
Dia 1: O poder de uma palavra gentil
Nancy DeMoss Wolgemuth: Você sabia que as suas palavras podem influenciar a forma como as pessoas veem Jesus? Dannah Gresh vai nos explicar.
Raquel: Quando você escolhe usar palavras duras, que machucam e dividem, não é só o seu relacionamento com aquela pessoa que está em jogo. Se você é filha de Jesus, se sua vida está rendida a Ele, cada pequena interação sua representa o nosso Salvador.
Nancy: Hoje, a Dannah vai nos ajudar a enxergar o poder impressionante das nossas palavras. Este é o Aviva Nossos Corações. Eu sou a Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Se você der uma olhadinha no seu feed no Facebook, no Instagram ou seja qual for a rede social que você mais usa, vai perceber rapidinho: algumas mensagens são gentis, edificantes, nos fazem bem. Mas, infelizmente, muitas outras são arrogantes, destrutivas ou até …
Nancy DeMoss Wolgemuth: Você sabia que as suas palavras podem influenciar a forma como as pessoas veem Jesus? Dannah Gresh vai nos explicar.
Raquel: Quando você escolhe usar palavras duras, que machucam e dividem, não é só o seu relacionamento com aquela pessoa que está em jogo. Se você é filha de Jesus, se sua vida está rendida a Ele, cada pequena interação sua representa o nosso Salvador.
Nancy: Hoje, a Dannah vai nos ajudar a enxergar o poder impressionante das nossas palavras. Este é o Aviva Nossos Corações. Eu sou a Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Se você der uma olhadinha no seu feed no Facebook, no Instagram ou seja qual for a rede social que você mais usa, vai perceber rapidinho: algumas mensagens são gentis, edificantes, nos fazem bem. Mas, infelizmente, muitas outras são arrogantes, destrutivas ou até cruéis. E, se formos sinceras, às vezes até as palavras que saem da nossa própria boca se encaixam nisso, não é?
Neste mês, aqui no Aviva Nossos Corações, estamos focadas em como podemos desenvolver a bondade nas nossas atitudes e palavras. E, recentemente, a minha coapresentadora, Dannah Gresh, compartilhou uma mensagem super encorajadora sobre Provérbios capítulo 15, durante o culto semanal da nossa equipe. Depois, eu perguntei se ela toparia compartilhar essa palavra com todas vocês, nossas ouvintes. E, com muita generosidade, ela disse sim.
Você vai ser muito abençoada, mas antes, deixe-me orar por nós. Senhor, eu preciso dessa mensagem, e todas nós precisamos. As nossas palavras têm poder — para dar vida ou trazer morte, para curar ou ferir. Eu peço que o Senhor nos dê ouvidos atentos e corações abertos para receber o que o Senhor quer nos ensinar hoje. Em nome de Jesus, amém.
Agora vamos ouvir a Dannah Gresh.
Dannah: Deixa eu te perguntar: tem alguém na sua casa que fala alto demais durante chamadas no Zoom? (risos) Antes da explosão do uso do Zoom lá em 2020, acho que a gente, como mulheres, nem imaginava que muitos homens simplesmente não conseguem falar num tom normal quando estão numa chamada online.
Pois é, vou confessar: tem uma pessoa lá em casa que fala super alto no Zoom. . . e não sou eu! Hoje tô entregando o Bob Gresh, gente. (risos)
Claro que não é só um problema dos homens. Já teve marido vindo me dizer: “Ei! Lá em casa, quem fala alto no Zoom são as mulheres!”
Mas o ponto que eu quero compartilhar com você é este: quando Bob falava alto no Zoom, acabávamos todos falando alto depois da chamada também. E sendo bem honesta com você, o que eu estou realmente dizendo é que. . . eu não reagia bem. Já o Bob, sim. Ele reagia muito bem. Quando eu expressava minha frustração, ele levantava as mãos, tipo sinalizando pra eu desacelerar, como se eu estivesse dirigindo rápido demais, e dizia com calma: “Vamos baixar um pouco o tom, amor. Vamos baixar o tom”.
Quanto mais ele fazia isso (e ele teve que fazer várias vezes!), mais eu percebia como minha reação forte e barulhenta me incomodava. Era uma resposta exagerada para um problema tão pequeno! Comecei a orar sobre isso. E o versículo que Deus trouxe à minha memória foi um que decorei muitos anos atrás: “A resposta branda desvia o furor”. (Provérbios 15.1)
Senti o toque suave do Espírito me convidando a aprender a expressar minha frustração com mais gentileza. E comecei a repetir esse versículo baixinho toda vez que o Bob falava alto no Zoom. Mas sabe o que aconteceu? Não adiantou. Meu coração não mudou — nem o meu tom de voz, quando eu comentava sobre o assunto.
Por quê? Porque, no fundo, eu ainda acreditava que minha resposta dura me ajudava de alguma forma. Eu estava acreditando na mentira de que ser ríspida me protegeria, me defenderia, me daria razão. Mas, amiga, o que precisava mudar não era só meu comportamento — era a minha crença!
Meu jeito de pensar precisava de uma transformação profunda pelo Espírito Santo. Eu precisava de uma reforma completa na forma como lido com conversas difíceis e momentos de conflito.
A verdade é que todas nós passamos por isso, não é? E, muitas vezes, a gente acaba sendo tanto quem machuca quanto quem é machucada com palavras. Mas sabe de uma coisa? Como filhas de Deus, não deveríamos estar em nenhum desses dois lugares. A Palavra nos ensina que o poder de uma resposta branda pode mudar totalmente o rumo de um conflito — e talvez até salvar um relacionamento.
- Você está precisando de ajuda com um relacionamento cheio de conflitos?
- Tem tensão no seu casamento ou com alguma colega de quarto?
- Você tem dificuldade de controlar sua língua ao responder sua mãe. . . ou talvez sua filha?
- Você tem interações difíceis com colegas de trabalho, ou até com alguém da sua igreja?
Quero te convidar, pelos próximos três dias, a mergulhar comigo nos quatro primeiros versículos de Provérbios 15. Vamos descobrir o que a Palavra de Deus nos ensina sobre o poder de uma resposta gentil, a sabedoria de uma resposta gentil e a recompensa de uma resposta gentil. Aliás, se sua Bíblia estiver por perto, pega ela aí! A minha já está aqui comigo, e eu acredito que, ao olhar esse texto com seus próprios olhos, você vai ouvir muito mais da parte do Espírito de Deus do que só das minhas palavras.
Vamos ler juntas Provérbios 15.1–4:
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
E aqui começamos a ver o poder de uma resposta branda. Daí chegamos ao versículo 2, a sabedoria de uma resposta branda. Está escrito:
A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama tolices. Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.
E, por fim, no versículo 4, aqui está a boa recompensa de uma resposta branda:
A língua serena é árvore de vida, mas a língua perversa esmaga o espírito.
Antes de começarmos a examinar esses versículos, vamos lembrar quem os escreveu.
Esse capítulo foi escrito por Salomão, o terceiro rei de Israel e filho do rei Davi.
Davi foi um homem de guerra, que lutou para estabelecer a nação, mas Deus disse a ele (em 1 Crônicas 22.9) que seu filho Salomão seria um homem de paz. Em vários comentários bíblicos que estudei sobre Provérbios 15, encontrei que Salomão escreveu esses versículos como um “conservador da paz”. E o que é um conservador? Alguém que preserva ou restaura algo de valor. Quem não concordaria que vale a pena preservar a paz em nosso mundo em geral e em nossos relacionamentos interpessoais?
Provérbios 15 é, de certa forma, um guia prático de Salomão sobre como acalmar a raiva e restaurar a paz quando o conflito aparece. E pense: como rei, tendo que lidar com outros reis que eram contra Israel, ele provavelmente entendia bastante de resolução de conflitos. Ele tinha muita experiência.
Então, por onde ele começa a orientar seus leitores? Pela força de uma palavra gentil — ou, como diz a versão que estou lendo, “uma resposta branda”. Vamos falar sobre isso: o poder de uma resposta branda.
Verso 1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Ou seja, quando você responde com gentileza, você consegue dissipar a raiva. Mas se você responde com palavras cortantes, vai piorar ainda mais o conflito. Já parou pra pensar sobre isso? Esse é o poder das palavras.
Palavras gentis têm o poder de acalmar a fúria. Palavras duras, ao contrário, inflamam a ira. E isso não é pouca coisa.
Pesquisando sobre isso, descobri que a raiva provoca mais reações involuntárias no nosso corpo do que qualquer outra emoção. Nosso sistema nervoso simpático entra em ação. O cérebro desvia o fluxo de sangue do estômago para os músculos, para preparar o corpo para reagir. É a famosa resposta “lutar ou fugir”.
A frequência cardíaca sobe. A pressão arterial aumenta. A respiração acelera. A temperatura do corpo sobe. A gente começa a suar mais. Talvez seja por isso que chamam alguém com raiva de “cabeça quente”. Uma pessoa irada, de muitas maneiras, está fora de controle.
Mas Deus diz que uma palavra gentil pode mudar tudo isso. E aí? Quão poderosa é, de fato, uma resposta branda?
Abra a sua Bíblia comigo em Juízes capítulo 8. Sim, estou indo lá também — espero que você ouça as páginas da minha Bíblia virando! Vamos ver um exemplo real do poder de uma palavra gentil. Aqui vai um resumo do que está acontecendo.
Gideão liderou os israelitas numa batalha contra os midianitas. E Deus deu uma vitória maravilhosa. Mas nem todo mundo ficou feliz com isso. Quando Gideão e o exército voltaram da batalha, ele encontrou alguns homens de Israel — os da tribo de Efraim — bem irritados.
Por quê? Porque ele não tinha chamado eles antes da luta. Ele pediu ajuda no meio da batalha, quando parecia que iam perder. E eles entraram na luta e venceram! Por que estavam ressentidos então? .
Talvez tenham se sentido excluídos. A verdade é que estavam muito bravos. Olha o que diz o verso 1 de Juízes 8.1:
Então os homens de Efraim disseram a Gideão:
— Que é isto que você fez conosco, não nos chamando quando foi lutar contra os midianitas?
E discutiram fortemente com ele.
Você consegue imaginar a cena? Sentir a tensão no ar? Aquele clima carregado? Pois é. Vamos ver como Gideão respondeu a essas palavras duras.
A Bíblia diz que eles o confrontaram com dureza — algumas traduções dizem até “violentamente”. Acho que dá pra dizer que ele estava lidando com algumas “cabeças quentes”, não é? Ou seja, os sistemas nervosos deles estavam em alerta total.
Nesse momento, Gideão tinha uma escolha a fazer sobre como responder. Certo? Tente se colocar no lugar dele. Se você fosse desafiada e confrontada do jeito que ele foi, como você teria sido tentada a responder? Bom, eu posso te dizer como eu teria sido tentada a responder.
Nunca fui uma líder militar. Nunca comandei soldados. Então preciso colocar isso num contexto mais próximo da minha realidade. Infelizmente, isso é até fácil pra mim. Porque hoje meu coração está pesado. Estou triste com a forma como uma conversa aconteceu entre mim e outra mulher na semana passada.
Nós duas nos importamos muito com uma amiga em comum, que está vivendo um casamento extremamente difícil. Mas discordamos sobre como ajudá-la. Palavras duras foram ditas naquele dia. Ela reagiu mal às minhas ideias, e eu segurei minha língua. . . por um tempo. Mas depois. . . bem, digamos que eu não gostei da forma como me comportei. Um casamento está em crise, e temos a oportunidade de lutar por esse casal e junto com eles. Mas eu e essa mulher acabamos usando palavras duras.
Mantenha seu marcador lá em Juízes 8 e volta comigo para Provérbios 15.1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Foi isso que fizemos naquele dia. Nós alimentamos a ira. Acendemos a chama da raiva entre nós.
Preciso confessar: às vezes sou tentada a responder com palavras duras quando sou confrontada. E o que significa "dura"? Significa “áspera, agressiva, chocante aos sentidos”. E eu fiquei abalada naquele dia. Chorei depois daquele encontro.
E quão agressivas podem ser as palavras? O termo hebraico usado neste versículo tem uma raiz primitiva que significa “esculpir”. Ou seja, palavras duras cortam. Elas machucam. Essa é a intenção delas.
E essa era a intenção dos soldados naquele campo de batalha no Antigo Testamento. Mas agora, Gideão tem uma escolha a fazer. Ele vai responder à frustração dos soldados com uma resposta gentil e assim dissipar a fúria? Ou vai reagir com palavras afiadas e lançar mais lenha na fogueira?
Numa situação tensa como essa, as palavras fazem toda a diferença. Vamos ver como Gideão respondeu. Olha só o versículo 2:
Porém ele lhes disse:
— Que mais fiz eu, agora, do que vocês? Não é fato que os poucos cachos de uvas deixados por Efraim são melhores do que toda a colheita de Abiezer? Deus entregou nas mãos de vocês os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe. O que pude eu fazer em comparação com o que vocês fizeram?” (vv. 2–3)
Quero que você note duas coisas: Primeiro, Gideão respondeu com palavras gentis. Ele elogiou os soldados. “As uvas que vocês colheram por último são melhores do que a melhor parte da minha colheita! Foi Deus quem deu essa vitória nas mãos de vocês, não nas minhas. Eu não teria conseguido sem vocês.”
Em vez de reagir na mesma intensidade e agressividade que foi confrontado — algo tão fácil de fazer — ele escolheu o caminho da humildade. Ele reconheceu o valor do que eles fizeram. Deixou que eles recebessem os méritos da vitória. Fez com que se sentissem importantes, mais até do que ele mesmo. Ele não respondeu com palavras cortantes.
Ele não respondeu de forma a acender ainda mais o “calor” do momento e alimentar a raiva que já estava ali. E vamos ser sinceras: é isso que você sente vontade de fazer quando uma colega de trabalho te provoca? Ou quando seu marido está falando alto demais no Zoom? Ou quando alguém na comissão da igreja apresenta um plano totalmente diferente do seu? Você sente vontade de elogiá-los? De valorizá-los?
Outro dia, Nancy e eu tivemos uma conversa que poderia ter sido bem difícil. Ela estava me mentoreando e sugerindo algumas maneiras de eu melhorar como professora da Bíblia. Ela estava, de fato, fazendo críticas sobre esse estudo que estou ensinando aqui. Ela tinha algumas coisas difíceis para me dizer.
Alguém poderia ter dito tudo aquilo com dureza — afinal, é a nossa tendência natural. Mas Nancy falou com doçura e gentileza, e ainda me deu um dos maiores elogios da minha vida. Ela disse: “Dannah, você vale o meu tempo”. Ah. . . que diferença faz um elogio! Tudo dentro de mim que poderia ter se sentido ofendida ou incomodada desapareceu diante da doçura daquela frase.
E Gideão também usou elogios com seus soldados. No versículo 3, está escrito:
Depois de ele dizer isto, abrandou-se a ira deles contra Gideão.
Disse o quê? Um elogio.
Preciso voltar àquele versículo em Provérbios 15.1:
“A resposta branda desvia o furor”.
Não estou dizendo que você deve mentir. Nem que deve inventar elogios vazios. Mas sim, que você olhe além da irritação do momento e encontre o seu coração. Veja a outra pessoa como alguém que Deus ama profundamente. E encontre uma forma sincera de elogiá-la. Escolha a palavra gentil. Um elogio verdadeiro, um encorajamento honesto — essa é uma das maneiras de trazer gentileza para dentro de um conflito. E é uma das formas de diminuir a raiva.
Voltando àquela conversa difícil que tive com a mulher sobre nossa amiga em comum — a do casamento em crise. . . Você sabe o que eu fiz antes de entrar no estúdio hoje? Escrevi um e-mail pra ela. E a elogiei.E sabe de uma coisa? Foi fácil. Porque ela realmente tem se dedicado muito à vida da nossa amiga. E. . . eu pedi desculpas.
Está tudo bem pedir desculpas, se arrepender, admitir quando nossas palavras não foram gentis, mas duras. Naquele e-mail, usei palavras brandas, com esperança de que, em breve, possamos ter uma conversa igualmente branda, cara a cara.
Agora, eu sei que muitas vezes é difícil. No calor do momento, é como se o nosso próprio sistema nervoso entrasse em alerta máximo. Foi isso que aconteceu comigo naquele dia.
Quero compartilhar algo que descobri enquanto estudava essa passagem. (Achei muito fascinante.) Já vou avisando: Dannah Gresh ama a ciência da criação — os animais, nosso corpo, tudo isso. E quando eu percebo alguma ligação entre isso e a Bíblia, eu me animo e vou atrás, pesquiso mesmo.
Um comentário bíblico sobre Provérbios 15 dizia algo assim. . . deixa eu ler:
O Antigo Testamento já fazia uma conexão consciente entre estados emocionais e mudanças no corpo muitos séculos antes dos estudos científicos documentarem isso. Uma disposição alegre — seja algo herdado (Ah, como eu gostaria que Deus tivesse me dado isso naturalmente!) ou resultado de disciplina pessoal (que é o caminho que o Senhor me deu: uma alegria construída com esforço diário) — promove e sustenta sentimentos positivos em você e nas pessoas ao seu redor.
Quando li isso, precisei me aprofundar. Eu quis saber: “O que esse comentarista viu aqui que eu não estou vendo?” Na versão que eu estava usando não vi nada sobre o corpo — só algo sobre emoções.
Então fui para o hebraico, e sim, havia uma ligação com o corpo — mais precisamente com o nariz. Aguenta firme, já vou chegar no ponto.
A segunda parte do versículo diz: “mas a palavra dura suscita a ira”. Agora, “ira”, no hebraico, é uma palavra comum que literalmente significa — imagine só — “respirar com as narinas”. Dá pra ver? Fumegando. Respirando forte pelo nariz. Pense num cavalo de batalha com as narinas dilatadas, pronto para atacar. É assim que a gente fica às vezes, não é? E as palavras duras simplesmente explodem da nossa boca.
E foi aí que algo clicou em mim. Eu faço pilates três vezes por semana, e exige uma respiração lenta, profunda e ritmada para potencializar os benefícios nos músculos. E depois de cada aula, não é só o meu corpo que se fortalece — eu também fico mais calma, mais tranquila. O exercício e a respiração mudam minhas emoções.
Comecei a contrastar essa sensação com aquela imagem do “respirar com as narinas” da ira nesse versículo. Fiz uma pesquisa e descobri algo muito interessante: os Navy Seals (soldados de elite dos EUA) são treinados a usar o que chamam de “respiração em caixa” para controlar situações de alta tensão. Basicamente, quando o conflito surge, eles respiram contando mentalmente.
Imagine uma caixa com quatro lados iguais. A cada contagem até quatro, eles percorrem um lado da caixa mentalmente, como se estivessem desenhando ele com a respiração: Inspirar: 1, 2, 3, 4. Segurar: 1, 2, 3, 4. Expirar: 1, 2, 3, 4. Segurar: 1, 2, 3, 4.
Essa respiração ajuda a acalmar o sistema nervoso. E a imagem do quadrado ajuda a mente a se concentrar em algo diferente das palavras duras que possam ter sido lançadas. Esses soldados só respondem em momentos de conflito depois de praticarem a respiração em caixa.
Você ouviu isso? Estou falando de militares, soldados treinados! Eles respiram para conter o conflito. A pressão sanguínea diminui. O sistema nervoso relaxa. As pessoas se tornam mais brandas, mais gentis. Os problemas são desarmados.
E é aqui que começamos a entender o verdadeiro poder de uma palavra gentil: Quando comecei a aplicar esse versículo — “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” —, a minha mente processava assim: Eu sou a resposta branda, e a outra pessoa é quem precisa de ajuda pra se acalmar. Elas é que precisam mudar, não eu.
Mas o que descobri sobre a verdadeira força de uma palavra gentil é que ela muda a mim.
Pense, por exemplo, no meu querido Bob Gresh e suas palavras altas no Zoom. Comecei a aplicar esse versículo repetidamente. Cada vez que eu sentia minha irritação subir, eu respirava. E nessa respiração, pedia ao Espírito de Deus que me controlasse, que controlasse a minha resposta. E sabe o que acontecia? Minha raiva se acalmava. As palavras que saíam eram brandas porque o que estava dentro de mim tinha sido apaziguado.
Quando eu procuro uma resposta mais branda, minha própria raiva se aquieta. Pense nisso. A busca por uma resposta gentil muda você. Muda a mim.
E deixa eu te lembrar: não é só o seu relacionamento com aquela pessoa que está em jogo quando você escolhe palavras duras que cortam e machucam.Se você é filha de Jesus, se a sua vida pertence a Ele, cada interação sua representa o nosso Salvador. Então, quando você responde de forma agressiva ou impiedosa, você está colocando o relacionamento daquela pessoa com Jesus em risco, porque talvez você não esteja representando a Ele da maneira certa. Você está fazendo isso?
Jesus se descreve de forma direta apenas uma vez na Bíblia. Está em Mateus 11.29: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma”. Jesus foi (e é) gentil.
Pense no contexto em que isso foi dito. A expectativa da época era que o Messias viria para derrubar o domínio romano. Todo mundo esperava um conflito escalado, uma guerra. Mas Jesus entra montado num jumentinho humilde — não num cavalo de guerra com as narinas dilatadas. Ele é manso. Ele é humilde.E a Sua presença traz descanso para as almas que O encontram.
Você reflete isso com suas palavras? Você tem representado bem a Jesus?
Posso te pedir algo? Pense nas suas interações da última semana. As suas respostas foram brandas?Especialmente nos momentos de conflito. . . você buscou uma resposta gentil? Ou teria que admitir que andou “respirando pelas narinas” e soltando palavras duras em meio à raiva? Ou, talvez, digitando essas palavras com raiva em alguma resposta nas redes sociais?
Esqueça aquele velho conselho de “contar até dez” quando está com raiva. Em vez disso, experimente a “respiração em caixa”: conte até quatro, quatro vezes. E nesses dezesseis segundos, aproveite para se conectar com o Espírito de Deus. Peça a Ele que te ajude a encontrar uma resposta branda, controlada, cheia de mansidão. Eu te convido a, nesta semana, experimentar o poder de uma palavra gentil.
Nancy: Uau! Que lembrete impactante de Dannah Gresh, meditando em Provérbios capítulo 15.
Sabe, as palavras realmente são poderosas. Elas podem encorajar e fortalecer os outros. Elas podem curar corações feridos. Podem honrar a Deus. Podem trazer alegria a Ele — e também às pessoas ao nosso redor. Mas, como todas nós sabemos, as palavras também podem ser destrutivas.
É por isso que eu quero te contar sobre um devocional de quatro semanas do Aviva Nossos Corações chamado O poder das palavras. Esse devocional foi baseado em ensinamentos meus sobre a língua, retirados do livro de Provérbios. Ele vai te ajudar a descobrir a conexão entre o seu coração e as suas palavras — exatamente como a Dannah compartilhou hoje.
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Amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações, Dannah vai nos mostrar que palavras gentis são algo que precisamos praticar. Ela vai nos ensinar a sabedoria e a habilidade por trás de uma palavra branda. Então, não deixe de voltar para mais um tempo precioso conosco aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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