
Dia 7: O dilema de Ester
Raquel: De acordo com Nancy DeMoss Wolgemuth, na história da rainha Ester, as coisas estavam ficando bastante desesperadoras quando. . .
Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus escolhe o momento que parece o mais sombrio e o mais sem esperança para mostrar o Seu poder e a Sua glória.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu reina, na voz de Renata Santos.
A indústria do entretenimento está pronta para te oferecer diversão a qualquer hora, em qualquer lugar. Claro, a Bíblia nos chama a uma vida de profunda alegria, mas há momentos em que é apropriado lamentar. Nancy vai descrever um desses momentos de lamento enquanto continua na série Ester: Uma mulher de Deus no tempo de Deus.
Nancy: Se você esteve conosco ontem, lembra que o rei Assuero e o seu primeiro-ministro, Hamã, que era um homem ímpio …
Raquel: De acordo com Nancy DeMoss Wolgemuth, na história da rainha Ester, as coisas estavam ficando bastante desesperadoras quando. . .
Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus escolhe o momento que parece o mais sombrio e o mais sem esperança para mostrar o Seu poder e a Sua glória.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu reina, na voz de Renata Santos.
A indústria do entretenimento está pronta para te oferecer diversão a qualquer hora, em qualquer lugar. Claro, a Bíblia nos chama a uma vida de profunda alegria, mas há momentos em que é apropriado lamentar. Nancy vai descrever um desses momentos de lamento enquanto continua na série Ester: Uma mulher de Deus no tempo de Deus.
Nancy: Se você esteve conosco ontem, lembra que o rei Assuero e o seu primeiro-ministro, Hamã, que era um homem ímpio e impiedoso, acabaram de emitir um edital declarando a aniquilação de toda a população judaica no império persa.
Esta é uma tentativa maciça de destruir o povo de Deus e, humanamente falando, parece que o plano deles, o complô maligno deles, vai dar certo.
Não é interessante que, às vezes, aqueles que causam o maior dano neste mundo e ao reino de Deus são totalmente alheios ao que fizeram? Eles não têm ideia.
Hoje chegamos ao capítulo 3 de Ester, logo após esse decreto ter sido enviado por mensageiros por todo o império. O versículo 15 nos diz: "O rei Assuero e Hamã se assentaram para beber." Eles se sentaram para ter outro banquete, para ter outra festa, "mas a cidade de Susã [a capital do império persa] estava perplexa."
Não é isso uma imagem do que está acontecendo ao nosso redor? O povo de Deus e nossa cultura muitas vezes estão tão confusos, mas aqueles que estão causando o dano estão festejando, brincando e bebendo — em total ignorância ou desdém ao que está acontecendo.
A propósito, lembro de Provérbios 31.4–5, onde diz:
Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Quando eles bebem, se esquecem da lei e pervertem o direito de todos os aflitos.
Não é isso o que está acontecendo aqui? É uma grande tolice que o rei Assuero e Hamã estão bebendo, totalmente alheios ao impacto e às consequências de suas ações. Eles estão totalmente embriagados, enquanto a cidade inteira está em total confusão.
Você pode pensar: "Por que a cidade inteira? Eram apenas os judeus que estavam sendo condenados à morte." Bem, você não acha que a cidade está se perguntando: O que está acontecendo para causar tanto ódio e veneno contra esses judeus? E se são os judeus agora, quem serão os próximos? Então, a cidade inteira está em confusão.
Enquanto tudo isso está acontecendo — o rei e Hamã estão bebendo, a cidade está em confusão — o que Deus está fazendo? Precisamos lembrar que Deus não foi pego de surpresa. Deus não foi pego desprevenido pelo complô de Hamã.
Deus nunca se sentou no céu e disse: "Eita! E agora? O que vamos fazer?" coçando a cabeça. Deus não só sabia que isso ia acontecer, mas Ele já havia ido à frente. Qual é a palavra para isso? "Providência."
Ele havia colocado em movimento um plano para frustrar as intenções malignas de Hamã. Deus posicionou um de Seus servos, Mordecai, no portão; e posicionou outro de Seus servos, Ester, como rainha no palácio.
Como é que ela chegou lá? Os reis persas não casavam com mulheres judias. Mas aquele rei se casou. Como? Por quê? Porque Deus está no controle. Porque Deus é soberano. Porque o coração do rei está nas mãos do Senhor. (Pv 21.1)
Lembre-se de que qualquer mal que surja neste mundo e em sua vida — no seu mundo, no seu local de trabalho, na sua casa, na sua escola — lembre-se de que qualquer mal seja ele — contra Deus, contra Seu povo, contra você — você pode ter certeza de que Deus sabia disso antes que acontecesse, e Ele tem prontos os instrumentos para sobrepujar esse mal da maneira dele e no tempo dele.
Pergunte a si mesma, como serva de Deus: "Para qual propósito Deus me colocou aqui nesta posição neste momento?" Se você é Mordecai sentado nos portões da cidade, pergunte-se: "Por que estou aqui? Qual é o propósito de Deus para mim?"
Se você é Ester no palácio, não foi seu plano chegar lá. Você não escreveu o roteiro, mas pergunte-se: "O que estou fazendo aqui. . . nesta sala de aula, nesta universidade, nesta casa casada com este homem, com esses filhos, nesta igreja, nesta comunidade?
Por que Deus me colocou aqui? Qual é o propósito de Deus para a minha vida?" Deus pode te ter em uma sala de aula com professores ímpios, ou em um local de trabalho com colegas profanos, ou em uma casa com um marido ímpio. Pergunte a si mesma: “Qual é o propósito de Deus? Por que Deus me posicionou neste lugar, neste portão, neste palácio, nesta circunstância, neste momento?”
Quando Mordecai soube tudo o que havia passado, rasgou as suas roupas, se cobriu de pano de saco e de cinza, e saiu pela cidade, clamando em alta voz e soltando gritos de amargura. Chegou até a porta do rei, porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar pela porta do rei. (Et 4.1-2)
Aqui está Mordecai, o judeu, que se entristece com esse edital assim que toma conhecimento dele. Por quê?
Bem, antes de mais nada, ele está pensando: "Isso é minha culpa. Foi porque eu não me curvei a Hamã." E é claro que ele tem um senso de responsabilidade pessoal. Mas ele está lamentando pela aflição do povo de Deus, pela batalha e a guerra que estão acontecendo, e ele faz isso de uma maneira pública — saco e cinzas, um sinal de humildade, contrição, quebrantamento e lamento.
Ele não tem mais medo. Ele não tem nada a temer. A batalha está acontecendo. Ele não tem nada a arriscar, nada a perder. Não há lugar nem ninguém a recorrer, a não ser a Deus.
Ele vai para a praça pública. Ele não está apenas em casa lamentando; ele está lá, na praça, vestido de saco e cinzas. Ele faz um escândalo no meio da cidade — gritos altos e amargos, saco e cinzas.
Mordecai não pode ver o que Deus está fazendo. Ele não pode ver o que Deus planejou. E você também não pode ver quando está no meio da sua situação, quando está lamentando e chorando.
Mas, por meio da fé e da fidelidade, Mordecai se torna um instrumento pelo qual a vontade de Deus pode ser cumprida. Tudo o que ele pode ver é a crise imediata, que foi suficiente para impulsioná-lo à ação; mas o que estava acontecendo com Mordecai e até mesmo com seu lamento era realmente apenas uma pequena parte de um grande quadro e esquema eterno.
Você consegue ver como o que você faz na sua vida, como você responde, é apenas uma parte de um quebra-cabeça muito maior?
A batalha não é entre Mordecai e Hamã. A batalha é entre Satanás e Deus, e quando você se posiciona ao lado de Deus, quando responde à crise de uma maneira piedosa, você se torna um instrumento para o cumprimento dos propósitos de Deus no seu pequeno canto da terra.
Em todas as províncias aonde chegava a palavra do rei e a sua lei, havia entre os judeus grande luto, com jejum, choro e lamentação; e muitos se deitavam em pano de saco e em cinza. (v. 3)
Vamos voltar um pouco. Esses eram judeus de terceira e quarta geração vivendo na Pérsia. Muitos deles estavam em uma condição de afastamento — talvez a maioria deles. Foram exilados por causa de seus pecados.
Alguns haviam retornado à terra sob Esdras, mas a maioria não. Esses judeus haviam se secularizado. Eles haviam se assimilado à cultura persa. Muitos deles, sem dúvida, eram judeus apenas de nome.
E Deus usa a pressão. Deus usa a ameaça de perseguição. Para quê? Para virar os corações deles — para reavivar os corações deles, até mesmo para dar-lhes um alerta, para ajudá-los a ver a maldade da cultura à qual se acostumaram.
Deus quer purificar o Seu povo. Ele quer lembrá-los de que eles não se encaixam nesta cultura. Eles não pertencem a essa cultura. Eles estão se moldando demais com ela.
Deus quer trazer Seu povo ao arrependimento. Ele quer preservá-los e protegê-los, então Deus usa um rei ímpio, um edital maligno e uma situação desesperadora, uma crise, para chamar a atenção e os corações de Seu povo, para humilhá-los.
Quando foi a última vez que aquelas pessoas lamentaram, choraram e jejuaram? Não sabemos, mas parece que não havia sido há muito tempo. Agora, em uma crise, eles estão clamando a Deus.
Enquanto eu lia essa passagem ontem, pensei em Salmo 130.1 onde diz: “Das profundezas clamo a ti, Senhor.”
Não há nada como ser lançado em um poço para fazer você clamar a Deus. Quando as coisas estão indo bem, quando tudo está estável, quando tudo está no status quo, quando somos afluentes e nossas necessidades estão atendidas, não estamos tão inclinadas a clamar a Deus como quando clamamos em uma situação desesperadora.
Essa situação desesperadora faz parte do plano de Deus para conquistar de volta os corações de Seu povo e revelar a Sua glória ao mundo. Ao orarmos por um avivamento na igreja, no nosso país, em nossa cultura, no nosso mundo, podemos estar orando pela mão disciplinadora de Deus. Podemos estar orando por adversidade, porque, em tempos de prosperidade, quando o mercado de ações está em alta, quando tudo vai bem, nossos corações se tornam complacentes. A igreja se torna mundana. Não é verdade? Deus usa crises para nos fazer perceber nossa necessidade, para nos tornar desesperadas por Ele e para virar nossos corações para Ele.
O versículo 4 do capítulo 4 nos diz:
Então as servas de Ester e os eunucos vieram e contaram a ela o que se passava [o que Mordecai estava fazendo, agindo daquela maneira em público]. A rainha ficou muito aflita.
A palavra "muito aflita" significa “surgir, torcer em dores de parto, ter grande angústia e dor.” Ela estava muito, muito perturbada. Ela sabia que algo estava muito errado, se posso dizer assim.
Então, sem saber o que mais fazer,
(. . .) Mandou roupas para que Mordecai pudesse tirar a vestimenta de pano de saco e se vestisse, mas ele não aceitou. Então Ester chamou Hataque, um dos eunucos do rei, que este tinha escolhido para a servir, e lhe ordenou que fosse a Mordecai para saber o que se passava e por que ele estava fazendo aquilo. (vv. 4–5)
Ester sabia que algo estava muito errado para Mordecai se comportar daquela maneira. Inicialmente, ela não fazia ideia do que havia acontecido ou por quê. Ela não entendia a razão para toda essa consternação.
Lembre-se, a cidade de Susã está em confusão. No império, os judeus estão em tumulto. Ela não sabe o que está acontecendo, mas ela tem um forte relacionamento com Mordecai que faz com que ela se preocupe — forte o suficiente para fazer com que ela tome alguma atitude.
Ela não quer ver Mordecai humilhado dessa forma, seu primo, seu pai adotivo, sentado à porta da cidade com saco e cinzas na cabeça. Isso é algo humilhante. E ela oferece algumas roupas para ele. "Se vista." Bem, ela faz algo que não tem nada a ver, mas é porque ela não tinha ideia do que mais fazer.
Em seguida ela envia uma mensagem para descobrir o que está acontecendo. Hataque investiga a situação. Ela se importava com Mordecai, por isso queria saber mais. Ela queria "saber o que estava acontecendo e por que estava acontecendo." É muito importante notar que ela se importava o suficiente para descobrir o que estava acontecendo — para se envolver, para investigar.
O que me leva a fazer esta pergunta: Você sabe o que está acontecendo na nossa cultura e como isso está afetando o povo de Deus? Você tem entendimento dos tempos? Está ciente dessas guerras culturais, sobre o que está acontecendo no nosso mundo que afeta os cristãos?
Ou você está colocando a cabeça na areia, presa no “palácio,” por assim dizer, da sua igreja, do seu pequeno mundo cristão, e "enquanto estamos seguros e bem, bem, outras pessoas, cristãos ao redor do mundo podem estar sendo perseguidos, a igreja pode estar em qualquer tipo de tumulto e condição, mas nós estamos bem." Você está alheia ao que está acontecendo ao seu redor?
O povo de Deus ao redor do mundo hoje está em grande angústia. Você está tirando um tempo para descobrir o que está acontecendo e por quê? Por que esse tumulto? Por que essa confusão? Há muitas coisas com as quais se preocupar. Há muitas coisas para descobrir.
Primeiro, há ataques ao povo de Deus. Há a perseguição à igreja em todo o mundo. Se você não sabe algo sobre isso, você precisa se educar.
O Novo Testamento diz: “Lembrem-se dos presos, como se estivessem na cadeia com eles.” (Hebreus 13.3) Há cristãos, que são nossos irmãos e irmãs, em outras partes do mundo que estão sendo perseguidos por sua fé. Você precisa sair do palácio e descobrir o que está acontecendo.
Em nossa cultura, há leis crescentes que restringem o livre exercício da religião no ambiente de trabalho, nas escolas, nas nossas comunidades. Você precisa saber o que está acontecendo.
Não há como acompanhar tudo isso, mas você precisa estar ciente dessas tendências e perceber que existem ataques contra o povo de Deus.
Há algo mais de que você precisa estar ciente, e isso é ainda mais sutil, e é o fato de que o verdadeiro problema não é o que está acontecendo com o povo de Deus, mas o que está acontecendo entre o povo de Deus. O que está acontecendo na igreja — na carnalidade, no mundanismo do povo de Deus dentro da igreja — é o que realmente deve ser a nossa grande causa de aflição. Esse é o nosso verdadeiro problema.
Eu gostaria que você pudesse ler — bem, na verdade não desejo isso para você, mas — há algo muito comovente em ler muitos dos e-mails e cartões de oração que recebemos no Aviva Nossos Corações, em nossas conferências, por meio do ministério de rádio, de mulheres cristãs e até de alguns homens que estão abrindo seus corações sobre o que está acontecendo no mundo cristão, entre os cristãos. Deixe-me ler alguns deles para você, coisas que recebemos de cristãos.
Esta mulher diz: “Sou uma mentirosa habitual. Preciso de libertação de vícios alimentares.” Esta é uma cristã professa.
Outra mulher diz: “Tenho um ódio venenoso do meu marido. Ele mentiu, jogou, traiu, trouxe pornografia para dentro de nossa casa, mas vive externamente como um cristão responsável.”
Outra mulher disse o seguinte: “Meu marido tem uma posição de influência na igreja,” e ela diz: “Eu tenho ódio dele. Não tenho respeito ou confiança nele. Temos sete filhos preciosos, de três a quinze anos. Eu quero que eles estejam cercados de amor, mas estou tão cheia de ódio.”
Aqui está uma jovem mulher que nos escreve. Ela diz:
Meu namorado e eu nos conhecemos pela internet. Eu perdi minha virgindade com ele. Temos planos de nos casar, mas ele teme que eu possa ter HPV.
Eu sou tão superficial no meu pensamento que não acho que ter dormido com ele foi errado desde o começo, mas eu sei o que a Bíblia diz e o que sempre cresci acreditando.
Meu namorado era um pastor licenciado quando era mais jovem, mas ele não parece achar que estamos fazendo algo errado. Ele cita a Bíblia, onde diz que tudo é permitido, mas nem tudo é benéfico.
Estou tão perdida agora. Eu me afastei do Senhor por tanto tempo porque tenho medo de que terei que abrir mão do meu namorado, a quem amo mais do que a própria vida.
Ela está confusa ou não? Você pode dizer: “Bem, ela não está na igreja.” Sim, garotas e jovens mulheres assim estão na igreja, e é dentro da igreja que nossos jovens não têm conceito de certo e errado.
A cultura do “ficar” entrou na igreja, e, em grande parte, nossos jovens cristãos — estudos mostram — seus estilos de vida, suas decisões, suas crenças — não são diferentes dos jovens não cristãos fora da igreja, no mundo.
Isso deveria nos afligir, o fato de que, hoje, as pessoas podem ser membros da igreja em boa posição, com relacionamentos destruídos, com amargura, com ódio, com casamentos desmoronando, e não temos a igreja ao lado delas, dizendo: “Isso não pode ser.” Estamos simplesmente deixando acontecer!
Estamos vendo vícios, o corte de partes do corpo, abortos, essas coisas dentro da igreja. Ganância, viver pelo dinheiro, não se importar com os pobres e oprimidos — isso está dentro da igreja! E isso deveria quebrar nossos corações. Deveria nos afligir.
Ouço de mulheres cristãs de todos os tipos de origem, mas dentro da igreja — mulheres com quem você senta no banco da igreja. Você canta com elas no grupo de louvor. Você ensina com elas no departamento de escola dominical. Elas frequentam o seu estudo bíblico.
Elas estudam a Palavra. Algumas delas estão ensinando, mas estão envolvidas em todo tipo de relacionamento imoral, pornografia na internet, relacionamentos emocionais por e-mail e internet, lesbianismo. Essas coisas estão se espalhando na igreja de Jesus Cristo e até mesmo entre aqueles que estão em posições de liderança no ministério cristão.
Não estou dizendo isso para ser severa. Estou dizendo que isso deveria nos afligir.
Não podemos esperar que o mundo seja piedoso. O mundo não pode ser piedoso. Ele não tem a Deus. Mas ver a igreja nesta condição — isso deveria partir o nosso coração. Deveria nos afligir profundamente.
Não podemos apenas ficar sentadas em nossos pequenos guetos cristãos, nos nossos pequenos palácios cristãos e dizer: “A minha vida está bem,” enquanto o povo de Deus está em tamanha aflição.
Isso é o que a história de Ester nos ensina.
É sobre uma mulher que diz: “Estou disposta a deixar o conforto, a segurança, a conveniência da minha posição como rainha, e estou disposta a fazer algo, mesmo que isso me custe a vida, sobre o que está acontecendo entre o povo de Deus.” E Ester faz algo.
Hataque foi até a praça da cidade para encontrar-se com Mordecai junto à porta do rei. Mordecai contou tudo o que havia acontecido com ele. Disse também a quantia certa de prata que Hamã tinha prometido pagar aos tesouros do rei pelo aniquilamento dos judeus.
Também lhe deu uma cópia do decreto escrito que havia sido publicado em Susã, ordenando a destruição dos judeus. Mordecai pediu a Hataque que mostrasse a cópia a Ester e a pusesse a par de tudo, a fim de que ela fosse falar com o rei e lhe pedisse misericórdia e, na sua presença, lhe suplicasse pelo povo dela. Hataque voltou e transmitiu a Ester as palavras de Mordecai. (vv. 6–9)
Mordecai envia instruções para Ester suplicar ao rei em favor de seu povo.
Ester estava acostumada a obedecer a Mordecai. Lembra disso? Mais cedo, ela fez o que ele lhe disse. Ela continuou a viver conforme ele a havia criado, mesmo depois de se tornar rainha.
Agora ela quer obedecê-lo, mas sabe que isso pode lhe custar a vida. Ela está entre a cruz e a espada. Ela respeita Mordecai.
A questão é: “Eu protejo minha vida? Eu salvo minha pele? Ou eu me arrisco, arrisco tudo, talvez para salvar a vida de milhões do meu povo?” É exatamente isso que vemos no versículo 10:
Então Ester falou com Hataque e mandou que ele entregasse a seguinte mensagem a Mordecai: ‘Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei sabem que, para qualquer homem ou mulher que, sem ser chamado, entrar no pátio interior para falar com o rei, não há outra sentença que não a de morte, a não ser que o rei estenda para essa pessoa o cetro de ouro, para que viva. E eu, nestes trinta dias, não fui chamada para comparecer diante do rei.’ Estas palavras de Ester foram transmitidas a Mordecai. (vv. 10–12).
A primeira reação de Ester foi: “Não há nada que eu possa fazer. Minhas mãos estão atadas.”
Ela sabe que está casada com um homem violento. Ele é imprevisível. Ele é um homem irado. Ele é propenso a acessos de raiva.
Ela sabe como chegou àquela posição — o que ele fez com a primeira rainha, Vasti — e ela se sente impotente. Ela se sente sem poder. Humanamente falando, o que estão pedindo para ela fazer é impossível. Não é apenas contra a lei, mas simplesmente não vai funcionar.
Você pode se sentir, na situação em que Deus te colocou, que não pode fazer nada, que está impotente contra as forças do mal. Às vezes elas parecem tão fortes, tão esmagadoras e tão avassaladoras. Você já se sentiu assim? Ester entendeu isso.
Curiosamente, pela primeira vez, Ester, que sempre encontrou favor com todos, agora se encontra em uma situação em que não tem o favor do rei. Ele não havia solicitado a sua presença há um mês.
Sabemos que, humanamente falando, o timing (o tempo) não poderia ser pior. Mas Deus está no controle. Deus sabe o tempo. Deus está no controle. Deus orquestrou o tempo.
“Na plenitude dos tempos,” Deus realiza Seus propósitos (Gl 4.4). Deus escolhe o momento que parece o mais tenebroso e o mais sem esperança para mostrar Seu poder e glória. Sabe por quê? Para que nenhum ser humano possa levar o crédito.
Isso é mais uma evidência da mão e do poder de Deus em ação — o fato de que o timing está péssimo. Não poderia ser pior. Mas isso é uma evidência de que Deus tem orquestrado tudo, porque a graça de Deus sempre brilha mais intensamente contra o cenário mais sombrio.
Vamos ver que Deus colocou Ester exatamente onde Ele a queria. Deus colocou o rei exatamente onde Ele o queria, Mordecai exatamente onde Ele o queria, e Hamã — bem, Deus está prestes a cuidar dele.
Deus não está em pânico com tudo isso. Deus está no controle. Ele está orquestrando as circunstâncias para cumprir os Seus propósitos, não apenas na vida de Ester, mas na sua vida também.
Raquel: Talvez você esteja enfrentando uma crise. Talvez seus planos para a sua vida estejam se desfazendo diante dos seus olhos e você se pergunta se Deus vê ou se importa. Nancy DeMoss Wolgemuth tem explicado, através do livro de Ester, que Deus ainda está no controle. Ele vê e Ele se importa. Ela já volta para orar.
Você gostaria de entender mais sobre a providência de Deus, estudando o livro de Ester em seu tempo a sós com Ele? Recomendamos um estudo, Ester: Confiando no plano de Deus, que faz parte da nossa série sobre Mulheres da Bíblia e contém memorização de versículos, leitura diária e perguntas para discussão, perfeitas para grupos ou para reflexão pessoal. Visite o nosso site e saiba como encomendá-lo para você ou para o seu grupo de estudos. avivanossoscoracoes.com.
Este é o sétimo episódio da série sobre a vida de Ester e caso você tenha perdido algum dos episódios anteriores, poderá acessá-los visitando o nosso site e clicando na aba “Podcasts”. Lá você encontrará não somente os episódios anteriores desta série, mas também todas as séries passadas.
Você também pode ter acesso aos nossos conteúdos através de diversas mídias, como Instagram, YouTube, Spotify ou ainda através do aplicativo do Revive Our Hearts. Baixe o aplicativo ainda hoje e selecione ‘português’ no menu de opções.
Às vezes, o melhor testemunho que você pode ter em um mundo contencioso é ficar em silêncio, mas há outras vezes em que você precisa se posicionar. Vamos tentar entender a diferença amanhã, analisando a coragem de Ester para agir e falar.
Agora, Nancy está de volta para concluir o nosso tempo juntas.
Nancy: Ó, Pai, às vezes nos sentimos tão impotentes e sem esperança, e nossos corações ficam angustiados e perturbados ao ver o estado do Teu povo — tanta necessidade espiritual e moral na igreja e no povo de Deus hoje.
Sim, nos sentimos tão impotentes, tão sem esperança; o que podemos fazer? Somos apenas uma pessoa — apenas uma mãe, apenas uma estudante — não há nada que possamos fazer.
Mas Tu dizes: “Eu te coloquei nesse lugar, nessa posição, com um propósito” e Tu escolhes usar os instrumentos mais improváveis para que Tu recebas toda a glória. Glorifica-Te através de nossas vidas e nossas circunstâncias neste dia, oro em nome de Jesus. Amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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