
Confiando em meio às transições
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que é importante registrar a história do que Deus fez em sua vida para que você possa transmiti-la.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Você pode fazer isso por meio de um diário, de fotos, de palavras faladas ou gravadas, de lembretes visíveis. Quero encorajá-la a erigir memoriais, monumentos, por assim dizer, da fidelidade de Deus, para que, mesmo muito após a sua partida, seus filhos, seus netos e outros — seus vizinhos, sua comunidade, as pessoas da sua igreja — saibam o que esses marcos significam.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Mulher: sua verdadeira feminilidade – Design divino, na voz de Renata Santos.
Hoje, vamos conhecer um pouco sobre um projeto incrível no qual Nancy está trabalhando atualmente. Em 2027, ela lançará uma série de ensinamentos em áudio e vídeo, com duração de um …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que é importante registrar a história do que Deus fez em sua vida para que você possa transmiti-la.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Você pode fazer isso por meio de um diário, de fotos, de palavras faladas ou gravadas, de lembretes visíveis. Quero encorajá-la a erigir memoriais, monumentos, por assim dizer, da fidelidade de Deus, para que, mesmo muito após a sua partida, seus filhos, seus netos e outros — seus vizinhos, sua comunidade, as pessoas da sua igreja — saibam o que esses marcos significam.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Mulher: sua verdadeira feminilidade – Design divino, na voz de Renata Santos.
Hoje, vamos conhecer um pouco sobre um projeto incrível no qual Nancy está trabalhando atualmente. Em 2027, ela lançará uma série de ensinamentos em áudio e vídeo, com duração de um ano, chamada As Maravilhas da Palavra. Esta será uma oportunidade única para você, como ouvinte, estudar a Bíblia inteira, de capa a capa, junto com a Nancy.
A seguir, vamos dar uma espiadinha no Dia 45 de As Maravilhas da Palavra, no qual Nancy estuda o começo do livro de Josué. Ouça o que ela tem para nos ensinar.
Nancy: Lembre-se de que nosso objetivo é, ao longo de um ano, obter uma visão geral de toda a Bíblia. Isso significa, como eu já disse várias vezes, que estamos fazendo um passeio de helicóptero. Não estamos percorrendo uma trilha.
Portanto, estamos pulando muitas coisas importantes, porque nossa meta é apenas te apresentar uma ideia geral das partes de maior destaque. Queremos que você veja como as partes se encaixam no todo da história e como tudo nos aponta para Jesus.
Hoje, chegamos ao livro de Josué. Se você puder acompanhar a leitura na sua Bíblia, de papel ou no celular, quero te encorajar a fazê-lo. Se você puder ler por si mesma, será ainda mais proveitoso do que apenas me ouvir ler para você.
Aqui, o povo está perto de sair do deserto e adentrar a Terra Prometida. Josué é o primeiro de doze livros que são frequentemente chamados de livros históricos do Antigo Testamento, os quais começam com Josué e terminam em Ester.
Talvez você esteja pensando: “Eu não sou muito fã de história.” Meu objetivo ao longo de toda essa série é que você ame cada pedacinho da Palavra de Deus de uma forma que nunca amou antes. . . eu mesma estou experimentando isso. Josué 1, versículo 1 diz assim:
Depois que Moisés, servo do Senhor, morreu, o Senhor falou a Josué, filho de Num, auxiliar de Moisés, dizendo: “Moisés, meu servo, está morto.” (vv. 1–2)
Antes de continuarmos, vamos nos colocar nessa situação por um momento. Esta é uma perda gigantesca para o povo de Deus. Moisés, o servo do Senhor, é o único líder espiritual que esse povo já conheceu e agora ele está morto. Mas, felizmente, Deus não está morto.
O propósito de Deus e o plano de Deus para levar o Seu povo à Terra Prometida ainda se cumpririam. E agora, Deus havia, soberanamente, levantado um novo líder para auxiliar o Seu povo a entrar nessa terra prometida.
Então, aqui temos Josué, que já nos foi apresentado em Êxodo, Números e Deuteronômio; já ouvimos falar sobre ele um bom tanto. Lembre-se de que Josué nasceu no Egito como escravo. Depois de saírem de lá, ele serviu por anos como auxiliar de Moisés.
Josué foi o general do exército — lembre-se de Êxodo 17, quando ele liderou a batalha contra os amalequitas. E agora, Josué foi escolhido. Ele foi comissionado por Deus para ser o sucessor de Moisés.
Aqui em Josué capítulo 1, Deus recorda Josué do seu chamado. Houve um período de luto, mas o tempo de se lamentar havia acabado. Não era hora de ficar paralisado. Era hora de seguir em frente, cumprindo a missão de Deus para o Seu povo. E assim, Deus dá instruções ao Seu servo, Josué. Josué capítulo 1, versículo 2 diz assim:
Prepare-se, agora, e passe este Jordão, você e todo este povo, e entre na terra que eu vou dar aos filhos de Israel. Todo lugar em que puserem a planta do pé eu darei a vocês, como prometi a Moisés. O território de vocês irá desde o deserto e o Líbano até o grande rio, o rio Eufrates, estendendo-se através de toda a terra dos heteus e até o mar Grande, na direção do poente do sol. Ninguém poderá resistir a você todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você. Não o deixarei, nem o abandonarei. Seja forte e corajoso, porque você fará este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar aos pais deles. (vv. 2–6)
Aqui neste parágrafo, você tem o esboço do livro de Josué. É bem simples.
- Primeiro, nos capítulos 1 a 5, eles vão atravessar o Jordão para adentrar a Terra Prometida. Vamos estudar essa seção hoje.
- Em segundo lugar, nos capítulos 6 a 12, eles vão conquistar a terra que Deus lhes deu. Às vezes, chamamos esse evento de “A Conquista”. É um processo que vai envolver batalhas e uma forte oposição. Vamos ler bastante sobre isso nos capítulos 6 a 12.
- Depois, nos capítulos 13 a 21, a maior parte do livro, veremos que Josué vai distribuir a terra entre as tribos, para que elas comecem a se estabelecer na Terra Prometida.
Então, primeiro eles atravessam o Jordão, depois conquistam a terra e, em seguida, distribuem a terra entre as tribos e começam a se estabelecer nela. Por fim, nos últimos capítulos, veremos algo que parece um epílogo, com a despedida de Josué e a sua última exortação ao seu povo.
Então, existe o papel de Josué no que vai acontecer e existe o papel de Deus. Veja se consegue perceber ambos. Continuando em Josué 1, versículo 7, Deus diz a Josué o seguinte:
Tão somente seja forte e muito corajoso [Quem deve fazer isso? Josué. Seja forte, seja corajoso] para que você tenha o cuidado de fazer segundo toda a Lei que o meu servo Moisés lhe ordenou. Não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que seja bem-sucedido por onde quer que você andar. Não cesse de falar deste Livro da Lei; pelo contrário, medite nele dia e noite, para que você tenha o cuidado de fazer segundo tudo o que nele está escrito; então você prosperará e será bem-sucedido. Não foi isso que eu ordenei? Seja forte e corajoso! Não tenha medo, nem fique assustado, porque o Senhor, seu Deus, estará com você por onde quer que você andar. (vv. 7–9)
Então, o papel de Josué, o papel humano, é se apegar à Palavra de Deus, meditar nela dia e noite e obedecê-la com cuidado. E, se Josué fizer isso, se o povo fizer isso — se nós fizermos isso — eles serão fortalecidos. Serão destemidos. Serão abençoados e bem-sucedidos.
Pensei sobre essa passagem enquanto me preparava para ensinar, porque é uma tarefa tão difícil pensar: “Sobre quais partes falar? Quais partes deixar de fora?” Tudo é tão precioso, tão poderoso e tão maravilhoso.
Eu quero te dizer uma coisa, se o Senhor permitir, vamos completar o livro de Josué em cinco dias, pois estou tocando em apenas algumas partes importantes. Mas nada substitui você ler e meditar nesse livro por conta própria, mesmo que você já esteja muito familiarizada com a história de Josué.
Estudando o livro dessa vez, aprendi tantas coisas novas. Nunca é demais enfatizar como é poderoso que priorizemos ser mulheres, familiares, amigas, povo de Deus, que se encharcam da Palavra.
Qual é o papel de Deus? Aqui está a mensagem dele para Josué: “Não tenha medo. Eu estarei com você”. Essa é a mensagem de Deus para o Seu povo por toda a Escritura. Você vai ouvi-la repetidamente. “Não tenha medo. Eu estarei com você”. Essa é a mensagem de Deus para o Seu povo hoje, essa é a mensagem de Deus para você, onde quer que você esteja, aqui e agora: “Não tenha medo. Eu estarei com você. Yahweh estará com você. Eu nunca te deixarei. Eu nunca te abandonarei”.
Você lê a mesma mensagem por todo o Antigo Testamento. Você lê a mesma mensagem por todo o Novo Testamento. A Grande Comissão inclui essa promessa, quando Jesus retorna aos céus: “E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (veja Mt 28.20). Em Hebreus 13, versículo 5 diz assim: “De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei”. Josué, então, exerceu sua fé nas promessas de Deus. O versículo 10, capítulo 1 diz:
Então Josué deu ordens aos chefes do povo, dizendo: “Passem pelo meio do arraial e ordenem ao povo, dizendo: ‘Preparem a comida, porque, daqui a três dias, vocês vão atravessar este Jordão, para que entrem na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá para que tomem posse dela’.” (vv. 10–11)
Vamos fazer um pequeno parênteses aqui. Muitas vezes, pensamos na Terra Prometida como uma representação do céu e a travessia do Jordão, que é o que os israelitas estão prestes a fazer, como uma representação da morte. Muitas canções e hinos tradicionais que amamos se referem ao Jordão dessa forma. Então, morrer é atravessar o Jordão e, depois disso, entramos na Terra Prometida. Estamos no céu. De certa forma, isso é verdade. Mas o problema é que, quando os israelitas se estabeleceram na Terra Prometida, eles ainda enfrentaram anos de oposição, guerra, batalhas, idólatras e inimigos. Nenhuma dessas coisas existirá no céu. Posso ouvir um amém? Obrigada, Senhor.
Então, à medida que lemos o livro de Josué, tenha em mente que o que é apresentado aqui não é uma esperança remota de um futuro distante que não tem relevância para nós hoje. Essa é uma verdade que precisamos para onde estamos vivendo no aqui e agora, nas batalhas, na guerra, no pecado, nos problemas, na oposição que enfrentamos no dia a dia. Tenha isso em mente enquanto passamos por Josué.
No Egito, o povo de Deus era escravo do pecado e de Satanás. No Êxodo, eles atravessaram o Mar Vermelho. Foi lá que experimentaram a salvação e a libertação do Egito. Depois, passaram aqueles anos de peregrinação no deserto, como já vimos. Isso foi resultado da desobediência e da incredulidade, não era o que Deus tinha planejado para eles. Mas não é essa condição que muitas de nós passamos grande parte do nosso tempo enquanto crentes? Na incredulidade, na desobediência. Então, a Terra Prometida é uma terra de bênção — o resultado de andar com Deus em fé e obediência à Sua Palavra.
Sim, haverá batalhas. Sim, haverá inimigos lá fora e aqui dentro. Você já deve ter ouvido dizer que a vida cristã não é um parque de diversões, é um campo de batalha. Não preciso te dizer que isso é verdade. Mas isso é o que vemos no livro de Josué: pelo poder do Espírito Santo, podemos ser vitoriosas. Podemos vencer o pecado, Satanás, o nosso eu e a dúvida.
Chegamos ao capítulo 2, onde Josué envia dois homens como espias para a Terra Prometida. Ele diz no versículo 1:
“Vão e observem a terra e a cidade de Jericó.” Eles foram e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e pousaram ali.
Raabe, uma prostituta, é a primeira pessoa a quem somos apresentadas na Terra Prometida. Ela fazia parte do povo cananeu — um povo que, por séculos, havia sido perverso, violento e pagão. Não somente a cultura em que aquela mulher vivia era ímpia, mas ela mesma levava uma vida pecaminosa.
Aquela cultura odiava tudo o que Deus amava e amava tudo o que Deus odiava. E Raabe era do mesmo jeito. Assim como o seu povo era idólatra, ela também era. Assim como o seu povo era imoral, ela também era. Ela havia praticado e se beneficiado do mal daquela sociedade.
Então, esses dois espias acabam chegando à casa dela. O rei de Jericó enviou mensageiros para prender os espias, mas a mulher, Raabe, a prostituta, os escondeu no telhado e despistou os mensageiros. Então ela disse aos espias, no versículo 9:
“Bem sei que o Senhor deu esta terra a vocês, e que o pavor que vocês estão causando caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão se derretendo de medo. Porque ouvimos que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vocês, quando saíram do Egito. Também ouvimos o que vocês fizeram com os dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam do outro lado do Jordão, os quais vocês destruíram. Quando ouvimos isso, o nosso coração se derreteu, todos ficaram desanimados, por causa da presença de vocês. Porque o Senhor, o Deus de vocês, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra.” (vv. 9–11)
De certa forma, essa é a primeira confissão de fé na Bíblia por um não crente. Ela diz: “Ouvimos”. A travessia do Mar Vermelho havia acontecido quarenta anos antes. Essa mulher vivia em uma cultura pagã. Ela não tinha nenhuma outra fonte de luz espiritual. Mas o Espírito de Deus usou aqueles relatos para abrir os olhos dela, revelar a verdade para ela e dar-lhe fé no Deus de Israel.
Cria-se que os deuses pagãos que o povo de Canaã adorava eram governantes de diferentes partes do céu e da terra. Mas agora, Raabe havia passado a crer que o Deus de Israel reina de modo supremo sobre o céu e a terra, que Ele é o único e verdadeiro Deus. Ela diz no versículo 9:
“Bem sei que o Senhor deu esta terra a vocês”.
Ela sabia da força de Jericó. Sabia da ferocidade de muitos dos poderes em Canaã. Mas ela acreditava que o Deus de Israel destruiria Jericó e daria a terra aos israelitas.
Raabe acreditou no que Deus lhe revelou quando ninguém do seu povo acreditou. Eles haviam ouvido esses relatos. Eles conheciam Yahweh. Eles haviam ouvido as mesmas histórias.
Sabiam sobre a travessia do Mar Vermelho. Mas Raabe foi a única que acreditou e se arrependeu, enquanto todos os outros pereceram. Veja, Deus estava trabalhando em seu coração e aquela semente de fé havia produzido raízes e crescido. Raabe creu.
E, aqui, vemos essa mulher implorar misericórdia aos dois espias. Ela pede para ser poupada do julgamento vindouro, para permitirem que ela viva. Os homens concordam em poupar sua vida quando entrassem na terra sob as seguintes condições: ela deveria amarrar um cordão de fio de escarlate na sua casa, pendurá-lo na janela da sua casa (que, de acordo com o texto, estava sobre a muralha da cidade).
Ela deveria deixar o cordão lá até que os israelitas entrassem na terra. Ela deveria trazer toda a sua família para dentro de sua casa. E então, ela deveria prometer não denunciar a missão deles.
Quando penso naquele cordão de fio de escarlate pendurado na janela dela, me lembro de uma noite que havia ocorrido cerca de quarenta anos antes. Lemos sobre isso em Êxodo, capítulo 12, onde cada família da tribo de Israel deveria escolher um cordeiro de seu rebanho, um cordeiro sem mácula.
Eles deveriam matar o cordeiro e, então, pegar o sangue e passá-lo nas ombreiras e na viga superior das portas de sua casa. Deus viu o sangue nas ombreiras e poupou suas vidas.
Bem, os espias regressaram aos israelitas na outra margem do Jordão, no versículo 24 de Josué capítulo 2.
E disseram a Josué: “Certamente o Senhor entregou toda esta terra em nossas mãos, e todos os seus moradores estão se derretendo de medo por causa de nós.”
Pense em como esse relatório soa diferente do que aquele trazido pelos dez espias incrédulos anos antes. Eles estavam apavorados. Eram eles que estavam tremendo de medo. Eles que diziam, “Nós deveríamos estar tremendo de medo. Os moradores desta terra são enormes, são gigantes, são ferozes! As cidades são grandes e bem armadas e as muralhas são altas. Não há como entrar.”
Mas, desta vez, quando os dois espias foram até lá e ouviram o relato dessa mulher que vivia numa casa na muralha da cidade, descobriram que, na verdade, o povo da terra estava em pânico por causa dos israelitas.
Então, chegamos ao capítulo 3 e a travessia do Jordão para a Terra Prometida. O capítulo 3, versículo 5 diz:
Josué disse ao povo: “Santifiquem-se, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vocês”.
Eles deveriam se preparar para atravessar o Jordão e adentrar a Terra Prometida. No entanto, essa preparação não é bem o que você e eu imaginaríamos. Não tinha a ver com organizar reuniões para determinar alguma estratégia militar. A preparação em questão tratava-se de uma preparação espiritual para uma batalha muito física.
Quando estamos enfrentando batalhas de naturezas diversas, nossa tendência é voltar a nossa atenção para os métodos, as estratégias, os mecanismos. Como vamos fazer isso? Como vamos resolver isso? Mas Deus diz: “Vocês preparem seus corações e Eu agirei. Eu irei com vocês”.
Você precisa que Deus opere feitos poderosos na sua vida, no seu casamento, na sua igreja, no seu ambiente de trabalho? A pergunta é: “Você está preparada? Está consagrada? Está santificada? Está pronta para Deus te abençoar e intervir em sua vida? Estamos prontas para Deus se manifestar e fazer o sobrenatural?” Santifiquem-se, Ele disse. Agora, veja o versículo 15 de Josué capítulo 3:
O Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da colheita.
Esse é um detalhe pequeno mas importante. Na verdade, é um detalhe grande e importante. Porque na maior parte do ano, o rio Jordão tem cerca de 30 metros de largura e pode ser atravessado facilmente. Mas no início da primavera, a neve derretida desce do monte Hermom e faz o rio se encher até transbordar. Ele pode chegar a mais de 1,5 km de extensão.
Deus esperou até que o rio estivesse impossível de atravessar. Deus poderia ter agido quando ele ainda estava do tamanho de um pequeno riacho, mas Ele esperou até que o rio transbordasse. Por quê? Bem, só Deus sabe por que Ele faz o que faz.
Mas Ele desejava que o povo fosse dependente dele. Ele queria que essa conquista fosse algo que não tivesse nenhuma outra explicação senão Deus e que ninguém mais pudesse receber o crédito, senão Ele próprio.
Ao ver o povo de Israel fazendo a travessia no capítulo 3, uma das coisas que quero que você procure — sempre procure — são as palavras e frases repetidas. A arca da aliança é central neste capítulo. Você a verá várias vezes, representando a presença de Yahweh, a presença de Deus.
Enquanto eles atravessavam o rio, a arca da aliança era carregada pelos sacerdotes em varas, conforme o Senhor havia ordenado.
Eles foram à frente do povo, carregando a arca até o meio do Jordão e ali ficaram, no meio do leito seco do rio, pois Deus fez com que as águas se separassem, assim como fizera com o Mar Vermelho anos antes, enquanto o povo de toda a nação atravessava a pé enxuto (estamos falando de, talvez, dois a três milhões de pessoas — era algo de proporções imensas). Então, vemos no capítulo 4, versículo 11:
Quando todo o povo tinha passado, a arca do Senhor e os sacerdotes também passaram, à vista de todo o povo.
Eles foram à frente e foram os últimos a sair. Esse é apenas um lembrete de que você e eu não devemos ousar seguir sozinhas para fazer algo para Deus, para lutar qualquer batalha, sozinhas. Devemos ter a Sua presença conosco. Bem, veja o capítulo 4, versículo 1.
Quando todo o povo tinha passado o Jordão, o Senhor falou com Josué, dizendo: ‘Escolham doze homens do meio do povo, um de cada tribo, e ordenem que tirem doze pedras do meio do Jordão, do lugar onde os pés dos sacerdotes ficaram parados, e que levem essas pedras e as depositem no lugar em que vocês irão passar a noite.’ [ou seja, a primeira noite na Terra Prometida] O povo subiu do Jordão no dia dez do primeiro mês; e acamparam em Gilgal, do lado leste de Jericó. (vv. 1–3, 19)
Aqui temos o povo que veio do lado leste do Jordão. Eles atravessaram o Jordão e agora estão no lado oeste, parados em um lugar chamado Gilgal, que será a base de operações da primeira parte dessa campanha militar. Eles estão localizados a oeste do Jordão, mas logo a leste da cidade de Jericó. O versículo 20 diz:
E foi em Gilgal que Josué levantou as doze pedras que haviam tirado do Jordão.
Aquelas doze pedras foram o primeiro de muitos memoriais erigidos no livro de Josué. Um memorial era um símbolo visível, uma imagem visível de algo que Deus havia feito ou dito, de algum encontro que o povo havia tido com o Senhor. O propósito desses memoriais era servir de lembrete para essa geração atual, aqueles que haviam acabado de atravessar o Jordão. Veja o versículo 6, capítulo 4:
"Para que isto seja por sinal entre vocês . . . Para que [. . .] vocês temam o Senhor, seu Deus, todos os dias." (vv. 6, 24)
Os filhos de Israel enfrentariam tempos difíceis em Canaã, muitas batalhas. Frequentemente, eles seriam tentados a desanimar e desistir, a retroceder de alguma forma. Mas aqui está Gilgal, o lugar onde eles estariam acampados por grande parte da conquista. Eles retornariam para lá com frequência. Eles teriam essas pedras como um lembrete constante da promessa e do poder de Deus.
Mas o memorial não era apenas um lembrete para eles, era também um lembrete para seus filhos e para as futuras gerações, pois seus filhos, netos, bisnetos e muitos de seus descendentes veriam essas pedras e perguntariam aos pais: “O que isso significa?” E os pais contariam aos filhos como Deus secou as águas daquele rio para que o Seu povo pudesse atravessar a pé enxuto.
Cada memorial tinha uma respectiva história para recordar os filhos de Israel e seus filhos sobre o que Deus havia feito.
Então, aquele seria um lembrete para Israel naquela geração. Seria um lembrete para a próxima geração. E também seria um lembrete para os povos pagãos ao redor deles, para outras nações, para os incrédulos. Veja os versículos 21 e 24 do capítulo 4: Para o que essas pedras apontavam?
Ele assim fez para que todos os povos da terra saibam que a mão do Senhor [a mão de Yahweh] é poderosa e para que vocês sempre temam o Senhor, o seu Deus. (v. 24 – NVI)
Esses memoriais comemoravam esses momentos-chave da provisão de Deus, Sua proteção, Sua bênção, até mesmo Sua disciplina; para que eles nunca se esquecessem, para que sempre pudessem se lembrar, para que pudessem contar aos outros sobre as obras do Senhor.
Ao ler sobre esses memoriais no Antigo Testamento, lembramos de dois memoriais importantes dados a nós, crentes do Novo Testamento. Um deles é o sacramento do batismo, o nosso próprio batismo. Lembro-me muito bem do meu, aos cinco anos de idade — é algo marcante. Para mim, é um memorial das obras de Deus e uma imagem visível de uma obra que Deus vinha fazendo no meu próprio coração.
Só que isso não se limita ao nosso batismo. Talvez, como o meu, o seu batismo tenha acontecido há muitos anos, mas cada vez que assistimos a outros crentes sendo batizados e expressando sua fé em Cristo, isso é um lembrete de que pertencemos ao Senhor, de que fomos escolhidas por Ele.
O segundo memorial é a Ceia do Senhor, quando comemos o pão e tomamos o vinho. Jesus disse em 1 Coríntios, capítulo 11: “Fazei isto em memória de mim” (v. 24).
É um memorial, um testemunho, uma forma de testificar, um meio de preservar a nossa fé e transmiti-la de uma geração à outra.
Quão bem os seus filhos conhecem a história de Deus? Quão bem eles conhecem a história de Deus neste Livro? Antes de tudo, quão bem eles conhecem a história de Deus na sua vida, na vida de outros familiares? Conte a eles o que Deus fez e procure maneiras práticas de preservar essa história para as gerações futuras.
Você pode fazer isso por meio de um diário, de fotos, de palavras faladas ou gravadas, de lembretes visíveis. Quero encorajá-la a erigir memoriais, monumentos, por assim dizer, da fidelidade de Deus, para que, mesmo muito após a sua partida, seus filhos, seus netos e outros — seus vizinhos, sua comunidade, as pessoas da sua igreja — saibam o que esses marcos significam. Esse era o objetivo daqueles memoriais.
Eu tenho fotos por toda a minha casa que servem como memoriais da fidelidade de Deus. Espero que, muito depois de eu já estar no céu, essas fotos pertençam a alguém ou a algumas pessoas que as guardarão com carinho e se lembrarão do que Deus fez, das Suas obras na minha vida.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth está nos ajudando a saborear as verdades contidas nos primeiros capítulos de Josué. Em breve, ela estará de volta para compartilhar mais reflexões conosco.
O episódio de hoje no Aviva Nossos Corações é uma prévia de uma série que está por vir. Nancy planeja dedicar todo o ano de 2027 para percorrer toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, explorando as maravilhas da palavra. Eu sei que ainda estamos em 2025, mas estamos tão animadas com o que Deus fará daqui a alguns anos e queríamos que você tivesse um vislumbre antecipado.
Recentemente, fomos encorajadas por uma ouvinte chamada Bev. Ela escreveu dizendo:
A sua empolgante tarefa de ensinar a Bíblia toda é uma inspiração para mim! Estou tentando fazer o mesmo com nove meninas na minha igreja, em uma escala bem menor. Estarei orando por vocês enquanto o Senhor nos transforma em mulheres da Palavra. Tudo por Jesus, Ele é digno!
Amém, e obrigada, Bev!
“As Maravilhas da Palavra” é um projeto de múltiplas etapas encabeçado pelo Revive Our Hearts, que terá um alcance global. Ao longo do ano de 2027, Nancy DeMoss Wolgemuth vai conduzir ouvintes de todo o mundo em uma jornada de estudo profundo de toda a Bíblia. Nossa oração e expectativa é que esses recursos estejam disponíveis em 30 línguas ou mais — um feito sem precedentes na história do Revive Our Hearts!
Projetos como esse nunca seriam possíveis sem o apoio espiritual e financeiro de parceiras como você, querida ouvinte. Por isso, queremos expressar nossa profunda gratidão a todas que têm caminhado conosco e contribuído para que o Aviva Nossos Corações continue chamando mulheres de fala portuguesa para a liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Pedimos seu apoio em oração, para que o Senhor nos ajude — como ministério internacional — a levantar os recursos necessários para tornar esse projeto possível e para que milhares de mulheres tenham suas vidas profundamente transformadas pela Verdade.
E se sentir o Senhor tocando seu coração, junte-se a nós também nos apoiando financeiramente nessa missão de revelar a mulheres de todo o mundo — e de diferentes gerações — as maravilhas da Palavra que ilumina o nosso caminho, cura nossas feridas, acalma nossos corações, nos adverte do perigo, nos purifica do pecado, nos guia e nos torna sábias.
Junte-se a esse movimento global! Para saber mais, acesse o link que está na transcrição deste episódio, disponível em nosso site avivanossoscoracoes.com! Muito obrigada!
Agora, quem sabe você está passando por um momento de transição — seja essa mudança motivo de alegria ou de apreensão, lembre-se de que Deus também tem planos para os nossos momentos de transição. Continue ouvindo o que Nancy tem para nos dizer.
Nancy: Antes de encerrarmos essa sessão, quero que voltemos, por um momento, ao capítulo 1 de Josué, para o momento em que Moisés morre. Josué e o povo de Israel, sem dúvida, estavam se perguntando: O que vamos fazer agora? Para onde vamos a partir daqui? Será que algum dia conseguiremos pisar na Terra Prometida?
Eu me fiz esse mesmo tipo de pergunta em meu coração há mais de quarenta e cinco anos, quando o Senhor levou meu pai ao céu repentinamente devido a um infarto. Ele se foi instantaneamente, com cinquenta e três anos. . . um homem de Deus. Ele deixou para trás uma viúva, com quase quarenta anos, e sete filhos com idades de oito a vinte e um anos. Era o final de semana do meu vigésimo primeiro aniversário.
Eu nunca vou me esquecer daquele dia. Naquela época, nenhum de nós conseguia imaginar como seguiríamos em frente, como avançaríamos sem a vida, a liderança e o amor daquele precioso homem de Deus. Não eram apenas a sua família e filhos que se perguntavam isso.
Muitos daqueles que meu pai havia levado a conhecer a Cristo, muitos que ele havia abençoado com sua vida, seu testemunho, sua generosidade — muitos se perguntavam: O que faremos? Como seguiremos em frente?
Nunca vou me esquecer de como, cerca de dez dias após meu pai voltar ao seu lar celeste, centenas e centenas de pessoas se reuniram para o funeral. Foi um culto longo, mas logo no início, a primeira coisa que aconteceu foi que um homem de Deus — um pastor e amigo querido do meu pai e da nossa família — iniciou o culto com uma oração. Quero que você ouça o que nós ouvimos enquanto estávamos lá, sete filhos na primeira fileira com a minha mãe e centenas de outros, reunidos para celebrar a vida e lamentar a perda de Art DeMoss. Ouça.
Pastor: Nosso Pai celestial, somos lembrados dessas palavras inspiradoras: “Moisés, meu servo, está morto. Prepare-se, agora, e passe este Jordão, você e todo este povo”. É isso que desejamos fazer, mas precisamos da Tua ajuda. Ajuda-nos, então, até mesmo nesta noite, a ouvir o que precisamos ouvir, a sentir o que precisamos sentir, para que possamos sair daqui esta noite e atravessar este Jordão e os Jordões que ainda virão; para que a obra do nosso Senhor, manifesta por meio deste Teu servo, Art DeMoss, possa ser estendida através de nós.Que muitos Josués sejam levantados esta noite — homens e mulheres que não teriam sido levantados se Art não tivesse partido — e que dias de maior frutificação, propagação do Evangelho e expansão do reino de Deus sejam alcançados, porque, ao contrário da nossa lógica, os Teus caminhos, muito mais elevados do que os nossos, prevaleceram. Em nome de Jesus, peço por essa querida família, graça além de tudo o que podemos imaginar. Amém.
Nancy: Você poderia orar comigo? Fico maravilhada ao ouvir essas palavras que ouvi pela primeira vez há quase cinquenta anos; estou deslumbrada. Fico pasma ao pensar em como o Senhor ouviu essa oração naquela época e como o Senhor a respondeu de maneira bela e poderosa ao longo desses anos, de muitas maneiras das quais estou ciente e, certamente, de muitas outras das quais eu não estou.
Então, obrigada, Senhor, porque a Tua obra foi estendida por meio daqueles de nós que estávamos naquele culto. O Senhor levantou muitos Josués para seguir em frente. Houve dias de maior frutificação, propagação do Evangelho e expansão do Teu reino, porque, ao contrário da nossa lógica, os Teus caminhos, muito mais elevados do que os nossos, prevaleceram ao levar Art DeMoss, Teu servo, para casa.
Então, Senhor, oramos hoje, de onde quer que estejamos, sabendo que precisamos da Tua ajuda ao atravessarmos este Jordão. Entramos na terra que Tu colocaste diante de nós. Enfrentamos batalhas, enfrentamos inimigos, enfrentamos gigantes. Precisamos da Tua ajuda.
E, ó Senhor, como eu oro, assim como aquele precioso pastor orou pela nossa família naquela noite, eu oro agora por alguém ouvindo a minha voz que possa estar em um grande momento de perda, dor ou dúvida. Eu oro para que Tu derrames graça sobre essa irmã, essa amiga, essa pessoa — graça além de qualquer coisa que ela possa imaginar, para que Tu sejas glorificado à medida que avançamos para tudo o que tens para nós. Eu oro e dou graças em nome de Jesus. Amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.