Você já se perguntou por que Deus criou apenas dois gêneros? Quando eu fiz essa pergunta ao meu marido, ele respondeu com uma expressão de perplexidade: “Não, eu não consigo nem me imaginar pensando numa pergunta dessas!”
Por que não três. . . ou até quatro gêneros? Por que não masculino, feminino, “unissex” e “outros”? Talvez essa pergunta pareça estranha para você, mas tenho um motivo para fazê-la. Claro, Deus tem um propósito para a forma como Ele ordenou a criação. Como Ele criou apenas dois gêneros, sabemos que essa não foi uma escolha aleatória, mas sim intencional.
Mas por que apenas dois?
ATENÇÃO: O artigo de hoje exigirá de você um raciocínio um pouco mais profundo, então recomendo que você pegue sua Bíblia para me acompanhar!
Os primeiros versículos das Escrituras estão repletos de referências a opostos. O universo de Deus opera com base em axiomas de antítese. A natureza está cheia de coisas colocadas em oposição umas às outras. O relato da criação cita alguns desses exemplos.
Deus criou:
- Céus e terra
- Luz e trevas
- Dia e noite
- Água e terra seca
- Homem e mulher
A relação mais significativa de opostos é a de Deus e a humanidade.
Deus é um ser espiritual e é totalmente “outro” no sentido de que “não há ninguém como Ele”.
Enquanto lê este artigo, mantenha em mente a natureza divina de Deus ou Sua singularidade como Aquele que é “totalmente outro”.
Dois gêneros
Um dos pares de opostos mais comuns e óbvios é o homem e a mulher. Dois gêneros criados de forma anatomicamente compatível — mas únicos! A criação de um homem para uma mulher é frequentemente citada como o modelo para o casamento tradicional. Com a crescente aceitação das relações homoafetivas, o modelo tradicional já não é mais um pressuposto. Muitas vezes, cristãos apoiam-se em Romanos 1.26-28 como o texto-base para responder definitivamente a pergunta sobre a visão de Deus quanto a esse tema.
Por que uma união heterossexual?
Olhando para essa passagem de Romanos, quero que consideremos o que, talvez, seja um significado mais amplo e profundo para a existência dos gêneros masculino e feminino e por que Deus limita a relação matrimonial a uma união monogâmica e heterossexual.
Em Romanos 1, há três “trocas” incríveis acontecendo.
- A glória do Deus incorruptível por. . . imagens semelhantes ao homem corruptível (v. 23)
- A verdade de Deus pela. . . mentira (v. 25)
- A função natural do sexo por. . . uma função contrária à natureza (v. 26)
O que está acontecendo aqui?
A transação descrita nesta passagem resulta em homossexualidade (“homo” originalmente emprestado do grego “homos”, que significa: mesmo). Mas essa progressão é muito mais séria do que a atividade homossexual — a atividade sexual que resulta disso simplesmente reflete a dinâmica espiritual que está acontecendo. A troca tenta degradar Deus ao colocá-Lo na mesma categoria do homem.
Como?
Eu mencionei que Deus é totalmente “outro”. Ele não é comum; Ele é singular em relação ao homem; imortal versus mortal.
- A primeira troca retira Deus de Sua posição transcendente de “outro” e tenta arrastá-Lo para o nosso domínio — como se Deus tivesse a mesma natureza ou essência do homem corruptível.
- Essa troca nega a “alteridade” de Deus e rebaixa a Divindade ao colocá-Lo no plano de existência do homem, trazendo-O para uma relação “homogênea” (da mesma espécie ou natureza) com o homem (como se Deus fosse da mesma natureza ou essência que o homem).
Ufa! Esse conceito talvez exija um pouco de reflexão para conseguirmos entendê-lo completamente. Medite nessa passagem e considere as trocas que estão acontecendo e retomarei esse assunto no próximo artigo.
De que maneiras você observa nossa sociedade envolvida nessa “troca”? Quais são algumas características de Deus que O colocam na posição exclusiva de “outro”?
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