
Dia 6: Um plano maligno é tramado
Raquel: O vilão assassino na história de Ester não deixou Deus nervoso, segundo Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Hamã, que se julgava grandioso, não passava de um figurante em uma batalha cósmica. Diante do nosso Deus Todo-Poderoso, ele nada era. Não havia como competir, pois Deus pode simplesmente afastá-lo num instante, no momento em que estiver pronto para isso.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu reina na voz de Renata Santos.
Efésios 6.12 diz que não estamos em uma luta contra carne e sangue. Existe uma grande guerra espiritual sendo travada nos lugares celestiais. Muitas vezes, não estamos cientes disso, mas, de vez em quando, Deus nos dá vislumbres da realidade da guerra espiritual. Talvez hoje seja um desses dias para você. Aqui está Nancy.
Nancy: Bem, se você está nos acompanhando em nosso estudo …
Raquel: O vilão assassino na história de Ester não deixou Deus nervoso, segundo Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Hamã, que se julgava grandioso, não passava de um figurante em uma batalha cósmica. Diante do nosso Deus Todo-Poderoso, ele nada era. Não havia como competir, pois Deus pode simplesmente afastá-lo num instante, no momento em que estiver pronto para isso.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu reina na voz de Renata Santos.
Efésios 6.12 diz que não estamos em uma luta contra carne e sangue. Existe uma grande guerra espiritual sendo travada nos lugares celestiais. Muitas vezes, não estamos cientes disso, mas, de vez em quando, Deus nos dá vislumbres da realidade da guerra espiritual. Talvez hoje seja um desses dias para você. Aqui está Nancy.
Nancy: Bem, se você está nos acompanhando em nosso estudo de Ester, e espero que esteja, estamos chegando ao ponto em que a batalha está esquentando. Eu te incentivo, enquanto lê o livro de Ester, a procurar pela batalha entre dois reinos — o reino do homem e o reino de Deus. A batalha entre Satanás e Deus, no final das contas.
Estamos vendo essa batalha intensificando-se nesta história. Se você pensar sobre sua vida, este mundo e a era em que vivemos, também poderá ver essa batalha ao nosso redor em muitos aspectos. Este livro nos dará esperança e coragem para saber como enfrentar essa batalha.
Vimos que Mordecai é um judeu que ocupa um cargo oficial do rei, sentado à porta da cidade. Ele é o pai adotivo da nova rainha, Ester, que também é judia. Ela é casada com o rei Assuero.
E Hamã é o inimigo que entrou em cena. Ele é inimigo de Deus. Ele é inimigo do povo de Deus. Ele é um agagita, descendente dos amalequitas, que foram, por séculos, inimigos dos judeus, e Deus disse: "Eu vou apagar os amalequitas da terra," mas os amalequitas disseram: "Nós vamos apagar o povo de Deus da terra."
Hamã e Mordecai não têm o conhecimento que temos agora. Tudo o que sabem é que Hamã se levantou para a posição número dois na terra. Ele é o primeiro-ministro da terra. Ele foi exaltado. Ele foi elevado. Ele é um homem implacável, que busca poder, que agarra poder, e ele sabe que quer que todos se prostrem e o adorem.
Mordecai porém, não se prostra, não o adora, porque ele está convicto que não deve se prostrar diante dos inimigos de Deus. E vemos esse conflito que está se intensificando entre os dois. Vai esquentar mais ainda no versículo 5 do capítulo 3.
Quando Hamã viu que Mordecai não se inclinava nem se prostrava diante dele, encheu-se de furor. (v. 5)
Você já observou a raiva antes neste livro? Lembre-se de que o rei Assuero ficou irado quando estava sob a influência do álcool, e foi quando ele depôs sua primeira esposa, a rainha Vasti. Vimos esses dois guardas que ficaram irados com o rei e tentaram assassiná-lo, e Mordecai desvendou essa trama e esses dois homens acabaram sendo mortos na forca.
Agora vemos Hamã, quando não consegue o que quer, quando não é adorado como deseja, ele se enche de furor. Ele fica enfurecido. Esta palavra "furor" ou ira, em algumas traduções, é "uma raiva violenta com o desejo de se vingar." "Eu farei você pagar." Sua reação, como sempre acontece com a raiva, revela seu coração.
Quando você fica brava com seus filhos, não são seus filhos que estão fazendo você ficar brava. Isso significa que você tem um coração irado. Há um orgulho ferido. Talvez haja expectativas não atendidas em relação ao seu cônjuge. O orgulho do seu coração, de alguma forma, está fazendo com que você reaja com raiva.
Quando lemos esta passagem, penso em Sadraque, Mesaque e Abednego, e como eles disseram ao rei Nabucodonosor, décadas antes: "Nós não serviremos os seus deuses. Não adoraremos a imagem de ouro que você fez." É o mesmo que Mordecai disse a Hamã: "Eu não vou me prostrar diante de você." O que aconteceu com Nabucodonosor? Ele se encheu de furor. Ele ordenou que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais do que o normal e mandou que os homens fossem jogados na fornalha.
Essa reação de raiva está em toda parte hoje. Raiva no trânsito. Pessoas bravas com o cônjuge, bravas com Deus, bravas com a vida. Isso mostra algo sobre a condição do coração delas. Ao longo deste livro, você verá que quando pessoas que têm posição alta, poder, influência ou riqueza são ameaçadas, quando não conseguem do jeito que querem, elas tendem a ficar iradas.
Por outro lado, Mordecai e Ester reagem de maneira diferente, e eu pedi para que vocês procurassem os contrastes entre esses dois grupos de personagens. Eles não têm nada a perder. E em tempos de adversidade, eles respondem com humildade, quebrantamento e apelos. Não os vemos ficando com raiva, embora certamente tivessem razão para isso.
Hamã está irado. Ele está cheio de fúria contra Mordecai. Ele quer se vingar dele.
Porém julgou que era pouco, nos seus propósitos, atentar apenas contra Mordecai, porque lhe haviam declarado de que povo era Mordecai. Por isso, Hamã procurou destruir todos os judeus, povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero. (v. 6)
Ele decide exterminar todos os judeus, o que, a propósito, incluiria os judeus que haviam retornado à Palestina e estavam vivendo em Jerusalém, que ainda fazia parte do império persa. Todos os judeus no reino!
Hamã não é o único que já quis exterminar todos os judeus. O rei Herodes fez isso no primeiro século, quando tentou matar todos os meninos judeus.
Claro, mais recentemente, quem ficou tão conhecido por isso foi Adolf Hitler e o holocausto, que Hitler chamou de a "solução final para a questão judaica". Os judeus estavam no caminho dele. Inspirados e motivados por Satanás, esses homens buscaram destruir o povo judeu.
Quero que nos lembremos de que a batalha não é realmente entre Hamã e Mordecai. Eles são apenas símbolos de uma colisão em um nível muito mais profundo, entre dois reinos, entre Deus e Satanás.
Lembre-se, no seu mundo, que seu marido não é o seu inimigo. Seu chefe não é o seu inimigo. Algum membro da família que te fez mal, alguma pessoa má, sua vizinha, seu colega de trabalho, seu professor na faculdade — essas pessoas não são os seus inimigos.
A verdadeira batalha no nosso mundo hoje é entre Satanás e Deus, e as pessoas estão se alinhando de um lado ou de outro. Esses conflitos são, na verdade, inspirados por uma batalha entre Satanás e Deus.
Os reinos deste mundo — os reinos dos homens — dependem de armas de poder mundano, leis humanas, decretos humanos e força militar. É assim que eles conseguem o que querem. Mas o reino de Deus não é alcançado dessa forma. Ele não vence dessa maneira.
Os filhos do reino de Deus travam e vencem a guerra com armas como humildade, oração, jejum, saco e cinzas, dependência de Deus. Parece ser fraco, mas quando somos fracos, somos fortes no poder dele.
O texto continua dizendo:
No primeiro mês, que é o mês de nisã, no décimo segundo ano do reinado de Assuero, foi lançado o Pur, isto é, fizeram um sorteio na presença de Hamã, para determinar o dia e o mês; e foi sorteado o décimo segundo mês, que é o mês de adar. (v. 7)
Hamã chamou seus amigos astrólogos e disse: "Lancem sortes." Eles usaram o lançamento das sortes para determinar qual seria o melhor dia para executar esse genocídio. Era uma maneira comum de tomar decisões na antiguidade.
Aquelas pessoas eram supersticiosas. Elas acreditavam que suas vidas eram determinadas pelo destino ou pela sorte. Mas sabemos, pelas Escrituras, que Deus determina o resultado do lançamento das sortes. Não existe tal coisa como “acaso”.
Provérbios 16.33 diz que podemos lançar os dados, mas o Senhor determina como eles caem. (parafraseado). Deus estava controlando o resultado do que parecia ser acaso, superstição ou destino. Deus estava no controle.
Na providência de Deus — você já ouviu essa palavra antes? — os dados caíram para um dia, um tempo, que estava a onze meses de distância.
E se os dados tivessem dito que deveria ser o dia seguinte ou a próxima semana? Não haveria tempo para os judeus se prepararem para um contra-ataque, tempo para Mordecai ou Ester agirem. Mas Deus estava determinando o resultado e a data foi sorteada conforme a Sua vontade. Não existe tal coisa como “acaso”. Tudo neste mundo está sob a providência de Deus. Ele determina como as coisas acontecem.
A dependência de Hamã desses astrólogos e magos destaca o papel de Satanás neste drama. Voltando a Gênesis 3, a intenção de Satanás é destruir o povo de Deus. Hamã parece ultrapoderoso; ele parece estar no controle. Mas, na verdade, ele é apenas um peão nas mãos de Satanás. E, no final, Satanás é apenas um peão nas mãos de Deus. Deus controla Satanás, mas Satanás estava controlando Hamã e outros como ele.
Hamã, que achava que era tão grande, era apenas um ator coadjuvante em uma batalha cósmica. Ele não era nada. Quero dizer, ele era apenas um grão de areia no grande esquema das coisas, e Deus pode simplesmente afastá-lo em um instante, quando Ele estiver pronto para isso. E Deus fez isso, como veremos à medida que a história se desenrola.
Satanás é chamado nas Escrituras de o “Príncipe deste Mundo”, mas quero lembrar-lhe que, por mais poderoso que ele seja, ele não é onipotente. Ele não é páreo para Deus. Deus sempre tem a última palavra. Às vezes, no seu mundo, parece que Satanás está vencendo e, de fato, Deus permite que ele vença algumas batalhas, mas, no final, Deus prevalecerá.
Não sei como dizer isso de forma melhor ou diferente, mas sinto que preciso continuar repetindo, porque precisamos ser constantemente lembradas de que nossas circunstâncias e as pessoas ao nosso redor não controlam nossas vidas. No final das contas, Deus controla.
Então, Hamã concebe o plano e vai até o rei em busca de apoio e autoridade para implementá-lo.
Então Hamã disse ao rei Assuero:
— Existe um povo espalhado e disperso entre os povos em todas as províncias do seu reino, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos. Eles não cumprem as leis do rei e por isso não convém tolerá-los. (v. 8)
Assim como Satanás, cujo objetivo é destruir o povo de Deus, Hamã usa a mentira para cumprir seus objetivos homicidas. Lembre-se de que João 8 nos diz que Satanás é um assassino e um mentiroso, e foi isso que Hamã fez. Ele caluniou os judeus diante do rei, mas repare que ele não disse ao rei quem eram essas pessoas. Apenas que havia algumas pessoas que representavam uma ameaça ao seu poder.
Os historiadores nos dizem que, ao contrário do que Hamã afirmou, os judeus viviam de maneira ordeira e faziam contribuições positivas para a sociedade persa, como Deus lhes havia dito para fazer na terra de seu cativeiro. Eles eram bons cidadãos. Eles eram cidadãos respeitáveis. Mas Hamã disse: "Essas pessoas podem querer seu trono," foi isso que ele sugeriu. "Você não está seguro enquanto essas pessoas estiverem por perto. Você precisa se livrar delas."
Então ele diz no versículo 9:
Se for do agrado do rei, decrete-se que sejam mortos, e eu porei nas mãos dos que executarem a obra trezentas e quarenta toneladas de prata para que entrem nos tesouros do rei. (v. 9)
Hamã apela para Assuero com base na ganância e no lucro financeiro. Trezentas e quarenta toneladas de prata seriam milhões e milhões de reais em valores atuais.
Um historiador da época, Heródoto, disse que essa quantidade de prata equivaleria a dois terços da receita anual total de todo o império persa. Dois terços de toda a sua receita.
Eu posso garantir que Hamã não tinha tanto dinheiro. Ele pode até ter sido um homem rico, mas é óbvio que ele estava planejando saquear os judeus para pagar o tesouro do rei.
Portanto, essa oferta era lucrativa para Assuero, especialmente porque ele tinha acabado de ser derrotado pelos gregos. Aquela batalha foi cara, e ele viu a oportunidade de recuperar parte dessa perda. Assim, vemos Hamã abusando do poder, da autoridade, da influência, usando tudo isso para oprimir os judeus e destruir vidas.
Tem um filme chamado Um Violinista no Telhado. Talvez você já tenha assistido. A história passa-se na pequena aldeia fictícia de Anatevka, na Rússia sob o czarismo, no início do século XX. No final da história, quando a tensão chega ao seu clímax em 1905, na Rússia, sob os czares, o povo é forçado a deixar sua casa, a deixar a cidade onde cresceram, condenando-os ao exílio e à dispersão.
Isso faz parte de uma série do que chamamos na história de pogroms, que são perseguições organizadas ou, às vezes, massacres contra povos indefesos.
O termo "pogrom" era geralmente aplicado a ataques aos judeus no império russo, no final do século XIX e início do século XX, mas é um termo que pode ser usado de maneira mais ampla.
Lembro-me que na Segunda Guerra Mundial, em novembro de 1938, ficou conhecido como Kristallnacht — a noite do vidro quebrado. Em toda a Alemanha e Áustria, gangues de jovens nazistas quebraram janelas de casas e negócios judeus.
Eles queimaram sinagogas e as saquearam. Cento e uma sinagogas foram destruídas. Quase setenta e cinco mil negócios judeus foram destruídos. Vinte e seis mil judeus foram reunidos, presos e enviados para campos de concentração. Os judeus foram atacados. Foram espancados. Foi um massacre, uma matança, um ataque contra o povo judeu.
É exatamente isso que vemos acontecendo aqui no livro de Ester. Seguimos a história no capítulo 3, versículo 10.
Então o rei tirou da mão o seu anel-sinete e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, inimigo dos judeus.
Já vimos o nome de Hamã antes no texto. Sabemos que ele era um agagita. Sabíamos que ele era filho de Hamedata, mas agora há uma nova frase adicionada: o inimigo dos judeus. Foi isso que ele se tornou.
(. . .) e lhe disse [o rei disse]:
— Fique com essa prata e faça com esse povo o que bem quiser. (v. 11)
Livre-se desse problema. Cuide disso. O anel de selar que o rei deu a Hamã é como ter a assinatura do rei. Se você tem o anel de selar, você tem a autoridade para agir em nome do rei.
Este é outro exemplo da tendência de Assuero a ser impetuoso, agir antes de pensar, agir antes de pesquisar, agir antes de obter os fatos. Nunca fazemos isso, certo? Quando você age sem pensar, Provérbios diz: "Responder antes de ouvir é tolice e vergonha." (Pv 18.13)
Assuero age antes de investigar a questão e atende ao pedido de Hamã para ordenar a destruição do povo de Deus. O rei entrega toda sua autoridade e poder a Hamã, sem perceber que sua própria esposa é judia e que ele acabou de assinar a sentença de morte dela.
Claro, Hamã também não sabe disso, mas Deus sabe. Sempre temos que considerar, “mas Deus. . .” Quando pensamos sobre Hamã recebendo essa autoridade.
Lemos em Apocalipse 13, falando do Anticristo, e eu acredito que Hamã seja uma imagem disso, como dissemos antes. A besta foi autorizada a fazer guerra contra os santos e conquistá-los por um período de tempo. A autoridade foi dada sobre todas as tribos, povos, línguas e nações.
Lembre-se de que às vezes Deus permite que o poder seja dado nas mãos de pessoas ímpias, nas mãos dos inimigos de Seu povo. Quero dizer que Hitler não poderia ter poder se não fosse de Deus. E nós, com nossa razão humana, não podemos começar a compreender, explicar ou entender por que Deus faria isso.
Mas sabemos que Deus é justo, que Ele deseja resgatar este mundo, que Ele está redimindo este planeta pródigo, que Ele está estabelecendo Seu reino. Às vezes, para que isso aconteça, Deus permite que a autoridade seja dada a esses governantes ímpios na terra.
Mas lembre-se de que eles recebem suas ordens de Satanás. Porém, no final, Satanás não pode fazer nada que Deus não lhe dê permissão ou liberdade para fazer. Eles estão sujeitos ao controle de Deus.
Então, no versículo 12, capítulo 3 de Ester,
No dia treze do primeiro mês, chamaram os secretários do rei e, segundo tudo o que Hamã havia ordenado, se escreveu aos sátrapas do rei, aos governadores de todas as províncias e aos chefes de cada povo. A ordem devia ser endereçada a cada província no seu próprio modo de escrever e a cada povo na sua própria língua. Foi escrita em nome do rei Assuero e selada com o anel-sinete do rei.
Quando leio essa passagem, penso no filme de Cecil DeMille, Os Dez Mandamentos, onde Yul Brynner faz o papel de faraó. Em várias ocasiões, quando ele está exercendo sua autoridade, ele fica com os pés afastados e coloca as mãos nos quadris e diz: "Assim seja escrito; assim seja feito." As palavras do rei eram a lei. Foi isso que Assuero e Hamã disseram: "Assim seja escrito; assim seja feito." Parece tão definitivo, tão final, que não há mais esperança. Mas Deus. . . certo?
As cartas foram enviadas por meio de mensageiros a todas as províncias do rei, com instruções para que num só dia, o dia treze do décimo segundo mês, que é o mês de adar, todos os judeus, tanto os jovens como os velhos, as mulheres e as crianças, fossem destruídos, mortos e aniquilados, e que os seus bens fossem saqueados. Uma cópia da carta, que determinava a proclamação da lei em todas as províncias, foi enviada a todos os povos, para que se preparassem para aquele dia. Os mensageiros, impelidos pela ordem do rei, partiram imediatamente. E a lei foi proclamada na cidadela de Susã. O rei Assuero e Hamã se assentaram para beber, mas a cidade de Susã estava perplexa. (vv. 13-15)
Esse terrível decreto, esse edital foi escrito e estabelecido. Assim seja escrito. Assim seja feito. Foi enviado por todo o país e é um edital para matar, aniquilar todos os judeus, jovens e velhos, mulheres e crianças, em um único dia e saquear os seus bens.
Enquanto eu estudava para esta série, um amigo me disse: "Você precisa assistir à versão de Ester de Os Vegetais enquanto estuda isso." Confesso que nunca havia assistido um episódio completo de Os Vegetais. Mas fui assistir esse desenho.
Foi uma história fofinha, mas você não vai encontrar muitos fatos bíblicos assistindo à versão de Os Vegetais. Na versão de Os Vegetais, as pessoas são banidas para a “Ilha de Cócegas Perpétuas”. Eu posso te garantir que isso não tem nada a ver com o que realmente aconteceu. Foi bem mais sério do que isso.
Naquela época, cerca de quinze milhões de judeus viviam espalhados por todo o império persa. E em seu decreto, Hamã ordena aniquilar todos eles, jovens e velhos, mulheres e crianças, porque Mordecai não se curvou a Hamã.
Veja aqui esse desprezo pela vida humana, incluindo aqueles que são mais indefesos — mulheres e crianças, jovens e velhos. Vimos isso mais cedo no tratamento de Assuero às mulheres e em sua rapidez em emitir um decreto para exterminar toda uma raça humana — uma raça minoritária.
Isso é característico de uma visão de mundo que não reconhece que Deus é o criador e o doador da vida. A vida não é preciosa para aqueles que não adoram um criador.
Mas, por contraste, vemos Mordecai e Ester, que davam grande valor à vida humana. Vemos o cuidado de Mordecai por sua prima órfã, como ele a adotou, cuidando dela como se fosse sua própria filha. Vemos como ele valorizava a vida do rei, embora ele fosse um rei ímpio, e como ele expôs a trama para assassinar o rei. Vemos em Ester e Mordecai que eles se preocupavam com a vida de seu próprio povo.
Quando as mesas se viram mais tarde no livro e eles tiveram a oportunidade de se vingar de seus inimigos e opressores, note que eles agiram apenas em legítima defesa. Eles não mataram mulheres. Eles não mataram crianças. Eles mataram apenas aqueles que os atacaram. Uma visão totalmente diferente da vida.
Eu acho que as palavras de Hamã para Assuero mais cedo neste capítulo descrevem os sentimentos e as intenções de muitas pessoas poderosas e sem Deus em nossos dias. O que Hamã disse? "Há um certo povo espalhado por aí, cujas leis são diferentes. Eles não seguem as leis do rei e não convém ao rei tolerá-los." (Ester 3.8, parafraseado)
Ouça, houve uma longa fila de pessoas ao longo da história tentando exterminar a raça judaica, mas também houve muitos esforços para erradicar os cristãos da terra porque eles são seguidores de Cristo e Satanás odeia a Cristo. Satanás, a serpente, está sempre buscando destruir a Cristo e Sua descendência. O Império Romano era conhecido por suas dez ondas de perseguição contra a igreja, desde Nero até Diocleciano.
O imperador Diocleciano erigiu um monumento em homenagem a si mesmo, no qual estas palavras foram inscritas: "Por ter exterminado o nome cristão da terra." Esse é o objetivo de muitas pessoas sem Deus, não só na história, mas também hoje em dia. Mais cristãos foram martirizados no século passado por sua fé do que em todos os 19 séculos anteriores desde o tempo de Cristo. Isso continua até hoje — Sudão, China, Etiópia, Kuwait — ao redor do mundo, perseguição aos seguidores de Cristo.
Em nossos dias, até mesmo em nossa cultura, de formas menos evidentes às vezes, acredito que estamos testemunhando um esforço concentrado para eliminar a presença e a influência do povo de Deus que recusa a se curvar a este sistema de mundo ímpio. Existe um movimento anticristão nesta cultura. Você pode falar sobre Deus o quanto quiser, mas não levante Cristo como Senhor.
Ouvimos falar dessas guerras culturais em praças públicas. Ouvimos falar dos grêmios escolares que estão debatendo a inclusão do design inteligente e o ensino sobre a origem da vida e alguns desses debates. Você pode pensar, o que isso importa? Qual é o problema?
O problema é que Satanás odeia a Cristo. Os seguidores de Satanás estão buscando erradicar o nome de Cristo da terra. Às vezes, eles fazem isso em nome de religiões, como o Islã. Isso é um pouco mais óbvio. Às vezes, eles fazem isso de formas mais sutis sob o secularismo ou sob o manto de Hollywood tentando livrar o planeta de referências e adoração a Cristo.
O ataque está vindo. E eu posso te dizer que Cristo é vitorioso. Sabemos disso. Sabemos que o capítulo final já foi escrito. Sabemos que Cristo prevalecerá, mas a pergunta é: estamos preparadas para enfrentar o ataque entre agora e o momento da vinda final de Cristo para reinar e governar sobre esta terra?
Isso não deve nos surpreender nem nos pegar despreparadas. Precisamos estar preparadas para isso. Se você ler a história — e é por isso que é tão importante estudar a história e estudar as Escrituras — você verá que isso é um esforço concentrado, um plano e uma estratégia do maligno. Então, seja seu nome Hamã, Herodes, Hitler ou alguns dos nossos perseguidores modernos de Cristo, o objetivo é sempre o mesmo: derrotar a Deus, derrotar a Cristo.
Aquele poderoso edital é emitido e espalhado por todo o império persa. Morte a todos os judeus. Parece tão definitivo. Parece tão sem esperança. Os judeus não têm como se defender contra esse pogrom, contra essa aniquilação. Não há como escapar. . . mas Deus.
Mas Deus ainda é Deus. Deus ainda é soberano. Deus ainda é o rei sobre toda a terra. Todos os Assueros, Hamãs, Herodes e Hitlers deste mundo apenas seguem as ordens de Satanás, que, no final das contas, está sob os pés de Deus. Deus ainda é o rei. Deus ainda é o governante.
Ele está cumprindo Seus propósitos e Ele está escolhendo e usando pessoas de maneira surpreendente, como você e eu hoje, para fazer parte do cumprimento de Seus propósitos e trazer o Seu reino a essa terra.
Senhor, se não Te conhecêssemos, estaríamos morrendo de medo. Vemos o que está acontecendo em praça pública; vemos o que está acontecendo no nosso governo; vemos o que está acontecendo em nossa cultura, que é tão antideus, anticristo. Parece tão sem esperança. Parece que os poderes da maldade estão se aproximando cada vez mais rápido.
Mas Deus, nossa esperança está em Ti. Confiamos em Tua providência e Te adoramos como o Senhor soberano e Deus do universo. Sabemos que o Teu reino reinará e governará. Nos alegramos com isso. Confiamos em Ti. Pedimos que nos mostre como encontrar e tomar o nosso lugar neste mundo para cumprir os Teus propósitos. Oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: Meu papel no reino de Deus é importante. Esse é um dos pontos que vou lembrar de hoje. O seu papel também é importante. Essa foi Nancy DeMoss Wolgemuth, ensinando versículo por versículo do livro de Ester.
E é por isso que precisamos estar firmadas na Palavra do Senhor, para que saibamos discernir os tempos e estarmos prontas como soldados de guerra. O Aviva Nossos Corações quer te equipar para isso, proporcionando ensinos bíblicos, fundamentados na Palavra de Deus para o seu crescimento. Por isso, temos um convite super especial para te fazer:
Amada, marque aí na sua agenda: de 2 a 4 de outubro, acontece a conferência True Woman 2025, com o tema “A Palavra: Contemple Suas Maravilhas”!
Você pode participar presencialmente em Indianápolis (EUA) ou online, no conforto da sua casa — e o melhor: com tradução simultânea em português, para que cada mensagem toque o seu coração com clareza e profundidade.
Essa será mais do que uma conferência — será um momento de comunhão, edificação e encanto diante das maravilhas da Palavra de Deus, ao lado de milhares de mulheres ao redor do mundo.
Quer saber mais? É só acessar o link que está na transcrição do episódio de hoje, no nosso site avivanossoscoracoes.com. E você não precisa esperar nadinha para fazer o seu cadastro para a participação online — ele é totalmente gratuito!
Não fique de fora. Convide as mulheres que você conhece e junte-se a nós para celebrarmos Aquele que é a própria Palavra Viva!
Dê uma olhada no Netflix ou role um pouco pelas redes sociais e você vai encontrar muitas pessoas querendo te entreter. Quantas pessoas querem te ajudar a lamentar e chorar de forma apropriada?
Amanhã, ouça porque precisamos tanto de alegria quanto de lágrimas quando retomarmos a história de Ester. Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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