
Dia 4: Rainha
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que a história de Ester vai te levar a refletir sobre esta pergunta:
Nancy DeMoss Wolgemuth: Você se molda ao ambiente ao seu redor, à cultura que te cerca? Você adota a maneira grosseira de falar, os comportamentos sensuais das mulheres do mundo, ou mantém o discernimento e diz: "Sou diferente"?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Você já sentiu a pressão de se conformar às pessoas ao seu redor? Acha que essa pressão aumentaria ou diminuiria se, de repente, você se tornasse uma rainha? Bem, aqui está Nancy para te ajudar a refletir sobre isso na série Ester: Uma mulher de Deus no tempo De Deus.
Nancy: Espero que você esteja lendo o livro …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que a história de Ester vai te levar a refletir sobre esta pergunta:
Nancy DeMoss Wolgemuth: Você se molda ao ambiente ao seu redor, à cultura que te cerca? Você adota a maneira grosseira de falar, os comportamentos sensuais das mulheres do mundo, ou mantém o discernimento e diz: "Sou diferente"?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Você já sentiu a pressão de se conformar às pessoas ao seu redor? Acha que essa pressão aumentaria ou diminuiria se, de repente, você se tornasse uma rainha? Bem, aqui está Nancy para te ajudar a refletir sobre isso na série Ester: Uma mulher de Deus no tempo De Deus.
Nancy: Espero que você esteja lendo o livro de Ester — não apenas uma vez, mas várias vezes — enquanto avançamos neste estudo. Creio que foi John MacArthur quem sugeriu que uma ótima maneira de estudar a Bíblia é escolher um livro (especialmente um mais curto) e lê-lo todos os dias durante trinta dias, permitindo que ele se enraíze profundamente em seu coração.
Eu não li o livro de Ester inteiro todos os dias nos últimos trinta dias, mas estou completamente imersa nele. Espero que você também esteja, ouvindo este podcast e passando tempo na Palavra, lendo repetidamente até que ela fale profundamente ao seu coração.
Hoje, continuamos em Ester, capítulo 2, versículo 12. Ester foi levada para o harém do rei, dentro do palácio — e apesar de ser um palácio, não era um lugar desejável, mas podemos ver que Deus estava com ela, que em Sua providência, Ele estava agindo, conduzindo os eventos nos bastidores, mesmo quando ela não percebia.
Ester e as outras jovens estavam passando por um processo, um regime de preparação antes de serem levadas ao rei. Vamos ler a partir do versículo 12:
Depois de doze meses de tratamento seguindo as prescrições para as mulheres, que eram embelezadas seis meses com óleo de mirra e seis meses com óleos aromáticos, essências e perfumes em uso entre as mulheres, chegava a vez de cada moça ser levada ao rei Assuero. Então a moça ia ao encontro do rei e podia levar consigo tudo o que quisesse do harém para o palácio. (vv. 12–13)
Após doze meses de preparação, ela saía do harém para passar uma noite com o rei.
À tarde, ela entrava no palácio e, pela manhã, voltava para o segundo harém, sob os cuidados de Saasgaz, eunuco do rei, guarda das concubinas. A moça não voltava mais ao rei, a menos que o rei a desejasse, e ela fosse chamada pelo nome. (v. 14)
Essa é uma passagem que muitas vezes romantizamos ou fantasiamos como se fosse um grande concurso de beleza. Já ouvi até piadas e histórias engraçadas sobre todas essas mulheres no harém. Mas quero dizer uma coisa: não há nada de engraçado, nada de divertido, nada de romântico nessa cena.
Na verdade, o que vemos aqui — e a Bíblia descreve de forma cuidadosa — é um tratamento extremamente degradante para as mulheres. Isso mostra a desumanização das mulheres que é característica das culturas pagãs, onde a luz do Evangelho nunca brilhou.
Ao ler essa passagem, me vem à mente o que se dizia sobre a mansão da Playboy de Hugh Hefner, com seus jardins e o concurso da Playmate do Ano. Não é uma imagem bonita. É algo desumanizante.
O historiador antigo Josefo estima que mais de quatrocentas jovens foram levadas para esse processo. Isso foi uma atrocidade terrível.
Depois de passarem uma única noite com o rei, essas mulheres se tornavam concubinas dele. Elas pertenciam a ele. Nunca poderiam se casar. Passariam o resto de suas vidas presas no harém.
Isso contrasta fortemente com o que lemos no capítulo 2 sobre o cuidado de Mordecai com Ester. Ele foi puro em seu trato com ela. A acolheu quando ficou órfã. A adotou como filha. Foi terno, atencioso, cuidadoso. Esse é o modelo bíblico para os homens no cuidado com as mulheres.
Muitas vezes ouvimos não cristãos dizendo que o cristianismo oprime as mulheres, que as coloca em uma posição inferior. Mas quero te dizer que não há nada mais repulsivo e desumanizante para as mulheres do que a forma como o mundo as enxerga sem Deus.
Existe uma diferença profunda entre a visão cristã da mulher e a visão pagã da mulher, entre o tratamento cristão da mulher e o tratamento pagão.
No tratamento pagão das mulheres, elas são vistas da mesma forma que nesta passagem: como objetos sexuais, como brinquedos para o prazer pessoal, usadas e depois descartadas. E mesmo com a revolução sexual é assim que as mulheres ainda são vistas e tratadas. Não trouxe libertação para as mulheres, pelo contrário, tornou-as prisioneiras.
Isso é algo que deveria partir e entristecer nossos corações. Infelizmente, algumas pessoas que se dizem cristãs podem agir de forma que rebaixam as mulheres, porém, a visão cristã sobre as mulheres, a visão bíblica — e não deixe ninguém te convencer do contrário disso, a visão bíblica, é que o homem deve ser fiel a uma única mulher, que ele deve amá-la, valorizá-la, cuidar dela como cuida do próprio corpo.
Onde quer que a luz do Evangelho tenha chegado no mundo, o valor, o papel e o tratamento das mulheres foram elevados.
Aqui, vemos essa forma pagã e secular de tratar as mulheres:
Quando chegou a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai (ou seja, Ester e Mordecai eram primos), que a tinha adotado como filha, ela não pediu nada além do que Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres, lhe havia aconselhado. E Ester alcançou favor [aqui está aquela palavra novamente] de todos os que a contemplavam. (Ester 2.15)
Ester seguiu os requisitos impostos a ela para os tratamentos de beleza no harém do rei. Falamos sobre isso ontem, mas, diferentemente das outras mulheres, ela não tentou obter vantagens adicionais. Quando chegou sua vez de ir ao rei, não pediu nada além do que Hegai sugeriu: “O que você acha que preciso, é isso que levarei.”
Isso demonstra simplicidade, contentamento. Mais uma vez, ela se destaca entre as outras mulheres. Ela é diferente. Se pensarmos no que Ester viveu até este ponto, é fácil imaginar que ela poderia ter reagido de duas formas muito diferentes a essa reviravolta em sua vida.
Por um lado, um dia ela era uma órfã vivendo em uma terra estrangeira. No outro, ela se tornou uma possível rainha, no palácio do rei, cercada por sete servas pessoais e todos os luxos que uma mulher poderia desejar.
Essa mudança repentina poderia ter subido à sua cabeça e a transformado em uma jovem mimada, arrogante e egocêntrica. E não há nada pior do que uma bela mulher que se torna insuportável, não é?
Por outro lado, a perspectiva de ser levada aos aposentos do rei — provavelmente sem ter opção de recusar — poderia ter causado nela um terror profundo, um medo paralisante.
Mas o que vemos em Ester não é nenhuma dessas reações extremas. Claro, há muitas coisas que o texto não nos conta. Mas, ao longo da história, vemos que essa jovem responde a tudo com uma confiança silenciosa, com mansidão e submissão, equilibradas com coragem e fé. Ela fala quando é necessário falar.
Ester ilustra perfeitamente os princípios descritos em 1 Pedro 3.3 “Que a beleza de vocês não seja exterior, como tranças nos cabelos, jóias de ouro e vestidos finos.” Ester tinha tudo isso. A Bíblia diz que ela era fisicamente linda, que tinha uma bela forma e um rosto encantador.
Mas essa não era a fonte de sua verdadeira beleza.
Pedro continua dizendo: “mas que ela esteja no ser interior, uma beleza permanente de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que, no passado, costumavam se enfeitar as santas mulheres que esperavam em Deus.” (1 Pedro 3.4-5)
Ester escolheu ser esse tipo de mulher, mesmo em um ambiente hostil. Ela poderia ter pensado: "Estou presa a essas circunstâncias terríveis, então não há nada que eu possa fazer."
Porém, em vez disso, ela decidiu: "Com a graça de Deus, não vou permitir que essa situação me torne uma mulher amarga e corrompida. Pelo contrário, deixarei que Deus me torne uma mulher ainda mais bela, e usarei essa beleza para refletir Sua glória neste ambiente sombrio."
Pedro continua dizendo que essas mulheres santas eram submissas aos seus maridos, assim como Sara, que obedeceu a Abraão e o chamou de “senhor”. E ele acrescenta: “Foi o que fez Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-o de "senhor", da qual vocês se tornaram filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.” (1 Pedro 3.6)
Acredito que foi isso que Ester fez. Isso não significa que ela nunca sentiu medo. Como uma jovem, provavelmente adolescente, sendo levada para essa situação, é certo que teve momentos de medo.
Mais tarde, quando teve que se apresentar ao rei sem ser chamada, arriscando sua vida, é quase certo que seu coração acelerou de medo. Mas a diferença é que Ester não foi dominada pelo medo. Ela temia a Deus acima de tudo, e esse temor a protegeu do medo dos homens.
E assim vemos que Ester era uma mulher verdadeiramente bela — na essência mais pura e verdadeira da palavra.
Agora, pense na sua própria vida: no seu ambiente de trabalho, no seu casamento difícil, na sua escola ou universidade. Algumas de vocês são estudantes em faculdades seculares, e eu sei — e vocês sabem ainda melhor do que eu — que esses não são ambientes que incentivam uma vida piedosa.
Então, aqui está a pergunta: você se molda ao ambiente ao seu redor, à cultura que te cerca? Você adota a linguagem rude, os comportamentos sensuais e sedução das mulheres do mundo? Ou você mantém o discernimento e diz: "Sou diferente"?
Ester era uma judia. Ela não se encaixava no Império Persa. Mas ela manteve sua identidade. Ela preservou sua pureza e seu coração. Mesmo sendo forçada a entrar em uma situação terrível, ela foi guardada e favorecida por Deus.
Como você se comporta quando entra no seu ambiente de trabalho? Quando chega ao seu campus universitário? Você está se tornando parecida com as mulheres ao seu redor — com brincadeiras grosseiras, atitudes tolas, imprudentes e imorais? Ou você está guardando seu coração para Deus, desenvolvendo um coração piedoso e sendo um contraste para o mundo ao seu redor?
Assim, Ester foi levada ao rei Assuero, ao palácio real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado. O rei amou Ester mais do que todas as mulheres, e ela alcançou diante dele favor e aprovação mais do que todas as virgens. E o rei pôs a coroa real na cabeça dela e a fez rainha em lugar de Vasti. (Ester 2.16–17)
Havia algo em Ester que a fazia se destacar. Ao ler este livro, me pego perguntando: O que era? O que fazia dela diferente? Este rei, que poderia ter qualquer mulher do Império Persa, já havia compartilhado sua cama com as mulheres mais belas da terra. Então, por que Ester não foi apenas mais uma?
A resposta final está na providência de Deus. Foi Deus quem a favoreceu. Porque o coração do rei está nas mãos do Senhor.
- Deus tinha um plano para o Seu povo.
- Deus tinha um plano para o mundo.
- Deus tinha um plano para nós, para nos dar um Salvador.
O que Ele fez por Ester naquele palácio fazia parte desse plano. O que acontece na sua vida não está desconectado do grande, eterno e redentor plano de Deus.
As coisas que você está vivendo hoje podem ter consequências e impactos que durarão séculos, se o Senhor permitir.
Você não sabe que tipo de obra Deus está pintando, que tipo de tapeçaria Ele está tecendo e como sua vida pode fazer parte disso.
Então o rei deu um grande banquete a todos os seus oficiais e servidores; era o banquete de Ester. Concedeu alívio às províncias e distribuiu presentes segundo a sua generosidade real. (Ester 2.18)
A vida de Ester já estava trazendo bênçãos para o reino de maneiras que ela nunca poderia ter previsto ou imaginado. Aqui, mais uma vez, vemos a providência de Deus. Esse é um tema que veremos repetidamente ao longo deste livro.
Perceba que Deus não colocou Ester no palácio como um "plano B". Ele não estava reagindo à conspiração maligna de Hamã. Ainda não chegamos a essa parte da história, mas muitas de vocês já conhecem. Deus é o Deus que vê tudo antecipadamente e provê uma saída.
Ele vai à frente e planeja um caminho. Por isso, Ele colocou Ester no palácio antes mesmo de Hamã se levantar ao poder.
Você pode não entender o que Deus está fazendo. Mas Deus sabe. Por isso, busque enxergar evidências da providência de Deus ao seu redor. E quando você não conseguir vê-las — o que acontece na maior parte do tempo — confie que Ele está agindo. Ele está planejando. Ele está preparando. Ele está organizando tudo. Ele está tecendo esse grande plano. E você tem o privilégio de fazer parte dele.
Raquel: Talvez você tenha ouvido a história de Ester desde que era uma garotinha, mas nunca com a riqueza de detalhes que Nancy DeMoss Wolgemuth tem apresentado. As histórias que ouvimos na igreja quando crianças são muito mais relevantes para a nossa vida hoje do que imaginamos. Nancy já volta com mais ensinamentos sobre Ester.
O programa de hoje faz parte da série Ester: Uma mulher de Deus no tempo de Deus. Se você perdeu os primeiros episódios desta série, pode ouvi-los em avivanossoscoracoes.com.
Nossa equipe se sentiu tão inspirada pelos ensinamentos de Nancy que escreveu um estudo bíblico para ajudá-la a se relacionar com a história de Ester de uma maneira nova. Ele faz parte da nossa série de estudos sobre as Mulheres da Bíblia.
Clique no link aqui na transcrição ou visite o nosso site para informações de como adquirir o estudo “Ester - Confiando no plano de Deus”.
Temos um grupo de mulheres acompanhando esta série sobre Ester aqui no nosso estúdio, e uma delas tem uma pergunta sobre um dos temas que estudamos — confiar na providência de Deus.
Sabrina: Você diria que o medo é o oposto da providência? Porque, se realmente confiamos em Deus e cremos na Sua providência, o oposto disso não seria o medo?
Nancy: Se não houvesse providência, então teríamos todas as razões para viver aterrorizadas. Pois, sem a providência de Deus, este mundo seria um caos aleatório, sem controle, e deveríamos estar apavoradas.
Mas se há um Deus que criou todas as coisas — um Deus sábio, soberano, amoroso e bom, capaz de controlar cada detalhe, cada átomo, cada evento da criação — então por que deveríamos temer?
Eu acredito que quando sentimos medo, isso é uma evidência de que não estamos confiando na soberania de Deus. Ou não sabemos disso, ou não acreditamos, ou nos esquecemos. Mas o medo não pode coexistir com a fé.
A fé erradica o medo, e ela não se baseia em um sentimento passageiro, mas na realidade de quem Deus é, em Suas promessas, em Seu caráter e em Sua soberania.
Isso significa que, ao confiarmos na soberania e na providência de Deus, podemos simplesmente entrar na presença do rei com ousadia, sem nenhuma apreensão? Acho que Ester provavelmente teve apreensão — mas apenas até certo ponto, porque ela não sabia exatamente o que Deus faria.
Se soubéssemos o que Deus sabe, não teríamos medo. Quanto mais conhecemos a Deus e o que Ele está fazendo, menos medo teremos. Por outro lado, quanto menos O conhecemos, mais medo sentimos e mais vacilamos.
Crescimento também faz parte desse processo. Isso me lembra uma pergunta que alguém me fez antes: Se sua vida está firmada em Deus, isso significa que você será emocionalmente estável, livre do medo e das oscilações?
Minha resposta foi: É uma questão de crescimento. Hoje, depois de passar semanas estudando o livro de Ester, minha confiança em Deus é maior do que antes.
Como resultado, percebo que estou reagindo às circunstâncias da vida com mais estabilidade e segurança em Deus, sem tanto desespero e ansiedade.
Então, quanto mais crescemos, quanto mais conhecemos a Deus, mais firmes e seguras nos tornamos — e menos medo sentimos.
É um processo. Aquela pessoa que acabou de conhecer a Deus, que ainda não tem um histórico com Ele, que ainda não viu Sua providência sendo demonstrada repetidas vezes, pode ter muitos medos, mesmo sendo uma cristã fiel. Mas quanto mais você cresce, mais você conhece, mais você confia.
Como lemos no Salmo 9.10: “Em ti, pois, confiam
os que conhecem o teu nome, porque tu, Senhor,
não desamparas os que te buscam.”
Holly Elliff: Acho que há um aspecto disso que se conecta ao que Paulo disse: "Quanto mais fraco sou, mais forte me torno." Há um momento em que aprendemos a descansar no fato de que não podemos controlar ou mudar as circunstâncias.
Quando nos entregamos ao controle de Deus, Ele nos fortalece para viver Sua vida através de nós. E enfrentamos as mesmas circunstâncias com a mesma força humana de antes, mas com muito menos medo — porque reconhecemos que não depende de nós.
Acredito que Ester teve que chegar ao ponto em que sabia completamente que estava nas mãos de Deus. Mas isso lhe deu liberdade para fazer o que precisava fazer, dependendo dele.
Nancy: Eu vivencio isso constantemente neste ministério. Quase sempre, antes de uma conferência ou uma gravação onde ensino a Palavra de Deus, enfrento uma grande tentação de sentir medo.
Eu não me consideraria uma pessoa naturalmente medrosa. Mas eu entendo que segurar a Palavra de Deus em minhas mãos é algo grandioso. Eu sei que vidas estão em jogo. É uma responsabilidade enorme.
Eu me sinto fraca, necessitada, inadequada para a tarefa que Deus me chamou para fazer. Se eu me baseasse apenas nos meus sentimentos e emoções, não subiria no palco, não pegaria o microfone. O medo me impediria.
Mas eu vou diante do Senhor e entrego a Ele o meu medo, minha fraqueza, minha insuficiência. Eu digo:
"Senhor, eu não posso fazer isso sem Ti. Mas eu sei que Tu és fiel." Eu fortaleço meu coração naquilo que sei ser verdade. Eu aconselho meu próprio coração com a verdade de Deus.
E quando me esqueço disso, tenho amigas que me lembram. Elas me perguntam: "Deus te chamou para fazer isso?"
"Sim."
"Deus te deu a Sua Palavra? Deus te deu o Seu Espírito? Ele te dará a Sua graça, a Sua força e o Seu poder?"
"Sim, sim, sim."
E assim eu sigo na minha fraqueza, e na força do Senhor.
Paulo disse: "Eu estive entre vocês em fraqueza, em temor e em grande tremor, ao proclamar Cristo."
Levar o Evangelho às pessoas é algo tremendo. Quem é suficiente para essa missão? Quem é suficiente para criar filhos? Quem é suficiente para qualquer coisa que Deus nos chamou para fazer? Nenhuma de nós.
Ser forte no Senhor não significa ser forte por si mesma. Significa ser naturalmente fraca, o que somos, quer percebamos ou não, mas ser forte na força dele, tomar a força dele.
À medida que vamos conhecendo a providência de Deus, o caráter de Deus, as promessas de Deus, à medida que temos um histórico com Deus. . . Ouvimos essa mulher dizendo: "Eu tenho quase oitenta anos e Deus tem sido tão fiel." Eu escuto isso e penso: Deus estará comigo da mesma forma que esteve com ela.
Nos encorajamos mutuamente na nossa fé. Você vê como Deus ajuda outra mãe a passar por sua situação difícil com os filhos adolescentes, e você diz: "Deus pode me ajudar também."
Lemos as Escrituras, vemos as vidas umas das outras, aconselhamos umas às outras de acordo com a verdade da Palavra de Deus. Estamos juntas, e dizemos às pessoas: "Eu estou fraca agora. Você pode me ajudar a levantar meus braços nessa batalha?" Fazemos isso juntas como uma comunidade de fé.
Não é que não tenhamos medo. O que acontece é que entramos nesses medos como Ester entrou no dela e dizemos: "Se eu perecer, que eu pereça." Houve momentos — e algumas de vocês já ouviram eu compartilhar isso antes — no início do ministério de rádio, quando eu realmente não sabia se ia conseguir. Por muitos meses, senti como se estivesse prestes a afundar em algo grande, talvez sem conseguir sair e sobreviver.
A forma como eu costumava aconselhar meu coração era dizer: "Sabe de uma coisa? Não importa se eu sair viva. Não importa se eu sobreviver a isso. O que importa é que eu estou fazendo o que Deus me chamou para fazer. Eu irei pela fé, pela graça de Deus e pela Sua força. Deus me dará coragem. Eu vou encorajar meu coração no Senhor — isso é ter coragem em Deus — e pela graça dele, eu farei isso."
Chegamos ao ponto de entregar nossa vida e dizer: "Não importa se eu sair machucada, ferida ou se o rei gritar comigo." Não estou dizendo que não importa, mas não é a coisa de maior significância.
O resultado é: Deus foi glorificado? Eu obedeci a Deus? Se Deus for glorificado pela minha fraqueza, então eu escolho a fraqueza e ainda assim vou com ousadia em nome do Senhor.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth voltará já, para orar para que escolhamos fé ao invés de medo. Ao longo dos próximos programas, veremos como Deus escolheu Ester para uma tarefa especial em um momento especial, e ela resistiu ao medo o suficiente para obedecer.
Queremos encorajar as ouvintes a obedecer a Deus sem medo em nossa geração. E esse tipo de coragem só virá quando você firmar sua vida na Palavra de Deus. O tema para a próxima conferência Mulher Verdadeira é: A Palavra: Contemple Suas Maravilhas.
Venha contemplar a maravilha da Palavra de Deus conosco! O pastor Kevin DeYoung estará nos ensinando a partir da Palavra de Deus, junto com Nancy DeMoss Wolgemuth, Mary Kassian, eu estarei lá, e muitos outros.
O período de louvor será liderado por Shane and Shane. Espero que você já esteja fazendo planos para se juntar a nós em Indianápolis, de 2 a 4 de outubro. Juntas, vamos "contemplar as maravilhas da palavra de Deus!"
Para mais detalhes, acesse avivanossoscoracoes.com.
A história de Ester nos ensina como dizer "não" à preocupação. Descubra o motivo, amanhã no Aviva Nossos Corações.
Agora, vamos orar. Aqui está Nancy.
Nancy: Senhor, nós Te adoramos pela Tua providência. Te agradecemos por aquilo que não conseguimos entender. Confiamos que Tu estás trabalhando nas circunstâncias e estações de nossas vidas — mulheres mais jovens, mulheres mais velhas, em diferentes momentos e situações, mas Tu estás agindo para cumprir os Teus grandes propósitos.
Ajuda-nos a confiar em Ti, a nos submeter a Ti e a ser mulheres verdadeiramente piedosas onde quer que Tu nos coloques. Oro em nome de Jesus. Amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.