, eu estava investindo tempo nos corações de minhas queridas netinhas. Zoe e Addie agora têm dois anos. Você provavelmente sabe que crianças de dois anos podem ser conhecidas como "terríveis". Claro, não as minhas netinhas. Mas algumas experimentam o que chamamos de "os terríveis dois anos", e os dois anos são conhecidos por isso. Elas costumam ser chamadas de “terríveis”.
Naquele dia, vi Zoe se aproximando de Addie e, de forma violenta (para uma criança pequena, de qualquer maneira), arrancou um brinquedo das mãos de Addie. Zoe se afastou, examinando aquele brinquedo com absoluto espanto e admiração, completamente alheia ao ato egoísta que acabara de fazer.
Mas Addie. . . Addie não ficou tão segura sobre isso. E ela respondeu. . . Agora, quero que você imagine isso: no começo, Addie simplesmente ficou ali. Acho que, talvez, momentaneamente, ficou estupefata com a atrocidade do que acabara de acontecer. Mas parecia que ela estava pensando, realmente considerando, "O que eu faço?"
E, de repente, ela se aproximou de Zoe, se abaixou para colocar seu rosto entre o de Zoe e o brinquedo, e olhou nos olhos de Zoe com um olhar suplicante. E Addie, com suavidade e doçura, disse: "Zo Zo, compartilhe. Zo Zo, compartilhe. Compartilhe, Zo Zo". E depois, um pouco mais firmemente, "Compartilhe, Zo Zo".
Bem, naquele momento encantador, preciso te contar que eu pude ouvir a voz da mãe delas em cada palavra que Addie falou. Aleigha Gresh obviamente tem ensinado a elas habilidades de resolução de conflitos para crianças. E seu manual de treinamento parece incluir suavidade, gentileza e a palavra "compartilhar".
Agora, naquele último "Compartilhe, Zo Zo", Zoe devolveu o brinquedo para os braços de Addie e saiu contente para pegar outro. (Eu realmente espero que um dia você consiga ver a maneira como a Zoe anda! É algo incrível de se ver!)
Addie e Zoe não são perfeitas. Elas têm seus típicos momentos de criança pequena. Mas, no nosso pequeno círculo de cuidadoras — avós, tataravós, tias, tios — todos nós temos observado e comparado notas. Addie e Zoe são conhecidas por serem bebês extremamente pacíficas. Elas já têm uma reputação aos dois anos de idade.
Isso me lembra de Provérbios 20.11: "Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto”.
Que verdade profunda, e uma para nós, adultos, refletirmos. Nossas ações constroem ou destroem nossa própria reputação, e isso inclui a maneira como respondemos ao conflito. Eu descobri um manual incrível de treinamento sobre comunicação em conflitos para adolescentes, casamentos, famílias e indivíduos.
São quatro versículos de Provérbios 15, e dentro deles estão vários paralelismos ou comparações. Eles servem como uma espécie de prova de autoavaliação, ajudando-nos a examinar nossas reações uns com os outros.
Pegue sua Bíblia agora, ou seu telefone, e encontre Provérbios 15. Eu amaria te mostrar isso. Enquanto você busca essa passagem, me permita perguntar: pelo que você é conhecida? Respostas brandas e gentis? Ou palavras duras que despertam a raiva?
Esta é uma série onde estamos mergulhando nos primeiros quatro versículos de Provérbios 15 para aprender o que a Palavra de Deus diz sobre o poder de uma palavra gentil, a sabedoria de uma palavra gentil e a recompensa de uma palavra gentil.
Ontem, olhamos para o poder de uma palavra gentil (ou branda) no versículo 1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
Hoje, vamos explorar a sabedoria de uma palavra gentil. Encontramos isso no versículo 2. E amanhã, veremos os versículos 3 e 4, e veremos a recompensa de uma resposta gentil. Você não vai querer perder isso. É o melhor.
Antes de lermos o livro de Provérbios, capítulo 15, vamos dar um zoom para entender a visão geral desse livro da Bíblia.
Como você provavelmente sabe, Provérbios é uma coleção de ditados sábios e memoráveis, junto com outros livros da Bíblia, como Jó e Salmos. Provérbios é conhecido como uma literatura de sabedoria.
Você provavelmente já ouviu esse termo, mas o que é “literatura de sabedoria”? Bem, não é a mesma coisa que a Lei. Estes não são mandamentos para nossas vidas. Mas também não é o mesmo que a profecia. A profecia é uma revelação divina dada ao povo de Deus diretamente por Deus.
A “literatura de sabedoria” é divinamente inspirada, mas é coletada do povo de Deus. E esses ditados sábios nos ensinam como viver de uma maneira que honra a Deus e aos outros. O que estou dizendo é que Provérbios foi escrito para nos ajudar a saber como viver bem no mundo de Deus.
Você provavelmente está ciente de que a grande tese ou a grande ideia de Provérbios é temer a Deus ou honrar a Deus. Submeter-se a Deus em cada ação que tomamos, em cada palavra que falamos. Claro, como se aplica à passagem que estamos vendo hoje, é temer a Deus e deixar que Ele tenha a palavra final em tudo o que dizemos, em tudo o que eu digo, em tudo o que você diz.
Muitas pessoas dizem que o versículo-chave de Provérbios é o capítulo 1, versículo 7. Ele diz: “O temor do Senhor é o princípio do saber. . .” Temer a Deus, honrá-Lo, respeitá-Lo, submeter-se a Ele, é aí que começa a sabedoria para toda a nossa vida prática. Começa ali, com o temor a Deus.
Eu acho que temer a Deus é uma tarefa bastante grande. E o restante desses ditados sábios e memoráveis no livro meio que nos ajudam a quebrar isso, e tornam o livro de Provérbios muito prático, muito útil para a vida.
Na verdade, tomei uma decisão muitos anos atrás de ler um capítulo de Provérbios todos os dias. Eu perco alguns dias aqui e ali, mas, como regra geral, esse é um padrão, um ritmo na minha leitura bíblica. E como há 31 capítulos em Provérbios, isso significa que leva cerca de um mês para ler o livro inteiro.
Agora, tenho feito isso desde os meus 26 anos. Essas palavras se tornaram tão familiares para mim. E isso significa que elas estão mais acessíveis na vida real. Porque estou familiarizada com elas, os pensamentos básicos estão ali para eu usar e aplicar quando mais precisar.
Isso é apenas um desafio bônus para você hoje, mas quero convidá-la a considerar se juntar a mim nesse hábito de ler um capítulo de Provérbios todos os dias.
Vamos ler novamente os primeiros quatro versículos de Provérbios 15. Nunca faz mal ouvir a Palavra de Deus repetidamente, não é? Aqui está: Provérbios 15.1–4: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira".
Ontem exploramos esse primeiro versículo e descobrimos o poder surpreendente de uma resposta branda e gentil. Não apenas acalma a raiva de alguém que achamos difícil, mas também silencia a frustração, a fúria e a angústia em nossos próprios corações. Ao reservar um tempo para buscar uma resposta mais branda e gentil para algo que está te frustrando, sua atitude e sua mente mudam. Esse é o poder de uma resposta gentil.
No versículo seguinte, o versículo 2, vemos a sabedoria de uma resposta gentil. Ele diz: "A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama tolices".
E, finalmente, nos versículos 3 e 4, a recompensa de uma resposta gentil — isso veremos amanhã: "Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. A língua serena é árvore de vida, mas a língua perversa esmaga o espírito".
Hoje quero que voltemos ao versículo 2 e olhemos para a sabedoria de uma resposta gentil: "A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama tolices".
Aqui vemos uma característica comum encontrada em muitos Provérbios — paralelismo. É o contraste de duas realidades opostas. Essas são realidades que não podem coexistir. Ou você age de uma forma ou de outra. Não há meio-termo.
Ontem, enquanto explorávamos o versículo 1, aprendemos que você pode agir como uma mulher que responde ao conflito de forma pensativa, em oração, com uma palavra branda e gentil. Ou você solta palavras duras, sem reflexão, e acabará despertando raiva.
No versículo de hoje, aprendemos que você pode falar com sabedoria e tornar o conhecimento compreensível e atraente para os outros. Ou você fala como uma tola e derrama o que a Bíblia chama de “insensatez”. Qual você escolherá?
Agora, quando estou tomando uma decisão. . . bem, sou uma mulher que gosta de detalhes. Então, vou te dar alguns hoje. Deixe-me te contar mais sobre as opções que você tem diante de si:
Opção A: "A língua dos sábios adorna o conhecimento".
O primeiro e óbvio fato é: essa escolha é a marca de quem? De que tipo de mulher? Uma mulher sábia. Uma pessoa sábia não é impulsiva, mas tende à autoexame e autocontrole. E isso leva a um pensamento claro e boas ações. E são essas ações que tornam a sabedoria de uma mulher visível aos outros.
Mas vamos olhar mais de perto para ver um tesouro escondido nas palavras: "A língua dos sábios adorna o conhecimento". Achei isso tão interessante. Siga esse raciocínio comigo:
"Adornar" significa louvar. Certo? Sabemos disso.
Uma língua sábia louva o conhecimento. Ela aponta para ele e diz: "Isso é bom". Talvez, também, a língua dessa pessoa seja digna de louvor. A língua de uma mulher sábia é digna de ser elogiada.
Isso é o que vemos à superfície. Mas, na língua hebraica, a palavra usada aqui é a mesma que se usa para descrever um músico excelente. Isaías 23.16 usa-a para descrever alguém que pode "tocar bem a harpa". (Isso não é algo que eu saiba fazer! Talvez seja algo que você saiba!) Ezequiel 33.32 a usa para se referir a um músico que toca com habilidade.
Esse versículo sobre a nossa língua descreve alguém que usa o instrumento da sua língua como um musicista mestre. Gostou disso? Eu amei! Sabe o que isso me faz pensar? Em Addie e Zoe! Você provavelmente está pensando: "Claro, vovó, todos os caminhos levam de volta para Addie e Zoe". Mas não é só porque a vovó Dannah não consegue parar de pensar nessas fofuras. É porque elas estão praticando.
Veja bem, nenhum músico — nenhum músico — se torna digno de elogios da noite para o dia. Eles praticam! Mães, avós, incentivem seus filhos a praticar piano, mas não se esqueçam de incentivá-los a praticar palavras gentis e brandas. E que possamos praticar também. (Eu parei de praticar piano há muito tempo. Só sei tocar “O Bife”, e é só isso — mas não muito mais que isso.) Espero, porém, nunca parar de praticar minha gentileza, minha suavidade.
Os pequenos conflitos, os pequenos — quem vai tirar o lixo da sua casa; se você ou sua colega de quarto vai lavar a louça; a competição pela melhor cadeira em uma conferência — não são pequenos. Eles não são pequenos de jeito nenhum. São sessões de prática. São oportunidades para você e para mim nos prepararmos para conflitos maiores.
Você está praticando bem? Está praticando o tipo certo de coração? A resposta certa? A atitude certa? As ações certas? As palavras certas?
Eu penso que uma mulher nas Escrituras que provavelmente teve muita prática em escolher uma língua de sabedoria, que adorna o conhecimento é Abigail. Lemos sobre essa mulher preciosa em 1 Samuel, capítulo 25.
Ela era casada com um homem, Nabal, que era conhecido por suas palavras duras. Ele também era conhecido como um tolo. Acho que é por isso que ela teve tanta prática. Mas também vemos que essa prática foi útil quando um conflito envolveu riscos mortais.
Abigail e seu marido Nabal aparecem nas páginas da Bíblia quando surge um conflito entre ele e o rei Davi. Parece que o rei Davi estava indo atrás dele. Você sabe, aquele cara que matou dezenas de milhares. As apostas estavam altas nesse conflito, e parecia que Nabal logo estaria morto, exceto que Abigail, com grande coragem, intercede com uma resposta branda e gentil.
Nossa anfitriã no Aviva Nossos Corações, Nancy DeMoss Wolgemuth, ensinou uma série sobre isso. Vamos ouvir como Abigail exemplifica uma língua de sabedoria e Nabal é, sem dúvida, um modelo de tolo que derrama tolices.
Nancy (de Abigail: Como viver com pessoas difíceis em sua vida):
Vimos que Nabal era um homem difícil. Ele era mal comportado. Ele era egoísta. Ele era avarento. Ele era grosseiro com a língua e com o espírito.
Devemos aprender com o exemplo de Nabal e de Davi e dizer: "Essa não é a maneira de responder à vida" e ver que há consequências se respondermos como Nabal.
Mas estamos vendo em Abigail uma maneira alternativa de responder, uma maneira diferente. É uma maneira sábia, uma maneira de uma mulher virtuosa que faz diferença nas pessoas ao seu redor.
Então chegamos hoje ao versículo 30 de 1 Samuel 25. Estamos no meio de um discurso. É um apelo que Abigail fez a Davi. Ela acabou de dizer a ele: "Davi, não importa quem vier atrás de você, você é um homem de Deus. Deus o ungiu para ser rei. Você estará seguro em Deus. Você não precisa resolver isso com suas próprias mãos". Ela agora está apelando a ele: "Não faça algo do qual se arrependerá depois".
No verso 30, ela diz a Davi:
Quando o Senhor [Yahweh] tiver feito a meu senhor [Davi] todo o bem que prometeu e te tiver nomeado líder sobre Israel, meu senhor não terá no coração o peso de ter derramado sangue desnecessariamente nem de ter feito justiça com as próprias mãos. E, quando o Senhor tiver abençoado a ti, lembra-te de tua serva.
Ela apela a Davi com base em seu bem-estar a longo prazo. "Davi, você será o rei. Deus o escolheu. Deus vai te exaltar. Não faça coisas agora das quais se arrependerá depois. Não derrame sangue desnecessariamente. Não se vingue. Deixe isso para Deus.”
Dannah: Que sabedoria! Essa foi Nancy DeMoss Wolgemuth de uma série sobre a vida de Abigail.
"A língua dos sábios adorna o conhecimento." Abigail viveu esse provérbio. "Mas a boca dos insensatos derrama tolices." Nabal definitivamente se encaixou aí, não é?
Abigail era disciplinada, autocontrolada. Ela não reagiu impulsivamente, mas pensou claramente em sua resposta. Ela se deu o tempo necessário para procurar a resposta branda. Ela foi sábia. E, como resultado, suas palavras gentis não só salvaram seu marido da morte pelas mãos de Davi, mas também resgataram Davi de uma decisão impulsiva e insensata da qual ele se arrependeria depois.
Quero que você perceba isso: Sua resposta branda e gentil tornou o conhecimento compreensível e atraente para Davi. E isso alterou o curso dos acontecimentos. Reitero, esse é o poder de uma língua gentil.
Agora, por que Abigail foi capaz de fazer isso? Acho que foi porque ela havia praticado o bom uso de sua língua com fidelidade, e escolheu uma língua de sabedoria que adorna o conhecimento. Essa é a nossa primeira escolha.
E a nossa segunda escolha: "A boca dos insensatos derrama tolices".
O primeiro fato óbvio nessa escolha é que ela é a marca de uma pessoa insensata. Uma mulher insensata é indisciplinada, impulsiva, descontrolada. Ela falha em examinar sua própria vida com coragem e cuidado. Foi provavelmente assim que ela se tornou insensata. Esse tipo de mulher derrama tolices.
O que é tolice? Você já leu essa palavra na Bíblia. Eu nunca soube ao certo o que significa, então pesquisei desta vez. “Tolice” é a linguagem de rejeitar, resistir ou ignorar a Deus e Seus caminhos. Uau! Como o temor de Deus é o princípio da sabedoria, quem abraça a tolice nunca terá sabedoria. Como rejeitam ativamente a Deus, até mesmo verbalmente, essas pessoas não têm sabedoria.
Como soa essa rejeição/resistência a Deus quando sai de uma pessoa insensata? O versículo diz que "a língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama tolices". O que significa "derramar tolices" por aí?
Bem, a primeira coisa que eu penso é que as palavras podem ser desordenadas, não podem? Em um comentário que li, o ato de derramar tolices foi comparado a um arroto. Parece tão pouco feminino que fiquei muito tentada a ignorar isso. Mas não consegui parar de pensar sobre isso enquanto estudava aquela palavra estranha de seis letras, muitas vezes embaraçosa: arroto.
É involuntário. Não planejado. Simplesmente sai — a menos que escolhemos controlá-lo, porque há aquele breve momento em que o estímulo do movimento do gás dentro de nós nos dá uma chance de escolher como responderemos: Controlar o arroto ou deixá-lo sair?
Agora, como eu disse, sei que isso é muito pouco feminino, socialmente inaceitável e embaraçoso. Mas a tolice também é assim. Escolhemos controlar o impulso de arroto porque é vergonhoso. Por que não escolhemos então controlar o impulso de deixar palavras insensatas saírem da nossa boca?
Vamos falar sobre a palavra "escolha". Uma das grandes diferenças entre uma mulher sábia e uma insensata, quando se trata de responder ao conflito, é o que ela escolhe no pequeno espaço entre um estímulo e sua resposta.
Um estímulo pode ser qualquer coisa — seu parceiro de negócios chegando atrasado para uma reunião importante, de novo. Ou pode ser um post nas redes sociais que faz uma zombaria completa de algo que você acredita ser sagrado. Pode ser seu filho pequeno saindo do berço, depois de você tê-lo colocado lá três vezes, interrompendo seu tão necessário banho de banheira. (Eu sinto muito por você, mãe!)
Coisas do dia a dia acontecem, coisas que não queríamos ou não esperávamos. Esses são os estímulos em nossas vidas, e temos que responder a eles. Mas entre o estímulo e a resposta, há um espaço. O que acontece nesse espaço define a diferença entre sabedoria e insensatez.
Uma mulher sábia considera cuidadosamente suas escolhas. E não é que ela não sinta o impulso de “arroto” sobre a situação. Mas ela escolhe ocupar esse espaço, responder com autocontrole, não importa o sentimento que esteja surgindo dentro dela.
O fato é: podemos controlar o que sai da nossa boca.
Penso em uma mulher nas Escrituras que provavelmente é um exemplo de “a boca dos insensatos derrama tolices”: a esposa de Jó.
Ela estava casada com um homem que a Bíblia chama de “íntegro e reto”. Jó era um homem sábio.
Jó e sua esposa aparecem nas páginas da Bíblia justamente quando uma devastação absoluta atinge sua casa. Mensageiros chegaram com más notícias em cima de más notícias. Ao final do dia, sua riqueza se foi e. . . bem, você sabe o que aconteceu? Nancy DeMoss Wolgemuth também ensinou uma série sobre esse trecho. Vamos ouvir enquanto ela mostra o contraste entre a resposta de Jó e a resposta de sua esposa. Nancy está começando em capítulo 1, versículo 18, com o resumo desse dia terrível e horrível.
Nancy (de Sabedoria para os pais e mães em Jó 1): E, enquanto Jó ainda estava se recuperando de todas essas notícias, veio o golpe mais esmagador de todos.
Também este ainda falava quando veio outro [o portador da notícia ruim] e disse:
— Os seus filhos e as suas filhas [dez filhos — sete filhos e três filhas — talvez com suas próprias famílias. Não sabemos, mas sabemos que eram adultos. Seus filhos e filhas] estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho. De repente, eis que se levantou um vento muito forte do lado do deserto e bateu contra os quatro cantos da casa. Ela caiu sobre os jovens, e eles morreram. Só eu consegui escapar, para trazer a notícia. (vv. 18–19)
E como Jó respondeu?
O comportamento de Deus naquele dia fatídico era impossível de entender. Era desconcertante. Era misterioso. Deus não estava agindo de uma maneira que imaginávamos que Ele deveria agir para um homem que é descrito da forma como Jó é descrito nos primeiros versículos do capítulo 1.
A resposta natural de um homem enfrentando esse tipo de circunstância seria ressentir-se das circunstâncias, tornar-se amargo, questionar a bondade, a sabedoria e o caráter de um Deus que permitiria tais coisas — se esse Deus existisse. Essa seria uma resposta natural para o tipo de dia que Jó acabou de viver.
Bem, Jó tinha se preocupado, como lemos anteriormente, que seus filhos não amaldiçoassem a Deus em seus corações. E, após suas perdas, no mesmo capítulo, ele foi tentado a amaldiçoar a Deus, a fazer exatamente aquilo que ele tinha orado para que seus filhos não fizessem.
Então a mulher dele disse:
— Você ainda conserva a sua integridade? Amaldiçoe a Deus e morra!
Jó tinha orado: “Deus, não deixe meus filhos amaldiçoarem a Ti em seus corações”. E sua esposa diz: “Amaldiçoe a Deus e morra”.
Creio que essa resposta não é necessariamente uma resposta de ódio a Deus por parte da esposa de Jó. Não sabemos. Tudo o que sabemos é o que é dito aqui. Mas aqui está uma mulher que sofreu incrivelmente junto com seu marido. E talvez ela estivesse apenas desejando alívio da dor. Talvez ela estivesse pensando: Se você amaldiçoar a Deus, Ele pode te matar e te tirar do sofrimento. Não sabemos o que ela estava pensando, mas sabemos qual era a tentação: amaldiçoar a Deus.
Mas em Jó 10.2 ele disse a ela:
Você fala como uma doida. Temos recebido de Deus o bem; por que não receberíamos também o mal?” Em tudo isto Jó não pecou com os seus lábios.
Dannah: Mas a esposa dele com certeza pecou, não? Isso mostra que, mesmo em meio a tanta dor, a maneira como sua esposa insensata reagiu foi pecaminosa. “Você fala como uma mulher doida.” Ela não conseguiu controlar o que estava brotando dentro dela. Deixou escapar, sem controle, os pensamentos que estavam em seu coração.
“A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama tolices.”
Agora, amiga, sinto que preciso dizer: se você está passando por algo devastador neste momento, quero que saiba que pode falar com Deus com sinceridade. Ele aguenta. Leve a Ele o que está dentro de você, mas leve a Ele — e faça isso com reflexão. Não jogue isso como uma acusação contra Ele quando falar com outras pessoas. A linguagem de rejeição ou resistência a Deus é a própria definição de insensatez. Escolha a sabedoria.
A história de Jó e sua esposa é um bom lembrete para nós. Poucas coisas revelam mais claramente se a sabedoria ou a insensatez habitam em nosso coração do que a perda, a dor e as dificuldades. Os conflitos surgem quando as pessoas reagem de formas diferentes à mesma experiência. Quando a vida está desmoronando é que precisamos de muita sabedoria quanto ao uso de nossas palavras.
Bob e eu temos dois amigos preciosos, Aaron e Amy, cuja filhinha de sete anos morreu em um trágico acidente de carro há muitos anos. Recentemente, nos sentamos com eles. Já se passaram quase quinze anos, e eles refletiram sobre aquela perda. Uma das coisas que conversamos foi sobre o quanto eles enfrentaram conflitos dentro do casamento. E isso foi consequência direta do luto. Por quê? Porque cada um deles vivia o luto de forma diferente — e isso gerava conflito.
Eles nos disseram que o casamento deles é, em parte, um milagre de Deus, e em parte — ouça isso — o resultado de aprenderem a não dizer tudo o que pensavam. Aaron contou que, às vezes, precisava entrar no carro e sair dirigindo, só para não despejar tudo o que estava sentindo sobre a esposa. Ele escolheu usar aquele tempo entre o estímulo e a resposta para buscar o autocontrole. Aproveitou aquele momento para pedir ao Senhor que o aconselhasse e o ensinasse a responder com sabedoria.
Ele disse que, quando fazia essas saídas de carro, era porque apenas alguns minutos de oração não eram suficientes para trazer a sabedoria necessária para lidar com a dor profunda que ele sentia. Ele estava intencionalmente ampliando o espaço entre o que o provocava e como ele reagiria, porque o que estava surgindo dentro dele era extremamente difícil de enfrentar.
E é aqui que começamos a ver, de fato, a sabedoria de uma resposta branda: mulheres sábias — e homens sábios — frequentam a escola de treinamento de Deus para aprender o domínio próprio. O que quero dizer é: isso não vem naturalmente. Lembra? Eles praticam.
Tito 2.11–12, um dos versículos que mais guardo no coração, diz:
Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa.
Você está sendo treinada por Deus para falar com palavras brandas e suaves, cheias de sabedoria? Ou tem faltado às aulas?
Lembra de como eu consegui reconhecer a voz da Aleigha, minha nora, quando a Addie respondeu com tanta doçura à Zoe, num momento de conflito entre minhas netas gêmeas de dois anos? Pois é, naquele dia elas honraram a Aleigha, a mãe delas, e todo o esforço que ela tem feito para ensiná-las a serem brandas, gentis e carinhosas uma com a outra — mesmo quando há conflito.
E isso me fez pensar: eu quero ser assim. Quero que as pessoas ouçam a voz de Jesus em cada palavra que eu disser. Quero que elas vejam o treinamento dele na minha vida, mesmo quando — na verdade, principalmente quando — eu estiver em conflito com alguém. Quero que seja óbvio que Ele tem me treinado, e que o curso dele inclui domínio próprio, suavidade e gentileza.
Que eu seja, e que você também seja, uma mulher que abraça a sabedoria de uma palavra branda.
Nancy: Amém! Que assim seja!
É tão bom sermos lembradas disso — e eu preciso ser lembrada disso com frequência — que respostas brandas são uma habilidade que precisamos desenvolver. A sabedoria de uma palavra branda não vem naturalmente para nenhuma de nós.
Dannah Gresh falou sobre frequentar a escola de treinamento de Deus. Então deixe-me perguntar: qual é uma coisa que você pode fazer hoje para, por assim dizer, “sentar na sala de aula” do domínio próprio? Existe algum relacionamento que você quebrou com palavras duras? Você quer se juntar a mim agora para pedir a Deus que nos ajude a trocar palavras que ferem por palavras brandas?
Ó Pai, todas nós pecamos contra o Senhor e contra os outros com palavras duras. Temos sido rápidas para falar com dureza e lentas para responder com brandura. Precisamos da Tua ajuda. Precisamos da Tua graça. Precisamos do Teu Espírito Santo. Precisamos que o Senhor nos lembre. Obrigada pelo lembrete que tivemos hoje por meio da Dannah, e eu Te peço que o Senhor nos alerte quando palavras duras estiverem prestes a sair da nossa boca — que o Senhor troque essas palavras duras por palavras cheias de misericórdia, graça e bondade.
Eu estou pensando em uma situação que enfrentei hoje mesmo, em que precisei da Tua ajuda, do Teu poder, da Tua graça para falar com brandura. Obrigada porque o Senhor nos dá isso quando pedimos.
Faz de nós um reflexo do coração bondoso e gentil de Jesus nas palavras que falarmos hoje com as outras pessoas, eu oro em nome de Jesus, amém.
Se você quiser ajuda para aprender a controlar a língua — e todas nós precisamos — quero te incentivar a pedir um exemplar do livreto chamado O poder das palavras. É um livreto baseado no meu ensinamento sobre a língua a partir do livro de Provérbios, e está disponível exclusivamente no Aviva Nossos Corações. Esse estudo vai te ajudar a mergulhar na Palavra de Deus e crescer na forma como você usa suas palavras.
Visite o nosso site e clique em “mais” para ter acesso à aba “Livros/Livretos”. Lá, você vai encontrar informações de como obter a sua cópia. Não fique de fora do que o Senhor tem para fazer na sua vida.
Já vimos o poder e a sabedoria das palavras brandas, mas é natural que a gente se pergunte: “E o que é que eu ganho com isso?” Na verdade, há muito a se ganhar.
A Dannah vai voltar amanhã para falar sobre isso com a gente: A recompensa de uma palavra gentil. Não perca, aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.