Dia 12: O alvo e a espada
Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que a resposta das pessoas a Cristo revela muito sobre o coração delas.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não existe meio-termo. As pessoas estão ou a favor de Jesus, ou contra Jesus. Ou elas tropeçam sobre Ele, ou se levantam por meio dele. Ou creem nele, ou O rejeitam.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu Reina, na voz de Renata Santos.
Dannah Gresh: O Natal está quase chegando. . . seja essa história nova para você ou você já tenha ouvido muitas vezes, ela é cheia de riquezas a serem descobertas. Nancy nos ofereceu uma visão profunda sobre um dos personagens muitas vezes negligenciado na narrativa tradicional do Natal nesta série chamada Meus olhos já viram a Tua salvação. espadaVamos ouvir agora a última mensagem da série.
Nancy: Chegamos a uma …
Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que a resposta das pessoas a Cristo revela muito sobre o coração delas.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não existe meio-termo. As pessoas estão ou a favor de Jesus, ou contra Jesus. Ou elas tropeçam sobre Ele, ou se levantam por meio dele. Ou creem nele, ou O rejeitam.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu Reina, na voz de Renata Santos.
Dannah Gresh: O Natal está quase chegando. . . seja essa história nova para você ou você já tenha ouvido muitas vezes, ela é cheia de riquezas a serem descobertas. Nancy nos ofereceu uma visão profunda sobre um dos personagens muitas vezes negligenciado na narrativa tradicional do Natal nesta série chamada Meus olhos já viram a Tua salvação. espadaVamos ouvir agora a última mensagem da série.
Nancy: Chegamos a uma parte difícil no estudo que estamos fazendo sobre Simeão, no Evangelho de Lucas, capítulo 2. Difícil porque Simeão já havia expressado um cântico de louvor e gratidão ao Senhor por aquilo que Ele havia feito ao enviar aquela criança, Jesus, ao templo.
Dos braços de Maria e José, Simeão tomou a criança nos braços e bendisse ao Senhor, dizendo: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel."
Mas então o tom muda quando ele se volta para a mãe, e profere essa profecia logo após essa bênção e louvor. Ele diz: “Mas haverá dor associada à vida dele e à sua, por causa de todo esse assunto do Evangelho. Não será fácil.”
A partir do versículo 34 de Lucas 2 lemos:
Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino [esse filho que você acabou de dar à luz] está destinado tanto para ruína como para elevação de muitos em Israel e para ser alvo de contradição, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. Quanto a você, Maria, uma espada atravessará a sua alma.
Ele está dizendo: “Há uma jornada adiante para você — para você e para Cristo”; e, por implicação e aplicação, para nós também, como seguidoras de Cristo. Já dissemos que Simeão usa três figuras de linguagem ou três imagens em sua profecia.
Primeiro, vimos na última mensagem a imagem da pedra. “Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para elevação de muitos em Israel.” Para algumas pessoas, Ele seria uma pedra de tropeço, uma rocha de escândalo. Elas rejeitariam Jesus e tropeçariam nele a caminho do juízo.
Para outras, Ele se tornaria a pedra angular, a preciosa pedra de fundação. Elas creriam nele, e Ele seria o motivo de sua elevação.
Então vimos essa imagem de Cristo como a pedra. Agora ele usa outras duas imagens que queremos observar hoje — Cristo como um alvo, e depois a espada que atravessaria o coração de Maria.
Vamos refletir primeiro sobre o alvo. “Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para elevação de muitos em Israel e para ser alvo de contradição.”
Alvo de contradição. A palavra traduzida como contradição significa “ser contestado, ser alvo de oposição.” É a imagem de um alvo a ser atingido, um alvo de flechas.
É, na verdade, uma metáfora tirada do arco e flecha. É um alvo, uma marca, e você mira nesse alvo. Um comentarista disse: “Jesus seria um alvo, um ponto de mira para todos os dardos inflamados do maligno.”
Ele foi um alvo de contradição. Aquele que é o Consolador de Israel (como vimos no início desta série) seria alvo de contradição.
Ele veio para trazer consolo. Veio para trazer bênçãos. Veio para trazer salvação. E, ainda assim, esse mesmo Cristo, o Filho de Deus, o Salvador do mundo, seria alvo de contradição.
Ele foi alvo de contradição e comentários negativos pelos líderes religiosos, os fariseus, que aproveitaram toda oportunidade para desmascará-Lo, expô-Lo, fazer com que parecesse errado, armando ciladas com suas próprias palavras. Estavam sempre tentando falar contra Ele.
Ele foi contestado em certo momento por Seus próprios irmãos e irmãs, familiares que não entendiam quem Ele era nem o que tinha vindo fazer.
Isaías 53 nos diz: “Foi desprezado e rejeitado pelos homens” (v. 3). Um alvo de contradição. João 1 nos diz: “Veio para o que era seu [o povo judeu], e os seus não o receberam” (v. 11). Ele foi um alvo de contradição.
Hebreus 12 diz: “Considerem aquele [Cristo Jesus] que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo” (v. 3). Aqui estavam pecadores falando contra o Filho de Deus, sem pecado e irrepreensível.
Ele foi contestado em Seu tempo. Foi rejeitado e falaram contra Ele. Foi assim que Ele acabou indo para a cruz. “Crucifica-o! Crucifica-o!” Um alvo de contradição.
Ele continua sendo um alvo de contradição. Neste mundo de hoje, Ele ainda é um alvo de contradição por muitos. Não é impressionante como o mundo se tornou tolerante com todas as religiões — exceto com a crença de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o único Salvador do mundo?
Se você fala de Jesus hoje, você se mete em grandes problemas, porque Ele é um alvo de contradição. Podemos celebrar todos os tipos de feriados religiosos em nossas escolas e no governo; mas se você falar de Jesus Cristo, o Filho de Deus, o único Salvador do mundo, vão se levantar contra você.
Ele é um alvo de contradição. Ele é um alvo contra o qual se fala — e se você é uma seguidora de Jesus Cristo, pode esperar também, com Ele, ser um alvo de contradição.
Jesus nos disse que seria assim. Ele disse aos Seus discípulos em João 15:
Se o mundo odeia vocês, saibam que, antes de odiar vocês, odiou a mim. Se vocês fossem do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas vocês não são do mundo — pelo contrário, eu dele os escolhi — e, por isso, o mundo odeia vocês. (vv. 18–19)
Não é por você crer em religião que será perseguida. Geralmente, no nosso mundo, é porque você crê no nome de Jesus Cristo.
Quando você exalta a cruz de Cristo em nosso mundo e em nossa cultura, você se torna um alvo de contradição. Então, o que devemos fazer? Pedro disse: “Espere por isso!” E se alegre quando acontecer. Não se encolha de medo. Não se esconda debaixo de uma pedra. Não coloque sua lamparina debaixo do alqueire. Exalte a cruz. Exalte o nome de Jesus Cristo.
Pedro diz: “Alegrem-se, na medida em que participam dos sofrimentos de Cristo.” Ele foi um alvo de contradição. Você é um alvo de contradição. Alegre-se. Você está participando dos sofrimentos dele.
Se você for insultada por causa do nome de Cristo, você é bem-aventurada. Pense nisso. Se você for insultada por causa do nome de Cristo, você é abençoada. Você é abençoada porque o Espírito da glória de Deus repousa sobre você.
Jesus disse no Sermão do Monte:
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês. (Mateus 5.10–12)
É tolice esperarmos que o mundo fale bem de Cristo e de Sua cruz. O mundo rejeita Cristo e Sua cruz.
Portanto, no local de trabalho, no comércio, na praça pública, no cenário político, na esfera dos acontecimentos mundiais — não se surpreenda quando o mundo rejeitar o nome de Cristo e a cruz.
Simeão disse isso aqui, olhando para o bebê no templo: “Ele será um alvo de contradição.” Essa palavra alvo significa “um prodígio, uma maravilha, uma evidência do poder sobrenatural de Deus”. Ele será uma evidência sobrenatural do poder de Deus — que o mundo rejeitará. O mundo se oporá a Ele. Falará contra Ele. E se você O seguir, pode esperar viver isso também.
Agora, no versículo 35, temos um parêntese. Quero pular esse trecho por um momento — já voltaremos a ele — mas veja a última frase do versículo 35: “para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.”
Ele será um alvo de contradição para que os pensamentos de muitos corações sejam revelados.Essa palavra pensamentos tem a ver com raciocínios — o que as pessoas estão pensando, o que está se passando em suas mentes — para que isso seja revelado. A palavra significa “descoberto, desvelado”.
O que fazemos com Jesus, o que cremos a respeito dele, como respondemos a Ele, revela os pensamentos secretos e o verdadeiro coração. A forma como as pessoas respondem ao nome de Jesus, como reagem à verdade do Evangelho, expõe o que realmente está em seus corações.
E deixe-me dizer: não há meio-termo. Ou as pessoas estão a favor de Jesus, ou contra Ele. Ou tropeçam sobre Ele, ou se levantam por meio dele. Ou creem nele, ou O rejeitam.
As pessoas que recebem Cristo Jesus como Salvador e Senhor revelam que têm um coração humilde. Isso revela o coração delas. As pessoas que rejeitam Jesus revelam que têm um coração altivo — e isso é verdade mesmo para aquelas que, exteriormente, parecem ser “pessoas boas e religiosas.”
Há hoje pessoas religiosas e boas — pessoas que fazem boas ações, que doam dinheiro, que são bons vizinhos — mas que rejeitam Jesus, e isso revela que têm um coração altivo, arrogante e orgulhoso.
Algumas pessoas dizem: “Eu não resisto a Jesus.” Eu me lembro do meu pai. Ele tinha uma forma muito direta de lidar com as pessoas sobre sua condição espiritual. Se ele sentisse que alguém estava em cima do muro e não queria realmente se comprometer com Cristo, ele entregava a essa pessoa um pequeno cartão.
Ele dizia: “Você poderia assinar isso, por favor?” Quando a pessoa olhava o cartão, de um lado estava escrito: “Eu, por meio deste, rejeito Jesus Cristo como Senhor e Salvador da minha vida”, com espaço para a assinatura.
A pessoa respondia: “Eu não quero fazer isso. Eu não O rejeito.”
Então ele virava o cartão e dizia: “Tudo bem, assine do outro lado.” E do outro lado estava escrito: “Eu, por meio deste, recebo Jesus Cristo como Salvador e Senhor da minha vida.”
“Bem, eu não estou preparada para fazer isso.” Pois bem, você está fazendo uma coisa ou outra.
Aqueles que não recebem Cristo como Salvador e Senhor de sua vida estão, de fato, rejeitando Jesus. Os pensamentos do coração delas — os verdadeiros pensamentos do coração — estão sendo expostos por aquilo que fazem com Cristo.
Agora, vamos voltar àquela frase entre parênteses no versículo 35. Simeão olha para Maria. Ele já lhe disse que seu Filho será causa de queda e de reerguimento para muitos. Ele será um alvo de contradição.
Então ele diz, entre parênteses: “Quanto a você, Maria, uma espada atravessará a sua alma.”
“Uma espada atravessará a sua alma.” Esse verbo atravessará está em um tempo verbal que indica uma ação contínua. Isso não será algo que acontecerá uma só vez. Será algo constante na sua vida: uma espada atravessará a sua alma.
O termo usado para “espada” aqui se refere a uma espada muito grande, como aquela que Golias usava — uma espada larga, de dois gumes. Ele está dizendo que, como mãe de Jesus, Maria experimentaria uma dor emocional extrema. “Ser mãe deste filho trará uma dor profunda, uma espada no seu coração.”
Ora, Maria já havia sofrido até certo ponto. Já havia enfrentado a incompreensão e o desprezo da família e dos amigos ao descobrirem que ela estava grávida. Foi difícil para muitos acreditarem que fora o Espírito Santo quem fizera aquilo, que ela não havia tido relações com nenhum homem.
Ela logo experimentaria a fuga para o Egito, para escapar de Herodes. Experimentaria a dor pela matança dos meninos inocentes ordenada por Herodes, e sabia que, de certa forma, seu filho tinha sido o motivo para aquilo.
Herodes derramou sua fúria e destruiu, matou todas aquelas criancinhas de dois anos para baixo. Isso certamente foi uma espada no coração de Maria. Como mãe, quando seu Filho sofria, ela também sofria.
Ao longo de vários momentos da vida dele, Ele enfrentou rejeição, incompreensão, abuso e, por fim, a morte por crucificação por crimes dos quais era totalmente inocente. Vocês, que são mães, sabem que isso foi uma enorme espada no coração dessa mãe.
Quando aqueles pregos trespassaram Suas mãos e pés no Calvário, uma espada traspassou também a alma dela. Aquele era o Filho dela, que ela estava entregando para a salvação do mundo.
Agora, essa questão da espada da maternidade — não apenas para Maria, mas para as mães em geral — remete à queda da humanidade em Gênesis 3.
Vou ler alguns versículos dessa passagem, e veja se eles não se conectam, na sua mente, com esse conceito de uma espada transpassando a alma de uma mãe.
Lembre-se: depois que Eva escolheu comer o fruto, ela o deu ao marido. Ele também comeu, e então Deus veio visitar o casal no jardim, junto com a serpente. Ele convocou uma reunião e explicou que haveria consequências para essa escolha de independência em relação a Deus.
Então o Senhor Deus disse à serpente. . . Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. (v. 15)
Deus está falando com a serpente, que representa Satanás. É Satanás encarnado, na verdade. Ele diz à serpente, a Satanás: “Porei inimizade entre você e seus seguidores, aqueles que não creem, e a descendência da mulher.”
Quem é a descendência da mulher? Cristo, que foi descendente de Eva, e aqueles que estão em Cristo. Ele está dizendo que sempre haverá essa guerra entre Satanás e os descrentes, e a mulher e sua descendência, que inclui Cristo e todas nós que O seguimos.
Ele — falando da descendência da mulher, isto é, Cristo, o descendente dela — ferirá a sua cabeça, Satanás, e você ferirá o calcanhar dele. Satanás, você O fará sofrer. A semente da mulher passará pelo sofrimento, mas Ele dará o golpe fatal na sua cabeça.
Depois, Deus se volta para a mulher, tendo descrito essa guerra, esse relacionamento de oposição entre a descendência da mulher e Satanás e sua descendência. Ele diz à mulher, no mesmo contexto: “Aumentarei em muito os seus sofrimentos na gravidez; com dor você dará à luz filhos.” (v. 16)
Veja, a Queda traz consigo todo esse senso de conflito, de guerra, de espada, de divisão. Ele diz à mulher: “Haverá dor.”
Ele está falando aqui de parto literal. Qualquer mulher que já teve um filho sabe que esse versículo é verdadeiro. Mas, mães, vocês concordam que a dor não acaba depois que vocês passam pelo parto — que há dor associada à maternidade por toda a vida?
Às vezes é uma dor doce. Às vezes é uma dor mais difícil. Depende do que a causa, mas na criação de filhos, sempre há dor envolvida. Não há dor como a que uma mãe sente ao ver seu filho sofrer, mesmo quando o sofrimento é apenas consequência de viver num mundo caído.
Você vê aquela criança de três anos com febre de 40 graus, febre altíssima, e pensa: “É uma dor para o coração de uma mãe.”
Você vê seu filho passar por sofrimento físico que é, no fim das contas, causado pelo pecado neste mundo. Isso é uma dor, um sofrimento, uma espada no coração de uma mãe.
Às vezes são as consequências das próprias escolhas pecaminosas deles, e isso gera uma dor — uma espada larga, pesada, profunda — que corta o coração de uma mãe.
Mencionei anteriormente nesta série uma amiga cuja filha adulta está fazendo escolhas muito erradas. Minha amiga me ligou na semana passada, e em certo momento ela chorava tanto que mal conseguia falar.
O coração dessa mãe está despedaçado pelo que está acontecendo na vida da filha jovem adulta neste momento. Estávamos falando sobre essa passagem, sobre mães que experimentam uma espada atravessando sua própria alma, e ela me disse: “Às vezes sinto, nesta situação, como se uma espada física estivesse atravessando meu coração.”
Não há uma espada física atravessando o coração dela, mas há uma espada, uma dor, atravessando seu coração como mãe.
A dor que o pecado traz para seus filhos é indescritivelmente profunda, seja o pecado deles, seja o pecado de outros, seja o pecado deste mundo caído em geral, que faz com que o mundo seja corrupto e perdido.
E há momentos em que a mãe não pode fazer nada. Você não consegue parar a dor na vida do seu filho. Você não pode impedir. Você não pode ajudar, e você não quer ver seu filho passar por aquela dor.
Embora toda mãe experimente esse tipo de dor em maior ou menor grau, no caso de Maria, não foi o pecado de seu Filho que lhe trouxe dor. Foi o pecado dos outros.
Na verdade, quando Maria estava de pé diante daquela cruz, cerca de trinta e três anos depois daquele encontro com Simeão — depois que ele lhe disse: “Uma espada atravessará a tua alma” — e enquanto ela estava ali, diante da cruz no Calvário, uma espada traspassou sua alma novamente.
A espada foi saber que não eram apenas os soldados romanos e os líderes religiosos judeus os responsáveis pela crucificação de seu Filho. É claro que eles tinham culpa. Mas você não acha que houve outra espada que atravessou sua alma quando ela percebeu que foi o pecado dela que O colocou ali? Não apenas o pecado dos outros, mas o dela.
Não é verdade que uma espada também traspassa a nossa alma quando estamos diante da cruz e percebemos: “Senhor Jesus, foi por mim que o Senhor fez isso; foi o meu pecado que Te levou àquela cruz”?
Essa espada não é experimentada apenas por mães em relação aos seus filhos, nem apenas por Maria em relação ao seu Filho. É também uma dor que qualquer pessoa que se identifica com Jesus experimentará à medida que o mundo rejeita Jesus e Sua mensagem.
O apóstolo Paulo, pensando em seus compatriotas judeus que se recusavam a crer em Cristo, diz em Romanos 9: “Digo a verdade em Cristo. . . sinto grande tristeza e tenho incessante dor no coração” (vv. 1–2). É uma espada transpassando sua alma.
Ele amava Cristo. Ele diz em Filipenses 3: “Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu lhes dizia e agora digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.” (v. 18)
Paulo diz: “Isso parte o meu coração. É uma espada que atravessa a minha alma. Eu amo a Cristo. Eu amo Sua cruz, e vejo pessoas que são inimigas da cruz de Cristo; mesmo que algumas delas professem ser amigas de Cristo, na verdade são Seus inimigos. Isso parte o meu coração.”
Paulo disse em 2 Coríntios 2: “Porque lhes escrevi no meio de muitos sofrimentos e angústia de coração, com muitas lágrimas, não para que vocês ficassem tristes, mas para que soubessem do amor que tenho por vocês.” (v. 4)
Paulo cuidava desses cristãos, mas eles estavam vivendo num mundo carnal e afastados de Deus. Cristãos, ou pelo menos os que professavam ser, estavam tolerando o pecado no meio do corpo, e Paulo estava com o coração despedaçado.
Você não pode ser uma seguidora de Cristo que ama e cuida dos filhos dele — sejam eles seus filhos naturais ou aqueles que você cuida no corpo de Cristo — você não pode seguir a Cristo e amar os outros sem, em certos momentos, experimentar dor e sofrimento, uma espada que atravessa a sua própria alma.
Mas aqui está a palavra de esperança em tudo isso: Cristo permitiu que essa espada atravessasse a alma dele para que pudéssemos receber graça quando a espada atravessar a nossa alma. Quando a espada atravessa a nossa alma — seja como mãe, seja como seguidora de Cristo — estamos participando dos sofrimentos de Cristo.
- Cristo sofreu na cruz para pagar pelo pecado do seu filho.
- Ele sofreu para pagar pelos que rejeitam a Cristo e a Sua cruz.
- Ele sofreu para oferecer a graça que você precisa para suportar a espada quando ela transpassa a sua alma.
Por maior que seja o seu sofrimento em certos momentos — por causa dos seus filhos ou ao ver pessoas rejeitarem o Evangelho e o nome de Jesus Cristo — por maior que seja esse sofrimento, lembre-se de que o sofrimento dele na cruz foi maior que o seu.
Jesus pagou tudo. Ele suportou a cruz por causa da alegria que Lhe estava proposta, para que você pudesse ter não apenas perdão para os seus pecados, mas também graça para suportar as consequências que o pecado traz para a vida dos outros.
Senhor, neste dia, Te agradecemos porque o Senhor se dispôs ser um alvo de contradição. Se dispôs a suportar sem revidar, sem se defender, mas em silêncio, sem uma palavra. Como um cordeiro que é levado ao matadouro e se cala, assim Tu não abriste a Tua boca.
Se dispôs a deixar uma espada transpassar a Tua alma, para que, quando nos tornarmos um alvo de contradição, quando nos tornarmos alvo dessa espada, quando ela traspassar a nossa própria alma, ó Senhor, haja graça à medida que levantamos nossos olhos para a cruz e dizemos: “Tu sofrestes. Tu suportaste, e, no entanto, ressuscitaste em novidade de vida, e também nos ressuscitarás para uma nova vida.”
Obrigada, Senhor, porque há graça para o sofrimento, e há uma alegria, uma glória, uma vida de ressurreição além da cruz que é indescritível e que supera infinitamente qualquer dor que possamos experimentar — seja como mães ou como discípulas de Cristo — quando vemos outros Te rejeitarem.
Ó Senhor, dá-nos a Tua perspectiva sobre tudo isso, e ajuda-nos a perseverar. Te damos graças por tudo o que nos espera além da cruz e pela graça para suportar a espada quando ela atravessa a nossa alma. Oro em nome de Jesus, amém.
Dannah: Se neste tempo de Natal você se encontra em luto ou passando por uma situação difícil, espero que esta mensagem tenha trazido encorajamento ao seu coração. Nancy, você nos ajudou a enxergar a história do Natal sob uma perspectiva única nas últimas semanas, especialmente ao estudarmos Simeão e o papel que ele desempenhou.
Nancy: Obrigada, Dannah. Meu desejo é que cada uma de nós celebre o Natal este ano com um novo senso de admiração e reverência. E lembre-se: essa não é apenas uma história que tiramos da estante uma vez por ano para relembrar. A esperança de Jesus, o milagre da história do Natal, foi planejada para transformar toda a nossa vida — todos os dias do ano.
É por isso que o Aviva Nossos Corações se dedica a trazer mensagens cheias de esperança e verdades eternas durante o ano inteiro. Se esta série, ou qualquer conteúdo deste ministério, tem sido uma bênção para você, considere apoiar este ministério tanto em oração como financeiramente.
Quando você apoia o Aviva Nossos Corações com uma oferta de qualquer valor, está ajudando mulheres ao redor do mundo a experimentar liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Visite o nosso site para informações de como fazer a sua doação ainda hoje, www.avivanossoscoracoes.com. Somos profundamente gratas pelo seu apoio.
Dannah: Estes dias que antecedem o natal são geralmente caóticos, cheios de compromissos e compras de última hora. Separe um tempo para meditar em razão de tanta festividade e derramar o seu coração perante o único Senhor digno de toda honra, toda glória e todo louvor.
Amanhã voltaremos com mais uma meditação para te trazer mais próxima a Jesus com a série Como Maria enfrentou o inesperado. Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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