
Dia 1: Uma perspectiva bíblica sobre mídias sociais
Raquel: Kelly Needham sabe que há muitas armadilhas a evitar ao usar as redes sociais!
Kelly Needham: Quando penso pelas lentes do discipulado, isso realmente me ajuda a filtrar: “Por que estou fazendo isso?” Às vezes, me pergunto: “O que a mulher do outro lado desta tela está sentindo agora nas redes sociais? O que posso dizer que traga vida, encorajamento ou simplesmente a aponte de volta para Cristo?”
Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Dannah, acho que é seguro presumir que a maioria das pessoas que estão ouvindo este programa usa redes sociais. Sei que você já estudou bastante sobre isso, é um assunto que te interessa muito. Você pesquisou os efeitos negativos das redes sociais e …
Raquel: Kelly Needham sabe que há muitas armadilhas a evitar ao usar as redes sociais!
Kelly Needham: Quando penso pelas lentes do discipulado, isso realmente me ajuda a filtrar: “Por que estou fazendo isso?” Às vezes, me pergunto: “O que a mulher do outro lado desta tela está sentindo agora nas redes sociais? O que posso dizer que traga vida, encorajamento ou simplesmente a aponte de volta para Cristo?”
Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Dannah, acho que é seguro presumir que a maioria das pessoas que estão ouvindo este programa usa redes sociais. Sei que você já estudou bastante sobre isso, é um assunto que te interessa muito. Você pesquisou os efeitos negativos das redes sociais e sei que isso realmente te preocupa.
Dannah: Sim, especialmente para as gerações mais jovens — adolescentes, pré-adolescentes e universitárias. Acho que, principalmente na época do Covid, é quase certo que a maioria das pessoas passaram muito mais tempo nas redes sociais. Mas, de maneira geral, o uso das redes sociais entre os jovens realmente me preocupa!
Talvez o mais assustador seja que algumas plataformas são mais propensas a serem usadas por predadores. Uma delas é o Snapchat. Recentemente, descobri que 23,5 milhões de usuários desse aplicativo têm menos de onze anos de idade.
Nancy: Uau!
Dannah: Isso me apavora, porque seus cérebros ainda não estão prontos para lidar com as decisões que precisam ser tomadas caso um predador se aproxime em um aplicativo como esse. É como colocar nossas crianças no centro de São Paulo ou do Rio de Janeiro e esperar que consigam lidar sozinhas com qualquer pessoa que se aproxime delas de forma perigosa.
É exatamente isso que estamos fazendo quando permitimos que crianças dessa idade usem aplicativos para os quais não estão preparadas.
Nancy: Há advertências muito sérias que precisam ser feitas sobre o uso das redes sociais, não apenas para crianças, mas também para nós, adultas. Mas, por outro lado, há maneiras sábias de usá-las, seja Facebook, Instagram, X ou Pinterest.
Isso exige discernimento, intencionalidade e a criação de limites e diretrizes. E é exatamente sobre isso que vamos conversar hoje e amanhã.
Dannah: Sim, porque recentemente, Nancy, estivemos juntas no estúdio com um grupo de jovens mulheres — nós as chamamos de a próxima geração de mulheres. Elas são líderes mais jovens e muito familiarizadas com as redes sociais. Tivemos uma conversa em painel que foi realmente fascinante e nos fez refletir sobre diferentes aspectos do uso dessas plataformas.
Nancy: Hoje e amanhã, vamos ouvir um pouco dessa conversa. Também ouviremos Laura Wifler, uma das fundadoras do Risen Motherhood (“Maternidade Ressurreta”, em português). Infelizmente, seus materiais ainda estão todos em inglês, mas tenho certeza de que nossas ouvintes serão abençoadas por este bate-papo.
Também ouviremos Erin Davis, que faz parte da equipe do Aviva Nossos Corações. Ela é nossa amiga de longa data e também escritora. Além delas, teremos outras participantes.
Dannah: Sim, Bethany Beal, do GirlDefined (“Garota definida”, em português), também participou conosco. Elas têm uma grande influência nas redes sociais, especialmente entre o público mais jovem. Também contamos com a presença de Kelly Needham, que é autora, blogueira e professora.
Nancy: Hoje e amanhã vamos ouvir essa conversa. Mas, antes disso, queremos escutar uma introdução que você fez para preparar o terreno para essa discussão sobre o uso das redes sociais com sabedoria. Vamos ouvir. Aqui está Dannah.
Dannah: Este é o trecho das Escrituras que queremos usar como base para uma nova filosofia sobre redes sociais: Filipenses 4.4–9. Nós conhecemos essa passagem: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honrado, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama. . .” (v. 8) Mas será que entendemos o contexto completo desse texto?
Porque, no começo, lemos:
Alegrem-se sempre no Senhor. . . Que a moderação de vocês seja conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus. (Fp 4.4–7).
Precisamos de algo que guarde nossos corações e mentes agora, em meio a tanta ansiedade e depressão. E o texto continua:
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês. O que também aprenderam, receberam e ouviram de mim, e o que viram em mim, isso ponham em prática; e o Deus da paz estará com vocês. (Fp 4.8–9)
Isso é algo muito significativo para mim! Paulo diz: “Vejam como eu vivo!” Ele fala com tanta confiança. E eu preciso olhar para isso e me perguntar: A forma como as pessoas me veem usando as redes sociais — como meus filhos me veem usando as redes sociais, como minhas leitoras me veem usando as redes sociais — será que analisaram a minha vida e dizem: 'Sigam meu exemplo! Façam assim!'?
. . . isso ponham em prática; e o Deus da paz estará com vocês. (Fp 4.9)
Os dois extremos que envolvem esse "tudo o que é amável" são a paz. Como alguém responsável pela mensagem do ministério Garota Verdadeira, como estou cuidando da minha própria saúde espiritual e emocional para continuar sendo uma boa serva do Reino de Deus?
Porque se estou dizendo: “Olhem para mim! Andem como eu! Ajam como eu!” — isso importa! E preciso ser honesta com vocês: muitas vezes me pego olhando para o meu feed e pensando, Será que muitas pessoas curtiram meu post hoje? Será que recebi elogios hoje? Será que ganhei muitos seguidores hoje? Será que tive impacto hoje? Alguém mais quer admitir isso? Isso não me faz bem! Isso não me mantém no coração de serva do Reino de Deus.
Estamos tentando encontrar a resposta para isso, tanto como usuárias quanto como influenciadoras. Precisamos refletir sobre a forma como estamos influenciando aqueles que acompanham nosso conteúdo. Sabendo dos riscos emocionais e espirituais, como podemos ser um exemplo para outras mulheres e ajudá-las a considerar essa questão em suas próprias vidas? Quais devem ser nossos limites?
Vou terminar com isso, para que possamos começar nossa conversa. Estamos muito consumidas pelos números. Estamos obcecadas com a quantidade de seguidores que temos. Mas Jesus discipulou apenas doze! Meu foco está na quantidade — em alcançar mais pessoas para que leiam meu blog inteiro, para que escutem a mensagem completa? Ou estou investindo em um número menor de pessoas, mas indo mais a fundo com elas?
Isso é um grande fator que precisamos considerar. Eu não sei se isso resolve o problema, mas ainda temos muitas questões práticas para navegar: “Devo expor meu nome? Meu rosto deve estar nas redes sociais ou não?” Essa é uma pergunta que ainda precisamos levar diante de Deus. Espero que você também pense sobre isso.
Nancy: Certo, eu gostaria de abrir espaço para discussão. Existem muitos aspectos diferentes nisso:
- O que é saudável para a nossa própria alma?
- Qual é a nossa responsabilidade para com aqueles que nos seguem, sejam mais jovens ou mais velhos?
Quero ouvir de cada uma de vocês — suas reações, as perguntas que estão surgindo. Não estamos tentando responder tudo agora. Estamos apenas colocando as questões sobre a mesa.
Em sua própria caminhada, no seu próprio ministério — vocês representam diferentes áreas — o que está no coração de vocês? Não precisam elaborar tudo agora, apenas comecem a conversa. Vou começar com a Laura.
Laura Wifler: Sim, sou grata por termos essa conversa. Emily, cofundadora do Risen Motherhood, e eu falamos sobre isso o tempo todo. Estamos realmente tentando encontrar uma política clara sobre como lidar com as mídias socias. Acho que essa foi uma palavra muito boa: política.
Planejar com antecedência o que vamos ou não vamos fazer nas redes sociais é algo muito, muito importante! Também já vimos os números e estatísticas, e este tem sido um grande tema de reflexão para nós.
Como podemos ser um ministério digital e, ao mesmo tempo, usuárias pessoais? Ambas temos nossas próprias plataformas. Como podemos amar bem as mulheres que nos seguem? Como podemos ser um exemplo sem fugir disso por medo? Para nós, esse é um grande dilema, e nem sabemos por onde começar!
Quando pensamos sobre o uso das redes sociais e como podemos ajudar as mulheres que interagem com o nosso conteúdo, temos uma política de "sem respostas impulsivas". Muitas vezes, recebemos mensagens perguntando: “O que vocês acham sobre esse assunto?” E é muito fácil querer responder na hora e dar uma opinião. E, muitas vezes, essas opiniões são realmente muito boas.
Mas algo que sempre penso comigo mesma é: nunca me arrependi de não ter postado algo, mas já me arrependi muitas vezes de ter postado. Mesmo nos stories, vinte e quatro horas é muito tempo! De verdade, é mesmo! Para começar nossa conversa, esse é um princípio que sempre tento lembrar:
- Será que esta é uma opinião impulsiva?
- Isso é só algo pelo qual estou apaixonada no momento?
- Eu conseguiria postar isso e não olhar para ele por uma semana?
Tipo, eu poderia simplesmente postar e não me importar com o que acontece? Talvez pensar sobre isso, mas não ficar verificando o tempo todo para ver o impacto ou a reação das pessoas?
Eu sempre tento seguir a ideia de que, se não sinto paz total sobre algo, se não tenho certeza de que posso sustentar isso, e se não é algo bem pensado e planejado, então geralmente não posto.
Nancy: Um versículo me vem à mente: “Responder antes de ouvir é tolice e vergonha” (Pv 18.13). A Bíblia fala sobre como os tolos falam tudo o que vem à cabeça, e as redes sociais abriram um espaço enorme para os tolos dizerem tudo o que pensam.
Sim, cada pessoa terá uma abordagem diferente sobre este assunto, mas vemos aqui um princípio muito prático. Elas estão dizendo que não postam “comentários que vêm rapidamente à mente e que sejam superficiais”.
Laura: Sim, são respostas rápidas e impulsivas a assuntos que estão em alta na cultura.
Dannah: Ou seja, assuntos que estão explodindo naquele dia.
Laura: Exato. Pode ser qualquer coisa, desde um incêndio na Califórnia, onde as pessoas querem que você publique um pedido de oração no Instagram, até uma polêmica sobre o papel da mulher na liderança da igreja que está pegando fogo no X.
Dannah: Sim. E a Bíblia também nos ensina: "Não confronte um tolo". Muitas vezes, quando esses assuntos polêmicos surgem, há muitas conversas tolas acontecendo. E o objetivo de muitas postagens sobre esses temas não é realmente entender e crescer juntas. Não é “Quero compreender seu ponto de vista e espero que você compreenda o meu, para que possamos aprender e amadurecer juntas”.
Muitas vezes, é simplesmente: “Estou certa, você está errada! E vou provar isso!” E minha regra pessoal é: quando uma polêmica surge, eu prefiro ficar em silêncio naquele momento.
Nancy: E pode ser que, em algum momento, seja necessário comentar sobre aquilo.
Dannah: Exato. Bethany Beal, como você lida com as mídias sociais?
Bethany Beal: Minha experiência com as redes sociais tem sido muito intensa, especialmente nos últimos anos. Tenho três irmãs mais novas que nos ajudaram a ver de perto como essa jornada tem sido para elas. Nossos pais criaram os filhos mais velhos sem redes sociais. Nós só abrimos uma conta no Facebook quando já tínhamos uns dezenove anos!
E percebemos: "Uau! Muitos pais realmente não fazem ideia do que essa nova geração está enfrentando!" Nós amamos nossos pais, mas muitas vezes eles dizem: “Nós não sabemos lidar com isso! Nos ajudem a orientar suas irmãs!” E percebemos que muitas meninas estão na mesma situação. No nosso ministério, trabalhamos muito para entender por que estamos postando algo. Estamos pensando só nos números? O que está por trás disso?
E algo que se tornou ainda mais claro para nós é que uma boa parte da ansiedade e do sofrimento emocional das pessoas — jovens e até mais velhas — vem das redes sociais. Nós vivenciamos o lado brutal das redes sociais de uma maneira que nunca imaginamos.
Hoje, nossa luta com as redes não é mais apenas sobre curtidas e engajamento. O que nos perguntamos agora é “Será que esse vídeo ou esse post vai ser tirado de contexto e usado contra nós para sempre?” “Será que vamos receber ameaças de morte e e-mails de ódio?” É um nível completamente diferente. Isso acontece muito no YouTube.
Temos nos perguntado sobre o que devemos fazer em relação às mídias sociais. Devemos permanecer numa plataforma com YouTube? Devemos sair? Dá medo de vez em quando. Às vezes sentimos até medo pela nossa segurança. E sabemos que essa realidade não afeta só a gente. Muitos jovens vivem isso nas redes sociais.
As pessoas podem ser extremamente cruéis online, especialmente no YouTube. Tem várias estatísticas no SmartSocial.com que são bem úteis. Uma delas diz que 96% dos adolescentes americanos assistem a vídeos no YouTube. Portanto esse é o nosso maior público. Porém vemos o lado obscuro, e até aonde vai a crueldade das pessoas.
Mas também vemos o trabalho maravilhoso que Deus pode fazer por meio das redes sociais. Recebemos mensagens de meninas em países muçulmanos que não têm acesso à verdade. Elas encontram nossos vídeos e, por meio deles, estão conhecendo a Cristo! Recebemos mensagens de meninas que estão acamadas e descobriram nosso canal no YouTube.
Muitas vezes, até ateus encontram nossos vídeos e dizem: “Eu odiava vocês no começo! Mas vocês tinham essa alegria. . . e, por mais que eu tentasse, eu não conseguia odiar essa alegria. Vocês continuam firmes na mensagem”.
Estamos lidando com muitos problemas relacionados às redes sociais e por isso fico feliz por estarmos tendo essa conversa. Nosso público é composto principalmente de meninas adolescentes e jovens adultas, de 18 a 30 anos. E hoje a maioria delas está no YouTube.
Essa é um pouco da nossa experiência e dos desafios que estamos enfrentando.
Kelly: Eu acho super útil o livro Dez maneiras como seu celular está mudando você, de Tony Reinke. Nesse livro, ele diz: “Alguns de vocês precisam sair da internet”. Precisamos dessa voz profética nos lembrando disso.
Um dos nossos mentores costumava nos dizer: “Legalismo é dizer: ‘Isso é certo e isso é errado’”. Mas sabedoria é dizer: “Isso não é bom para mim. Isso não é certo para mim”. Cada uma de nós precisa chegar a essa conclusão pessoalmente. Se você perceber que “isso não é bom para mim”, é importante agir conforme essa convicção.
Eu fiquei cerca de um ano longe das redes sociais, de todas elas, e foi maravilhoso! Isso foi antes do Instagram, ou talvez bem no comecinho dele. E senti que o Senhor abriu um tempo muito especial para mim e para meu marido, onde tivemos muitas conversas e sentimos que era uma fase de reavaliar tudo.
Desde então, a cada temporada, nós tomamos essa decisão juntos, conversamos sobre isso e buscamos sabedoria. Para mim, propósito é essencial. Eu sempre pergunto: “Por que estou fazendo isso? Por que estou aqui?” No meu caso, não tenho um ministério online. Sou apenas uma pessoa comum. Ensino a Bíblia na minha igreja, já fui blogueira.
Mas a palavra que define meu uso das redes sociais é “discipulado”. Tenho visto o Senhor usá-lo dessa maneira.
Sim, eu sei que há muitas coisas negativas nas redes sociais. Mas eu também penso: “Pode valer a pena”. Lembro que gostei quando surgiu aquela ferramenta de perguntas no Instagram.
Eu tinha acabado de escrever sobre a importância de estudar a bíblia com outras mulheres, e às vezes você precisa estar desesperada o suficiente para simplesmente se expor e chamar outras mulheres que se juntem a você. Não podemos ficar só esperando acontecer. E várias mulheres perguntaram: “Ok, e como isso é possível?”
Compartilhei minha própria experiência. Eu convidei algumas mulheres para estudar a Bíblia, e algumas disseram “não”. Convidei outra, depois outra. . . até que, finalmente, uma aceitou. Mas ela disse: “Só posso se for às quatro da manhã, porque saio para o trabalho às cinco”.
E eu disse: “Então vamos!” Nos encontramos numa lanchonete que serve café da manhã por dois anos para estudar a Bíblia, e foi algo incrível! Eu contei essa história no Instagram.
Depois, recebi uma mensagem de um grupo de mulheres. Elas me mandaram uma foto do grupo delas estudando a Bíblia juntas e disseram:
“Isso nos deu coragem para começar. Não temos mais desculpas! Vamos estudar a Palavra juntas”. E estavam se reunindo para estudar um livro da Bíblia.
Tive a oportunidade de orar por elas e pensei: “Sabe, é por isso que isso pode ser bom”. Se eu pensar através das lentes do discipulado, isso realmente me ajuda a filtrar os meus motivos: “Qual é o meu propósito em estar nas redes sociais?”
Às vezes penso: o que a mulher do outro lado da Internet está sentindo agora enquanto vagueia nas redes sociais? O que posso dizer que possa transmitir vida, encorajamento ou até mesmo levá-la de volta a Cristo? “Siga-me como eu sigo a Cristo”.
E, depois que eu sair, orar: “Senhor, quem quer que esteja vendo esta postagem, o Senhor poderia agir em seu coração e plantar esta semente?” Tento não pensar sobre quem está dizendo algo sobre isso ou repostando. . . porque todas nós somos tentadas a fazer isso.
E assim, colocar a lente do discipulado que uso todos os dias com meus filhos e com minha igreja tem sido um filtro muito bom para: “Como posso usar as redes sociais?” E quando é a hora de dizer com sabedoria: “Não mais” ou “Agora não”.
Erin Davis: Bom, eu acabei nesse painel sobre redes sociais por um acaso. Não tenho certeza de quem a Nancy queria que estivesse aqui, mas certamente não era eu! (risos) Porque, para ser sincera, mal uso redes sociais.
Nancy: Foi exatamente por isso que eu coloquei você aqui.
Erin: Algumas de vocês foram tão queridas e me disseram esta semana: “Ah, eu nunca tinha ouvido falar de você antes!” (risos) E eu respondo: “Isso foi intencional!” Mas não porque sou mais espiritual que vocês, e sim porque sou mais pecadora, e o meu espírito não consegue lidar bem com redes sociais. Eu realmente suporto muito, muito pouco disso.
Mas vou compartilhar alguns pensamentos. Se fizer sentido para você, ótimo, diz a garota que não entra no Facebook há doze anos. A fama não é um fruto espiritual. Ter fama não é evidência de que estamos produzindo frutos para o Reino. Mas, na minha pecaminosidade, eu sei que sou inclinada a ver fama como se fosse fruto. E, como sei que não consigo controlar essa tendência, simplesmente evito.
Direi, porém, que é muito tipo apóstolo Paulo ir aonde se reúnem as mentes. A razão de eu ter Instagram é porque meus quatro filhos são lindos! E se você tem filhas lindas e tementes a Deus, quero que veja meus filhos e faça com que se conheçam! (risos) Eu realmente gosto de me gabar dos meus filhos, e vocês verão muitos deles. Gente, eles são realmente. . . Você os viu? Eles são fofos!
Eu gosto muito de postar fotos deles, mas também gosto de ir a fundo na Palavra. Gosto de ensinar a Bíblia onde as pessoas não estão ensinando. E consigo fazer isso usando o Instagram.
Aqui está uma pergunta que ainda não ouvi sendo discutida aqui e que me intriga: como nossas escolhas nas redes sociais estão impactando a igreja local?
Aqui está o meu maior receio: que eu esteja afastando mulheres da igreja local com estudos bíblicos online. Fiz algo curioso quando trabalhava na minha igreja. Muitas mulheres me diziam: "Eu nunca vou participar de um estudo bíblico para mulheres. Fico muito ansiosa; outras mulheres me deixam estressada" (alguém aqui consegue se identificar com isso?). Ou então: "É só uma fase da vida". Então, pensei: “Vou tentar algo novo”. Criamos o “Estudo Bíblico para Introvertidas”. Nas noites de segunda-feira, eu ensinava a Bíblia pelo Facebook Live.
Meu objetivo era alcançar aquelas mulheres que eu nunca conseguiria levar para uma igreja ou um grupo caseiro. Mas o que aconteceu foi que as mulheres que já participavam de estudos bíblicos presenciais pararam de ir e passaram a assistir pelo Facebook Live. E isso me preocupou.
Fiquei pensando: Se estou discipulando mulheres online, será que estou dando a elas a oportunidade de não estarem na igreja?
Por isso tento ser intencional aos domingos, sempre que lembro, incentivando-as a estarem em uma igreja. Esse é o único caminho que encontrei até agora. Mas não acho que a equação envolva apenas saúde espiritual e ministerial; também envolve a saúde da igreja.
Bethany: Posso acrescentar algo ao que você disse? Leslie Ludy foi um passo inicial tanto para mim quanto para a Kris. Depois, conforme crescemos, passamos a acompanhar o Aviva Nossos Corações.
Kris e eu crescemos na igreja, em ótimas famílias cristãs. Participamos das Mensageiras do Rei, participamos de tudo, mas não tínhamos necessariamente uma mulher mais velha e piedosa para nos orientar. Os livros de Leslie Ludy foram extremamente importantes para nós, e depois o Aviva Nossos Corações teve um grande impacto.
Não tínhamos redes sociais na época, então o impacto de mulheres piedosas que eu nem conhecia foi algo muito forte para mim. Eu pensava: "Uau! Elas vivem relacionamentos de uma forma diferente. Elas enxergam a feminilidade de um jeito diferente!"
Para mim, aquilo foi quase como uma rede social. Eu podia ler livros, acessar sites e revistas cristãs.
Esse é um dos objetivos da Kristen e meu: alcançar jovens mulheres que estão em igrejas onde não há mulheres mais velhas e piedosas investindo nelas, e que não sabem como pedir ajuda.
Muitas delas não leem livros, mas podem assistir a um vídeo ou ler um blog. E, sabendo que, fora a graça de Deus e essas mulheres incríveis que Ele usou, eu provavelmente não estaria aqui. . . e com certeza não teríamos começado o ministério Garota Definida. Então, eu fico pensando. . . Deus usou isso poderosamente na minha vida! Mas será que também existem consequências negativas?
Laura: Acho que temos lutado com essa questão porque nunca queremos substituir a igreja local!
Se eu descobrisse que alguém está recebendo seu alimento espiritual sólido apenas do nosso ministério ou da minha plataforma pessoal, eu choraria! E algo que nos esforçamos consistentemente para fazer é — claro, enquanto conversamos e compartilhamos — encaminhar as mulheres de volta para a sua igreja local.
Mas como isso acontece na prática? Quando recebemos mensagens diretas com perguntas como:"Como estudo a Bíblia? Como encontro um estudo bíblico?"
Nós respondemos: "Pergunte a uma mulher na sua igreja local!"
E às vezes ouvimos: "Mas eu não conheço ninguém para perguntar".
Sabemos que há dificuldades, mas nosso ministério não deve ser a resposta para todas as mulheres, para todas as perguntas. Queremos encorajá-las a buscar mulheres de carne e osso, que as conheçam pessoalmente, que enxerguem seus pecados, suas tendências, e possam ajudá-las a crescer espiritualmente. Mulheres que possam sugerir um livro para elas lerem, ajudá-las a organizar sua rotina devocional e a responder suas dúvidas de forma mais personalizada.
Outra coisa, a gente tenta não responder no conteúdo, na forma como nos apresentamos também. Esperamos chegar a isso com uma postura mais humilde. Até dizemos: “Está tudo bem se algo estiver um pouco sem resposta” ou “Está tudo bem se houver alguma tensão”.
Tudo bem se alguém interagir com nosso conteúdo e pensar: “Cara, isso não foi suficiente!” ou “Este conteúdo não atendeu minha necessidade hoje!” Tudo bem, porque não podemos. Somente Cristo pode fazer isso, e o que Ele faz é usar Sua igreja local. Ele usa pessoas reais e lugares reais para fazer isso. E então, para nós, muitas vezes, uma verificação instintiva é: “Estamos direcionando as pessoas para a igreja local?”
Mas na prática, como fazemos isso quando elas nos procuram com perguntas? Que presença emitimos? Será: “Eu sei tudo e tenho sua resposta!” E, “Não se preocupe, se você me fizer uma pergunta, vou responder!” Ou é uma postura de dizer: “Ei, deixe-me pensar sobre isso” ou “Eu gostaria de encorajar você a procurar alguém da sua igreja local”.
E seus seguidores não vão gostar; eles não vão! Mas, se realmente amamos as mulheres que nos seguem, encorajamos elas a serem valentes e corajosas e a investirem na sua comunidade local.
Nancy: O que fica claro nessa conversa é que, assim como em qualquer outra área da vida, usar as redes sociais com sabedoria exige discernimento. É preciso ter um plano, ser intencional e proativa.
Isso vale para quem já teve um post viralizado, para quem tem 50 mil seguidores, 50, ou 5.
Estamos ouvindo a primeira parte de um painel sobre como usar as redes sociais com sabedoria. As vozes que você ouviu são de mulheres que participaram de um encontro com jovens autoras, palestrantes e líderes ministeriais que usam as redes sociais.
Um dos maiores temas dessa conversa foi como usá-las de forma responsável. Fico muito grata por podermos compartilhar esse diálogo com vocês. Amanhã, vamos ouvir a continuação dessa conversa aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: Você já pensou sobre o que a Bíblia diz sobre as redes sociais? Claro, não havia smartphones nos tempos de Salomão ou quando o Novo Testamento foi escrito. Mas a Palavra de Deus tem muito a dizer sobre o uso das palavras, e isso se aplica diretamente ao que falamos e fazemos nas redes sociais.
Continue a meditar nesse precioso tema com o estudo de 4 semanas chamado O poder das palavras. Você receberá o estudo por e-mail quando fizer uma doação de qualquer valor ao Aviva Nossos Corações esta semana.
Além da opção digital deste livreto, gostaríamos de disponibilizar a opção do livreto físico, com uma doação mínima de R$10 por livreto e um envio mínimo de 10 unidades. Ou seja, com uma doação mínima de R$100 enviaremos para você os livretos lindamente impressos. Junte suas amigas e irmãs da igreja e se aprofundem neste tópico tão importante.
Ao fazer uma doação, você não somente estará abençoando o ministério, mas terá um material precioso que a ajudará no propósito de alcançar palavras que abençoam e que trazem vida às pessoas ao seu redor.
Para fazer sua doação, acesse www.avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Doações” para informações bancárias e sobre o nosso pix. Após fazer sua doação, mande um email para contato@avivanossoscoracoes.com e nos informe sobre sua doação para que possamos enviar esse estudo a você.
Nancy: Você já ouviu falar sobre alguém que fez um "jejum das redes sociais"? Será que há momentos em que devemos parar completamente de usar as redes? Amanhã, vamos ouvir o que esse painel tem a dizer sobre isso.
Raquel: Convido você a voltar amanhã ao Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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