Ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem o auxílio de Deus, rogo humildemente que, pela Sua graça, Ele me capacite a cumprir estas Resoluções, na medida em que estiverem em conformidade com Sua vontade, por amor de Cristo.
Lembre-se de reler estas Resoluções uma vez por semana.
- Resolvi que farei tudo o que considerar ser o que mais contribui para a glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e prazer, durante todo o meu viver, sem considerar o momento — seja agora, ou daqui a miríades de séculos. Estou resolvido a fazer tudo o que considerar meu dever e que resultar em maior bem e vantagem da humanidade em geral. Estou resolvido a fazer tudo o que considerar ser meu dever e o que mais contribuir para o bem e a vantagem da humanidade em geral. Estou decidido a fazê-lo, não importando quantas dificuldades eu encontre ou quão grandes elas sejam.
- Resolvi que me empenharei continuamente em achar algum novo meio ou invenção que sirva à promoção das coisas supracitadas.
- Resolvi que se algum dia eu vier a cair e me tornar negligente, a ponto de deixar de observar qualquer parte destas Resoluções, então me arrependerei de tudo quanto me recordar quando eu voltar a mim mesmo.
- Resolvi que nunca farei coisa alguma, seja em alma ou em corpo, pequena ou grande, que não tenda à glória de Deus; nem me tornar tal, nem permitir tal, se puder evitar.
- Resolvi que nunca perderei um único instante; mas o aproveitarei da maneira mais proveitosa que eu puder.
- Resolvi que viverei com todas minhas forças enquanto eu viver.
- Resolvi que nunca farei nada de que eu tivesse medo, caso fosse a última hora da minha vida.
- Resolvi que agirei, em todos os aspectos, tanto no falar quanto nas ações, como se não houvesse alguém tão vil quanto eu na face da terra, e como se eu houvesse cometido os mesmos pecados, ou possuísse as mesmas mazelas ou falhas que os outros; e não permitirei que o conhecimento das falhas alheias promova nada além de vergonha em mim mesmo, servindo apenas como oportunidade para confessar meus próprios pecados e miséria a Deus. 30 de julho.
- Resolvi que pensarei muito, em todas as ocasiões, sobre a minha própria morte e as circunstâncias comuns que acompanham a morte.
- Resolvi que quando sentir dor, pensarei nas dores do martírio e do inferno.
- Resolvi que quando me ocorrer qualquer enigma acerca da divindade, farei imediatamente tudo o que estiver ao meu alcance para resolvê-lo, se as circunstâncias não o impedirem.
- Resolvi que se eu me deleitar nisso como forma de gratificar meu orgulho, por vaidade, ou qualquer motivo semelhante, rejeitá-lo de imediato.
- Resolvi que me empenharei em descobrir objetos dignos de caridade e generosidade.
- Resolvi que nunca farei coisa alguma por vingança.
- Resolvi que nunca permitirei o menor impulso de raiva para com seres irracionais.
- Resolvi que nunca falarei mal de ninguém de forma que possa prejudicar sua honra, pouco ou muito, exceto se puder promover algum bem real.
- Resolvi que viverei de modo que desejarei ter vivido no momento da minha morte.
- Resolvi que viverei, em todos os momentos, do modo como considero melhor em meus estados de devoção, e quando tenho as noções mais claras das coisas pertinentes ao Evangelho e do outro mundo.
- Resolvi que nunca farei coisa alguma que eu temeria fazer, se soubesse que seria apenas uma hora antes do último toque da trombeta.
- Resolvi que conservarei a mais estrita temperança no comer e no beber.
- Resolvi que nunca farei coisa alguma que, se visse em outrem, consideraria justa razão para desprezá-lo ou para pensar dele de modo inferior.
(Resoluções 1 a 21 escritas em New Haven, em 1722.)
- Resolvi que me empenharei em obter para mim mesmo tanta felicidade quanto possível no mundo vindouro, com todo o poder, força, vigor e intensidade — sim, até violência (Mt 11.12) — de que eu for capaz, ou que eu puder me obrigar a empregar, de qualquer maneira que se possa imaginar.
- Resolvi que, com frequência, praticarei alguma ação deliberada que pareça improvável de ser feita, para a glória de Deus, e então rastrearei essa ação até sua intenção, propósito e fim originais; e, se eu não a encontrar sendo para a glória de Deus, considerá-la uma violação da 4ª Resolução.
- Resolvi que sempre que eu cometer alguma ação ostensivamente má, rastreá-la-ei até chegar à sua causa original; e então, empenhar-me com todo cuidado para não mais repeti-la, bem como lutar e orar com todas minhas forças contra sua raiz.
- Resolvi que examinarei cuidadosa e constantemente o que há em mim que, por menor que seja, me faça duvidar do amor de Deus; e direcionarei todas minhas forças contra isso.
- Resolvi que rejeitarei tudo aquilo que eu perceber enfraquecer a minha certeza da salvação.
- Resolvi que nunca omitirei algo deliberadamente, a menos que a omissão seja para a glória de Deus; e examinarei com frequência minhas omissões.
- Resolvi que estudarei as Escrituras de modo tão firme, constante e frequente, que eu possa encontrar nelas e perceber claramente em mim mesmo crescimento no conhecimento delas.
- Resolvi que jamais considerarei como oração, nem permitir que passe por oração, nem sequer por súplica, aquilo que é feito de tal modo que me possa privar de esperar que Deus me atenda Também não aceitarei como confissão algo que Deus não possa aceitar como tal.
- Resolvi que me empenharei ao máximo, a cada semana, para ser elevado a um nível mais alto na religião e a um exercício mais intenso da graça do que na semana anterior.
- Resolvi que nunca direi absolutamente nada contra ninguém, a não ser quando isso estiver em perfeita conformidade com o mais elevado grau de honra cristã e de amor pela humanidade, em conformidade com a mais profunda humildade e consciência das minhas próprias falhas e fraquezas, e de acordo com a regra de ouro. E, sempre que eu disser algo contra alguém, trarei tal palavra a exame e prová-la rigorosamente pelo critério desta Resolução.
- Resolvi que serei rigorosa e firmemente fiel ao que me foi confiado, para que aquilo que está em Pv 20.6 — “Um homem fiel, quem o achará?” — não se cumpra apenas em parte a meu respeito.
- Resolvi que farei sempre o que estiver ao meu alcance para criar, manter e preservar a paz, quando isso puder ser feito sem causar prejuízos maiores em outros aspectos. 26, 1722.
- Resolvi que, ao narrar qualquer fato, nunca direi nada além da pura e simples verdade.
- Resolvi que, sempre que eu me questionar, a ponto de perder minha paz e tranquilidade, se cumpri ou não meu dever, registrarei a dúvida e também como ela foi resolvida. 18, 1722.
- Resolvi que nunca falarei mal de ninguém, a não ser que haja alguma razão específica e justa para isso. 19, 1722.
- Resolvi que investigarei todas as noites, ao me deitar, em que pontos tenho sido negligente, que pecado cometi e em que tenho negado a mim mesmo; e fazer o mesmo ao fim de cada semana, mês e ano. 22 e 26, 1722.
- Resolvi que nunca falarei coisa alguma que seja ridícula, galhofeira ou motivo de riso no dia do Senhor. Noite do sábado, 23 dezembro, 1722.
- Resolvi que jamais farei coisa alguma de cuja licitude eu possua a menor dúvida, propondo-me, ao mesmo tempo, a considerar e examinar, mais tarde, se tal ação é lícita ou não; salvo se eu igualmente duvidar da licitude de sua omissão.
- Resolvi que inquirirei, todas as noites, antes de me deitar, se agi da melhor forma possível no que concerne ao comer e ao beber. 7, 1723.
- Resolvi que perguntarei a mim mesmo, ao final de cada dia, semana, mês e ano, em que ponto eu poderia, em qualquer aspecto, ter agido de forma melhor. 11, 1723.
- Resolvi que renovarei com frequência a dedicação de mim mesmo a Deus, feita em meu batismo; a qual renovei solenemente quando fui recebido na comunhão da igreja; e que renovo solenemente neste décimo segundo dia de janeiro, 1722-23.
- Resolvi que jamais, doravante, até a minha morte, agirei como se de algum modo me pertencesse a mim mesmo, senão inteira e completamente a Deus; conforme o que se encontra registrado no sábado, 12 de janeiro. 12, 1723.
- Resolvi que nenhum outro fim, senão a religião, terá qualquer influência sobre qualquer uma das minhas ações; e que nenhuma ação será, em nenhuma circunstância, distinta daquilo que o fim religioso a determinar. 12, 1723.
- Resolvi que jamais permitirei qualquer prazer ou aflição, alegria ou tristeza, nem qualquer afeição, por mínima que seja, nem qualquer circunstância relacionada a elas, senão de modo a servir à religião. 12 e 13, 1723.
- Resolvi que jamais permitirei a menor medida de qualquer inquietação ou descontentamento para com meu pai ou minha mãe. Resolvi não deixar que tal disposição produza quaisquer efeitos — nem sequer a mínima alteração em minha fala ou no mover de meus olhos — e ser especialmente cuidadoso quanto a isso no que diz respeito a qualquer membro de nossa família.
- Resolvi que me empenharei, com todas minhas forças, a negar tudo quanto não se harmonize ao máximo com um temperamento bom e universalmente afável e benévolo; quieto, pacífico, contente e sossegado; compassivo e generoso; humilde e manso; submisso e prestativo; diligente e laborioso; caridoso e equânime; paciente, moderado, perdoador e sincero. E resolvi fazer, em todo tempo, aquilo a que tal temperamento me conduziria; e examinar com rigor, ao fim de cada semana, se assim procedi. Manhã de sábado. 5 de maio, 1723.
- Resolvi que constantemente, com a máxima precisão e diligência, e sob o mais rigoroso escrutínio, examinarei o estado de minha alma, para que eu saiba se, de fato, tenho parte com Cristo ou não; a fim de que, quando chegar a morrer, não tenha qualquer negligência quanto a isto da qual me arrepender. 26 de maio, 1723.
- Resolvi que isto jamais será assim, se de mim depender.
- Resolvi que agirei do modo que, ao adentrar o mundo futuro, julgar haver sido o melhor e o mais prudente. 5 de julho, 1723.
- Resolvi que procederei, em todos os sentidos, da maneira que, caso eu fosse afinal condenado, desejaria então haver procedido. 8 de julho, 1723.
- Frequentemente ouço pessoas em idade avançada dizerem como viveriam, se pudessem viver sua vida novamente. Resolvi que viverei justamente, de tal modo que creio que desejaria haver vivido, supondo que eu chegue à velhice. 8, de julho, 1723.
- Resolvi que aproveitarei toda oportunidade, quando estiver no melhor e mais feliz estado de ânimo, para lançar e entregar minha alma ao Senhor Jesus Cristo; para nele confiar e dele depender; e para consagrar-me inteiramente a Ele; a fim de que, disso, eu tenha plena certeza de minha segurança, sabendo que confio em meu Redentor. 8 de julho, 1723.
- Sempre que eu ouvir, em alguma conversação, algo dito acerca de qualquer pessoa que julgue poder ser digno de louvor em mim, Resolvi que me empenharei em imitá-lo. 8 de julho, 1723.
- Resolvi que me empenharei, com todas minhas forças, em agir como penso que deveria agir, se já tivesse contemplado a bem-aventurança do céu e os tormentos do inferno. 8 de julho, 1723.
- Resolvi que jamais desistirei, nem afrouxarei, ainda que um pouco, minha luta contra minhas corrupções, por mais infrutífero que eu possa ser.
- Resolvi que, quando eu temer desventuras e adversidades, examinarei se cumpri meu dever, e resolverei cumpri-lo; e deixarei que o acontecimento seja exatamente conforme a providência o ordenar. Tanto quanto me for possível, não me ocuparei de coisa alguma senão de meu dever e de meu pecado. 9 de junho e 13 de julho, 1723.
- Resolvi não apenas me abster de qualquer aspecto de desagrado, irritação ou ira na conversação, mas manifestar um aspecto de amor, alegria e benignidade. 27 de maio, e 13 julho, 1723.
- Resolvi que quando eu estiver mais consciente de provocações à má índole e à ira, esforçar-me-ei ao máximo por sentir e agir com bondade; sim, nessas ocasiões, manifestarei bondade, ainda que eu julgue que, noutros aspectos, isso me seria desvantajoso, e de tal modo que, em outros momentos, seria imprudente. 12 de maio, 11 e 13 de julho.
- Resolvi que sempre que meus sentimentos começarem a manifestar-se minimamente fora de ordem, quando eu estiver consciente da menor inquietação interior ou da menor irregularidade exterior, submeter-me-ei ao mais rigoroso exame. 4 e 13 de julho, 1723.
- Resolvi que eu não darei vazão àquela indolência que sinto desviar e relaxar minha mente de estar plena e fixamente determinada à religião, qualquer que seja a desculpa que eu possa ter para isso — de que aquilo para o qual minha indolência me inclina seria o melhor a fazer, etc. 21 de maio e 13 de julho, 1723.
- Resolvi que jamais farei qualquer coisa senão o meu dever; e então, segundo Efésios 6.6–8, fazê-lo-ei de boa vontade e com alegria, como ao Senhor, e não aos homens: “sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer”. 25 de junho e 13 de julho, 1723.
- Supondo-se que jamais houvesse, em qualquer época, mais do que um único indivíduo no mundo que fosse, de fato, um cristão completo, em todos os aspectos de um caráter verdadeiramente reto, tendo o cristianismo sempre a brilhar em seu pleno fulgor, e a mostrar-se excelente e amável, de qualquer ângulo ou sob qualquer perspectiva que fosse contemplado: Resolvi que procederei exatamente como eu procederia, caso me esforçasse com todas minhas forças, para ser esse indivíduo em meu tempo. 13 e 14 de julho, 1723.
- Resolvi que, quando eu perceber aqueles “gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26), de que fala o Apóstolo, e aquele “quebrantamento de alma por tanto desejar” (Sl 119.20), de que fala o Salmista, promovê-los-ei ao máximo de minhas forças; e não me cansarei de empenhar-me ardentemente em desabafar meus anelos, nem das reiteradas manifestações desse ardor. 23 de julho e 10 de agosto, 1723.
- Resolvi que me exercitarei grandemente nisto, por toda a minha vida; a saber, com a máxima abertura de que for capaz, declarar meus caminhos a Deus e escancarar-Lhe minha alma — todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, temores, esperanças, desejos, tudo e toda circunstância — conforme o vigésimo sétimo Sermão de Dr. Manton sobre o Salmo 119. 26 de julho e 10 de agosto, 1723.
- Resolvi que me empenharei sempre por manter um aspecto benigno, e um modo benigno de agir e falar, em todos os lugares e em todas as companhias, exceto se acontecer de o dever exigir o contrário.
- Resolvi que, após aflições, indagarei em que me tornei melhor por meio delas, em que agora estou melhor por causa delas, e o que delas pude alcançar.
- Resolvi que confessarei francamente a mim mesmo tudo quanto eu encontrar em mim — seja fraqueza, seja pecado; e, se for algo que diga respeito à religião, também confessar todo o caso a Deus e implorar pelo socorro necessário. 23 de julho e 10 de agosto, 1723.
- Resolvi que sempre farei aquilo que desejaria haver feito, quando vir outros fazê-lo. 11, 1723.
- Que haja benevolência em tudo quanto eu falar. 17, 1723.
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© Revive Our Hearts. Baseado em The Works of Jonathan Edwards — Vol. 1. Usado com permissão. www.AvivaNossosCoracoes.com