Há um ditado em inglês que diz: “a língua solta afunda navios”. Ela também têm o poder de afundar famílias inteiras. Se você não acredita é só perguntar a Zeres, à esposa de Potifar ou às muitas esposas de Salomão.
Essas foram esposas que não souberam controlar a própria língua. Mulheres que sussurraram palavras imprudentes aos ouvidos de seus maridos. Como resultado, os viram perder riquezas, favor e até mesmo a vida. Aqui estão as histórias delas. . .
As esposas de Salomão
Salomão começou como um homem que possuía zelo pelo Senhor. Como resultado, Deus derramou bênçãos sobre a vida dele até saírem pelo ladrão (1 Reis 4.29–34). Mas, com o tempo, Salomão se voltou para falsos deuses. O que o desviou do caminho? Sua riqueza? Seu poder? Sua fama? Nada disso. Foram suas esposas. Primeiro Reis 11.3–4 registra:
Tinha setecentas mulheres que eram princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses, e o coração dele não era fiel ao Senhor, seu Deus. (ênfase da autora)
As esposas de Salomão o incentivaram a se afastar de Deus. E Salomão deu ouvidos a elas. Como resultado, Deus tirou dele o reino (1 Reis 11.31).
A esposa de Potifar
A esposa de Potifar gostava de causar confusão. Era uma mulher que curtia causar um drama — e ainda fazia questão de meter o marido no balaio. Em Gênesis 39, ela tentou seduzir José para que dormisse com ela. Quando ele recusou, ela mentiu para o marido, colocou mais lenha na fogueira e pressionou os pontos fracos dele. Sabemos que José acabou na prisão por causa disso, mas talvez Potifar tenha sofrido um golpe ainda maior. Em Gênesis 39.5 lemos que era por causa da presença de José que a casa de Potifar era tão abençoada. Podemos presumir que, quando José se foi, a bênção de Deus também se foi. A esposa de Potifar impediu as bênçãos divinas com seus estratagemas.
A esposa de Hamã, Zeres
A história de Zeres é um verdadeiro alerta para todas nós. Seu marido era Hamã, o principal oficial do rei Assuero. A esposa mais conhecida dessa narrativa é Ester, a rainha que salvou seu povo do genocídio. Mas, infelizmente, Zeres não teve um papel tão honrado ou admirável. Ester 5.14 registra:
Então Zeres, a mulher de Hamã, e todos os amigos dele disseram:
— Mande fazer uma forca de vinte e dois metros de altura e, pela manhã, diga ao rei que nela enforquem Mordecai. Então vá alegre com o rei ao banquete.
Zeres incentivou o marido a consolidar seu poder (afinal, ele merecia!). Quando Hamã expressou sua frustração a respeito de Mordecai, ela foi lá e colocou fogo no parquinho, encorajando-o a tomar uma atitude. Ela massageou o ego dele e disse exatamente o que ele queria ouvir. Hamã gostou da ideia e levou o plano adiante — mas o conselho dado por Zeres foi péssimo. Hamã acabou enforcado na própria forca que sua esposa o encorajou a construir (Et 7.10).
Essas não são histórias felizes de casamentos. Não há nenhum “viveram felizes para sempre” aqui — mas existe um tema ao qual devemos prestar atenção. Em cada uma dessas narrativas, um marido tomou uma decisão desastrosa (ou uma série delas). As escolhas foram dele, e ele enfrentou as consequências determinadas por Deus. Mas, em todos os casos, havia uma esposa nos bastidores incentivando seu marido a fazer o que era errado. A mulher (ou as mulheres) por trás de cada grande homem falhou em falar com sabedoria — e depois teve que assistir à dura queda do marido.
Daí entra você . . .
Cheguem pertinho e prestem bem atenção, mulheres. Seus maridos ouvem o que vocês dizem. Seus filhos também ouvem — assim como os outros homens em seu círculo de influência. Eu sei que nem sempre isso parece ser verdade. Sei que há momentos em que vocês sentem que repetem a mesma coisa sem parar, ou que os homens em sua vida simplesmente ignoram vocês. Mas, na realidade, é bem mais provável que suas palavras estejam tendo um impacto enorme. E, com o tempo, essas palavras tendem a se transformar em ações. Com essa verdade em mente, é importante avaliarmos o que estamos dizendo e nos certificarmos de que nossas palavras sejam sábias, úteis, encorajadoras e um reflexo fiel do tipo de homem que Deus deseja que esses homens sejam.
Não é algo fácil de se fazer. Exige que pesemos nossas palavras e nos certifiquemos de que elas realmente valem a pena ser ditas. Às vezes, isso exige que fiquemos de boca fechada. Também exige que evitemos as armadilhas em que caíram as mulheres que mencionei acima. Devemos:
- Evitar direcionar o coração deles para algo que não seja o Senhor.
- Resistir à vontade de “colocar lenha na fogueira”.
- Abrir mão do desejo de massagear o ego dele ou de provocá-lo a determinadas reações.
- Manter a calma quando ele estiver irritado ou zangado com os outros.
- Fugir da tentação de encorajá-lo a buscar poder ou posição fora do tempo do Senhor.
Isso serve tanto para homens quanto para mulheres: nossas palavras têm um poder enorme. Elas podem motivar os outros a viverem mais como Cristo — ou podem acabar sendo o empurrão que precisam para tomar decisões que não honram a Deus. Com essa séria realidade em mente, reflita sobre a forma como você se comunica com os homens ao seu redor e faça a si mesma estas perguntas:
- Será que eu penso no que vou falar antes de falar?
- Minhas palavras incentivam e preparam os meus ouvintes para viver uma vida reta?
- Sou uma esposa e mãe que encoraja ações sábias ou que encoraja ações tolas?
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