
Dia 3: Não se trata de um inocente concurso de beleza
Raquel: Amada, você já ouviu falar sobre a conferência True Woman de 2025? De 2 a 4 de outubro, mulheres do mundo todo vão se reunir — presencialmente em Indianápolis, nos Estados Unidos ou online — para celebrar juntas o tema deste ano: “A Palavra: Contemple suas maravilhas”.
E temos uma bênção especial para anunciar: haverá tradução simultânea em português para ambos os formatos! Assim, você poderá acompanhar cada mensagem em português, aproveitando, sem interrupções, esse tempo especial de aprendizado da Palavra de Deus.
Acesse o link que está na transcrição do episódio de hoje, disponível no nosso site avivanossoscoracoes.com para ficar por dentro de todos os detalhes. Você pode fazer seu cadastro para a participação online hoje mesmo — é gratuito!
Convide suas amigas, compartilhe com sua igreja e venha contemplar conosco as maravilhas da Palavra!
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth ouve muitas perguntas …
Raquel: Amada, você já ouviu falar sobre a conferência True Woman de 2025? De 2 a 4 de outubro, mulheres do mundo todo vão se reunir — presencialmente em Indianápolis, nos Estados Unidos ou online — para celebrar juntas o tema deste ano: “A Palavra: Contemple suas maravilhas”.
E temos uma bênção especial para anunciar: haverá tradução simultânea em português para ambos os formatos! Assim, você poderá acompanhar cada mensagem em português, aproveitando, sem interrupções, esse tempo especial de aprendizado da Palavra de Deus.
Acesse o link que está na transcrição do episódio de hoje, disponível no nosso site avivanossoscoracoes.com para ficar por dentro de todos os detalhes. Você pode fazer seu cadastro para a participação online hoje mesmo — é gratuito!
Convide suas amigas, compartilhe com sua igreja e venha contemplar conosco as maravilhas da Palavra!
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth ouve muitas perguntas de muitas mulheres.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Por que Deus me colocou neste casamento? Por que Deus me colocou neste ambiente de trabalho? Por que Deus me colocou nesta comunidade? Por que Deus me colocou neste país, neste lugar, nesta circunstância? Nós não sabemos, mas confiamos na providência de Deus, sabendo que Ele tem um propósito para onde estamos.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Deixe Deus escrever sua história, na voz de Renata Santos.
Hoje, vamos ouvir sobre uma jovem que viveu em uma cultura que desvalorizava as mulheres.
Espero que você se sinta encorajada ao ver como Deus permaneceu com ela enquanto ela navegava por um mundo perigoso. Nancy continua a série Ester – Uma mulher de Deus no tempo de Deus.
Nancy: Passamos os últimos dois dias estudando Ester, capítulo 1, que acontece no terceiro ano do reinado do rei Assuero. Nesse capítulo, vemos que a rainha Vasti se recusa a atender à ordem do rei para comparecer a um banquete imoral e regado a bebida, e ele a depõe. Ela perde o trono.
Todo esse primeiro capítulo acontece enquanto Assuero se prepara para lançar uma guerra ofensiva contra os gregos. O rei não substitui Vasti imediatamente. Em vez disso, ele parte para invadir a Grécia. Assim, quando chegamos ao capítulo 2 e lemos "Depois disto" (versículo 1), já se passaram quatro anos.
O que aconteceu nesse intervalo entre os capítulos 1 e 2 foi que o rei sofreu uma derrota humilhante para os gregos. Agora, lembre-se de que falamos que Assuero era um homem arrogante e irado. Ele não gostava de ser contrariado.
Ele sofreu essa derrota humilhante, e é nesse contexto que chegamos ao capítulo 2, versículo 1:
Depois disto, quando a raiva do rei Assuero já havia passado, ele se lembrou de Vasti e do que ela havia feito, e do que havia sido decretado contra ela.
O texto não diz isso explicitamente, mas podemos imaginar que ele esteve ausente durante a guerra e agora sentia falta de Vasti, queria tê-la de volta. Não sabemos ao certo, mas é possível. Porém, o fato é que ele a depôs por meio de uma lei dos medos e persas, que não podia ser revogada, portanto ele não podia tê-la de volta. Versículo 2:
Então os servos do rei, que o serviam, lhe disseram:
— Que se procurem moças virgens de boa aparência para o rei. Que o rei nomeie comissários em todas as províncias do seu reino, que reúnam todas as moças virgens e de boa aparência no harém da cidadela de Susã, sob os cuidados de Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres. E que se dê a elas os produtos de beleza que desejarem. A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti.
O rei concordou com isto, e assim se fez. (vv. 1–4)
Preciso dizer algo. Você já viu várias representações da história de Ester. Talvez você conheça essa história desde menina. Talvez já tenha até se vestido como Ester para alguma festa à fantasia ou evento especial.
Mas precisamos reconhecer que esse não era um concurso inofensivo de "Miss Pérsia." Essas moças eram forçadas a entrar no harém do rei. Segundo um historiador da época, havia mais de quatrocentas delas. Muitas e muitas jovens bonitas do reino. Elas eram escolhidas pela aparência física e, francamente, provavelmente pelo seu apelo sexual.
Era um processo terrível e degradante. Essas jovens eram usadas para satisfazer os desejos de um rei arrogante, beberrão e irado.
Depois de terem estado com o rei, se ele não as escolhesse como rainha, elas nunca mais poderiam se casar. Elas se tornariam concubinas e passariam o resto da vida presas no harém, destinadas a viver em solidão.
Não era uma vida feliz, uma escolha feliz ou um desfecho feliz para a vida daquelas moças. Hoje, com nossa visão moderna sobre concursos de beleza, tendemos a ler essa passagem com outra perspectiva. Mas, se pensarmos no contexto da época, veremos que não havia nada de bonito ou positivo nessa situação.
A partir do versículo 5 do capítulo 2, o tom da narrativa muda completamente. Até aqui, tudo era muito secular, mundano e arrogante. Mas agora, entram em cena dois personagens do povo escolhido de Deus. Tudo sobre eles — sua origem, sua vida, seu caráter, suas reações — contrasta fortemente com a arrogância, a sede de poder, o espírito controlador e o desprezo pelas pessoas que vimos em Assuero.
Lemos no versículo 5:
Ora, na cidadela de Susã havia um judeu da tribo de Benjamim chamado Mordecai, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis. Ele tinha sido levado de Jerusalém com os exilados que foram deportados com Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia levado para o exílio. (vv. 5–6)
Vamos refletir sobre isso por um momento. Aqui está Mordecai, identificado como um judeu em Susã. Há algo de errado nessa cena. Ele está em uma terra estrangeira. Os judeus pertenciam à Palestina. Mas Mordecai, um judeu, estava em uma terra pagã. Ele não se encaixava ali, e ainda assim, Deus iria usá-lo e dar um propósito à sua vida.
Queridas, nós não pertencemos a este mundo. Fomos criadas para um lugar diferente — o céu. Não nos encaixamos aqui nesta terra, mas Deus quer nos usar para sermos bênçãos, cumprirmos Seus propósitos e ajudarmos a estabelecer Seu Reino neste mundo.
Vemos que Mordecai era da tribo de Benjamim. Quem mais você conhece que era da tribo de Benjamim? O primeiro rei de Israel, o rei Saul.
O bisavô de Mordecai havia sido deportado de Judá pelo rei da Babilônia, Nabucodonosor, e Mordecai já era da terceira ou quarta geração que havia crescido na terra que agora era a Pérsia. Ele vivia na capital, Susã. Deus o colocou ali de maneira providencial, por razões que ele não tinha como entender naquele momento.
Ele não podia ver, não sabia por que Deus o havia colocado ali — um judeu, um estrangeiro, no meio do Império Persa. Ele não se encaixava. Os judeus não pertenciam à Pérsia. Não era o lugar deles, mas Deus, em Sua providência, o colocou lá e tinha um propósito para sua vida.
E posso dizer algo? Talvez vocês não vejam, talvez vocês não saibam — e às vezes, não temos como saber — todos os propósitos e intenções de Deus para nossas vidas aqui nesta terra.
“Por que Deus me colocou neste casamento? Por que Deus me colocou neste trabalho? Por que Deus me colocou nesta comunidade? Por que Deus me colocou neste país? Neste lugar? Nesta circunstância?”
Nós não sabemos, mas confiamos na providência de Deus, sabendo que Ele tem um propósito para nos colocar onde estamos.
O versículo 7 nos diz:
Mordecai havia criado Hadassa, que é Ester [Ester era seu nome persa], filha de seu tio, que era órfã de pai e mãe. A jovem era bonita e formosa. Depois que o pai e a mãe dela morreram, Mordecai a adotou como filha.
Aqui vemos Mordecai cuidando de sua prima órfã. Ele a adotou. Ele a protege. Ele cuida dela, e veremos isso mais adiante no capítulo. Ele assume a responsabilidade de um pai para com uma filha: vigiar e proteger. Ester era sua filha adotiva.
Ester era judia, e como veremos, os judeus eram um grupo desprezado no reino. O texto diz que ela era uma jovem. Ontem eu pesquisei essa palavra no idioma original, e ela significa "donzela", referindo-se a uma menina desde a infância até a adolescência. Ester era jovem, provavelmente uma adolescente.
Fico tão feliz por termos jovens adolescentes aqui hoje! Quero dizer a vocês, moças: "Deus tem um propósito para a sua vida." Talvez você tenha 14, 15, 16, 17 anos. Você não sabe por que Deus a colocou onde está, mas Ele tem um propósito.
Assim como Ester, Deus quer usar a sua vida, não importa a sua idade — seja jovem ou mais velha — Deus tem um propósito para você.
Fico muito feliz em saber que algumas jovens estão ouvindo o Aviva Nossos Corações todos os dias — talvez como parte dos seus estudos em casa, ou porque decidiram ouvir sozinhas.
E gostaria de desafiar vocês, jovens, a orarem assim: "Senhor, eu não sei qual é o Teu propósito para a minha vida. Eu não sei por que o Senhor me criou. Eu não sei por que me colocaste nesta família, neste tempo, mas sei que o Senhor tem um propósito. Eu quero me render ao Senhor para cumprir esse propósito."
Vemos que Ester era jovem e fisicamente bonita. Esse é um detalhe pequeno, mas que se torna importante — é assim que ela acaba no palácio. E de onde veio essa beleza? Deus a deu a ela, era parte da providência de Deus em sua vida.
Ela era órfã. Seus pais haviam morrido. Ela não tinha família além de Mordecai. Se pensarmos em todos os desafios em sua história, poderíamos concluir que ela não tinha muita esperança para o futuro.
É possível que Ester tivesse problemas com sua própria identidade, fosse insegura talvez — apesar de sua beleza física. E até mesmo sua beleza poderia ter causado um problema de identidade: "Eles só me querem por causa da minha aparência."
Ela era uma mulher que tinha muitos motivos para não ter um bom futuro, mas se tornou uma serva do Senhor, forte e eficaz.
Diante desse cenário da corte real e de todos os oficiais do império medo-persa, essa dupla — Mordecai e Ester — parecia completamente insignificante.
Nenhuma chance de influenciar um rei, muito menos um império inteiro. Quando lemos o capítulo 1, tudo parecia estar nas mãos de Assuero — todo o poder, toda a influência. Mas Deus estava trabalhando nos bastidores.
Ele estala os dedos e a rainha desaparece. Ele estala os dedos, e trazem-lhe bebidas. Ele estala os dedos, e toda a nação imediatamente se curva em obediência. Ele é quem tem o poder. O que Assuero não percebeu é que ele, assim como Mordecai e Ester, estavam todos nas mãos de um Deus que tem todo o poder.
Deus tem todo o poder. Longe de serem insignificantes, Mordecai e Ester acabam desempenhando um papel fundamental na libertação do povo de Deus e, consequentemente, na continuidade da nação através da qual o Messias nasceria.
A coragem simples deles, sua fé e sua devoção permitiram que fossem instrumentos nas mãos de um Deus soberano, que está sempre agindo para cumprir Seus propósitos no mundo.
Versículo 8:
Quando a ordem e o decreto do rei foram divulgados, muitas moças foram levadas para a cidadela de Susã, sob os cuidados de Hegai. Levaram também Ester ao palácio real e a entregaram aos cuidados de Hegai, guarda das mulheres.
O rei deu uma ordem: tragam essas mulheres. Esse é um dos cinco decretos reais mencionados no livro de Ester.
Não sabemos se Ester foi levada voluntariamente ou contra sua vontade. Já tentei descobrir. Li este texto repetidas vezes, incontáveis vezes. Já consultei inúmeros comentários bíblicos — talvez não tantos assim, mas com certeza muitos.
Simplesmente não sabemos, mas, com base no que sabemos sobre Assuero e no que o próprio texto nos diz — que Ester foi levada e que o rei emitiu esse decreto —, eu tenderia a pensar que ela foi forçada a ir contra sua vontade. Isso faz mais sentido dentro do contexto. Sabemos que o rei tinha autoridade absoluta e que recusar ou resistir poderia significar morte imediata.
Independentemente disso, seja por vontade própria ou porque foi obrigada, sabemos de uma coisa: Deus, em Sua providência, trouxe o bem a partir do mal.
Lembre-se de que Ester não conhecia o fim da história. Nós sabemos como tudo termina, mas ela não sabia. Tente se colocar no lugar dela e ouvir o que o versículo 8 nos diz:
Quando a ordem e o decreto do rei foram divulgados [ou seja, que todas as jovens mais bonitas do reino fossem reunidas em uma espécie de competição para se tornarem a próxima rainha], muitas moças foram levadas para a cidadela de Susã, sob os cuidados de Hegai. Levaram também Ester ao palácio real e a entregaram aos cuidados de Hegai, guarda das mulheres.
A moça [Ester] lhe pareceu formosa e alcançou favor diante dele [E note essa palavra "favor", pois ela aparece repetidamente ao longo do livro de Ester]. Por isso Hegai [Ou seja, Hegai, o chefe do harém] se apressou em dar-lhe os produtos de beleza e a alimentação especial. Também lhe deu sete moças escolhidas do palácio real e a transferiu com essas moças para os melhores aposentos do harém. (vv. 8–9)
Então aqui está essa jovem adolescente, cuja vida inteira muda de forma radical e inesperada. Toda a trajetória dela é alterada de uma só vez.
Já não bastava ela ter perdido os pais. Não sabemos exatamente como isso aconteceu, mas sabemos que, ainda pequena, Ester ficou órfã. Poderíamos pensar: "O que mais poderia acontecer com essa menina?" E o que acontece? Assim que chega ao palácio, ela começa a conquistar o favor de todos ao seu redor.
No versículo 9, lemos que ela logo alcançou graça aos olhos de Hegai, o chefe do harém. No versículo 15, vemos que ela alcançou graça de todos que a viam. No versículo 17, quando foi apresentada ao rei, ele também se agradou dela. Três vezes, neste capítulo, vemos Ester conquistando o favor das pessoas ao seu redor.
Mas como? O que fazia essa mulher se destacar? Sabemos que, a princípio, ela foi escolhida por sua beleza impressionante. As Escrituras nos dizem isso. Mas deveria haver algo a mais. As outras mulheres também eram lindas. Como poderia ela ser tão mais bela do que todas as outras jovens escolhidas entre as mais bonitas do reino? Deve ter sido mais do que apenas aparência física.
Não acredito que fosse apenas porque ela ser a mais sedutora do que as outras. Certamente, muitas dessas mulheres foram selecionadas por sua sensualidade e por sua capacidade de atrair os homens. Mas não creio que isso tenha sido o que fez com que Ester conquistasse tanto favor.
Acredito que houve dois motivos principais. Primeiro, a mão de Deus estava sobre a vida dela. Deus é quem concede favor.
Lembro-me do livro de Daniel, algumas décadas antes, quando ele foi levado cativo para esse mesmo palácio. Em Daniel 1, lemos: "E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos." (v. 9) De onde vem o favor? De Deus.
Deus é o Rei. Ele governa e domina sobre todos os reis do universo. Deus concedeu favor a Daniel, e creio que foi Deus quem concedeu favor a Ester, porque Ele tinha um plano maior que Daniel, maior que o rei da Babilônia, maior que Ester, maior que o rei Assuero.
Deus tinha um plano para cumprir Seus propósitos redentivos no mundo. Daniel fez parte disso. Ester fez parte disso. Deus os colocou no palácio e lhes deu favor.
Ester encontrou favor porque a mão de Deus estava sobre ela. Mas também creio que houve outro motivo: ela tinha algo mais do que apenas beleza exterior. Ela tinha uma beleza interior. Era uma mulher de postura, de dignidade. Quando lemos essa história, vemos que Ester era uma jovem notável. Seu caráter era admirável. Seu caráter lhe concedeu favor. Acredito que ela tivesse um espírito cativante.
Provérbios 3 nos diz: “Não deixe que a bondade e a fidelidade abandonem você. Amarre-as ao pescoço;
escreva-as na tábua do seu coração e você encontrará favor e boa compreensão diante de Deus e das outras pessoas.” (vv. 3–4)
Mantenha o amor e a fidelidade. Tenha um coração cativante. Tenha um coração piedoso. Tenha um espírito temente a Deus.
Provérbios 13 diz: "O bom senso conquista favor" (v. 15). Ester provavelmente tinha bom discernimento. Ela mantinha a calma, e foi Deus quem lhe deu essa capacidade. Isso também foi a graça de Deus em sua vida.
Mas posso te garantir uma coisa: Ester não ganhou o favor de Hegai, do rei e de outros sendo uma mulher chorona, rabugenta, temperamental, controladora, egocêntrica e amargurada. Mulheres assim não conquistam favor.
Por meio do ministério Aviva Nossos Corações,
frequentemente ouço de mulheres que estão enfrentando circunstâncias difíceis, semelhantes às de Ester no harém desse rei pagão.
Muitas estão em casamentos desafiadores, ambientes de trabalho hostis ou situações escolares difíceis. Vivemos em um mundo caído e perverso, e muitas mulheres, pela maneira como reagem a essas situações, acabam perdendo a oportunidade de encontrar favor.
Acredito que uma mulher de Deus pode conquistar favor mesmo nas piores circunstâncias, se tiver um espírito amável, um coração piedoso e um caráter temente a Deus. Isso é o que lemos sobre Daniel, que viveu no mesmo palácio que Ester.
Daniel 6 diz: “Então o mesmo Daniel se destacou entre os demais presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente. O rei até pensava em colocá-lo sobre todo o reino.” (v. 3)
Você deseja crescer em favor diante de Deus e dos homens? Então desenvolva um espírito amável e excelente, como Daniel tinha. Ter um espírito excelente não significa que você nunca enfrentará dificuldades. Daniel foi levado cativo. Ester também, provavelmente.
Mas significa que Deus poderá usar sua vida para cumprir Seus propósitos, se você tiver esse espírito excelente.
Ester não absorveu o espírito das pessoas ao seu redor. Pelo contrário, conforme a história se desenrola, percebemos que ela se tornou ainda mais temente a Deus. Havia algo nela que se destacava, algo cativante e digno de admiração, muito além de sua beleza física. Deixe-me lembrá-las: Deus está sempre trabalhando em todos os lugares, até mesmo no harém de um rei pagão.
Difícil de entender, não é? Como Deus pode estar presente em lugares aparentemente abandonados por Ele? Leia livros como O Arquipélago Gulag, sobre prisioneiros de guerra. Li um livro sobre uma mulher que foi prisioneira de guerra em um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial. Esses lugares de tortura e sofrimento são palco de algumas das histórias mais incríveis sobre como Deus manifesta Sua presença ali.
Deixe-me afirmar, não existe um único lugar onde você viva, trabalhe, sirva ou precise atuar que seja tão escuro que Deus não possa estar lá. Deus está presente no seu local de trabalho, na sua família, na sua universidade. Ele é capaz de manifestar Sua presença onde quer que você esteja.
O versículo 10 nos diz:
Ester não havia declarado o seu povo nem a sua parentela, pois Mordecai lhe havia ordenado que não dissesse nada a respeito disso. Mordecai passeava todos os dias diante do pátio do harém, para saber como Ester estava passando e o que ia acontecer com ela. (vv. 10-11)
Isso parece ser apenas uma pequena nota dentro da história, mas é algo significativo.
Aqui vemos a relação entre Mordecai e sua filha adotiva, Ester. O papel de um pai é instruir, proteger, direcionar e supervisionar a vida de seus filhos. A preocupação de Mordecai com Ester não terminou quando ela saiu de sua casa. Ele permaneceu conectado a ela, na medida do possível. Ele ainda se sentia responsável por ela.
Ela era sua filha. Ele a criou como sua própria filha. Jovens mulheres, saibam que sua mãe sempre será sua mãe. Seus pais sempre se importarão com você. Eles não são perfeitos, vão cometer erros, mas eles se preocupam. É por isso que eles são incapazes de dormir até saberem que você está segura.
Eles querem saber onde você está e o que está fazendo. Eles se importam; devem se importar. Podem não demonstrar isso da maneira correta, mas é certo que um pai ou uma mãe se preocupem.
Foi correto da parte de Mordecai se preocupar. Posso imaginá-lo andando diante do pátio do harém, tentando encontrar qualquer notícia sobre Ester. Como ela está? Como ela está? Porque, claro, Ester estava isolada dentro do harém.
Ela não podia simplesmente sair e conversar com quem estava fora do pátio, mas Mordecai era diligente. Ele queria saber como ela estava, queria permanecer conectado a ela, e Ester, no seu coração, manteve-se conectada a ele.
Antes de partir, Mordecai lhe deu um conselho: "Não revele sua origem." Não sabemos exatamente o motivo, mas sabemos que havia sentimentos antissemitas no reino naquela época. Talvez tenha sido prudente seguir esse conselho.
Independentemente disso, Ester se submeteu à orientação de Mordecai. Mesmo depois de sair do cuidado direto dele, ela continuou a obedecer ao que lhe fora ensinado.
Jovens mulheres, quero dizer algo a vocês. Tenho experimentado grande proteção e bênção em minha vida ao continuar seguindo, mesmo como mulher adulta, os princípios que meus pais me ensinaram na juventude.
Algumas pessoas poderiam dizer: "Você é adulta, pode tomar suas próprias decisões." Mas existem princípios de sabedoria que transcendem a idade e que trazem segurança e bênção quando continuamos a segui-los.
Eu tomo minhas próprias decisões, e sabe o que eu decido na maioria das vezes? Seguir os conselhos que recebi dos meus pais quando era jovem. E quero te dizer que Deus tem abençoado minha vida repetidamente.
Porque, na maioria das vezes, o caminho que escolhi seguir, as orientações que decidi ouvir, prestar atenção e obedecer, foram coisas que aprendi com meus pais — coisas que, sinceramente, não faziam muito sentido para mim quando era menina. Eu pensava: "Por quê? Que diferença isso faz?"
Uma dessas coisas era manter meu quarto arrumado. Minha mãe e eu brigamos por isso durante anos. Lembro-me de pensar, já como jovem, "Que diferença faz como está o meu quarto!?" Eu admito que era uma bagunça total. Mas eu não conseguia entender por que isso importava tanto para ela.
E sabe de uma coisa? Agora eu entendo. Hoje eu consigo perceber como isso reflete o caráter, até mesmo em pequenas coisas. Claro, meus pais me ensinaram lições muito mais importantes do que essa. Mas encontrei bênção ao seguir seus conselhos.
Vemos Ester aqui como uma jovem submissa, atenta e sábia. Ela se lembra do que aprendeu e coloca em prática quando tem liberdade para fazer o que quiser.
Lembro-me de quando eu tinha dezessete anos e meus pais me deixaram atravessar o país, de Filadélfia para o sul da Califórnia, para fazer os dois últimos anos da faculdade na Universidade do Sul da Califórnia. Hoje, não consigo imaginar como tiveram coragem de me deixar fazer essa mudança, mas quero te dizer que Deus me protegeu.
E algo mais que me protegeu foi a escolha que fiz, aos dezessete anos, de seguir os ensinamentos que meus pais me deram. Eu podia fazer o que quisesse, ir aonde quisesse — não havia ninguém para me supervisionar — mas Deus me ajudou a tomar as decisões certas, baseadas nos princípios que recebi em casa.
Eu não sei quantas vezes Deus me protegeu de perigos, armadilhas ou influências destrutivas simplesmente porque escolhi dar ouvidos aos conselhos deles. Ester também era sábia e discreta.
Quando entrou no palácio do rei, não revelou sua identidade nem sua origem. E acredito que Deus a abençoou e ela alcançou graça perante os olhos de todos, em parte, porque ela escolheu permanecer sob a orientação e a sabedoria que recebeu ao crescer sob os cuidados de Mordecai.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem dado vida à história de Ester, nos lembrando de toda a tensão e o drama dessa narrativa. Ela já volta para orar.
Concluímos hoje o terceiro episódio da série Ester – Uma mulher de Deus no tempo de Deus.
Essa série vai além da ideia simples de uma jovem que se tornou rainha. Ela nos coloca no lugar de uma adolescente enfrentando um mundo injusto e assustador. Mais importante ainda, nos ajuda a enxergar a mão de Deus guiando Ester em cada desafio.
Você ficou interessada na história de Ester? Gostaria de se aprofundar ainda mais? Neste mês, estamos promovendo nosso estudo bíblico Ester: Confiando no plano de Deus.
Esse recurso disponibiliza um conteúdo diário de estudo, versículos para memorizar e perguntas para discussão. É uma ferramenta excelente tanto para estudo individual quanto em grupo. Visite o nosso site e saiba como pode encomendar a sua cópia ou clique no link aqui na transcrição deste episódio.
Esperamos que você continue explorando a extraordinária vida de Ester neste mês.
Nos últimos programas, vimos a atitude machista do rei Assuero. Amanhã, vamos contrastá-la com a visão de Deus sobre a beleza e o valor da mulher. Agora, vamos orar.
Nancy: Senhor, obrigada porque Tu dás graça e favor, e estás trabalhando mesmo nas circunstâncias mais improváveis ou difíceis. Tu estás agindo, cumprindo Teus propósitos.
Senhor, Te agradeço pela influência piedosa e pelas pessoas que colocaste em nossas vidas para nos instruir. Oro para que nos ensines a viver segundo essa sabedoria. Peço também pelas mulheres que nunca tiveram pais tementes a Ti ou uma boa influência espiritual. Que elas possam encontrar isso em Tua Palavra e viver em obediência aos conselhos que vêm de Ti.
Obrigada, Senhor, por Tua providência, por vermos isso na história de Ester e aprendermos a enxergá-la em nossas próprias vidas. Agradecemos no nome de Jesus. Amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.