
Dia 1: Quando nada faz sentido
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth faz uma pergunta séria aos pais.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Todos os filhos vão morrer em algum momento, seja antes ou depois de você. A questão é: você fez o que estava ao seu alcance para prepará-los para se encontrar com Deus?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Deixe Deus escrever sua história, na voz de Renata Santos.
Pais que amam os seus filhos vão, inevitavelmente, passar por momentos de dor. Você pode dedicar a sua vida a uma pessoa, mas, às vezes, os resultados não são como você esperava. Nancy oferece esperança e perspectiva aos pais nesta nova série do Aviva Nossos Corações, chamada Sabedoria para pais e mães em Jó 1.
Mas quero que você saiba que essa mensagem não é apenas para pais e mães — é para qualquer pessoa …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth faz uma pergunta séria aos pais.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Todos os filhos vão morrer em algum momento, seja antes ou depois de você. A questão é: você fez o que estava ao seu alcance para prepará-los para se encontrar com Deus?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Deixe Deus escrever sua história, na voz de Renata Santos.
Pais que amam os seus filhos vão, inevitavelmente, passar por momentos de dor. Você pode dedicar a sua vida a uma pessoa, mas, às vezes, os resultados não são como você esperava. Nancy oferece esperança e perspectiva aos pais nesta nova série do Aviva Nossos Corações, chamada Sabedoria para pais e mães em Jó 1.
Mas quero que você saiba que essa mensagem não é apenas para pais e mães — é para qualquer pessoa enfrentando adversidades. Vamos ouvir o que Nancy tem a dizer.
Nancy: Se você tem acompanhado o Aviva Nossos Corações há um tempo, sabe que eu amo fazer séries mais longas, explorando passagens ou livros inteiros da Bíblia. Já passamos semanas na oração do Pai Nosso, semanas no Salmo 23. Acho que gastamos muitas semanas em apenas três versículos do livro de Habacuque.
Também já passamos meses numa série sobre Tito 2 e nas cartas às igrejas em Apocalipse 2 e 3.
Eu amo mergulhar profundamente nas Escrituras! Mas, às vezes, também gosto de fazer reflexões mais curtas — sobre algo em que eu tenha meditado durante o meu devocional e não quero esperar para transformar numa série longa.
Na verdade, na frente da minha Bíblia tenho uma lista que estou sempre atualizando com coisas em que eu tenho pensado e meditado. São passagens que têm falado comigo e que talvez não se tornem uma série longa, mas apenas dois ou três dias de reflexões. São algumas dessas reflexões que quero compartilhar com você nessa nova série.
A minha introdução vai ser a seguinte: Eu tenho, como imagino que você também tenha, muitos amigos que carregam fardos pesados em relação a um ou mais dos seus filhos. Esta semana conversei com uma mulher da nossa região, uma mãe solteira. Os filhos dela estão no ensino médio e início da vida adulta.
Ela disse: “Eu nunca imaginei que seria mais difícil ter filhos adultos do que pequenos! É difícil de um jeito diferente. Quando eles são pequenos, é uma coisa mais física — os cuidados e a energia que exigem da gente. Mas, agora, são questões grandes da vida deles, decisões que estão tomando e desafios que enfrentamos como família”.
Seja qual for a idade dos seus filhos — pequenos, adolescentes, adultos —, mas especialmente para quem tem filhos adolescentes ou jovens adultos (posso ver algumas cabeças concordando), têm coisas que nos mantêm de joelhos como mães! Não estou certa? Ou talvez você seja avó e veja isso acontecendo com os seus netos.
Recentemente, enquanto eu meditava no primeiro capítulo de Jó, o Senhor colocou alguns pensamentos no meu coração. Me vi refletindo sobre este capítulo, buscando perspectiva e sabedoria que eu acho que podem ser úteis para pais e mães, particularmente para aqueles que podem vir a perder os seus filhos de alguma forma — seja de forma permanente ou temporária.
Talvez sejam coisas que aconteceram com os seus filhos e sobre as quais você e eles não tiveram controle: questões físicas, doenças prolongadas ou crônicas, abuso, ou até mesmo o falecimento de um deles.
Ou talvez seja algo diferente: lutas emocionais ou relacionais, ou escolhas erradas que os seus filhos fizeram e que agora estão trazendo consequências.
Talvez você tenha um filho pródigo, que acabou de se afastar do Senhor e não tem interesse por Cristo. Essa dor. . . não sei se tem algo mais profundo do que isso! Porque, mais do que tudo, você quer que os seus filhos conheçam Jesus! Você quer que eles O amem. Quer que eles caminhem com Ele. Quer que eles experimentem as bênçãos de uma vida centrada no Evangelho, uma vida centrada em Cristo.
Então, vamos mergulhar no capítulo 1 de Jó — mas primeiro deixa eu te dizer que ele não é só para pais e mães. É para todas nós que experimentamos adversidades, enquanto enfrentamos a providência de Deus, que, às vezes, podem nos deixar perplexas e até mesmo decepcionadas.
E a gente diz: “Eu sei que Deus é soberano. Sei que Ele está no controle. Sei que Ele me ama. Sei que Ele é sábio. Mas eu não entendo (preencha aqui o que for)! Não entendo isso! Não consigo entender; estou decepcionada. Não parece ser a forma que o Deus que eu achava que conhecia agiria!”
Ao olharmos para o livro de Jó, começando no versículo 1, quero que vejamos primeiro que Jó caminhava com Deus. Não há dúvida sobre isso. Jó 1.1 diz assim:
Havia um homem na terra de Uz cujo nome era Jó. Este homem era íntegro e reto, temia a Deus e se desviava do mal.
Uau! Quer melhor elogio do que esse de Jó? Ele era íntegro e reto. Agora, isso não significa que ele não tinha pecado ou era perfeito. Mas ele era piedoso e devoto. Era conhecido como um homem de caráter.
Diz que ele temia a Deus e evitava o mal. Provérbios 8.13 nos ensina que temer o Senhor é odiar o mal. Deus diz: “Eu odeio a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca que fala coisas perversas”. O temor do Senhor que Jó possuía, a sua reverência e veneração por Deus, faziam com que ele odiasse tudo o que não era santo, tudo o que era mal.
Que elogio precioso sobre um homem que tinha um relacionamento correto com Deus! E a sua vida refletia a sua fé, porque a fé é a única maneira de estarmos em paz com Deus, certo? A vida de Jó demonstrava esse relacionamento com Deus. Ele era um exemplo de homem piedoso para a sua família e para aqueles no seu círculo de influência.
Quando chegamos ao versículo 8 de Jó 1, lemos a conversa de Deus com Satanás no céu, algo que Jó não podia ver ou ouvir. E Deus chama Jó de “meu servo” — mais um elogio!
Você não gostaria de saber que, se Deus estivesse falando sobre você no céu hoje, Ele diria: “Maria,” ou “Ana,” ou “Carla,” ou “Joana,” ou “Nancy, minha serva. Essa mulher é minha serva!”? E Deus ainda diz: “Não há ninguém como ele na terra. . . ninguém como ele! Ele é meu servo! Não há ninguém igual a ele na terra!” Jó era um homem que caminhava com Deus.
E preciso dizer logo de início: esse tipo de vida é uma exceção, não a regra. Certo? “Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.” (Mt 7.14) Pessoas assim são raras! Mas é para isso que todas nós que conhecemos e amamos a Cristo somos chamadas.
É para isso que fomos salvas: para termos uma vida assim, um testemunho assim, uma aprovação assim. É importante lembrar que não somos salvas porque somos íntegras ou retas ou porque fazemos coisas boas. Mas fazemos essas coisas porque fomos redimidas.
Jó era um homem que pela fé tinha um relacionamento correto com Deus. É claro que ele não compreendia o Evangelho da forma como nós entendemos hoje. Mas como um crente que viveu antes da Cruz, que confiava em Deus e em Sua revelação, ele tinha um relacionamento correto com Deus, e isso impactava a forma como ele vivia. Ele era um homem que caminhava com Deus.
Número dois: Vemos que Jó foi muito abençoado. Veja Jó 1.2: “Nasceram-lhe sete filhos e três filhas”. A Bíblia diz que os filhos são uma bênção do Senhor, e Jó tinha muitas dessas bênçãos! Sete filhos e três filhas.
Ele também tinha bênçãos materiais e posses. O versículo 3 diz: “Tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Também tinha muitíssima gente a seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente”. Vamos parar aqui.
Vemos um homem próspero, proeminente em sua comunidade, altamente respeitado. . . e não há pecado em nada disso. Quero deixar claro que Jó era um homem íntegro. Não há pecado em ser rico; não há pecado em ser famoso. Ele tinha todas essas coisas e continuava sendo piedoso.
Mas Jó sabia — e nós sabemos — que ele não podia receber o crédito por nenhuma dessas bênçãos. Tudo era presente de um Deus gracioso e generoso. Essas bênçãos não eram de Jó. Em última análise, tudo pertencia a Deus e Jó devia ser um mordomo responsável, cuidando das posses de Deus que foram emprestadas a ele.
Jó entendia que, como Deus é o dono, Ele tem o direito não apenas de dar, mas também de tirar. . . de dar bênçãos e de tirá-las. Jó reconhece isso mais adiante no capítulo, quando perde tudo que era precioso, querido e valioso para ele.
Jó caminhava com Deus. Ele foi ricamente abençoado, mas entendia que essas bênçãos não pertenciam a ele, ele devia apenas administrá-las — elas pertenciam a Deus.
A partir do versículo 4 deste capítulo, observei que, por um tempo, os filhos adultos de Jó tinham relacionamentos próximos e, poderíamos dizer, vidas relativamente livres de problemas (até onde sabemos).
Lemos no versículo 4: “Os filhos dele iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles”. Esses eram filhos adultos, e aparentemente tinham uma família unida. Eles celebravam ocasiões especiais juntos.
Esses dias de festa provavelmente eram aniversários, e quando se tem dez filhos, comemora-se muitos aniversários ao longo do ano! Eles gostavam da companhia uns dos outros; se reuniam, celebravam nas casas uns dos outros. E essas celebrações, essas festas, não são descritas nesse texto como algo pecaminoso ou desregrado.
Era algo bom. Não há nenhuma evidência de que eram festas de bebedeira ou que envolvessem comportamentos pecaminosos. A Bíblia encoraja o povo de Deus a celebrar, a festejar e a desfrutar da companhia uns dos outros. E não é isso que você deseja para a sua família?
Quando leio esse versículo me lembro de uma família de quem sou próxima faz muitos anos. Eles não têm dez filhos, mas têm três. Conheço essa família desde que as crianças nasceram, e já passamos muitas ocasiões familiares juntos.
Durante todos os anos em que fui solteira, essa foi uma das muitas famílias que me acolheram, me incluindo em suas celebrações familiares, em feriados, aniversários. . . e até em algumas viagens de férias.
Hoje, os três filhos já estão crescidos, casados, e têm, se não me engano, treze filhos ao todo. Essa grande família ainda se reúne em datas importantes, como feriados e aniversários. (E são muitos! Tem mais um chegando em poucos dias: um dos netos fará cinco anos esta semana.)
Esses momentos são muito especiais! Eu vou a tantas celebrações quanto posso — e agora Robert e eu vamos juntos. São momentos doces! São oportunidades de cultivar relacionamentos, agora com três gerações. Quem sabe, talvez ainda vejamos a quarta geração dessa família.
Esses relacionamentos são preciosos. Tem fases em que tudo vai muito bem, em que vocês simplesmente desfrutam da companhia uns dos outros. Você já viveu esses períodos na sua família? Quando tudo era tão gostoso, vocês gostavam de se reunir, tinham bons relacionamentos? Não há nada de errado nisso.
Isso é algo bom. Mas lembre-se: tudo pertence a Deus. E o que é verdade em uma fase da vida pode ser muito diferente em outra. Outra coisa que percebo neste texto, a partir do versículo 5, é que Jó buscava ativamente influenciar a condição espiritual dos seus filhos adultos.
Veja o versículo 5: “Quando se encerrava um ciclo de banquetes, Jó chamava os seus filhos e os santificava”. Outra tradução diz assim: “Sempre que um ciclo de banquetes terminava, Jó mandava chamar os filhos para purificá-los”.
“[Jó] levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles. Pois Jó pensava assim: ‘Talvez os meus filhos tenham pecado e blasfemado contra Deus em seu coração’. Jó fazia isso continuamente.”
Agora, vamos analisar essa passagem. Vemos aqui um pai atento. Ele estava antenado na condição espiritual da sua família, mesmo depois dos seus filhos já serem adultos. Certamente ele compartilhava do sentimento do apóstolo João em 3ª João, versículo 4: “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que os meus filhos vivem de acordo com a verdade”.
Qualquer mãe ou pai que ama a Deus sente a mesma coisa — não há maior alegria! Isso não significa que os filhos sempre vão andar na verdade, mas não há alegria maior do que vê-los andando na verdade!
Como pai, mãe, avô ou avó, você sempre carrega esse fardo de preocupação, sempre buscando o que está ao seu alcance para influenciar os filhos ou os netos jovens ou adultos a caminhar com o Senhor.
Repare que Jó não esperou por uma crise ou que os seus filhos cometessem um grande erro. Quando ele os chamava para purificá-los, não há indicação nenhuma de que eles estivessem agindo de maneira rebelde ou impiedosa. Não há evidência concreta nesse texto de que os seus filhos tivessem pecado, e também não parece que Jó sabia de algum pecado específico que eles tivessem cometido.
Mas ele sabia que todos nós somos tentados, que todos somos como ovelhas que se desviam, seguindo os seus próprios caminhos. Ele sabia que eles poderiam ter sido tentados e estava preocupado que pudessem ter cedido ao pecado no coração — mesmo que não no comportamento.
Jó conhecia o próprio coração, os seus próprios desafios, as tentações e a tendência de duvidar de Deus ou pecar contra Ele. Ele sabia que os seus filhos tinham as mesmas vulnerabilidades. Por isso ele era intencional e proativo em seu papel de pai. Ele era proativo em cuidar da caminhada espiritual dos seus filhos.
Agora, lembre-se: esses filhos não eram mais crianças pequenas; eram filhos que já tinham os seus próprios lares. Eram adultos que, provavelmente, já tinham a própria família. Jó já não possuía mais a autoridade de dizer o que eles deveriam fazer, de discipliná-los ou de instruí-los do jeito que fazemos com crianças menores. A sua influência agora acontecia mais por meio da intercessão.
Os filhos de Jó sabiam o que ele fazia. Ele os envolvia nesse processo, mas não podia controlar o resultado da vida deles. Na verdade, não existe um único momento em que possamos controlar os resultados da vida dos nossos filhos, não é mesmo? Seja qual for a idade deles!
Mas Jó se importava profundamente com o relacionamento dos filhos com Deus e estava comprometido a fazer tudo o que pudesse para proteger os corações deles. Era uma espécie de “manutenção preventiva”, que tentava evitar problemas antes que surgissem. Ele era intencional em influenciar o relacionamento dos filhos com Deus, em interceder por eles e protegê-los do pecado.
Essa era a forma de Jó cumprir a sua responsabilidade dada por Deus como sacerdote espiritual da sua família — a mesma responsabilidade que todos os pais têm. Para as mães solteiras, ou até mesmo para avós, existem maneiras de agir como sacerdotes espirituais para os seus filhos e netos. Jó os consagrava, os separava para Deus, por meio de suas orações, intercessões e ofertas de sacrifício em favor deles.
Como mencionei antes, isso não era algo que ele fazia apenas em particular. Parece que os filhos estavam cientes disso. Jó os chamava, enviava convites para que viessem. Eles sabiam que ele estava orando por eles e oferecendo sacrifícios a Deus.
Ao ler esse trecho, fico imaginando que Jó provavelmente encorajava os filhos a confessarem qualquer pecado que pudessem ter cometido: a se arrependerem, a lançarem-se à misericórdia de Deus e a receberem o perdão dele. Ao compartilhar isso, me lembro de uma mulher da minha família, uma prima que já está com o Senhor — chamávamos ela de Ruthie.
Ela teve seis filhos homens. À medida que os filhos cresceram, se casaram e tiveram os próprios filhos, ela e o marido (mas Ruthie era a força motriz disso) ela e o marido começaram a organizar encontros mensais com os filhos e as esposas, apenas os adultos. Nessas reuniões, eles conversavam, buscavam ao Senhor e oravam juntos.
Se Ruthie ficasse sabendo de algum problema que estava acontecendo entre os filhos, ela não deixava passar. Ela dizia: “Vocês precisam resolver isso! Precisam conversar! Precisamos lidar com isso!” No funeral dela, foi impressionante ouvir os testemunhos daqueles filhos — hoje adultos, pais de suas próprias famílias — falando sobre a influência de Ruthie!
Claro, o marido também teve o papel dele, mas ela era a guerreira de oração, aquela que intercedia incansavelmente pelos filhos. Um deles, que tinha se desviado, disse: “Minha mãe me trouxe de volta para a fé por meio das orações dela! Ela dizia: ‘Não vou desistir até que Deus trabalhe na vida dos meus filhos!’”
Jó dizia: “Talvez os meus filhos tenham pecado” (v. 5). Ele estava mais preocupado com a santidade dos filhos do que com qualquer questão temporal. A educação que tinham ou os cargos que ocupavam pouco importavam comparados à profunda e consumidora preocupação de Jó com a santidade deles. Ele entendia a seriedade do pecado. Ele adorava e temia um Deus santo, e desejava que os seus filhos fizessem o mesmo.
Se os seus filhos tivessem pecado ou “blasfemado contra Deus em seus corações”, ele queria reconhecer isso e interceder por eles diante do trono de Deus — pedindo misericórdia e suplicando perdão.
“Blasfemar” significa “falar mal de Deus, menosprezá-Lo, ignorá-Lo em seus pensamentos, ter uma visão inferior de Deus, desonrá-Lo — ou não dar a Ele a honra que Lhe é devida — ou simplesmente esquecê-Lo”.
Talvez você pense: “Blasfemar a Deus no coração parece algo terrível!” E é terrível, mas talvez nem se manifestasse externamente. Jó dizia: “Se os meus filhos não estão honrando a Deus como Ele merece, eu quero que sejam perdoados. Quero que tenham uma vida santa”.
“Se os meus filhos estão menosprezando a Deus, se estão mais preocupados com as coisas deste mundo do que com pensamentos sobre Deus, isso é blasfemar a Deus no coração.” Uau! Jó estava preocupado com o que se passava no coração deles. Por isso, ele se levantava cedo pela manhã para oferecer holocaustos por eles.
Jó se preocupava com a possibilidade de eles terem pecado. Ele não estava atento apenas ao comportamento, mas ao coração, ao relacionamento deles com Deus. Porque o comportamento dos seus filhos e netos — assim como o nosso — sempre reflete o que está no coração.
O que falamos e fazemos vem do nosso coração. Por isso Jó se preocupava tanto com isso. Ao oferecer holocaustos e sacrifícios, ele entendia e ensinava aos filhos que o pecado precisava ser expiado pela morte de um substituto inocente.
Isso apontava para o Salvador, o Cordeiro de Deus, que um dia satisfaria a ira de Deus contra o pecado. E essa passagem diz que Jó fazia isso “continuamente” — constantemente orando, intercedendo e ministrando em favor dos filhos.
Um comentarista antigo escreveu o seguinte sobre esse versículo:
Que exemplo maravilhoso Jó oferece aos pais cristãos! Quando suas filhas estão entre desconhecidos e seus filhos seguem os caminhos do mundo, e você já não consegue impor sua vontade sobre eles como fazia nos dias da infância, ainda assim, você pode orar por eles, lançando sobre eles o escudo da intercessão, com fortes clamores e lágrimas. Eles podem estar fora do seu alcance, mas, pela fé, você pode mover o braço de Deus em favor deles.
Jó não tinha como saber de que forma ou quando os seus filhos morreriam. Provavelmente, como a maioria dos pais, ele presumia que os filhos viveriam mais do que ele.
Mas, enquanto estavam vivos, ele os preparava para a morte — quando e como ela viesse. A condição eterna deles era o que mais importava para Jó. Todos os filhos vão morrer em algum momento, seja antes ou depois de você. A questão é: você fez o que estava ao seu alcance para prepará-los para se encontrar com Deus?
Não faz muito tempo, Robert e eu participamos de um evento no qual topamos com um jovem que reconheceu o Robert. Na verdade, eles se reconheceram. Eles já se conheciam. O rapaz tinha crescido em uma família cristã e trabalhado em um ministério cristão. Mas três anos antes, havia se afastado do Senhor.
Durante aqueles três anos ele se envolveu com todo tipo de escuridão imaginável — drogas e muitas outras coisas. Ele era um filho pródigo. Esse jovem nos contou como, na semana anterior, encontrou o Senhor em um quarto de hotel. Deus trouxe ele ao fim de si mesmo e levou ele ao arrependimento.
O rapaz estava naquele evento testemunhando o que Deus tinha feito. Eu disse para ele: “Você deve ter uma mãe de oração”. Ele sorriu e disse: “A minha mãe passou os últimos três anos de joelhos!” Você acha que ela se arrepende disso? Que ela não faria isso por mais três anos se fosse preciso? Ou que ela parou de orar agora? De jeito nenhum!
Vamos olhar o restante dessa passagem amanhã, mas eu te digo uma coisa: “Nunca pare de orar pelos seus filhos!” Jó fazia isso continuamente. . . continuamente! Não pare de orar! Mas, ao mesmo tempo, é necessário entregar os seus filhos nas mãos de Deus, aos cuidados dele. Você precisa confiar na sabedoria, no amor e na bondade de Deus para com seus filhos, netos e outras pessoas que você ama.
Amanhã vamos explorar como Jó reagiu a uma perda enorme e ver o resultado da sua caminhada e fé em Deus.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos encorajado com uma perspectiva inspiradora de Jó, capítulo 1. Ela volta já já para orar. Todas nós precisamos ser lembradas de que podemos confiar em Deus para cuidar e amar os Seus filhos, mesmo em circunstâncias difíceis ou confusas. Quando a vida parece sem sentido, Deus está trabalhando de formas que não conseguimos enxergar. Nessas situações, é mais fácil confiar nele quando nos humilhamos e lembramos que Ele está no controle.
Se você deseja se aprofundar no tema da humildade, é com prazer que divulgamos o livreto que Nancy escreveu sobre esse tema — A beleza de um coração quebrantado: Como a humildade transforma tudo. Você vai aprender a como lidar com o orgulho, abraçar a humildade e enxergar os seus relacionamentos com Deus e com os outros com mais clareza.
Esse recurso vai estar disponível como forma de agradecimento quando você fizer uma doação de qualquer valor ao Aviva Nossos Corações. Para saber como fazer isso, acesse o nosso site avivanossoscoracoes.com e clique no link do livreto, que deixamos na transcrição do episódio de hoje.
Hoje, quero deixar uma frase simples para quem está desanimada: Deus está escrevendo uma história que você não pode ver. Não apenas na sua vida, mas na vida dos seus filhos. Amanhã no Aviva Nossos Corações vamos descobrir maneiras como pais e mães podem lidar com a dor e a incerteza. Agora, Nancy está de volta para orar com a gente.
Nancy: Pai, obrigada pela Tua Palavra e por falar aos nossos corações hoje. Oro para que Tu encorajes mães, avós — talvez alguns pais que estejam ouvindo — e qualquer pessoa preocupada com aqueles que ama.
Eu oro para que nos ajudes a nos importar com aquilo que realmente importa. Oro para que levantes mães e avós de oração que não parem de interceder, de clamar ao Senhor, oferecendo sacrifícios de fé — crendo que Tu irás alcançar o coração de seus filhos e preparar esses filhos, esses netos e as gerações futuras para se encontrarem Contigo e passarem a eternidade ao Teu lado. Oramos em nome de Jesus. Amém!
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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