
Dia 1: Mais poderoso do que palavras
Raquel: As palavras podem ser poderosas. Mas existe algo ainda mais forte. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O poder do que Jesus fez na cruz quebrou o poder de toda maldição na sua vida. Isso não a torna imune às palavras malditas dos outros, mas significa que há um poder da bênção de Deus que é maior do que qualquer maldição.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Eu me lembro de anos atrás, quando estava na faculdade, eu não me dava muito bem com uma das minhas colegas de quarto. Parte era culpa minha e parte era culpa dela. Lembro de um dia em que ela estava no meu quarto. No meio de uma discussão, ela me disse: “Dannah, …
Raquel: As palavras podem ser poderosas. Mas existe algo ainda mais forte. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O poder do que Jesus fez na cruz quebrou o poder de toda maldição na sua vida. Isso não a torna imune às palavras malditas dos outros, mas significa que há um poder da bênção de Deus que é maior do que qualquer maldição.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Eu me lembro de anos atrás, quando estava na faculdade, eu não me dava muito bem com uma das minhas colegas de quarto. Parte era culpa minha e parte era culpa dela. Lembro de um dia em que ela estava no meu quarto. No meio de uma discussão, ela me disse: “Dannah, o seu coração é negro”. Aquilo ficou comigo por muito tempo.
As coisas que os outros dizem podem nos afetar e marcar nossas vidas por anos, mesmo que não sejam verdadeiras. Mas existe uma maneira de ser livre. Nancy vai falar sobre isso no restante desta semana, ao começarmos a série chamada Superando a maldição das palavras.
Nancy: Eu recebi um e-mail de uma amiga que conheço bem há vários anos. Nesse e-mail ela compartilhou comigo uma parte da sua vida que eu não conhecia, e o meu espírito ficou arrasado ao ler parte da sua história que eu nem imaginava.
Não é verdade que, na maioria das nossas vidas, há mais na nossa história do que as pessoas sabem, mesmo que elas pensem nos conhecer bem? Muitas de vocês se tornaram queridas amigas, e enquanto olho ao meu redor hoje, conheço partes das suas histórias — vocês sabem partes da minha — mas a verdade é que há coisas por trás dessas fachadas de que "tá tudo bem" que não estão bem.
Minha amiga disse:
Passei a vida tentando superar as palavras abusivas e insultuosas que eram jogadas em mim todos os dias pelos meus pais e minha irmã. Me chamavam de 'burra, estúpida, idiota', e outros nomes que é melhor não repetir. Se eu fizesse uma pergunta, eu era uma idiota, e se cometesse um erro, era estúpida. A lista era longa e essas palavras deixaram uma marca profunda em quem eu sou.
Até hoje, minha mãe pode me devastar com insultos e comentários cruéis. No ano passado, quando visitei meus pais, foi tão horrível que passei o mês seguinte lutando contra tendências suicidas. E cá estou, uma mulher adulta — mãe e avó — ainda com dor pela falta de compaixão e amor que tanto preciso dos outros.
A maldição das palavras pode ser muito poderosa, não é mesmo? Palavras ditas por outros para nós, ou até mesmo palavras que podemos dizer a nós mesmas. Palavras que têm a intenção de causar dano, de diminuir, de desejar o mal.
Por favor, abra a sua Bíblia em 2 Samuel 16. Vamos ler uma história da vida do Rei Davi que ilustra o poder das palavras e a maldição das palavras, e como responder a essa maldição.
O contexto é o seguinte: Davi é o Rei de Israel, mas seu próprio filho fez uma reivindicação ao trono. Ele tenta usurpar o trono, se rebelou contra o rei, e Davi agora está fugindo de seu próprio filho, temendo por sua vida. Um homem chamado Simei aparece enquanto Davi e seus homens estão fugindo.
Vamos ler 2 Samuel 16.5:
Quando o rei Davi chegou a Baurim, eis que dali saiu um homem da família da casa de Saul. . .
Pare aqui por um momento. Esse homem era um parente distante do Rei Saul. Quem foi o Rei Saul? Ele foi o rei que precedeu o Rei Davi. Davi esperou por anos que Deus derrubasse o Rei Saul — o que de fato aconteceu — e então Davi assumiu o trono.
Aqui está um homem da família de Saul, que está irritado por Davi ter assumido o trono. Seu nome é Simei, filho de Gera e, “ao se aproximar, ele amaldiçoava Davi continuamente”.
A palavra do Antigo Testamento para “amaldiçoar” não significa necessariamente palavrões ou palavras impróprias. Refere-se a palavras ditas com a intenção de causar dano — palavras que são prejudiciais, que diminuem e humilham.
Ele estava falando palavras duras, com intenção de destruir Davi. Ele amaldiçoava continuamente, e no versículo 6, “ele atirava pedras em Davi”. Agora, isso não é só amaldiçoar, mas também é abuso físico. É implacável; continuamente, sem parar.
Atirava pedras contra Davi e contra todos os seus servos, embora todo o povo e todos os valentes estivessem à direita e à esquerda do rei.
Enquanto amaldiçoava, Simei dizia:
— Fora daqui! Fora daqui, assassino! Homem maligno! (vv. 6-7)
Algumas traduções dizem aqui: “Filho de Belial!” Essa é uma expressão que significa algo como “seu imprestável!” É um termo cruel. “Saia daqui, você não vale nada, seu imprestável!”
O Senhor Deus o está castigando por todo o sangue derramado na casa de Saul, cujo reino você usurpou. O Senhor já entregou o reino nas mãos de seu filho Absalão. Agora você caiu em desgraça, porque é um assassino! (v. 8)
Aqui está Davi, já abatido e arrasado. Agora ele está enfrentando maldições e abuso físico, que são implacáveis e contínuos — e também falsas acusações. Davi não foi quem derrubou o rei Saul. Ele poderia ter feito isso. Ele teve algumas boas oportunidades, mas se recusou. Em vez disso, foi Deus quem derrubou Saul.
Mas Simei está zombando de Davi e dizendo que Deus está vingando a morte de Saul ao tirar Davi do poder. Enquanto você lê essas palavras, talvez se lembre de palavras que já foram ditas a você — palavras cruéis, palavras que machucaram, palavras que feriram você, talvez palavras que foram totalmente, ou pelo menos parcialmente, injustas.
"Você é tão desajeitada!" "Você nunca será nada na vida!" "Você sempre. . ." "Você nunca. . ." "Você não consegue. . ." "Você é igualzinha a. . ." "Você nunca vai mudar." "Você vai ser igualzinha à sua mãe." "Ninguém vai te amar!"
Eu me lembro de uma amiga que me contou recentemente que, quando ainda era criança e cometeu um erro bobo, seu pai olhou para ela e disse: “Cai morta! Você não vale nada, sua imprestável.”
Ser filha de Deus não a torna imune às palavras malditas dos outros. Às vezes, as pessoas realmente nos amaldiçoam, no sentido de dizer palavras dolorosas e destrutivas. E às vezes Deus não impede que isso aconteça, mesmo que Ele pudesse. Deus, às vezes, permite. Vivemos em um mundo caído, um mundo amaldiçoado, e às vezes Deus permite que isso aconteça.
Talvez algumas de vocês, ou todas nós aqui, já tenhamos passado por momentos em que Deus não impediu que as pessoas dissessem coisas que foram como uma faca no nosso coração. Elas feriram, causaram uma dor imensa.
Você pode não conseguir impedir que isso aconteça, mas a chave está em como você responde a essas palavras — o que você faz com elas.
O que acontece aqui, em 2 Samuel, nos mostra duas formas diferentes de reagir às palavras que nos atingem. A primeira forma é como Abisai respondeu. Ele era guarda-costas de Davi e também seu sobrinho. Ele sabia que aquele ataque era injusto. Ele queria defender seu tio Davi e reagiu da maneira que parece mais natural para nós.
Abisai disse em 2 Samuel 16.9:
Por que este cão morto amaldiçoaria meu senhor, o rei? Deixe que vá até lá e corte a cabeça dele.
O que ele fez? Ele revidou com uma maldição: “Você chamou meu tio de imprestável? Pois você é um cão morto!” Foi a pior coisa que ele conseguiu pensar para dizer. “Nós não vamos aceitar isso calados! Deixa-me ir e acabar com ele!”
Amaldiçoar o rei era um crime digno de morte. E o que Abisai realmente estava dizendo era: “Dê a ele o que ele merece. Ele te amaldiçoou; amaldiçoe de volta. Destrua-o! Decapite-o!” Mas Davi demonstra uma maneira diferente de reagir.
Aliás, você se vê um pouco na resposta de Abisai? Talvez você nunca tenha dito exatamente “Cortem a cabeça dele!”, mas já pensou algo parecido? “Seu cão morto! Você vai ter o que merece!”
A gente pode ser mais sutil, mas no fundo, muitas vezes fazemos a mesma coisa. Isso é o que vem naturalmente. Mas Davi demonstra uma maneira sobrenatural de responder.
Mas o rei disse:
— Que tenho eu a ver com vocês, filhos de Zeruia? Deixem que amaldiçoe! Pois, se o Senhor lhe disse: "Amaldiçoe Davi", quem poderia perguntar: "Por que você está fazendo isso?"
E Davi disse a Abisai e a todos os seus servos:
— Se o meu próprio filho quer me matar, que dizer desse benjamita? Deixem-no em paz. Que amaldiçoe, pois o Senhor lhe ordenou. Talvez o Senhor olhe para a minha aflição e o Senhor reverta em bênção a maldição que ele está proferindo no dia de hoje. (vv. 10–12)
A resposta de Davi vem de sua teologia. E as nossas respostas à vida sempre vêm da nossa teologia. Qual é a teologia? Você pode dizer: “Ah, mas eu não sou uma teóloga”. Oh, mas você é sim. Teologia é simplesmente aquilo que você acredita sobre Deus. Todas nós temos uma teologia.
- Se você enxerga Deus como alguém vingativo, sua teologia fará com que você se torne uma pessoa vingativa.
- Se sua teologia não compreende a graça e a misericórdia de Deus, então você não vai estender graça e misericórdia àqueles que pecam contra você.
Mas Davi tem uma teologia — uma visão de Deus, uma maneira de pensar sobre Deus — que lhe permite responder às maldições de uma forma totalmente contrária à natureza humana, ou melhor, de uma forma sobrenatural.
O que Davi está dizendo? "Deixem isso nas mãos do Senhor. Deus pode lidar com isso. Ele não poderia estar me amaldiçoando se Deus não estivesse permitindo. Na verdade, talvez Deus tenha enviado esse homem à minha vida porque Ele sabe que há algo que eu preciso ouvir."
Aliás, algumas das palavras que mais me feriram ao longo dos anos — palavras às quais eu reagi com dor e indignação — quando olho para trás, percebo que havia nelas um pequeno grão de verdade que Deus queria usar para me santificar. Mas, por estar tão focada na injustiça ou na dureza com que foram ditas, muitas vezes perdi a oportunidade de ouvir o que Deus queria me ensinar.
Isso não significa que eu esteja justificando a maneira como Simei falou, nem estou dizendo que quem feriu você com palavras o fez de um modo agradável ao Senhor. Mas Davi tem um espaço em sua teologia para que Deus seja Deus. Ele está dizendo, em essência: "Eu não vou tentar governar o universo. Eu não posso governá-lo. Ele pertence a Deus. Então, que Deus cuide de Simei, e que Deus cuide de mim. Deus pode transformar essa maldição em bênção para mim".
Em vez de se defender ou agir com violência, Davi se contém. Ele consegue fazer isso porque reconhece a soberania de Deus.
É essa visão de Deus que lhe permite responder com humildade e aceitar a maldição de Simei como algo permitido pelo Senhor. Agora, pense nas pessoas que já te amaldiçoaram. Talvez haja uma frase, uma sentença, dita por alguém anos atrás, que ainda está presa no seu coração e na sua mente. De certa forma, essa pessoa ainda a está amaldiçoando, porque você ainda se lembra, ainda pensa nisso, ainda sente os efeitos dessas palavras hoje.
Pergunte a si mesma: "Eu reagi mais como Abisai — ‘Seu cão morto! Cortem-lhe a cabeça!’"? Talvez você nunca tenha dito essas palavras, mas há raiva e amargura no seu coração em relação a quem a feriu? Ou você tem uma visão de Deus que te permite responder com humildade, calmamente? Uma visão que te permite se conter e dizer: "Deus pode lidar com isso. Deus vai tratar essa pessoa, e Deus pode me abençoar, independentemente do que qualquer um tenha feito para me ferir".
Tenho uma amiga que hoje é esposa e mãe de vários filhos. Ela já compartilhou um pouco comigo sobre a sua infância. Ela foi adotada ainda pequena. Seu pai adotivo tinha uma posição de liderança espiritual na igreja. Mas, durante os anos em que cresceu nessa família adotiva, ela sofreu muitos abusos verbais e físicos.
Finalmente, no último ano do ensino médio, ela criou coragem para conversar com o pastor. Numa noite, esperou até o fim das atividades do grupo de jovens e ficou depois para falar com ele. Ela temia que, por seu pai ser um dos líderes da igreja, o pastor ficasse receoso de se envolver.
Ela contou tudo ao pastor, que basicamente respondeu: "Você vai ter que aguentar mais um pouco. Já está quase se formando. Aguente firme". Isso não foi encorajador para ela. Mas o pior veio depois.
Quando chegou tarde em casa naquela noite, de alguma forma seus pais já sabiam que ela havia conversado com o pastor. Eles ficaram acordados esperando por ela.
Ela me contou o que aconteceu quando chegou em casa:
Eles não encostaram um dedo em mim, mas por mais de uma hora repetiram sem parar o quanto eu era uma vergonha para eles, que eu era feia como sujeira, que se arrependiam de ter me adotado e que eu nunca seria nada na vida.
Tudo o que eu conseguia fazer era sentar ali e chorar. Finalmente, depois de dizerem essas coisas repetidamente, me deixaram subir para o meu quarto. Eu caí de rosto no chão e clamei a Deus, dizendo que não aguentava mais. Eu queria morrer.
Você se lembra de algo semelhante — ou algo bem diferente — que foi dito a você quando era criança? Talvez tenha sido dito pelos seus pais, por uma amiga (ou alguém que você pensava ser a sua amiga), por um colega de escola, um professor ou até uma irmã.
Algo que foi dito e que machucou tão profundamente que, olhando para trás, você enxerga como uma maldição de palavras. Você ainda se lembra disso, e ainda te afeta hoje. Você consegue pensar em algo assim em sua história? Imagino que a maioria de nós consegue.
Nas últimas semanas, enquanto trabalhava nesta série, conversei com muitas mulheres e fiquei impressionada com a quantidade de histórias que voltam lá do passado, mas que são lembradas como se tivessem acontecido ontem. Palavras tão dolorosas, tão destrutivas, tão prejudiciais. Algumas dessas palavras têm aprisionado essas mulheres por anos, e, em alguns casos, têm causado um impacto devastador até a vida adulta.
Em alguns casos, a pessoa que disse essas palavras nem está mais viva, mas essas mulheres — e, às vezes, homens também — ainda carregam consigo essa maldição das palavras.
Enquanto ouvia esses desabafos e estudava esse assunto na Palavra de Deus, meu coração ficou pesado. Eu sinto profundamente essa dor e essa tristeza, o peso de saber que tantas pessoas têm vivido anos e anos sob essas palavras que as marcaram. Mas, ao mesmo tempo, fui encorajada ao ver que a Palavra de Deus tem os recursos para nos libertar da maldição das palavras.
Não importa qual tenha sido essa maldição, nem de que forma ela foi lançada sobre nós, nem por quem. Há esperança! Como filhas de Deus, não precisamos viver presas às palavras que foram lançadas sobre nós na infância. E, para algumas, não foi na infância. Para algumas, isso tem acontecido dentro do casamento. Algumas ainda vivem em um lar onde constantemente ouvem palavras destrutivas. . .
Recebo e-mails e cartas de mulheres que vivem com um marido que as amaldiçoa. E, novamente, não estou falando apenas de palavrões. Estou falando de palavras que humilham, rebaixam, controlam, ferem. Seja porque você está vivendo isso agora, seja porque carrega marcas do passado que ainda pesam no seu coração, eu quero afirmar, com base na autoridade da Palavra de Deus, que é possível superar o poder dessas maldições na sua vida.
Nos próximos dias, quero compartilhar alguns princípios bíblicos práticos para ajudá-la a superar a maldição das palavras — seja do passado ou do presente. Para facilitar a memorização, todos os pontos começam com a letra “R”. Talvez você queira anotá-los.
O primeiro princípio para vencer a maldição das palavras é que há algo que você precisa reconhecer. Aliás, há várias coisas que você precisa reconhecer. Esse é o alicerce do nosso pensamento. Por exemplo, você precisa reconhecer que ninguém pode amaldiçoá-la sem a permissão de Deus.
Já vimos isso antes. Quando Simei amaldiçoou o rei Davi, ele respondeu: "Deixem-no. Não cortem sua cabeça. Deus permitiu que ele fizesse isso". Eu não posso explicar completamente por que Deus permite certas coisas, ou de que maneira Ele as permite. Deus não aprova o pecado de forma alguma. Mas, de alguma maneira, dentro da Sua providência e do Seu plano, Ele permite e ordena certas circunstâncias que chegam até nós. Esse é o ponto de partida: você precisa reconhecer que ninguém pode amaldiçoá-la se Deus não permitir.
Lá no livro de Números, capítulo 22, vemos a história de Balaão, que foi contratado pelo rei de Moabe para amaldiçoar os israelitas. Ele tentou várias vezes, mas Deus não o deixou fazer isso.
Balaão respondeu a Balaque:
— Eis que estou aqui diante de você. Mas será que poderei, agora, falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei. (v. 38)
E Balaque voltou para Balaão e disse: "Eu queria que você os amaldiçoasse, mas você os abençoou! Por quê?" Ele até tinha pago Balaão para lançar uma maldição sobre Israel. Mas Balaão respondeu: "Como posso amaldiçoar a quem o Senhor não amaldiçoou? Recebi uma ordem para abençoar: Ele abençoou, e eu não posso revogar. [. . .] Não há encantamento contra Jacó, nem adivinhação contra Israel" (veja Números 23.12–20, 23). Essa é a ilustração que a Palavra de Deus nos dá!
Por outro lado, no caso de Davi, Deus permitiu que Simei o amaldiçoasse. Já no caso de Balaque e Balaão, Deus não permitiu que Balaão amaldiçoasse Israel. Então, compreenda que ninguém pode amaldiçoá-la se Deus não permitir. As palavras mais dolorosas e destrutivas que foram ditas a você não passaram despercebidas aos olhos de Deus.
Além disso, lembre-se e reconheça que, se você é filha de Deus, você é abençoada, independentemente do que os outros digam ou façam contra você. Algo fundamental que você precisa entender é que, embora algumas pessoas possam ter lançado maldições sobre você, a bênção de Deus está sobre a sua vida, se você pertence a Ele.
Depois, reconheça que a bênção de Deus em sua vida é mais poderosa do que qualquer maldição humana. Não importa o que tenham dito para você, nem como tenham tentado amaldiçoá-la. Algumas mulheres que me ouvem agora já foram alvo até de rituais satânicos, em que lançaram palavras e feitiços contra elas desde a infância. . . Coisas terríveis feitas contra crianças indefesas.
Há mulheres ouvindo isso agora que passaram por esse tipo de maldição. E, mesmo nesses casos, quero lembrar a você: a bênção de Deus sobre sua vida é mais forte do que qualquer maldição que alguém possa ter lançado sobre você.
Outra verdade que você precisa reconhecer é que, por meio de Cristo, Deus providenciou libertação de toda e qualquer maldição. Não existe maldição de palavras, nem qualquer outro tipo de maldição, que tenha poder para controlá-la, se você está em Cristo.
O poder do que Jesus fez na cruz quebrou o poder de toda maldição em sua vida. Isso não significa que você nunca será amaldiçoada, mas significa que o poder da bênção de Deus é maior do que qualquer maldição. Se uma maldição chegar até você, ela não tem poder para dominá-la. Ela não pode sobrepujá-la, não pode controlar a sua vida — a menos que você permita.
Em Cristo, há poder e provisão para que você seja livre de toda maldição que já foi, ou que um dia venha a ser, lançada sobre você. Então, reconheça essas verdades:
- Ninguém pode amaldiçoá-la sem a permissão de Deus.
- Se você é filha de Deus, você é abençoada, independentemente de qualquer maldição lançada sobre você.
- A bênção de Deus é mais poderosa do que qualquer maldição humana.
- Em Cristo, há provisão para ser livre de toda maldição.
Você pode estar se perguntando: “O que eu faço com essas maldições?” Pense sobre as palavras que foram ditas contra você e, tendo compreendido esses princípios fundamentais, reavalie a origem dessas palavras que foram ditas a você.
Reavalie a origem das palavras. As palavras que os outros te disseram, reavalie-as à luz da Palavra de Deus. Pergunte-se: “Isso é verdade? Isso está de acordo com o que Deus diz em Sua Palavra?” Reavalie aquilo que lhe foi dito.
Depois, rejeite tudo aquilo que não for verdade. Se o que disseram não está de acordo com a Palavra de Deus, rejeite. Veja, as maldições que foram ditas a você só têm poder sobre a sua vida se você as aceitar. . . se você acreditar nelas.
Se o que disseram não é verdade, se não está em conformidade com a Palavra de Deus, então essas palavras não têm nenhum poder sobre você. O que dá poder a essas palavras é quando nós as acreditamos, quando nós as aceitamos como verdade. Quando ouvimos frases que são contrárias a Palavra de Deus, como: “Você nunca será nada na vida”, “Você não vale nada”, “Você é um fracasso” e acreditamos nelas, estamos investindo nelas um poder que elas não deveriam ter.
Sabe o que acontece, no fim das contas? Você acaba amaldiçoando a si mesma. É isso que dá força a essas palavras. Provérbios 26.2 diz: "Como o pássaro que foge e como a andorinha no seu voo. . .” Você já observou os pássaros? Eles voam de um lado para o outro. Será que não se fadigam? Parece que nunca pousam. Provérbios diz, “como essa andorinha, uma maldição imerecida [. . .] palavras que não são verdadeiras [. . .] a maldição sem motivo não se cumpre”.
Ela só encontra repouso se você disser: “Eu aceito. Eu acredito. Eu recebo isso”. Pense nas palavras que foram ditas a você. Lembro-me de uma amiga que compartilhou algo comigo na semana passada, enquanto falávamos sobre bênção e maldição. Ela disse:
Uma situação me vem à mente imediatamente. Quando eu estava no ensino fundamental, eu era pequena, meu corpo ainda não havia se desenvolvido. Nas aulas de educação física, tínhamos que nos trocar e tomar banho no vestiário. Uma das minhas amiguinhas olhou para mim e perguntou: ‘Você tem certeza de que você é mesmo uma menina?’ Você não faz ideia de como aquilo me machucou! Comecei a me perguntar: será que eu sou o primeiro erro que Deus fez no mundo? Será que eu realmente sou uma menina?
Perguntei a ela: "E quando você percebeu que era uma menina?" Ela riu — hoje, uma mulher linda — e disse: "Eu não sei quando, mas aquilo me feriu tanto".
Agora, quarenta anos depois, ela ainda se lembra. Essa maldição teve poder sobre a vida dela enquanto ela acreditou naquilo.
Sabe quando aquela maldição perdeu o poder sobre a vida dela? Quando ela percebeu que não era verdade e começou a rejeitá-la.
- Reconheça que essas maldições não precisam ter poder sobre você.
- Reavalie de onde vieram essas palavras. Elas são verdadeiras? Compare-as com a Palavra de Deus e avalie-as à luz das Escrituras.
- Rejeite qualquer palavra que não seja verdadeira.
Essas palavras terão poder para vencê-la somente se você concordar com elas.
Raquel: Reconhecer, reavaliar e rejeitar. Três passos práticos para nos ajudar a lidar com palavras ditas contra nós. Não precisamos viver presas às mentiras e palavras dolorosas.
Nancy DeMoss Wolgemuth nos mostrou como Jesus nos dá liberdade das maldições das palavras. Glória a Deus!
Queremos ajudá-la a andar nessa liberdade e aplicar as verdades da Palavra no seu dia a dia. Por isso, ainda dá tempo de você participar conosco do desafio de 30 dias O poder das palavras. Você vai receber diretamente no seu email ou WhatsApp textos que vão te encorajar a ser intencional com as suas palavras. Clique na aba “Desafios” no site avivanossoscoracoes.com e inscreva-se ainda hoje.
O que fazer quando sentimos que estamos presas ao peso das palavras lançadas contra nós? Amanhã Nancy continuará nos mostrando como viver em liberdade. Aguardamos você amanhã aqui, no Aviva Nossos Corações.
Nancy: Senhor, quero Te agradecer porque Tua Palavra nos ensina que maldição alguma pode ter poder sobre nós, se somos Tuas filhas. Agora mesmo, queremos afirmar essa verdade e reconhecer, pela fé, que nada do que foi dito contra nós — se estiver em desacordo com a Tua Palavra — tem poder para nos dominar, nos sobrepujar ou destruir nossas vidas, se nos recusarmos a aceitá-lo.
Ajuda-nos, Senhor, a crer no que Tu disseste e a não dar poder a palavras de maldição. Ajuda-nos a crer e receber, em vez disso, a bênção que Tu falaste sobre nós. Senhor, eu oro para que Tu libertes mulheres do peso das palavras ditas contra elas, que Tu quebres o poder dessas palavras e desfaças a escravidão que criamos ao aceitá-las e crermos nelas.
Aqui e agora, Senhor, neste momento e neste lugar, que o Senhor esteja libertando corações cativos para que possam experimentar a Tua bênção.
Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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