
Dia 1: Administrando o dinheiro de Deus
Raquel: Se você é cristã, Deus está no processo de transformá-la à imagem de Seu Filho. Aqui está Randy Alcorn.
Randy Alcorn: Se você vai ser como Jesus, vai demonstrar o fruto do Espírito. E o que é mais básico nesse fruto do Espírito do que ser uma pessoa generosa, que doa?
Raquel: Bem-vinda ao Aviva Nossos Corações. Nossa anfitriã é Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Que alegria é receber um amigo de longa data de novo aqui no Aviva Nossos Corações, depois de vários anos, alguém que teve um enorme impacto no mundo cristão e cujo os livros e pregações tiveram um grande impacto na minha vida; hoje conosco está o Randy Alcorn, um querido amigo do Aviva Nossos Corações. Randy, muito obrigada por sua presença aqui conosco hoje.
Randy: Obrigado, Nancy. É sempre …
Raquel: Se você é cristã, Deus está no processo de transformá-la à imagem de Seu Filho. Aqui está Randy Alcorn.
Randy Alcorn: Se você vai ser como Jesus, vai demonstrar o fruto do Espírito. E o que é mais básico nesse fruto do Espírito do que ser uma pessoa generosa, que doa?
Raquel: Bem-vinda ao Aviva Nossos Corações. Nossa anfitriã é Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Que alegria é receber um amigo de longa data de novo aqui no Aviva Nossos Corações, depois de vários anos, alguém que teve um enorme impacto no mundo cristão e cujo os livros e pregações tiveram um grande impacto na minha vida; hoje conosco está o Randy Alcorn, um querido amigo do Aviva Nossos Corações. Randy, muito obrigada por sua presença aqui conosco hoje.
Randy: Obrigado, Nancy. É sempre uma grande alegria falar com você. É muito bom estar aqui.
Nancy: Randy, você escreveu muitos livros e sei que muitas de nossas ouvintes já leram seus livros. Como autora, sei todo o sangue, suor e lágrimas, paixão, coração e esforço que são investidos nesses livros.
Você escreveu sobre muitos assuntos, incluindo o movimento Pró-vida. Mas os dois temas que mais me vêm à mente quando penso nos seus livros são: o céu – você escreveu vários livros sobre isso. E também o tema de mordomia e generosidade. Isso é uma mensagem de vida para você.
É sobre isso que queremos falar essa semana. Louvo a Deus pelo seu coração para esse tema. Sei que você desafiou e encorajou muitos cristãos.
Na verdade, estou segurando em minhas mãos uma cópia deste pequeno livro chamado The Treasure Principle - Unlocking the secret of joyful giving (em tradução livre: O Princípio do Tesouro: Descobrindo o Segredo da Generosidade Alegre). Esse é, sem dúvida, um dos meus livros favoritos e mais valiosos de toda a minha biblioteca... e eu tenho uma grande biblioteca. Esse livro vale o peso em ouro. Tenho certeza de que distribuímos ou promovemos milhares de cópias desse livro ao longo dos anos. Eu mesma já presenteei muitos exemplares.
Ele é tão poderoso porque toca em um tema que aparece como um fio maravilhoso por todas as Escrituras – do começo ao fim. Você resumiu o segredo da generosidade alegre nesse único livro chamado O Princípio do Tesouro.
Vamos explorar um pouco dessa mensagem, mas gostaria de te agradecer por viver e escrever sobre algo que está tão próximo ao coração de Deus. Somos muito gratas por você estar aqui para falar sobre o tema da generosidade cristã, conforme a Bíblia ensina.
Randy: A generosidade é um tema maravilhoso, como você bem sabe, Nancy. Sei que em sua vida isso tem sido tão importante. Obrigado pelo seu exemplo nessa área também. Agradeço a forma como você tem investido sua vida na eternidade. Admiro o que você faz. Admiro quem você é.
Nancy: Obrigada, Randy.
Vamos começar com o Princípio do Tesouro. Estamos falando sobre generosidade e mordomia. E hoje, vamos apresentar o conceito, mas vamos expandir ele nos próximos dias.
Se você está acompanhando as notícias hoje, já percebeu que há muitos temores sobre a economia, sobre o mercado de ações – as pessoas estão preocupadas com suas poupanças que estão encolhendo. Estamos todos cientes da inflação. Há muita conversa sobre recessão. Eu acho que, em tempos como esse, não é automático nós pensarmos em dar mais. O reflexo natural é pensar em guardar o que temos.
Por que seria importante falar sobre generosidade, sobre dar, quando o que temos parece estar diminuindo? Por que falar sobre isso em tempos como esse?
Randy: Na verdade, é um ótimo momento para falar sobre generosidade, porque o que precisamos é da graça de Deus, e precisamos da alegria de Deus, da felicidade de Deus em nossas vidas. A generosidade é chave para essas duas coisas, porque Deus estendeu Sua graça a nós, e a graça de Deus é o ato de Deus de nos dar.
Quando respondemos à Sua graça com nossa generosidade... é como se a graça de Deus fosse o relâmpago, e a nossa resposta em dar fosse o trovão. O trovão segue o relâmpago. Quando a graça de Deus está em nossas vidas, ela vai se demonstrar através da generosidade.
Acredito que esta é uma oportunidade para dizermos: “Olha, se não estamos experimentando a alegria de dar, estamos realmente perdendo a graça de Deus.”
A única citação de Jesus que não está nos evangelhos, mas que aparece no livro de Atos, está em Atos 20, versículo 35, onde Ele diz: “Mais bem-aventurado é dar do que receber.”
A palavra traduzida como "bem-aventurado" é a palavra grega makarios, que significa “que faz feliz”. A tradução literal do que Jesus disse naquele versículo poderoso, que não está nos evangelhos, mas está em Atos, é: “É mais feliz fazer feliz ao dar do que ao receber.”
Se podemos entrar na graça de Deus e experimentar a graça de Deus por meio da generosidade, e podemos nos tornar felizes no processo, estamos honrando a Deus. Estamos amando a Deus com todo o nosso coração. Estamos amando as pessoas com todo o nosso coração. Elas se beneficiam, e nós também nos beneficiamos com nossa própria felicidade, algo que acho que o mundo precisa ver nos cristãos: que somos um povo feliz porque amamos e servimos a um Deus feliz.
Nancy: Com certeza, o que você está dizendo está enraizado nas Escrituras, mas é algo contraintuitivo em relação aos nossos instintos naturais e à mensagem do mundo, que é: “Pegue tudo o que puder e segure bem firme.” Nós tendemos a pensar, de forma natural, que “se eu me desfizer de algo precioso para mim, então eu vou ser menos feliz.”
Randy: Exatamente.
Nancy: “E se eu conseguir algo que tanto desejei, eu vou ser mais feliz.” Mas o jeito de Deus inverte isso.
Randy: Isso mesmo. Não faz sentido do ponto de vista humano, mas Deus diz que devemos “renovar a nossa mente” e devemos ir à Sua Palavra para renovar a nossa mente. Percebemos então que vivemos em um mundo que está de cabeça para baixo.
O que estamos fazendo quando somos generosos e seguimos o Senhor e fazemos o que Ele nos diz é que estamos virando as coisas de cabeça para cima. É o jeito certo de ser. É como deveria ser no Éden. É como será na nova terra, onde há conformidade com a natureza de Cristo.
Cristo foi o maior Doador. Ele fez o maior sacrifício. Nós nos tornamos como Ele quando realmente experimentamos a alegria da generosidade.
Então, embora seja contra intuitivo, é contra intuitivo para a velha natureza. E é intuitivo para a nova natureza que temos em Cristo.
Precisamos nos conectar com isso, abandonar a velha natureza e revestir-nos da nova natureza. E, quando agimos assim, experimentamos a graça de Deus de maneiras absolutamente transformadoras e atraentes, que fazem as pessoas se aproximarem. As pessoas se atraem pelo Evangelho quando veem o povo de Deus sendo generoso de forma espontânea e alegre.
Nancy: Interessante. Enquanto você falava, Randy, me lembrei de um amigo não-cristão do meu pai. Isso aconteceu há muitos anos, porque meu pai já está com o Senhor há mais de quarenta anos. Esse amigo era um empresário rico, de uma fé completamente diferente. Ele não conhecia Cristo, mas conhecia meu pai. Ele admirava as qualidades do bem-estar, da felicidade que ele via na vida do meu pai. Ele não conhecia a palavra “bênção”. Provavelmente não poderia defini-la. Mas ele pôde ver a benção de Deus na vida do meu pai.
Lembro-me dele dizendo ao meu pai: “Eu estaria disposto a te dar um cheque de um milhão de reais (o que ele poderia ter feito) se eu pudesse apenas ter o que você tem.”
Pensamos: “Se eu pudesse ter aquele cheque de um milhão de reais, então eu estaria me sentindo abençoada e feliz.” Mas aquele homem percebeu que ter todos os bens materiais não lhe dava o que realmente poderia satisfazer sua alma.
Ele entendeu que não estava nas coisas. Não estava no ter. Mas havia algo mais – é sobrenatural. Vem do Evangelho. Vem de Cristo. Nos dá bem-estar eterno e não apenas o prazer temporal de possuir bens materiais.
Randy: Isso mesmo. Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas ricas, pessoas famosas, atletas profissionais. E encontrei exatamente o que você está dizendo na vida delas. Cada pessoa rica que conheci passou por experiências semelhantes, em que pensavam que, ao conseguirem muito dinheiro, isso resolveria seus problemas e traria grande alegria para suas vidas, mas não foi o que aconteceu.
Eles tinham tudo o que todo mundo queria, mas não tinham paz interior e felicidade sem a fé em Cristo.
Quando alguns deles vêm à fé em Cristo, ainda experimentam muita solidão. Eles não percebem que estão se isolando com sua riqueza. A riqueza deles se tornou o objeto da sua fé e confiança por muito tempo. Mas, à medida que vão dando mais e mais e investindo no Reino de Deus, eles encontram uma alegria no que estão investindo.
Às vezes, parece que dar é apenas se desfazer de algo, é simplesmente se livrar de algo que não precisamos mais.
Mas não é isso. É um investimento. O que estamos investindo retorna para nossas vidas com tanta alegria quando vemos crianças que estavam com fome, e agora estão sendo alimentadas, suas vidas sendo transformadas. Um dia, vamos nos sentar à mesa com elas no Reino de Deus, e elas vão dizer: “Obrigado por dar. Obrigado por me ajudar. Obrigado por me ajudar a ouvir o Evangelho, para que eu pudesse estar aqui no céu com meu Senhor Jesus e com você.”
Naquele dia não vamos ter nenhum arrependimento. Nunca vamos dizer: “Ah, eu queria não ter dado tanto.” Eu acho que vamos desejar, na verdade, ter dado mais.
Nancy: Acredito que a generosidade é um dos nossos grandes meios de compartilhar o Evangelho, porque, novamente, é contraintuitivo. As pessoas que têm, trabalharam duro por isso. Elas querem manter o que têm. Elas sabem como a riqueza pode ser perdida rapidamente, como Provérbios diz: “A riqueza voa como uma ave e se vai” (Pv 23.5). Elas não querem perdê-la. E muitas vezes, elas querem segurar firme.
Quando eles veem os cristãos, tendo muito ou tendo pouco, segundo os padrões do mundo, sendo de mãos abertas e não apertadas, e nos veem sendo generosos com o nosso tempo, com nossos recursos, com as nossas coisas, isso aponta para um Deus generoso que amou tanto o mundo que Ele—o quê?—Ele deu. Ele deu.
Randy: Sim!
Nancy: Acho que isso é uma forma de expressar ao mundo a incrível generosidade de Deus, que derramou, que lavou Sua graça e Sua misericórdia sobre pessoas que não mereciam e que não poderiam fazer nada por Ele. Porque Ele é um Deus amoroso e generoso, isso se torna uma porta aberta para o Evangelho.
Randy: Sim. Isso é real. Vemos Deus agindo na vida de Seus filhos que descobriram a alegria da generosidade e estão vivendo a graça de Jesus.
É interessante descobrir incrédulos que experimentaram a alegria de dar, e suas vidas, até certo ponto, foram mudadas, e mudadas para melhor, mesmo que ainda não tenham vindo à fé em Cristo, que, claro, é o objetivo final—ir para o céu e desfrutar dele por toda a eternidade.
Deus tem certos princípios em Sua Palavra. Quando seguimos esses princípios, mesmo antes de vir à fé em Cristo, experimentamos certos aspectos da bênção de Deus. É como uma graça comum em oposição à graça especial de vir à fé em Cristo.
Lembro-me da primeira vez em que vi Bill Gates e Warren Buffet juntos em um programa da PBS, anos atrás, onde Warren Buffet olhou para a câmera e disse: “Me perguntei por que eu tinha todos esses bilhões de dólares, e finalmente descobri o porquê. É para que eu possa dá-los a coisas nas quais acredito.” E Bill Gates se comportava como uma criança sobre o privilégio de dar e a alegria de dar.
É claro, sem Cristo, eles estão dando para algumas coisas que eu não daria, mas certamente estão fazendo outras coisas muito boas.
Mas meu ponto é: incrédulos descobrem esse princípio da generosidade, e é muito triste ver os cristãos, pessoas que conhecem Cristo há muitos anos, rejeitando a ideia de dar mais. Até mesmo o conceito do dízimo é incompreensível para eles, quanto mais o verdadeiro e generoso dar acima e além.
Todas as pessoas que conheço, muitas até com rendas de classe média, que dão 50% de tudo o que Deus confiou a elas, e depois pessoas mais ricas que dão 80%, 90%, algumas mais do que isso, e a alegria que elas encontram nisso porque Deus as chamou para esse estilo de vida. Elas têm o dom de dar, e percebem que Deus as confiou com esses recursos para investir de maneira significativa no Reino de Deus.
Nancy: Eu amo isso!
Randy: Você não pode imaginar o nível de alegria se não conversou com essas pessoas e não teve essas experiências de dar em sua própria vida.
Nancy: É fácil pensar que esse desafio que estamos apresentando aqui... falamos de pessoas que tiveram muitos recursos deste mundo, e são generosas. E você diz: “Claro, pessoas que têm muito dinheiro deveriam ser generosas.” Mas essa mensagem não é só para pessoas que são ricas aos olhos do mundo.
Randy: Sim!
Nancy: Eu estou pensando em 2 Coríntios, capítulos 8 e 9. É a passagem mais incrível, poderosa e inspiradora, talvez de todas as Escrituras, sobre a graça de dar e o chamado à generosidade. Mas o apóstolo Paulo ali está falando sobre alguns cristãos que eram muito pobres. Eles estavam em extrema pobreza. Não tinham nada, segundo os padrões do mundo. E, ainda assim, ele os elogiou por sua generosidade e por quererem dar conforme podiam e até além!
Quando falamos sobre generosidade, não estamos apenas dizendo... É fácil sentar na nossa igreja ou pensar em um ministério que tem necessidades, ou qualquer outra coisa, e pensamos: "Ah, aquela pessoa está no conselho. Com certeza ela vai doar para atender essas necessidades." Ou, "Aquelas pessoas na nossa igreja, elas têm muito. Ele é um empresário bem sucedido. Com certeza ele poderia dar muito."
Randy: Sim.
Nancy: Talvez eles pensem que nós, que não temos todos esses recursos, estamos isentos. Mas essa é uma mensagem e uma forma de pensar, um DNA, por assim dizer, que o Senhor está chamando todo cristão para viver, mesmo que a gente não ache que tem muito ou nada para dar.
Randy: Exatamente. Muitos de nós, que tivemos a experiência de viajar para países pobres e ver pessoas que usam o salário de uma semana inteira de trabalho para comprar as refeições que estão preparando para os americanos visitantes... Isso nos faz sentir culpados, mas os faz tão felizes em doar.
Eu me lembro quando meu livro, O Princípio do Tesouro, foi traduzido para o espanhol de Cuba. Existe um tipo especial de espanhol falado em Cuba, então foi feito especialmente para Cuba. E alguém me perguntou: "Espera aí. Por que O Princípio do Tesouro seria traduzido para a língua deste país tão pobre?
Este não é um livro mais voltado para os Estados Unidos, Europa ou Coreia do Sul, ou algum país próspero? Não é para países pobres, com certeza."
Bem, a resposta é: é para todos os países. As ilustrações vão ser diferentes. Os maiores exemplos na Escritura de doadores são a viúva pobre, como indivíduo, e os pobres macedônios em 2 Coríntios 8, onde fala sobre "sua extrema pobreza", que transbordou em generosidade rica. Pessoas pobres muitas vezes estão muito mais em contato com a alegria de dar do que pessoas mais ricas.
É essa graça de Deus, o dar de Deus, que é tão transformador. E as pessoas que são tocadas por essa mensagem experimentam uma alegria que tristemente é quase incompreensível para a maioria dos cristãos na América.
Muitas pessoas aprenderam a alegria da generosidade, mas muitas outras ainda não aprenderam. E eu penso: "Você está perdendo. Não é só o bem que pode ser feito com o dinheiro que você dá, embora isso seja muito impactante na vida de outras pessoas. Mas é o que você está perdendo por não ter aprendido a dar e a dar de maneira alegre e graciosa."
Nancy: Não seria um ótimo objetivo para nossa generosidade tentar se aproximar da generosidade de Deus? Claro, nunca vamos conseguir alcançar isso.
Mas acho que precisamos nos perguntar: como seria a minha doação — do meu tempo, dos meus recursos, do meu dinheiro — se isso fosse uma medida, um indicador de quanto fui abençoada por Deus, de quanta graça de Deus entrou na minha vida? O meu nível de generosidade mostraria às pessoas que Deus é um Deus generoso, que recebi graça em abundância? Ou indicaria que recebi de forma mesquinha e, por isso, tenho dado de forma mesquinha? Ou que apenas fiz o mínimo necessário?
Vemos em 2 Coríntios 8 e 9 esses superlativos, que falam sobre a abundância de alegria e a extrema pobreza que transbordaram em uma riqueza de generosidade da parte deles. Isso tudo é por causa da graça de Deus.
Podemos nos perguntar: "Como a extrema pobreza e a abundante alegria podem andar juntas?"
Bem, é a graça e a generosidade que as unem. E ver essas pessoas, com tão poucos recursos (seja qual for a moeda da época, denários ou o que fosse), mas com alegria transbordante, pobreza transbordante e generosidade transbordante que refletiam ao mundo a graça transbordante de Deus.
É uma maravilha e uma maneira de refletirmos para o mundo o quão generoso e cheio de graça Ele é.
Randy: Sim! Aquela grande passagem de 2 Coríntios 8 e 9 fala sobre a doação das pessoas que transbordam da sua pobreza. Ela continua dizendo: "Levem a cabo esse ato de graça da parte de vocês." Ele está falando sobre a graça da generosidade. Diz antes que, totalmente por conta própria, esses pobres macedônios, "pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência (o serviço de dar) aos santos." (veja 8.4)
É como se eles estivessem dizendo: "Ok, eles nos imploram." É como se estivéssemos dizendo a eles: "Espere aí! Vocês são mais pobres do que as pessoas para as quais estão dando!" Mas eles imploravam. Não queriam ser impedidos do privilégio de dar.
Eu acho que esse senso de se destacar na graça de dar, e tudo o que é dito nessa passagem, é muito importante. Porque logo em seguida, no capítulo 8, versículo 9, essa grande passagem sobre dar diz: "Pois vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que, por meio da pobreza dele, vocês se tornassem ricos.”
Aqui vemos a conexão essencial entre dar e o próprio Evangelho. E, claro, no capítulo 9 fala sobre como "Deus ama quem dá com alegria" (v. 7). Não apenas quem dá por obediência, mas quem dá com alegria.
Se você vai ser como Jesus, vai demonstrar o fruto do Espírito. E o que é mais básico nesse fruto do Espírito do que ser uma pessoa generosa? Acho que, se você fosse capturar a essência da pessoa e da obra de Jesus Cristo, ela seria inseparável da generosidade.
Nancy: Realmente, nunca somos mais parecidas com Jesus do que quando somos generosas.
Randy: Amém!
Nancy: Claro, poderíamos dizer isso sobre humildade, servir e outras coisas, mas nunca somos mais parecidas com Jesus do que quando estamos dando. Nunca somos menos parecidas com Ele do que quando estamos segurando com força aquilo que achamos que nos pertence, quando, na verdade, não nos pertence. Tudo é emprestado por Deus, que nos fez administradoras. Isso faz parte da essência do Princípio do Tesouro. Não nos pertence. Tudo pertence a Deus.
Randy: As Escrituras falam muito sobre Deus ser o dono de tudo.
Salmo 24.1 diz: "Ao Senhor pertence a terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam.”
E Ageu 2.8 diz: "Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos.”
Em Deuteronômio 8.18 diz: "... lembrem-se do Senhor, seu Deus, porque é ele quem lhes dá força para conseguir riquezas...”
E 1 Coríntios 6.19-20 diz: “Vocês não são de vocês mesmas; Porque vocês foram comprados por preço.”
Nem mesmo pertencemos a nós mesmos. Tudo o que somos e tudo o que temos pertence a Deus. Bem, as implicações disso são tremendas, porque se tudo pertence a Ele, não deveríamos estar perguntando a Ele o que Ele quer que façamos com isso?
Nancy: Sim!
Randy: Eu uso às vezes a analogia do entregador da FedEx. Eu falo: "E se o entregador da FedEx, que vem e entrega várias coisas para mim e às vezes também pega pacotes para mandar para minha editora, ou o que for, vamos supor que eu descobrisse que ele estava levando para casa e ficando com tudo o que eu entreguei a ele?"
Suponha então que ele olhasse para mim quando eu questionasse sobre isso e dissesse: "Bem, espera aí. Se você não queria que eu ficasse com essas coisas, você não deveria ter me dado elas em primeiro lugar." (risos)
Eu responderia: "Ei! Não é seu trabalho ficar com isso. Seu trabalho é entregar para quem foi destinado. Você é o entregador da FedEx! Você deveria saber disso, certo?"
Bem, não somos nós os entregadores de Deus? Claro que sim, Ele nos confia algumas coisas, como o dinheiro, para cuidar de nossas famílias e dos nossos lares. Mas Ele também nos dá um excesso, e Ele quer que esse excesso seja direcionado a lugares e pessoas que realmente precisam dele. Somos os administradores do dinheiro dele, como gerentes de investimentos, por assim dizer. E além daquilo que é para cuidar de nós e de nossas famílias e necessidades básicas, Ele também nos dá muito que Ele quer que vá para outros lugares.
Se perdermos isso de vista, acabamos pensando: "Isso é meu. Isso me pertence."
Não. Foi confiado a nós. Somos administradores, não donos. Ele é o dono de tudo.
Nancy: Eu amo isso!
Randy: Isso é o que significa ser um mordomo. Ser administrador do dinheiro de Deus.
Imagine uma pessoa rica olhando para os livros contábeis e, de repente, percebe que uma enorme quantia de dinheiro desapareceu. Ela chama o administrador de dinheiro para dar explicações e pergunta: "Onde foi todo o meu dinheiro?"
Bem, o que você acharia se ele dissesse: "Ah, eu gastei com isso, eu gastei com aquilo."
"Mas não é seu dinheiro! Isso é roubo! Você precisa fazer o que estou mandando você fazer com isso."
Se é realmente o dinheiro de Deus, você não acha que devemos perguntar a Ele, antes de tudo: "Deus, o que o Senhor quer que eu faça com o que pertence ao Senhor?"
Nancy: Amém.
E é por isso, Randy, que eu quero que todos que estão nos ouvindo hoje cresçam nessa graça de dar. Eu quero crescer nessa graça de dar.
Mal arranhamos a superfície e introduzimos o conceito do Princípio do Tesouro. Vamos voltar a esse tema.
Amanhã, vamos conversar com Randy sobre doação radical, sobre como saber onde doar, algumas perguntas a serem feitas antes de doar para qualquer ministério—seja o Aviva Nossos Corações ou qualquer outro ministério pelo qual você tenha afinidade.
Não se esqueça de se juntar a nós amanhã enquanto continuamos essa conversa com Randy Alcorn no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth quer que você seja um bom administrador do dinheiro de Deus. Junte-se a nós e vamos aprender juntas. Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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