
Dia 2: Encontrando tesouros no escuro
Nancy DeMoss Wolgemuth: De onde vem a nossa alegria? Susan Hunt diz que ela precisa vir de fora de nós mesmas.
Susan Hunt: A graça da gratidão é extremamente importante para o nosso crescimento espiritual e não é algo que possamos, simplesmente, fabricar. É algo pelo qual oramos. É uma graça que pedimos que Deus trabalhe em nós — e Ele nos dá alegria.
Nancy: Este é o Aviva Nossos Corações. Eu sou a Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Se você perdeu a conversa de ontem entre Dannah Gresh, Susan Hunt e Sharon Betters, foi um verdadeiro tesouro! Você pode conferir o episódio 1 no nosso site www.avivanossoscoracoes.com ou no app do Revive Our Hearts, disponível na App Store e no Google Play.
Hoje, essas três mulheres especiais estão de volta para falar sobre envelhecer com graça e …
Nancy DeMoss Wolgemuth: De onde vem a nossa alegria? Susan Hunt diz que ela precisa vir de fora de nós mesmas.
Susan Hunt: A graça da gratidão é extremamente importante para o nosso crescimento espiritual e não é algo que possamos, simplesmente, fabricar. É algo pelo qual oramos. É uma graça que pedimos que Deus trabalhe em nós — e Ele nos dá alegria.
Nancy: Este é o Aviva Nossos Corações. Eu sou a Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Se você perdeu a conversa de ontem entre Dannah Gresh, Susan Hunt e Sharon Betters, foi um verdadeiro tesouro! Você pode conferir o episódio 1 no nosso site www.avivanossoscoracoes.com ou no app do Revive Our Hearts, disponível na App Store e no Google Play.
Hoje, essas três mulheres especiais estão de volta para falar sobre envelhecer com graça e quão valioso é ter uma abordagem bíblica em relação ao envelhecimento. E, vamos combinar, todas nós precisamos disso, não é verdade? Comparada à nossa cultura, a visão bíblica será contracultural e não será efusivamente aplaudida pela maioria.
Na verdade, viver dessa forma pode fazer você se sentir diferente, talvez até excluída. Pois bem, Susan e Sharon estão aqui, mais uma vez, para nos encorajar em nossa jornada de envelhecimento. Vamos ouvir Dannah dando início a essa conversa.
Raquel: Bem-vindas de volta, Susan! E é um prazer tê-la aqui novamente, minha nova amiga Sharon!
Susan: Obrigada, Dannah.
Sharon Betters: Igualmente, Dannah, muito obrigada.
Raquel: Obrigada pela sabedoria compartilhada ontem, foi uma bênção tão grande! Fiquei pensando. . . Ainda não falamos sobre a idade de vocês e acho que vamos deixar isso para amanhã — quando já formos amigas mais íntimas. Mas, Sharon, nos conte o que te preparou, talvez enquanto jovem, para adotar essa dinâmica contracultural e essa abordagem revigorante em relação ao envelhecimento.
Sharon: Lá pelos meus quarenta anos, como Susan mencionou ontem, comecei a trabalhar no Ministério de Mulheres nacional da Igreja Presbiteriana na América. Fui muito abençoada por estar cercada de mulheres que eu queria ser “quando crescesse”.
Deus me colocou ali por razões que eu, de fato, não entendi até julho de 1993, quando nosso filho Mark, de dezesseis anos, e seu amigo Kelly morreram em um acidente de carro. Senti que não estava preparada para isso.
Ao longo dos anos, sinto que Deus me deu o dom de lutar em oração. Sei que isso pode soar herético para algumas pessoas, mas acredito que tenho uma base bíblica para isso. Tudo o que Deus nos dá, Ele nos dá como um presente para devolvermos à igreja, para oferecermos à nossa família da aliança.
Depois da morte de Mark, tive a oportunidade de compartilhar com outras pessoas parte da minha jornada. É impressionante a quantidade de pessoas sentadas nos bancos das nossas igrejas que se sentem inferiores, porque a sua fé não brilha como a fé de outras pessoas parece brilhar.
Em sua dor, elas estão questionando ao Senhor e a Sua fidelidade. Pude dizer que estava passando por dificuldades para conciliar o amor de Deus com a Sua soberania, porque eu sabia que, quando Ele nos deu o Mark, Ele já sabia que iria levá-lo de volta naquele dia específico.
Mas Deus, em Sua bondade graciosa, me colocou no meio dessas mulheres. Susan era nossa líder. Ela ficou ao meu lado, caminhou comigo e me deixou dizer tudo o que eu queria dizer. Ela me encorajou a sentir a dor, a lamentar.
Elas me deram permissão para lamentar, para entender que eu não estava fazendo algo do qual Deus se envergonhasse. Ele me acolhia. Ele acolhia as minhas perguntas e até mesmo as incentivava. E, no tempo certo, comecei a passar por aquele processo de que Susan falou ontem, o processo de santificação, de morrer para si mesma todos os dias. Morrer para o que eu realmente queria, ou seja, o meu filho, e abrir minhas mãos para receber os tesouros que Deus me daria.
Esse foi outro momento decisivo na minha vida. Decidir, “Sharon, você pode ser uma idosa amarga, conhecida pela dor de ter perdido seu filho ou pode escolher confiar no Senhor nessa jornada ese tornar uma mulher cheia de graça que poderá encorajar ricamente as gerações futuras. Qual será a sua escolha?”
Não foi uma decisão que tomei uma única vez. Não quero que ninguém pense isso. É uma escolha que se faz por toda a vida.
Raquel: Consigo perceber. . . Você fala tão bem, com uma postura tão equilibrada, mas posso ver no seu rosto que ainda há um pouco dessa dor que você entrega ao Senhor.
Sharon: É verdade. . . Acabei de ouvir de um parente que, ontem, enterrou o pai e o filho, ambos morreram de Covid. O luto é muito grande. A dor vai muito além do que imaginamos. Não é o tipo de situação em que você diz: “Ah, vou superar isso”. Eu não vou superar. Só vou superar quando sair deste lugar de exílio aqui na terra e entrar no céu, onde verei o cumprimento de todas as promessas de Deus.
Mas, enquanto isso, o Senhor tem me dado muita força. Ele me capacitou a fazer as coisas que preparou para mim antes da fundação do mundo. Houve dias em que isso era a única coisa que me fazia levantar da cama, saber: “Seja o que for que Deus tenha para mim hoje, Ele já me preparou para isso. É com isso em mente que preciso encarar o dia de hoje”.
Sim, foi uma perda enorme. Nunca poderei voltar para o momento em que tinha o Mark. Estou seguindo em frente. Lutar contra essa angústia profunda me equipou a lembrar da fidelidade de Deus quando enfrento outras perdas — minhas ou de alguma amiga — e a dizer: “Deus é soberano; você pode confiar nele”.
Raquel: É como um treinamento de fé e obediência. . . O que você diria para os amigos e familiares que estão vivendo um luto recente? Como você poderia encorajá-los?
Sharon: Eu diria: sinta a dor, sinta-a profundamente, lamente, corra para o Senhor. Ele não está te olhando decepcionado ou te condenando porque você não está naquela “bolha de graça” que as outras pessoas parecem estar. Ele conhece o seu coração e você pode correr para Ele. Ele te segura, em segurança, em Suas mãos.
Talvez você esteja lutando para fugir dele, mas, se você é filha dele, você não vai conseguir escapar, porque Ele te ama demais! Corra para a Palavra. Para mim, durante aqueles dias difíceis, a Palavra às vezes parecia um monte de rabiscos que não faziam sentido. Eu não conseguia pensar direito. Todas as manhãs, eu me levantava e derramava meu coração diante do Senhor.
Só de pensar nisso, vejo o quanto aquele tempo foi precioso, quando eu escrevia no meu diário como eu me sentia, sem esconder nada. Se você está de coração partido, eu te encorajo a fazer isso. Depois, eu lia Tudo Para Ele, de Oswald Chambers e Mananciais no Deserto, de Lettie Cowman, um salmo e um capítulo de Provérbios correspondente ao dia.
E, Dannah, às vezes parecia que o Senhor tinha escrito aqueles devocionais só para mim, porque as palavras ali combinavam com algumas coisas que eu havia escrito no meu diário! Encorajo quem está de coração partido — mesmo que a Palavra pareça não estar fazendo sentido — continue se alimentando.
Continue indo até ela e se alimentando, porque, no tempo certo, você sentirá algo como pequenos pedaços de dinamite explodindo com esperança e coragem. É uma longa jornada.
Raquel: É mesmo. Amei que você mencionou Mananciais no Deserto. Tenho uma pilha desses livros no meu escritório. Sempre envio um exemplar para qualquer pessoa que esteja passando por algum tipo de luto. É um verdadeiro baú de tesouros!
Sharon: Com certeza.
Raquel: Susan, aproveitando que estamos desviando um pouco do tema do envelhecimento (embora nem tanto; já vamos explicar como isso é útil), mas acho que, no momento atual, é bom falar sobre luto.
A Bíblia diz que “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete...” não é? (Ec 7.2) Há algo valioso nisso, um tesouro que podemos encontrar. Você poderia compartilhar um pouco da sua sabedoria sobre esse tema da morte e do luto, Susan?
Susan: Bem, fiquei viúva há quatorze meses e acho que a primeira coisa que eu diria é: espero que você não espere até um momento de luto para se encher da Palavra de Deus. Como você ouviu a Sharon dizer, ela já estava na Palavra; já estava buscando ao Senhor de todo o coração. E foi ali que ela permaneceu. Ela estava plantada na casa do Senhor; estava entre o povo de Deus, que foi um canal de vida para ela nesse período.
Eu vivi a mesma experiência. Tudo o que eu havia aprendido sobre o Senhor e tudo o que Ele havia me ensinado ao longo dos anos foram o alicerce, a segurança — tudo — de que eu precisava durante aquele período.
Porém, de forma ainda mais especial, antes de o meu marido ir para o céu, eu estava há cerca de um ano estudando o Salmo 92 e trabalhando no livro. Eu estava pensando e orando muito sobre os primeiros versículos, que dizem:
Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã a tua misericórdia e, durante as noites, a tua fidelidade. . . Pois me alegraste, Senhor, com os teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos. (vv.1–2, 4)
Todas essas palavras se tornaram minha oração. Eu estava orando para que o Senhor me desse um coração cheio de gratidão.
A graça da gratidão é extremamente importante para o nosso crescimento espiritual e não é algo que possamos, simplesmente, fabricar. É algo pelo qual oramos. É uma graça que pedimos que Deus trabalhe em nós — e Ele nos dá alegria. Mais uma vez, essa não é a forma como, normalmente, pensamos sobre alegria.
Normalmente, pensamos que são os eventos, as pessoas, ou o que está acontecendo comigo, o que tenho. . . é isso que me dá alegria. Mas esse trecho nos mostra que é Deus quem nos dá alegria! Eu vinha orando para que meu marido e eu florescêssemos na velhice. E então, de repente, ele adoeceu e, em três meses, faleceu.
Todas aquelas orações que eu vinha fazendo, sem nem perceber completamente por que as fazia, talvez, foram o que me prepararam para o momento de luto. Aquela alegria não me deixou quando Gene foi para o céu. Sim, há luto e tristeza, mas não lamento sem esperança, porque a esperança do Evangelho está em nossos corações.
Eu não estou lamentando sem alegria. Meu lamento se dá no contexto de me alegrar na presença de Deus junto a mim em cada momento de cada dia. E, assim, o luto tem se tornado uma jornada doce e sagrada.
Uma das coisas pelas quais orei durante esse tempo foi algo que aprendi com Sharon quando Mark faleceu. Ela me disse um dia: “Eu não posso e não vou fingir nada. Não posso fingir que estou bem quando não estou. Deus precisa trabalhar em mim o que Ele quer que eu passe a cada dia”.
Eu ouvi ela dizer isso e aprendi com aquilo, então comecei a orar: “Senhor, eu não quero fingir uma alegria que não esteja profundamente no meu coração. Não quero tentar parecer algo ou comunicar algo para nossos netos que não seja real, porque eles perceberiam na hora. Seja o que for que Tu queiras que eu experimente, é isso que eu quero de Ti, mas eu não quero perder a alegria da minha salvação”.
Tem sido um tempo de crescimento incrível e tenho experimentado a presença do Senhor de maneiras tão doces.
Raquel: Amo o fato de vocês duas estarem nos dando permissão para nos lamentarmos, porque sinto que, às vezes, vemos cristãos fingindo estar bem em funerais e nos dias que seguem uma perda profunda. Sempre me lembro, ao ver isso, de que “Jesus chorou” (João 11.35 – o versículo mais curto da Bíblia) diante do túmulo de seu querido amigo Lázaro.
Ele deixou as lágrimas caírem. E, às vezes, esse é o primeiro passo para nos reconectarmos com a alegria da nossa salvação, não acham?
Susan:Acho, sim. E acredito que precisamos reconhecer que, sim, nós nos lamentamos, mas nosso lamento não deve se parecer com o lamento do mundo. Não é um lamento de desespero. Eu sei que a minha separação do meu marido é temporária, e essa é a esperança que temos. Nossa esperança em Jesus é uma esperança para a eternidade.
Precisamos orar fervorosamente para que o Senhor, por Sua graça, nos ajude a lamentar, mas a lamentar de uma forma que O glorifique. Ele vai nos mostrar o que isso significa se pedirmos a Ele.
Raquel: Que coisa linda!
Bem, queridas, estamos conversando com Sharon Betters e Susan Hunt, e estamos nessa jornada de falar sobre como envelhecer com graça. Elas estão compartilhando a sabedoria que colheram ao passar pelo luto, que as preparou para se tornarem mulheres mais espiritualmente maduras.
E, Sharon, eu sei que você já falou e escreveu sobre como descobrir um tesouro em seu luto. Amo a palavra que você usa, “tesouro”. Que tesouro foi esse que te ajudou e te preparou para se tornar uma mulher mais espiritualmente madura?
Sharon: A primeira coisa que me vem à mente é a presença do Senhor, a promessa de Sua presença. Não importa como eu me sinta, não importa quais sejam minhas emoções, não importa o meu pecado, Ele disse: “Eu estou com você e nunca, jamais te deixarei. Eu estarei com você” (Mt 28.20; Hb 13.5).
Uma grande virada de chave na minha jornada de luto foi perceber o quanto a teologia importa. Entender, de verdade, a razão da minha esperança foi um tesouro inestimável. Estar na Palavra de Deus e acreditar nela. . . isso mudou tudo na minha vida! Não havia mais nada que fosse seguro, exceto a Palavra de Deus. Eu poderia receber outra ligação inesperada a qualquer momento, mas era na Sua Palavra que eu precisava me firmar. Esse deve ser um dos tesouros mais preciosos na escuridão.
Raquel: Que passagem das Escrituras alguém que está passando por luto agora pode ler para compreender melhor essa nossa jornada em direção ao céu?
Sharon: Uma que se tornou o meu versículo da vida foi Isaías 45.2-3. Talvez nem todos a associem ao luto, mas para mim ela ganhou esse significado. É onde o Senhor diz:
Darei a você os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que você saiba que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que o chama pelo seu nome. (Is 45.2-3)
O que tirei disso — mesmo que tenha sido dito a um rei incrédulo — foi como uma promessa pessoal de Deus para mim, que Ele me daria joias e tesouros que eu não poderia experimentar de outra forma, a não ser na escuridão.
“Tesouros escondidos e riquezas encobertas. . .” Ele me levaria a lugares onde eu só poderia ir com o coração quebrantado. E Ele não estava dizendo: “Vou consertar tudo, vou te devolver o Mark”. Ele estava dizendo: “Estou enviando tesouros para ajudar seu coração a se voltar para mim, porque eu sou o Senhor, seu Deus, e conheço o seu nome”.
Não há nada mais pessoal do que saber que Alguém conhece o meu nome e está enviando exatamente o que só Ele sabe que eu preciso. Outras pessoas não poderiam me dar esses tesouros, mas Ele pode.
Eu diria para quem está de coração partido: “Para receber esses tesouros, você precisa estar de mãos abertas”. É preciso se render aos propósitos de Deus, se apegar às Escrituras e estar atenta aos tesouros que Ele tem guardado para você, que Ele prometeu te dar.
Raquel: Sim, sinto que preciso ser lembrada desses tesouros quando temos uma morte na família, entre meus amigos ou em meu círculo de influência. Uma das coisas das quais estou sempre muito ciente é que esta terra não é o meu lar. Eu não pertenço a este lugar; estou apenas de passagem.
Sharon, você continua usando a palavra “tesouros” e eu amo essa palavra. Ela é tão linda e cativante, chama a minha atenção. O que você quer dizer com ela?
Sharon: Bem, ela vem de anos atrás quando tive câncer de mama e não sabia qual seria o meu prognóstico. Um dia após a cirurgia, lembro-me de o Senhor me lembrar de Lamentações 3.23, em que o Senhor diz: "As minhas misericórdias se renovam a cada manhã”. Parecia que Ele estava dizendo: “Procure por elas!” E há também aqueles versículos em Isaías 45, em que Deus promete nos dar tesouros na escuridão.
Essas duas passagens, realmente, me cativaram. Mas eu sabia que Deus não estava dizendo: “Você vai ficar bem”. Eu sabia que Ele não estava prometendo: “Vou tirar o câncer e tudo vai ser fácil”. Eu tinha uma sensação muito clara de que o caminho seria bem difícil. . . e foi!
Mas também senti Ele dizendo: “Você vai enxergar coisas se abrir os seus olhos e as suas mãos. Vou mandar lembretes de que conheço profundamente as suas necessidades neste momento. Conheço muito bem as suas dúvidas e os seus medos, e vou te mostrar vislumbres de quem Eu sou, para te lembrar de que estou aqui. Sou soberano e estou bem aqui!”
Alguns desses momentos foram até engraçados. Nosso filho, Dan, tinha 12 anos na época. Eu perdi todo o meu cabelo e ele começou a me abraçar muito. Pelo menos para um menino de 12 anos, ele estava me abraçando demais. Aí eu disse: “Dan, você sabe que amo os seus abraços, mas o que está acontecendo?” E ele respondeu: “Bom, minha professora disse que você precisa de 12 abraços por dia para viver mais, então estou te dando esses 12 abraços”.
Eu senti que aquilo vinha do Senhor, por meio de um garoto de 12 anos. Nosso outro filho tinha 16 anos e ele vivia beijando o topo da minha cabeça e passando a mão nela. Ele dizia: “Parece a cabeça de um bebê”. Eu odiava ter perdido o meu cabelo. Odiava me olhar no espelho, mas sentia Deus dizendo: “Isso não é nada! Está tudo bem; sua família te ama”.
Em um nível mais profundo, recebia bilhetes de amigos quando me sentia muito abatida, com uma dor no peito que não passava. Eram bilhetes escritos dias antes, dizendo que Deus não me abandonaria, que Ele estava comigo.
Nos momentos de devocional que mencionei, as palavras se conectavam com o que eu havia escrito no meu diário. Eu sabia que o Senhor estava orquestrando tudo. Aquilo era um presente vindo dele.
Para outras pessoas essas coisas podem parecer pequenas, mas quando o lugar em que você está se encontra despedaçado e escuro, elas são preciosas! Para mim, eram tesouros inestimáveis que aliviavam a dor, mesmo que só por alguns minutos, mas eram como aqueles tesouros escondidos e riquezas encobertas.
Raquel: Então, esses tesouros são vislumbres especiais da graça de Deus em momentos especiais. Eu precisava ouvir isso hoje, Sharon. Acordei esta manhã e minha primeira oração foi: “Senhor, o Senhor estava certo! Neste mundo teremos aflições”.
É fácil, em tempos de dificuldade, olharmos para os problemas em vez dos tesouros. Estou orando pela recuperação de uma prima que está no hospital e tenho lidado com decisões difíceis e dolorosas. Meu foco estava nos problemas, mas você me fez querer mudar a minha visão.
Susan, suas últimas palavras para hoje sobre esses doces tesouros. Você os encontrou ao longo desse um ano e pouco de luto?
Susan: Ah, sim! O próprio Jesus é o Tesouro. Ele é tão real e tão presente conosco — essa é Sua promessa, estar conosco. Sua Palavra é o nosso tesouro e Seu povo é o nosso tesouro. Acho que um dos nossos desafios é tomarmos cuidado para que, no luto, não nos afastemos ou nos isolemos. Pelo contrário, precisamos buscar os meios de graça que Deus nos deu, para descobrirmos os tesouros.
Precisamos buscar a adoração, as Escrituras, a oração e a comunhão com o povo de Deus. Precisamos estar onde os tesouros estão, e assim Deus os dará a nós.
Raquel: Que grande incentivo! “Esteja onde os tesouros estão”. Busque a adoração, a Palavra de Deus, a comunidade de fé cristã, para que você possa ver esses vislumbres da graça de Deus!
Nancy: Que conversa rica ouvimos mais uma vez hoje entre minha coapresentadora Dannah Gresh e as autoras Susan Hunt e Sharon Betters. Susan e Sharon escreveram um livro, ainda sem publicação no Brasil, cujo título pode ser traduzido como Envelhecendo com Graça. E amo o subtítulo: Florescendo em uma Cultura Antienvelhecimento.
Se você está numa fase da vida em que a aposentadoria já não está tão longe de se tornar uma realidade, quero te fazer uma pergunta: você considera o envelhecimento um processo alegre?
Amanhã, Susan Hunt e Sharon Betters vão falar mais um pouco sobre como lutar contra o medo que o envelhecimento pode causar. Elas vão nos conduzir por um estudo mais profundo de uma importante passagem em Jeremias 29. Por favor, esteja conosco novamente amanhã no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.