
Dia 14: Tempo de celebrar
Raquel: No livro de Ester, Mordecai e os outros judeus tiveram motivos para chorar, mas depois tiveram motivos para celebrar. Nancy DeMoss Wolgemuth nos mostra que também temos motivos para celebrar.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não é estranho que alguns cristãos vivam a vida toda cabisbaixos diante das circunstâncias? Dá vontade de perguntar: “Ei, o que você está fazendo? Cadê o júbilo? Cadê a alegria?” Cristo é o nosso Mordecai. Ele é o nosso Libertador!
Raquel: Que notícia boa estamos ouvindo aqui no Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Deixe Deus escrever sua história, na voz de Renata Santos.
O livro de Eclesiastes nos diz que há tempo de chorar e tempo de rir. Você tem esse equilíbrio na sua vida? Choramos pelos perdidos e pelos nossos próprios pecados. Ao mesmo tempo, precisamos celebrar com alegria o perdão e a bondade de Deus. Hoje, …
Raquel: No livro de Ester, Mordecai e os outros judeus tiveram motivos para chorar, mas depois tiveram motivos para celebrar. Nancy DeMoss Wolgemuth nos mostra que também temos motivos para celebrar.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não é estranho que alguns cristãos vivam a vida toda cabisbaixos diante das circunstâncias? Dá vontade de perguntar: “Ei, o que você está fazendo? Cadê o júbilo? Cadê a alegria?” Cristo é o nosso Mordecai. Ele é o nosso Libertador!
Raquel: Que notícia boa estamos ouvindo aqui no Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Deixe Deus escrever sua história, na voz de Renata Santos.
O livro de Eclesiastes nos diz que há tempo de chorar e tempo de rir. Você tem esse equilíbrio na sua vida? Choramos pelos perdidos e pelos nossos próprios pecados. Ao mesmo tempo, precisamos celebrar com alegria o perdão e a bondade de Deus. Hoje, Nancy nos convida a celebrar enquanto ela continua esta série chamada “Ester: Uma mulher de Deus no tempo de Deus”.
Nancy: Se você já leu sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, sabe que a notícia se espalhou rápido. No dia 7 de maio de 1945, a Alemanha se rendeu oficialmente aos Aliados e o dia seguinte, o dia 8 de maio, foi declarado o “Dia da Vitória” ou como dizemos em inglês: “V-Day”.
Esse anúncio desencadeou celebrações por todo o mundo com cantoria, dança e festas nas ruas. Por volta de quinhentas mil pessoas lotaram as ruas de Nova York. Talvez você tenha visto as fotos da Times Square — foi um grande transbordar de emoção.
Era o “Dia da Vitória”. A guerra ainda não havia terminado no Pacífico. O Japão ainda levaria mais três meses para se render. Mas as pessoas sabiam que a vitória estava próxima. A notícia se espalhou rapidamente e as celebrações começaram.
Na Europa, quando o primeiro-ministro Winston Churchill anunciou o fim da guerra na Inglaterra, pela primeira vez desde o começo do conflito, os sinos das igrejas tocaram por todo o país. Havia celebração por toda parte.
Bem, foi mais ou menos essa imagem que me veio à mente enquanto eu lia Ester, capítulo 8. Vemos o que acontece agora que Hamã foi enforcado. O homem errado está fora do palácio e Mordecai está no palácio.
O antigo documento que decretava a aniquilação dos judeus não pôde ser revogado, mas o rei deu permissão a Mordecai para emitir um novo decreto estabelecendo que os judeus poderiam se reunir e se defender no dia que deveria ser o dia da destruição deles. Agora, podiam se defender.
Mesmo que a batalha ainda não tenha acontecido, as pessoas estão animadas. Elas estão empolgadas porque sabem que a vitória está próxima. Elas sabem que existe esperança.
Lemos em Ester capítulo 8, versículo 15:
Então Mordecai saiu da presença do rei [depois de ter acabado de receber permissão para emitir um novo decreto] com trajes reais em azul-celeste e branco, com uma grande coroa de ouro e um manto de linho fino e púrpura. (v. 15)
A propósito, esse é um grande contraste com a forma como vimos Mordecai vestido no início do capítulo 4, quando ele estava vestido com pano de saco e cinzas; ele nem podia entrar no portão do palácio do rei. Agora, ele está usando vestes reais.
Hamã havia conspirado e tramado para conseguir esses benefícios. Lembre, ele tentou conseguir essas coisas quando achou que seria honrado. “Quanto ao homem a quem o rei gostaria de honrar, que sejam trazidos os trajes reais” (Et 6.7,8). Ele nunca conseguiu o que queria, mas Mordecai, que nunca buscou essas coisas, as recebeu como um presente inesperado. Novamente, isso nos lembra que Deus derruba os orgulhosos e exalta os humildes.
Enquanto Mordecai saía da presença do rei (continuando no versículo 15), “a cidade de Susã exultou e se alegrou”.
Vimos a cidade de Susã antes em um estado de confusão, pânico e alvoroço. Mas agora a cidade está bradando e se alegrando. Essa é a capital do império persa, onde talvez morassem até meio milhão de judeus.
Para os judeus houve felicidade, alegria, júbilo e honra. Também em cada província e em cada cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e júbilo, banquetes e festas. (vv. 16–17)
Dia da Vitória! Veja só, a guerra não acabou. Eles ainda nem batalharam contra os seus opressores. Mas agora que esse novo decreto foi emitido, eles sabem que há esperança. E dessa esperança surge a alegria, o prazer e a celebração. Uma celebração exuberante explodiu por todo o vasto império.
Até esse ponto, havia muito pouco motivo para celebrar. Mas agora há um grande motivo para se alegrar, regozijar e celebrar.
O capítulo 8, você se lembra, começou com Ester chorando, indo até o rei, suplicando em nome do seu povo. “Como posso suportar ver a vida do meu povo sendo tirada? Como posso suportar vê-los sendo destruídos?” Ela estava chorando diante do rei.
Mas como já vimos, o jogo virou. Agora, os judeus estão se alegrando e celebrando.
Um Salmo vem à mente enquanto leio essa passagem. Deixe-me ler para você um trecho do Salmo 30.
Eu te exaltarei, Senhor, porque tu me livraste e não permitiste que os meus inimigos se alegrassem contra mim. Senhor, meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me curaste. Senhor, da sepultura fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse ao abismo. (vv. 1-3)
De certa forma, foi como se eles tivessem sido ressuscitados para uma nova vida. Até Deus intervir com essa esperança, as vidas deles pareciam ter chegado ao fim.
Cantem louvores ao Senhor, vocês que são os seus santos, e deem graças ao seu santo nome. Porque a sua ira dura só um momento, mas o seu favor dura a vida inteira. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (v. 4)
E os versículos 11 e 12 do Salmo 30 dizem:
Tornaste o meu pranto em dança alegre; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre.
Você consegue perceber a progressão? Isso não foi verdade apenas para os judeus, é também verdade para o povo de Deus. Vemos aqui o poder transformador do Evangelho, o Evangelho de Jesus Cristo, que transforma mendigos em príncipes. Aqueles que haviam recebido uma sentença de morte estão agora libertos da prisão. Aqueles que estavam condenados foram exaltados.
O pranto foi transformado em dança; o jejum, em banquete; a confusão, em regozijo; as trevas, em luz; o pano de saco, em vestes reais — não é isso que o Evangelho faz por nós?
Estávamos condenadas à morte. Éramos prisioneiras. Não tínhamos esperança. Estávamos sem Deus, sem esperança no mundo. E então, Deus, no tempo adequado, na plenitude do tempo, enviou Seu Filho a este mundo. Jesus se entregou como sacrifício, a oferta pelo nosso pecado, e agora nos ressuscitou para uma nova vida em Cristo.
Qual deveria ser a nossa resposta?
Celebração! Canto! Deleite! Alegria! Júbilo! Não, a batalha ainda não acabou. Ainda vivemos na carne. O pecado ainda habita em nós. Ainda precisamos lidar com isso. Mas sabemos o desfecho. Temos esperança. Temos um meio de vitória.
Neste ponto da história de Ester, a alegria e o júbilo são uma expressão de fé. O decreto de Hamã ainda está em vigor. Mas agora os judeus sabem que têm uma saída. Eles têm esperança!
Enquanto leio essa história e o Salmo 30 e vejo a alegria, a gratidão, o louvor, a celebração dos prisioneiros libertos, não posso deixar de perguntar: “Onde está a alegria? Onde está o júbilo? Onde estão os brados? Onde está a celebração? Onde está a festa entre o povo de Deus hoje pelos motivos certos?”
Em vez disso, você olhar ao redor e, se você receber as correspondências que eu recebo, se ler as cartas que leio, e conversar com muitas das pessoas com quem converso, o que você encontra com muito mais frequência entre os cristãos é depressão, desânimo, escravidão, medo e pessimismo.
Eu sei que ainda não chegamos no céu. A celebração final ainda não chegou. Não é para agora. É para o futuro. E ainda vivemos em um mundo caído. Ainda precisamos lidar com a nossa carne. Ainda precisamos lidar com Satanás e outros inimigos no mundo. Essas são coisas sérias. Nem todo momento — ainda — é de festa e de celebração.
Mas, ao mesmo tempo, não é estranho que alguns cristãos vivam a vida toda cabisbaixos diante das circunstâncias? Dá vontade de perguntar: “Ei, o que você está fazendo? Cadê o júbilo? Cadê a alegria?” Cristo é o nosso Mordecai. Ele é o nosso Libertador! Ele escreveu, assinou e selou um decreto que diz que podemos ter vitória sobre a lei do pecado — vitória sobre a morte. Ele emitiu um decreto que deixa a nossa liberdade muito clara.
Você não acha que deveria haver alegria? Não acha que deveria haver júbilo? As nossas igrejas não deveriam ser lugares onde há alegria e júbilo?
Você olha para a igreja média hoje — e eu falo em muitos lugares, então consigo ver os rostos das pessoas. Parece que elas perderam o caminho da funerária e foram parar na igreja. Parece que estão bebendo suco de limão sem açúcar.
Você olha para alguns cristãos e pensa: “Seja lá o que for que eles tenham, eu não desejaria nem para o meu pior inimigo”.
Não estou falando de botar um sorriso artificial no rosto ou estar sempre eufórica. Ainda vivemos em um mundo muito atribulado, e há muitas coisas que nos deixam com o coração pesado. Meu coração frequentemente fica pesado com as circunstâncias do mundo, com a condição da igreja e com a necessidade de avivamento nos dias de hoje.
Mas não devemos viver escravas da depressão, do desânimo e do medo. Cristo, o nosso Mordecai, nos deu motivos para celebrarmos e nos alegrarmos.
Compare o que está acontecendo agora no capítulo 8 de Ester com o primeiro decreto emitido. O primeiro decreto trouxe confusão e consternação. Agora, a notícia de que a justiça havia prevalecido trouxe grande alegria e celebração.
E vou te dizer o que mais acontece. Foram convertidos muitos estrangeiros que estavam tomados de medo pelo que acabaram de testemunhar. O versículo 17 nos diz: “E muitos que eram dos povos da terra se tornaram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles”.
Não sabemos se eram verdadeiros convertidos ou não, mas disseram: “Queremos ficar do lado dos judeus. Vemos que eles estão do lado vencedor”.
Quando o primeiro decreto foi emitido, os judeus temiam por suas vidas. Agora que o segundo decreto estava em vigor, o povo temia os judeus. Muitos se declararam judeus.
O jogo está virando de uma forma incrível. Chegamos hoje ao capítulo 9, que acontece, segundo os cálculos dos historiadores e estudiosos da Bíblia, no dia 7 de março de 473 a.C. — 473 anos antes de Cristo.
Ester, capítulo 9, versículo 1:
No dia treze do décimo segundo mês, que é o mês de adar, quando a palavra do rei e a sua ordem deveriam ser executadas . . .
Qual palavra e qual ordem são essas? É o decreto de Hamã. Aquele que dizia que os judeus seriam destruídos e aniquilados.
. . . no dia em que os inimigos dos judeus esperavam apoderar-se deles. . .
Como chegaram a esse dia? Você se lembra? Eles lançaram sortes. Hamã havia lançado sortes. Ele era supersticioso. Pensava que era uma questão de sorte. Consultou seus amigos astrólogos, que disseram: “Este é o dia mais propício”.
Fazia onze meses que eles tinham lançado aquelas sortes. Mas as Escrituras dizem que o Senhor determina o resultado da sorte. E, de fato, foi isso o que aconteceu. Agora, esse dia chegou. Estamos chegando a esse grande clímax. O que vai acontecer?
Sabe, às vezes não olhamos para as Escrituras com o devido senso de maravilhamento porque já lemos essas histórias tantas vezes. Ouvimos elas desde que éramos pequenas. Esquecemos de refletir sobre como era viver no tempo desses acontecimentos.
Mas histórias como essas nos lembram de que, embora não conheçamos o desfecho das nossas, Deus conhece e está orquestrando tudo. E, no final, teremos um bom desfecho.
Agora é o décimo segundo mês, o mês de adar, no décimo terceiro dia. A ordem real de destruir os judeus está prestes a ser executada.
. . . no dia em que os inimigos dos judeus esperavam apoderar-se deles aconteceu o contrário. . . (v.1)
Aconteceu o contrário. Foi só por Deus! O nome de Deus pode não estar no livro de Ester, mas as impressões digitais de Deus estão em toda parte, a imagem de Deus, a presença de Deus. Aconteceu o contrário. Os judeus é que subjugaram os que os odiavam.
Isso era uma impossibilidade absoluta, mas Deus tornou isso possível. Para Deus, tudo é possível.
Embora Hamã estivesse morto, ainda havia muitas pessoas que queriam prejudicar os judeus. Isso sempre aconteceu na história do mundo desde os dias de Abraão. Sempre houve aqueles que queriam atacar o povo de Deus.
Alguém perguntou num intervalo anterior, “Por quê? Por que as pessoas querem fazer isso? Por que elas têm tanto ódio contra o povo de Deus?”
No fim das contas, acho que a resposta é que as pessoas odeiam a Deus.
- Elas não querem que Deus reine sobre elas.
- Elas querem ser Deus.
- Elas querem ser seus próprios deuses.
- Elas querem conduzir suas próprias vidas.
- Elas querem governar o mundo.
- Elas não querem se curvar diante de Deus.
E com a finalidade de atingir a Deus, elas sempre tentam atingir a menina dos olhos de Deus. Ou seja, o povo judeu, o povo escolhido de Deus. E o povo de Deus que crê em Jesus Cristo sempre será objeto de ódio, amargura e ataques.
Quando isso acontecer, entenda que isso faz parte de viver em um mundo caído. Há aqueles que querem dominar o povo de Deus. Mas aqui as coisas mudaram. Os judeus dominaram os seus inimigos, que, ao contrário, teriam os destruído.
Lembre que os judeus são uma minoria pequena. Podiam ser até quinze milhões de pessoas, mas estavam espalhados por todo o império persa, um império vasto que se estendia desde o atual Paquistão até a Península do Sinai, no norte — Etiópia, Sudão e Egito. Quinze milhões de judeus espalhados por esse império com uma população aproximada de cem milhões de pessoas.
Essa foi uma intervenção miraculosa em favor deles. Deus estava lutando pelo Seu povo. E Deus luta por você. Deus nem sempre vence as batalhas da forma que gostaríamos que Ele as vencesse, mas Ele sempre sai vitorioso no final.
Então, o versículo 2 diz:
Nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, os judeus se reuniram para atacar aqueles que queriam destruí-los.
Ao lermos esse capítulo, observe a forma como os agressores são descritos. Eles são chamados de inimigos dos judeus. Eles são descritos aqui no versículo 2 como pessoas que buscavam feri-los.
E ninguém podia resistir-lhes, porque o terror que inspiravam caiu sobre todos aqueles povos.
Todos os oficiais das províncias, os sátrapas, os governadores e os oficiais do rei auxiliavam os judeus, porque o temor de Mordecai tinha caído sobre eles. (vv. 2–3)
Que mudança de circunstâncias, não concorda? Mordecai não temia ninguém, exceto a Deus, mas agora outros têm medo dele.
Pensei em como isso é diferente da maneira como, às vezes, o mundo cristão funciona hoje. Muitos cristãos hoje vivem com medo da cultura e têm tanto medo de serem dominados por ela. Deveria ser o contrário.
Deveria haver uma evidência tão clara da presença e do poder de Deus no Seu povo a ponto da cultura ter medo de Deus e de nós — não porque somos cruéis, malvados ou vingativos, mas porque eles veem o poder de Deus.
Não é isso o que Paulo descreve em 1 Coríntios 14.25? Se estivermos funcionando como uma igreja do Novo Testamento, quando um descrente entrar na nossa igreja: “Ele cairá de joelhos e dirá: ‘Verdadeiramente, Deus está neste lugar’” (parafraseado).
Com que frequência vemos isso acontecendo nas nossas igrejas? Em vez disso, passamos o tempo nos encolhendo de medo dos ataques do mundo perdido. No final das contas, nós estamos do lado vencedor. Nossa vitória está garantida, e precisamos prosseguir com essa confiança.
Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a fama dele se espalhava por todas as províncias; o seu poder ia aumentando cada vez mais. (v. 4)
Pensei nisso como uma espécie de imagem de Cristo no Antigo Testamento — não que Cristo se torne cada vez mais poderoso, mas que Sua fama está se espalhando. Ele será amado, adorado e reverenciado. Um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
Assim, os judeus mataram todos os seus inimigos a golpes de espada, matando, destruindo e fazendo com os seus inimigos o que bem quiseram. (v. 5)
Essa foi uma guerra defensiva, não uma guerra ofensiva. Não foi uma vingança pessoal. A defesa deles era uma resposta controlada àqueles que procuravam destruí-los.
Na cidadela de Susã, os judeus mataram e destruíram quinhentos homens. Mataram também Parsandata, Dalfom, Aspata, Porata, Adalia, Aridata, Farmasta, Arisai, Aridai e Vaizata. (vv. 6-9)
Você pode pensar: “Quem é que são essas pessoas e por que esses nomes todos estão aí?” Olhe para o versículo 10:
. . . que eram os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus; porém no despojo não tocaram.
No texto hebraico dessa passagem (não dá para ver isso nas nossas versões da Bíblia), os nomes dos dez filhos de Hamã estão arranjados visualmente na forma de uma forca. É uma imagem do que aconteceu com eles.
Na festa de Purim, sobre a qual falaremos amanhã, quando os judeus celebram sua vitória sobre os inimigos persas, eles leem o livro de Ester do começo ao fim. O leitor lê os dez nomes dos filhos de Hamã de uma vez só, como eu fiz, para significar que os dez filhos morreram juntos.
Ao destruir os dez filhos de Hamã, os judeus finalmente cumpriram as ordens que Deus havia dado a Saul centenas de anos antes. Cumpriram as intenções claramente reveladas de Deus sobre a destruição dos amalequitas.
No mesmo dia, o rei foi informado do número dos mortos na cidadela de Susã. O rei disse à rainha Ester:
— Na cidadela de Susã, os judeus mataram e destruíram quinhentos homens e os dez filhos de Hamã. E nas demais províncias do rei, o que será que fizeram? E agora, qual é o seu pedido? Peça, e lhe será dado. Você tem ainda algum outro desejo? Será concedido.
Então Ester disse:
— Se for do agrado do rei, permita aos judeus de Susã que também amanhã façam segundo o decreto de hoje. . .(vv. 11–13)
“Nos dê mais um dia para terminar o trabalho. Ainda há inimigos que querem destruir o povo judeu.”
. . .e pendurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.
Então o rei ordenou que assim se fizesse. Um decreto foi publicado em Susã, e os cadáveres dos dez filhos de Hamã foram pendurados na forca. Os judeus de Susã se reuniram também no dia catorze do mês de adar, e mataram trezentos homens em Susã; porém no despojo não tocaram. (vv. 13–14)
Você vê isso três vezes nesse texto. Eles foram autorizados a saquear, e, de fato, Saul, centenas de anos antes, quando lutou contra os amalequitas, manteve alguns dos despojos. Mas essa não foi uma guerra ofensiva. Foi uma guerra de autodefesa contra inimigos, por isso não tocaram no despojo. Eles não estavam tentando ficar ricos à custa dos inimigos.
Também os demais judeus que viviam nas províncias do rei se reuniram e se organizaram para defender a vida e se livrar dos seus inimigos. Mataram setenta e cinco mil dos que os odiavam; porém no despojo não tocaram. (v.16)
Então, a matança foi limitada a um dia em todas as províncias e dois dias na capital. Depois disso, eles pararam. Mataram apenas homens; enquanto o decreto contra eles havia autorizado seus inimigos a matar homens, mulheres, crianças, jovens e velhos.
Eles estavam se alinhando com Deus na luta contra os Seus inimigos. Somos lembradas de que temos alguns inimigos — a carne, o mundo, o diabo — e estamos envolvidas em uma batalha. Deus nos chama, em nome de Jesus Cristo, a travar essa batalha, sabendo que está chegando o dia quando o triunfo de Cristo será completo sobre todos os Seus inimigos.
Se você quiser ler sobre isso, leia o livro de Apocalipse. Existem dois temas principais no livro de Apocalipse. Um é adoração, mas o outro é guerra. Há guerra contra os inimigos de Deus. Aqueles que se declaram, se colocam como inimigos de Deus. Deus fará guerra contra eles.
Nos unimos em Seu nome, não para sermos beligerantes e atacarmos pessoas que não concordam conosco, mas para lutar contra a nossa carne pecaminosa, para lutar no reino espiritual contra Satanás, em nome de Jesus, e para resistir ao sistema mundano, que se levanta contra Deus.
Isso faz parte da vida cristã — ser uma guerreira, ser uma soldada, estar envolvida no nome de Cristo — não odiando e saqueando pessoas, não sendo implacáveis, rudes e ofensivas. Mas dizendo: “Em nome de Jesus Cristo e em nome da Sua cruz, queremos vê-Lo ser vitorioso”.
E Ele vencerá, na eternidade, sobre todos os Seus inimigos. Todo joelho se dobrará; toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (Fp 2.10-11, parafraseado).
Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth, nos ajudando a manter nosso foco em Jesus enquanto levamos a vida numa cultura hostil.
O livro de Ester tem todos os elementos de uma grande história — desenvolvimento de personagens, ação, subtramas, antecipação. Como vimos, o cenário é muito importante. A história de Ester não seria a mesma se não estivesse ambientada em uma terra hostil às coisas de Deus.
Bem, você sabe que estamos vivendo como estrangeiras em uma terra estranha, e podemos aprender muito com o livro de Ester sobre viver para o mundo vindouro.
A editora Shedd traduziu um estudo bíblico escrito pela Nancy que extrai lições do livro de Ester sobre como viver em um ambiente hostil a Deus. Ele se chama Ester: confiando no plano de Deus. Você pode acessar o link para saber como adquirir a sua cópia na transcrição do episódio de hoje, que você encontra no nosso site avivanossoscoracoes.com!
Muitas vezes, celebramos para esquecer — nos entretemos para nos anestesiar e escapar dos nossos problemas. Amanhã, vamos ver como pode ser gratificante celebrar para lembrar. Espero que você esteja com a gente aqui no Aviva Nossos Corações para acompanhar mais uma parte desse estudo incrível!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.