
Dia 2: A chave para o discernimento
Raquel Anderson: Você tem prazer na Palavra de Deus? Ouça o que Melissa Krueger tem a dizer.
Melissa Krueger: Não basta decorar versículos da Bíblia. Precisamos amar a Palavra de Deus. Precisamos acreditar que é nos caminhos dele que encontramos a vida verdadeira. Isso nos ajuda a sermos mulheres sábias, porque nos dá fome de conhecê-la mais. Queremos viver à luz da Palavra e isso sempre envolve obedecê-la. Quanto mais obedecemos ao que ela diz, mais aprenderemos sobre a verdade de Deus. Vamos entender de forma diferente o que ela significa quando realmente obedecermos e construirmos nossas vidas sobre ela.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Na cultura atual, quando precisamos tomar decisões, ouvimos mensagens populares como: “Confie no seu coração” ou “Acredite em si mesma!” Mas, como Melissa Krueger compartilhou …
Raquel Anderson: Você tem prazer na Palavra de Deus? Ouça o que Melissa Krueger tem a dizer.
Melissa Krueger: Não basta decorar versículos da Bíblia. Precisamos amar a Palavra de Deus. Precisamos acreditar que é nos caminhos dele que encontramos a vida verdadeira. Isso nos ajuda a sermos mulheres sábias, porque nos dá fome de conhecê-la mais. Queremos viver à luz da Palavra e isso sempre envolve obedecê-la. Quanto mais obedecemos ao que ela diz, mais aprenderemos sobre a verdade de Deus. Vamos entender de forma diferente o que ela significa quando realmente obedecermos e construirmos nossas vidas sobre ela.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Na cultura atual, quando precisamos tomar decisões, ouvimos mensagens populares como: “Confie no seu coração” ou “Acredite em si mesma!” Mas, como Melissa Krueger compartilhou ontem, se deixadas por nossa própria conta, ficamos à mercê de nossos corações pecaminosos e enganosos. Então, confiar em nossos corações não é diferente de confiar em qualquer outra coisa. Se você perdeu o episódio de ontem, recomendo que volte para ouvi-lo em avivanossoscoracoes.com ou encontre-o no app do Revive Our Hearts, disponível na App Store e no Google Play.
Estamos falando sobre como nos tornarmos mulheres de discernimento e uma coisa é certa: discernimento não é algo que podemos desenvolver de forma independente. Não é algo que encontramos por acaso. O discernimento vem de Deus — Ele é a fonte. Com isso em mente, o que significa ser uma mulher de discernimento na prática? Melissa Krueger responde a essa pergunta na segunda parte de uma mensagem que ela compartilhou na conferência True Woman de 2022. Vamos ouvi-la.
Melissa: Como nos tornamos mulheres de discernimento? Primeiro, precisamos entender o que é discernimento. É importante saber o que estamos buscando.
Primeiro, o que precisamos saber é que a fonte do nosso discernimento não está em nós ou em outras pessoas — a fonte é Deus. Deixa eu te falar sobre algo que acho, realmente, interessante. Ontem, vimos a primeira parte de Provérbios 9, na qual encontramos a senhora Sabedoria. Também vimos a segunda parte, que falava da senhora Tolice. E veja o que está bem no meio das duas. Vá até o versículo 10. Você quer saber como discernir entre a tolice e a sabedoria? Você quer saber como escolher entre a vida e a morte? “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; conhecer o Santo é ter entendimento”. Viu só? Bem no meio da passagem, diz: “Essa é a resposta”.
Quero esclarecer aqui que a fonte não é nossa experiência, nossa idade ou nosso entendimento. O discernimento está enraizado na sabedoria de Deus, não nas nossas experiências. Posso afirmar que há muitas mulheres mais velhas com conselhos terríveis. O simples fato de sermos mulheres mais velhas não quer dizer nada. Se não estivermos arraigadas na Palavra de Deus, temos apenas sabedoria mundana. É só sabedoria mundana. Precisamos guardar nossas mentes e colocar tudo o que nos é dito sob a luz da verdade das Escrituras e nos certificar de que ela é o que nos guia e nos orienta em tudo.
Isso também é algo pelo qual Paulo orou. É muito interessante. Ele orou pelos filipenses. Ouça o que ele disse em Filipenses 1.9-11 (Almeida Revisada Imprensa Bíblica):
E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Ouça o que ele deseja. Ele deseja que o amor dos filipenses por Deus esteja enraizado em conhecimento e em todo discernimento. Ele não quer que o amor deles seja apenas um sentimento de afeto. Não é que isso seja algo ruim, mas ele quer que o amor deles seja sólido como uma rocha, enraizado no conhecimento de quem Deus é e em discernimento sobre o que Ele quer de Seu povo. Portanto, a fonte é Deus e está enraizada no amor.
A segunda coisa que precisamos entender sobre o discernimento é que ele é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Que notícia boa! O discernimento não desce sobre você quando você se torna cristã. O discernimento é algo que nós aprendemos à medida que vivemos nossas vidas. Na verdade, ele requer muita prática.
Não sei se você já teve a oportunidade incrível de dirigir junto com um motorista recém-habilitado que acha que sabe muito. Eles aprenderam todas as regras da estrada, assistiram aqueles vídeos horrorosos sobre o que acontece quando você faz coisas erradas na direção, podem te contar vários fatos sobre a velocidade correta para dirigir e começam a te dizer: “Mãe, você não fez uma parada completa”. “Sim, obrigada. Eu sei que essa é a regra exata. Eu não fiz uma parada completa”. Eles têm esse monte de regras.
Mas daí você entra no carro com eles e eles começam a dirigir. Você começa: “Você ficou muito perto daquela linha branca. Por que você — você vai bater naquele carro! Não, está amarelo; pode continuar. Não, está amarelo; pare!” O que você percebe é que todos os nossos anos de direção nos dão muito discernimento. Você sabe exatamente como deve manobrar para estacionar. Você sabe quando é um sinal amarelo que você deve passar ou quando é um sinal amarelo em que você deve parar. É uma questão de prática. Isso é bem difícil de explicar para um adolescente.
A realidade é que desenvolver discernimento na vida exige prática e nós nos tornamos melhores em discernir à medida que vivemos a vida.
Hebreus fala sobre isso em Hebreus 5.11-14. Veja o que diz:
A esse respeito temos muitas coisas a dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês ficaram com preguiça de ouvir. Pois, quando já deviam ser mestres, levando em conta o tempo decorrido, vocês têm, novamente, necessidade de alguém que lhes ensine quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus. Passaram a ter necessidade de leite e não de alimento sólido.Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
Adultos são pessoas que já não precisam mais de leite. Sua dieta não se resume ao leite da Palavra, eles estão comendo o alimento sólido da Palavra de Deus e estão, constantemente, praticando o que aprenderam. Eles estão trabalhando e aprendendo.
Não sei se algumas de vocês gostam de cozinhar. Me lembro de quando comecei a cozinhar, sempre seguia a receita ao pé da letra. Não estou falando de bolos; quando se trata de bolos, você precisa seguir a receita com precisão, caso contrário vai fazer muitos bolos ruins. Digo de quando, por exemplo, você está preparando um molho e pensa: “Tá bom, diz que é um quarto de cebola”. Eu olhava para a cebola e pensava: “Hmm, essa é uma cebola grande e essa aqui é uma cebola pequena. Qual quarto eu uso?” Você fica tentando seguir a receita tintim por tintim.
De repente, você começa a perceber: “Na verdade, posso ajustar as coisas de acordo com o meu gosto. Posso acrescentar um pouco de orégano, um pouco mais de alho”. Meu marido falava: “Ah, você vai colocar mais alho de novo, não vai?” Sim, vai ter muito alho e muitos temperos. Eu planto minhas próprias pimentas, então meu molho sempre fica picante. Por meio do discernimento, aprendi o que gosto e aprendi a fazer o molho ficar com o sabor que quero. Mas eu precisava das receitas para me ajudar a entender: “Ah, esses são os ingredientes de um molho de macarrão”. A partir daí, você começa a brincar com a receita.
É isso que acontece — a Palavra vai te dar o básico. “Seja amorosa, seja gentil, seja paciente, tenha autocontrole”. Mas ela nem sempre vai te dizer como você pode ser bondosa hoje. Ser bondosa pode significar falar gentilmente com a mulher atrás de você na fila do supermercado. Ser bondosa pode significar se voluntariar em alguma causa. Pode significar ligar para a sua mãe. Você não sabe quais oportunidades de colocar a bondade em prática você encontrará. Você vai precisar de um discernimento que o Senhor vai te ensinar por meio da prática. É necessário ter tanto conhecimento quanto habilidade para ter discernimento.
Agora, vamos para uma definição, porque estou na metade da mensagem e ainda não falamos de uma definição. Tim Challies diz o seguinte: “Discernimento é a habilidade de entender e aplicar a Palavra de Deus com o objetivo de separar a verdade do erro e o certo do errado”. Vou repetir: “Discernimento é a habilidade de entender e aplicar a Palavra de Deus com o objetivo de separar a verdade do erro e o certo do errado”. Daí eu simplifiquei e é isto que gosto de dizer: “O discernimento é a sabedoria fazendo uma escolha”. O discernimento é a sabedoria fazendo uma escolha.
Se você pensar na Bíblia, especialmente em Provérbios, Provérbios diz coisas como: “Palavras imprudentes ferem como uma espada” e “Fieis são as feridas de um amigo”. Mas como você sabe se as palavras que você acabou de falar foram palavras imprudentes que ferem como uma espada ou se eram, talvez, feridas de um amigo? O discernimento vai começar a te ensinar isso aos poucos e você vai saber, “Puxa, mandei ver naquela palavra imprudente porque eu queria mesmo é ferir aquela pessoa”. Ou talvez, “Não, o que falei pode ter soado insensível, mas foi a coisa mais bondosa que eu poderia ter dito para aquela pessoa”. Você vai começar a saber a diferença conforme viver mais. “O que estou fazendo com minhas palavras? Será que elas foram gentis ou, na verdade, foram um tanto covardes?” Você vai começar a perceber a diferença à medida que interage com a Palavra de Deus e a sabedoria faz suas escolhas.
Agora—nós vimos por que precisamos de discernimento, vimos uma definição (a sabedoria fazendo uma escolha) e agora temos que perguntar: como obtemos discernimento? Isso é muito importante.
Logo que uma das minhas melhores amigas, Ângela, se formou na faculdade, ela começou a trabalhar como caixa no banco local. Enquanto ela estava lá, eles tinham que aprender a identificar dinheiro falso. Ela disse que, durante o primeiro mês de treinamento, a única coisa que podiam fazer era observar e estudar dinheiro verdadeiro. Eles examinavam dinheiro o tempo todo e aprendiam: “um dólar vai ter essa marquinha aqui e essa marca d'água acolá”. Eles ensinavam um monte de coisas sobre dinheiro verdadeiro. E, depois de um mês, começaram, aos poucos, a infiltrar notas falsas. Ela disse: “Você conseguia identificar na hora”. Eles tinham passado tanto tempo observando dinheiro verdadeiro que, quando o dinheiro falso aparecia, ela podia identificar de imediato.
Ela me disse: “Eles não te ensinam a olhar para o dinheiro falso porque existem infinitas maneiras de falsificar dinheiro. Eles te ensinam o que é verdadeiro para que você consiga identificar o que é falso”.
Se quisermos ser mulheres de discernimento, há um único caminho. Precisamos mergulhar, nos banhar e viver nossas vidas na Palavra de Deus. Precisamos buscá-la como se fosse um tesouro e comê-la como se fosse mel. Ela precisa estar em nossos corações diariamente.
Duas semanas atrás, eu estava na Indonésia com meu marido e fomos para uma ilha remota chamada Papua. Lá, se falam 270 línguas; apenas seis delas têm a Bíblia completa traduzida — seis.
Eu assisti a um vídeo do exato lugar em que estivemos. Tivemos que ser levados de avião e pousar em pistas de grama ou água para chegar a um determinado lugar. Vi o vídeo de uma tribo recebendo a Palavra pela primeira vez e se você tivesse visto a alegria... todos estavam de mãos erguidas, louvando, “Temos a Palavra! Não estamos mais perdidos. Podemos estudá-la por nós mesmos.”
Eu pensei nas muitas versões da Bíblia que tenho na minha estante. Será que algum dia eu já parei para dizer: “Obrigada, Jesus, por eu ter Sua Palavra!” ou eu me arrasto preguiçosamente até ela, pensando: “Que sorte Deus tem em me ter em Sua equipe! Olha só, estou lendo a Bíblia de novo”.
O Deus de todo o universo falou! Ele falou e nós não ouvimos! Não ouvimos.
Um estudo conduzido pelo grupo Barna diz que as pessoas nos Estados Unidos que leem, usam ou ouvem a Bíblia quatro vezes por semana ou mais correspondem a menos de vinte por cento. Isso nos Estados Unidos, onde temos Bíblias em todo lugar. Não temos desculpas, mas somos biblicamente iletrados. Não conhecemos a Palavra, então não conseguimos identificar o que é uma verdade falsificada. Precisamos mudar o nosso mundo. Isso significa nos tornarmos mulheres que acreditam no poder da Palavra.
Se nossos filhos passassem tanto tempo na Bíblia quanto passam nos treinos de futebol, imagine o que saberiam! Mas somos uma cultura que está correndo atrás de fama, dinheiro e conhecimento acadêmico. Dizemos: “Ah, não, não amamos essas coisas. Amamos a Jesus”. Sabe o que os livros dos Reis nos dizem? Dizem que, enquanto o povo de Deus estava adorando ao Senhor, estavam servindo aos seus ídolos e seus filhos e netos faziam a mesma coisa. Somos uma cultura que adora ao Senhor e serve aos nossos ídolos e, como resultado, temos filhos biblicamente iletrados. E ficamos perplexas quando eles chegam à adolescência e dizem: “Não sei se acredito no que a Bíblia diz”. Eles não sabem o que ela diz! Precisamos ser mulheres da Palavra que a transmitam para a próxima geração e para a próxima geração e para a próxima geração. Não falharemos em contar-lhes as obras do Senhor e não temos desculpas. Temos o tempo e temos a Bíblia. Precisamos passá-la para a próxima geração. Precisamos conhecer a Palavra de Deus.
Deixa eu te contar uma coisa, eu já fui professora de matemática. Eu amo matemática; na verdade, me sinto muito mais confortável ensinando a fórmula quadrática do que ensinando sobre discernimento. Mas não acho que você esteja aqui para aprender que menos b mais ou menos a raiz quadrada de b ao quadrado menos 4ac — acho que você não quer ouvir isso!
Mas uma coisa que aprendi ensinando matemática foi que eu podia passar um conteúdo e perguntar se os alunos haviam entendido. E eles abriam os olhos e diziam: “Sim, entendemos”. E sabe o que acontecia? Eu dava um dever de casa e eles não conseguiam fazer. Não davam conta. Mas sentamos na igreja e dizemos: “Sim, eu entendi. Eu entendi.” Então, a tarefa de casa chamada “vida” chega e você pensa: “Não, eu não entendi! Eu não entendi nada”.
Então, precisamos ser mulheres que, sim, estejam atentas durante os cultos, mas que também estudem a Bíblia por conta própria. Estudar a Bíblia por conta própria, porque sabe de uma coisa? Para ser bem honesta, queremos confiar no nosso pastor, mas também precisamos nos certificar de que ele esteja dizendo a coisa certa. Precisamos ser mulheres que conhecem seu Deus, que demonstram força e tomam atitudes. Precisamos saber o que a Palavra diz para garantir que estamos ouvindo as coisas certas.
Precisamos conhecê-la, precisamos estudá-la por conta própria, precisamos estudá-la com outras pessoas e precisamos ensiná-la a outras pessoas. Preste atenção nisto: quando eu realmente queria saber se um aluno havia entendido um conceito matemático, eu chamava-o para a frente da sala e dizia: “Ensine isso para todo mundo”. Esse é o momento em que o aluno começa a aprender de verdade, porque você aprende de verdade quando ensina alguém.
É por isso que em Colossenses diz: “Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria” (Cl 3.16). Paulo não está falando somente com pastores. Eu preciso ensinar você e você precisa me ensinar, porque eu começo a aprender de verdade quando começo a ensinar. Eu, provavelmente, vou aprender mais com esta mensagem do que qualquer uma de vocês, porque sou eu quem está ensinando. É por isso que precisamos ensinar. Você não precisa ensinar na frente de pessoas, mas pode ensinar sua vizinha sobre Jesus. Pode ensinar a criança da sua rua sobre Jesus. Pode ensinar qualquer pessoa em sua vida sobre Jesus, porque você O conhece e tem verdades eternas para apresentar a outra pessoa.
Primeiro, precisamos conhecer a Palavra de Deus e depois precisamos nos deleitar na Palavra de Deus. Não basta decorar versículos da Bíblia. Precisamos amar a Palavra de Deus. Precisamos acreditar que é nos caminhos dele que encontramos a vida verdadeira. Isso nos ajuda a sermos mulheres sábias, porque nos dá fome de conhecê-la mais. Queremos viver à luz da Palavra e isso sempre envolve obedecê-la. Quanto mais obedecemos ao que ela diz, mais compreendemos a verdade de Deus. Vamos entender de forma diferente o que ela significa quando realmente obedecermos e construirmos nossas vidas sobre ela.
Então, precisamos conhecer a Palavra de Deus e nos deleitar nela. Precisamos, de fato, orar por discernimento. Tiago nos diz: “Se algum de vocês necessita de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá com generosidade e ela lhe será concedida”. Então, ore! Peça a Deus para mostrar o caminho.
Outro ponto, não obtemos discernimento de forma independente. Obtemos discernimento em comunidade, junto com outras pessoas. Peça ajuda às pessoas em sua vida, peça ajuda a pessoas sábias em sua vida quando estiver tomando decisões. Provérbios nos diz: “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal” (Pv 13.20). Há muitos versículos sobre buscar conselhos sábios.
É também importante que eu diga que discernimento não é evitar o mundo; é a habilidade de entrar no mundo e abraçar o bem enquanto se evita o mal. Precisamos estar no mundo, mas não ser do mundo. Não podemos ser pessoas que apenas segregam-se de tudo que é ruim. Isso não é discernimento; isso é apenas separação. Precisamos ser pessoas que podem estar no ambiente onde a Sabedoria e a Tolice estão clamando e dizer: “O temor do Senhor está em mim. Eu vou seguir a sabedoria”. Precisamos estar lá, porque outras pessoas estarão observando as escolhas que estamos fazendo e elas precisam ver como o discernimento se comporta quando é vivido.
Por último, quais são os resultados do discernimento? Quando eu tinha vinte e um anos e devolvi o anel de noivado, parte do meu medo, parte do meu profundo desejo por discernimento, era que eu queria uma promessa de que, se eu me casasse com aquele homem, tudo correria bem. O discernimento não é uma promessa de que tudo correrá bem. Jesus discerniu que Ele tinha vindo para carregar os pecados do mundo. Ele sabia exatamente para o que Deus O estava chamando. O discernimento não equivale a uma vida fácil; ele equivale, sim, a uma vida vivida, em vez de morte. Sabemos que a tolice somente nos leva à morte.
Mas isso não significa fácil. A Bíblia nunca promete facilidade. Nós inventamos promessas para nós mesmas que a Bíblia não nos promete o tempo todo. Eu faço isso. Você lê a Bíblia e pensa: “Ah, sim, Ele continua falando sobre sofrimento, sobre coisas difíceis e sobre carregar sua cruz. Ah, sim, sim foi isso que Ele disse!”
O discernimento pode nos mostrar que devemos escolher caminhos muito difíceis. Talvez não seja o que é fácil, mas pode ser o que é sábio. Eu tenho uma filha agora que está pensando em ir para o campo missionário. Não é fácil. Ela vai deixar muitos confortos para trás. Ela diz: “Mas mãe, eu quero ir!” Eu fico pensando: “Louvado seja o Senhor”. Essa é uma mulher de discernimento, que pode escolher o que é difícil porque sabe que o céu reina. Ela sabe que há pessoas que passarão uma eternidade separadas de Deus se não tiverem alguém para contar-lhes sobre as boas novas. O discernimento pode nos levar a escolhas realmente difíceis e radicais. Essa é a maneira mais sábia de viver. Não é tolice; é sabedoria.
O trecho que lemos mais cedo, em que Paulo orava pelos filipenses, dizia que o discernimento permitiria que eles aprovassem o que é excelente. Aqui está a questão: quando você se torna numa mulher que está imersa na Palavra de Deus, você começa a perceber quando as coisas estão erradas. O que eu não quero, especialmente se você é líder de ministério de mulheres, é que você pense: “Eu preciso ler todos os livros cristãos para poder dizer às minhas mulheres quais elas não devem ler”. Você precisa continuar colocando a Palavra de Deus diante delas. Continue mostrando-lhes a verdade, continue mostrando-lhes a verdade, continue mostrando-lhes a verdade. Então, quando o falso aparecer, elas vão dizer: “Isso não está certo!” Elas vão perceber que algo está errado. Elas vão saber que é ruim.
Havia um bombeiro sobre o qual eu li na revista Seleções. Eu amo essa revista de paixão. Diz que esse bombeiro estava indo combater um incêndio e, ao entrar, ele, imediatamente, disse à sua equipe inteira: “Saiam agora”. Assim que saíram, o andar inteiro desabou. Ele havia combatido tantos incêndios que sabia que algo estava errado.
Não queremos ser mulheres que criam e ensinam outras mulheres tudo o que é ruim. Queremos ensiná-las sobre tudo o que é bom para que possam saber quando há coisas ruins por perto. É isso que queremos. Queremos mulheres fortes que possam discernir por si mesmas a verdade do erro, o fato da ficção. É isso que esperamos fazer.
A segunda coisa que o trecho de Filipenses 1 nos diz: para que sejamos “sinceros e inculpáveis, cheios do fruto da justiça”. Nosso objetivo com o discernimento não é uma vida fácil, é uma vida que se pareça com a de Jesus. Queremos viver uma vida que mostre ao mundo que estamos sendo transformadas dia após dia à imagem de Jesus, para que possamos sair para um mundo que está desesperado, sozinho e carente e falar: “Há algo melhor e há um novo reino. Venham fazer parte dele”. O Senhor fará com que nossas vidas brilhem para o mundo que nos observa. Seremos sinceras e inculpáveis, cheias de justiça, para a glória e louvor de Deus.
O objetivo do discernimento não é termos a vida dos nossos sonhos; o objetivo do discernimento é glorificar a Deus com nossas vidas. Esse é o objetivo, esse é o caminho da vida. É assim que realmente vivemos. Vivemos em Seus átrios, percorremos o caminho dos Seus mandamentos, porque Ele libertou nosso coração! Isso é vida! É isso que estamos buscando discernir. Não estamos discernindo qual é a vida mais fácil ou melhor para nós, estamos discernindo: “Qual é a melhor vida para glorificar a Deus?” Essa é a nossa esperança em tudo isso.
Sabemos que Deus é a fonte do nosso discernimento, a Palavra de Deus é o meio do nosso discernimento e a glória de Deus é o objetivo do nosso discernimento. Vou repetir. Deus é a fonte (“o temor do Senhor é o princípio da sabedoria”), a Palavra de Deus é o meio pelo qual nos tornamos mulheres de discernimento e a glória de Deus é o objetivo.
No começo desta mensagem, falei sobre o cara para quem devolvi o anel. Você deve estar se perguntando o que aconteceu com ele. Ele está casado há vinte e cinco anos; tem três filhos maravilhosos; é presidente do Reformed Theological Seminary. Ele se chama Mike e é meu marido (risos). A boa notícia sobre o discernimento e a boa notícia sobre o fato de que o céu reina é que o Senhor nos levará onde Ele quer que cheguemos. Eu pensei que tinha uma decisão que dependia de mim, mas Deus me mostrou: “Eu vou te levar até onde você precisa ir”. Assim como Ele guiou os israelitas pelo Mar Vermelho até a Terra Prometida, mesmo sendo o caminho mais longo e sem sentido, Ele tinha algo a provar — a Sua glória. Sabe de uma coisa? Eu não sei todas as razões pelas quais Deus me guiou por esse caminho — e, por favor, se você está tentando decidir se deve se casar, eu não posso te dizer se você deve se casar com a pessoa com quem você está. Recebo essas perguntas o tempo todo. “Você acha que eu devo me casar com...?” Converse com alguém da sua comunidade local que te conheça. Isso é o que sempre digo. Com discernimento, você deve conversar com alguém que realmente te conheça e conheça a pessoa com quem você está.
Mas o Senhor me levou por um caminho e essa é a questão sobre o discernimento: um “não” em um dia pode se tornar um “sim” em outro dia. Um “não” em um período pode ser um “sim” em outro período. Essa é a beleza do discernimento. A esperança do discernimento não está em saber qual será o desfecho das situações, mas em saber quem estará lá. Porque o céu reina, podemos abrir nossos corações e dizer: “Eu não sei o que fazer, mas meus olhos estão em Ti. Irei para onde Tu me levares, e seguirei. Direi ‘sim’ aos Teus mandamentos e percorrerei os Teus caminhos. Talvez eu não saiba para onde eles vão me levar, mas eu confio em Ti, Senhor”.
O Senhor teve que trabalhar em meu coração para eu acreditar que poderia dizer “sim” ao casamento, não porque eu soubesse que seria fácil, mas porque Deus estaria lá, acontecesse o que acontecesse. Sou grata por ter dito “sim”. Sou muito grata; quase me emociono ao falar sobre isso. Esse é o objetivo do nosso discernimento. Deus é a fonte, a Palavra é o meio e a Sua glória é o nosso objetivo. Sejamos mulheres que oram. Vamos orar.
Nancy: Eu amo essa frase — Deus é a fonte do nosso discernimento. A Palavra é o meio e a Sua glória é o nosso objetivo. Melissa Krueger está falando sobre como podemos ser mulheres de discernimento. Ela voltará em breve para orar conosco.
Melissa enfatizou que, para sermos mulheres de discernimento, precisamos ser mulheres da Palavra. Estamos nos enchendo das Escrituras? Sabemos o que ela diz? Nos deleitamos nela? Quanto mais familiarizadas estivermos com as Escrituras, mais conheceremos e amaremos a Deus e mais seremos preenchidas com o discernimento que vem dele.
Raquel: Antes de encerrarmos, Melissa Krueger vai orar conosco.
Melissa: Pai, precisamos desesperadamente da Tua Palavra. Precisamos de um temor mais profundo de Ti. Precisamos crer que a Tua Palavra é vida, alegria e esplendor. Senhor, convence-nos a sermos mulheres da Palavra. Que possamos contar à próxima geração a bondade das coisas que Tu tens reservado para aqueles que Te amam. Que sejamos mulheres que conhecem a Tua Palavra, que sejamos mulheres que se deleitam na Tua Palavra, que sejamos mulheres que obedecem à Tua Palavra. Que ela transborde de nós de tal maneira que o mundo ao nosso redor queira saber sobre a esperança que temos.
Senhor, oramos para que Tu nos transformes em mulheres de discernimento, para que vivamos vidas que glorifiquem e honrem a Ti em tudo o que fizermos. Senhor, Te agradecemos por Jesus. Agradecemos por Ele ter vindo a esta terra e vivido e morrido para que pudéssemos caminhar novamente Contigo. Obrigada por responder a todos os nossos medos com a promessa: “Eu estarei com você”. Obrigada, Jesus. É em Teu nome que oramos, amém.
Raquel: Bom, nossa série sobre como nos tornarmos mulheres de discernimento chegou ao fim, mas você ainda pode continuar a cultivar e desenvolver seu discernimento através do nosso livreto Retrato bíblico da feminilidade disponível em nosso site avivanossoscoracoes.com! Oramos para que, através deste recurso, sua mente seja renovada de acordo com o design e plano de Deus para a sua vida e, assim, você desfrute da vida abundante que há em Cristo.
Agora, uma pergunta. Em sua velhice, você gostaria de ser conhecida como uma pessoa rabugenta e amarga ou como uma mulher santa, piedosa, madura e que transmite vida às pessoas ao seu redor? Pois bem, amanhã começaremos uma nova série chamada “Envelhecendo com graça”, na qual Sharon Betters e Susan Hunt vão nos ensinar o que a Bíblia tem a nos dizer sobre como podemos envelhecer enquanto mulheres de Deus. Esteja conosco amanhã para se aprofundar ainda mais no conhecimento da vontade de Deus para todas as etapas da vida. Esperamos você!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.