
Dia 3: A beleza da sexualidade sagrada
Dannah Gresh: De acordo com o Dr. Christopher Yuan, não é suficiente apenas confrontar o pecado quando o vemos.
Dr. Christopher Yuan: Se estamos chamando as pessoas ao arrependimento sexual, precisamos chamar as pessoas para se afastarem de algo e para algo. Precisamos nos afastar do pecado e apontar as pessoas para a coisa certa.
Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Santificar-se completamente para Deus, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Para algumas pessoas, a expressão "sexualidade santa" pode soar como um paradoxo — como se achassem que algo santo não poderia ter nada a ver com sexo ou sexualidade.
Mas, como disse o falecido Dr. Howard Hendricks: "Não deveríamos ter vergonha de discutir aquilo que Deus não teve vergonha de criar." Deus te fez homem ou mulher. O plano dele é bom! Mas Satanás ama …
Dannah Gresh: De acordo com o Dr. Christopher Yuan, não é suficiente apenas confrontar o pecado quando o vemos.
Dr. Christopher Yuan: Se estamos chamando as pessoas ao arrependimento sexual, precisamos chamar as pessoas para se afastarem de algo e para algo. Precisamos nos afastar do pecado e apontar as pessoas para a coisa certa.
Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Santificar-se completamente para Deus, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Para algumas pessoas, a expressão "sexualidade santa" pode soar como um paradoxo — como se achassem que algo santo não poderia ter nada a ver com sexo ou sexualidade.
Mas, como disse o falecido Dr. Howard Hendricks: "Não deveríamos ter vergonha de discutir aquilo que Deus não teve vergonha de criar." Deus te fez homem ou mulher. O plano dele é bom! Mas Satanás ama pegar as coisas boas que Deus criou e distorcê-las, fazendo-nos duvidar de que Deus sabia o que estava fazendo.
Certamente vemos isso ao nosso redor, na confusão e no simples erro de pensamento sobre gênero e sexualidade.
Christopher Yuan entende como é fácil confundir seu senso de identidade com desejos sexuais distorcidos. Ele sabe, na prática, sobre o que o primeiro capítulo de Romanos fala: trocar a verdade de Deus por uma mentira e ser entregue a paixões erradas e desejos errados.
Mas Deus realizou uma transformação milagrosa na vida de Christopher, e agora ele está ativamente ajudando outros a entender a verdade sobre gênero, sexualidade e o Evangelho. Hoje vamos ouvir a terceira parte de uma conversa que Dannah Gresh teve com o Dr. Christopher Yuan.
Dannah: O Dr. Christopher Yuan e seus pais desenvolveram o Projeto Sexualidade Santa. É um currículo para manter os pais no controle da educação sexual de seus filhos, que por enquanto está disponível somente em inglês. Ele está de volta conosco hoje para explicar como você pode discipular seus filhos nesta área. Bem-vindo de volta, Christopher.
Christopher: Oh, muito obrigado por me receber novamente, Dannah.
Dannah: Tivemos conversas tão boas, e estou muito animada com o Projeto Sexualidade Santa. Tenho contado a todos sobre isso. Conte-nos o que é.
Christopher: É uma série de vídeos única. Existem outros recursos por aí que eu acho úteis, mas eles são principalmente voltados para mostrar em grupos de jovens, mas o problema com isso é que deixa os pais de fora da história.
Estamos sendo tão bombardeados, nossos filhos estão sendo inundados, começando na pré-escola. Não é suficiente esperar até o grupo de jovens, até o ensino médio, para falar sobre sexualidade bíblica. Não é suficiente ter outro programa uma vez por ano que aborde a sexualidade bíblica.
Qual é a chave? Discipulado em casa. Qual é a chave? Para os pais terem conversas bíblicas e centradas no Evangelho em casa. Não tanto na sala de aula ou na reunião do grupo de jovens, mas na sala de estar, na sala de família, na sala de jantar, semanalmente, talvez até diariamente. Por quê?
E eu sei que talvez você seja uma mãe ouvindo agora e pensando: “Gente! Não sei se consigo ter essas conversas!” Bem, ouça isso: com que frequência nossos filhos estão recebendo a mensagem errada sobre sexualidade? Uma vez por ano? E quanto a duas vezes por ano? Mensalmente? Semanalmente? Provavelmente, diariamente — se não várias vezes por dia! Precisamos reconhecer esse fato e depois perguntar: “O que estou fazendo para dar a eles a compreensão correta?”
Novamente, se começarmos na pré-escola — o mundo já está começando lá — precisamos começar cedo! Tivemos essa conversa ontem sobre Deuteronômio 6, o maior mandamento. Esse é um versículo maravilhoso, o maior mandamento: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força.” (v. 5)
Mas qual é o contexto? Moisés escreveu, a Palavra de Deus, dizendo que precisamos ensinar a Palavra diligentemente aos nossos filhos. Ensinar diligentemente. Estamos fazendo isso diligentemente?
Estamos discipulando nossos filhos diligentemente? E, especificamente, estamos ensinando nossos filhos sobre a sexualidade bíblica de forma diligente?
Porque, se não estivermos, eu sei quem está disposto e está fazendo diligentemente. . . e esse é o mundo, os colegas deles, a mídia. Não apenas isso, diz: “. . . vocês, os seus filhos e os filhos dos seus filhos” (v. 2). O que isso significa?
Não apenas os pais, mas, se preparem para isso, ouvintes, os avós. Avós! Por que isso, Dannah? Em primeiro lugar, é “todos a bordo”, certo? Você pode ser essa mãe e pode estar pensando: “Aiaiai, eu estou surtando! Estou com tanto medo!”
Precisamos dessa ajuda, precisamos de apoio, precisamos de torcedores, precisamos de avós multifacetados. Você pode lembrar que quando era adolescente, você ou seus colegas podem não ter escutado tanto seus pais. E talvez agora, vovô, você tenha mais ouvidos para os netos do que os pais deles. Então, precisam ser pais e avós. Precisam ser todos a bordo.
Dannah: Bem, o que você está dizendo é muito contra a cultura, porque estamos testemunhando em nossa cultura o aumento de uma ideologia ou mentalidade que acredita que professores e agentes do Estado são melhores para ensinar seus filhos sobre essas questões do que você, que eles podem ajudar seus filhos a tomar melhores decisões sobre sua sexualidade e gênero do que você pode.
Antigamente não era assim. Houve uma decisão da Suprema Corte em 1979 que foi, na verdade, o oposto disso — que a autoridade parental prevalecia sobre qualquer outra autoridade no país. E, ainda assim, não estamos vendo isso agora.
O que você está oferecendo é uma maneira para os pais assumirem essa posição de autoridade parental que nos é dada em Deuteronômio 6 e serem os responsáveis por educar os filhos sobre um assunto super importante, que está próximo do Evangelho: a sexualidade santa.
Quando ouço esse título, quero te perguntar: de onde veio esse termo? Por que você deu o nome Projeto Sexualidade Santa?
Christopher: Sim, e se eu puder até acrescentar ao que você acabou de dizer, estou tão feliz que finalmente está sendo revelado que o mundo, as escolas públicas e as diretorias das escolas públicas estão fazendo tudo o que podem para substituir os pais!
Mas eis o problema: por mais que os cristãos digam “Nós rejeitamos isso!”, e na prática, quantas vezes os pais pensam: “Estou deixando meu filho no grupo de jovens, e meu pastor de jovens vai fazer o meu trabalho. O pastor de jovens vai discipular meus filhos. O pastor de jovens vai falar sobre sexualidade com meus filhos.”
Agora, o pastor de jovens deve fazer isso? Com certeza! Esse não é o meu ponto. O meu ponto é que o pastor de jovens não substitui os pais. O pastor de jovens não deve ser o principal discipulador, não deve ser a pessoa principal falando sobre sexualidade bíblica. Quem é essa pessoa? Deuteronômio 6: os pais e os avós.
Falando de sexualidade santa, de onde eu tirei isso? Sei que o termo pode parecer novo, mas, na verdade, os conceitos não são. Eu não deveria estar inventando nada novo. A palavra “trindade” não é encontrada na Bíblia em nenhum lugar; a expressão sexualidade santa também não está na Bíblia, mas os conceitos certamente estão.
O projeto Sexualidade santa tem o mesmo nome do meu livro “Holy Sexuality and the Gospel” (em portugues, Sexualidade santa e o Evangelho) e acrescentei uma série de vídeos. Essencialmente, eu peguei os conceitos do meu livro (que foi nomeado o Livro do Ano de 2020 pela revista Outreach para questões sociais) e adaptei para torná-lo acessível para pré-adolescentes, adolescentes, pais e avós.
Esse livro era mais voltado para adultos, e não era inapropriado para leitores mais jovens, mas porque era mais profundo. Eu escrevi com uma expectativa maior de conhecimento teológico e capacidade de entender pensamentos abstratos.
Eu quis pegar todos os conceitos do livro e acrescentei algumas coisas extras, como o transexualismo, e assim torná-lo muito acessível. Eu queria usar um meio que as crianças estão consumindo vorazmente. Eu gostaria que as crianças lessem mais, e isso talvez seja um tópico para outro dia, mas as crianças amam vídeos, então foi isso que eu fiz.
O conceito surgiu do livro Sexualidade Santa, que nasceu da minha frustração com a estrutura na qual acho que os cristãos se encaixaram. Qual é essa estrutura? A estrutura da heterossexualidade, bissexualidade e homossexualidade.
Pensei: “Ok, se a homossexualidade não é a vontade de Deus” — o que não é — então, a heterossexualidade deve ser a vontade de Deus. Mas fui para a Palavra de Deus e vi a Bíblia condenando muitos pecados heterossexuais.
Então, pensei: a heterossexualidade não é precisa o suficiente. A verdade é que estamos vivendo em um mundo de infinitas "tonalidades de cinza", não apenas "cinquenta". A ambiguidade é quase como uma virtude: “quanto menos claro você for, melhor.” Deus não é impreciso. Ele é muito preciso.
Foi assim que surgiu esse conceito de sexualidade santa. Pensei: "A heterossexualidade não está totalmente errada; ela apenas não está totalmente certa porque é tão ampla que inclui comportamentos pecaminosos." Então, pensei: O que é muito, muito preciso? Deus é preciso. Ele é exato. E comecei a ler a Palavra de Deus de Gênesis a Apocalipse.
A Bíblia inteira só levanta dois caminhos quando se trata de sexualidade. Somos chamados, quando estamos solteiros, a ser sexualmente abstinentes. Se casarmos (e estou usando a única definição bíblica de casamento, que é um homem e uma mulher), sejamos fiéis ao nosso cônjuge do sexo oposto.
Portanto, sexualidade santa é simplesmente castidade na solteirice ou fidelidade no casamento — dois caminhos. E percebi que não havia um único termo para ambos, então criei um termo, e chamei de “sexualidade santa”. O termo pode ser novo, mas os conceitos saem diretamente das páginas das Escrituras.
Eu percebi que, se chamamos as pessoas a se arrependerem do pecado sexual, precisamos chamá-las a se afastarem de algo e voltarem para algo. Na verdade, “arrependimento” em hebraico significa “virar” — shuv. Precisamos virar as costas para algo e precisamos nos virar para algo.
Precisamos dar as costas ao pecado e precisamos apontar as pessoas para a coisa certa. Não é diferente para diferentes tipos de pessoas; é o mesmo para toda a humanidade. Todos nós somos chamados à santidade, e a santidade aplicada à sexualidade é castidade na solteirice ou fidelidade no casamento.
Dannah: Muito bom, a produção dos vídeos está maravilhosa. A série tem animação, tem você ensinando, tem várias coisas acontecendo, está super bem feita! Estou tão orgulhosa do trabalho que você fez, e feliz pelos seus pais também.
Na primeira lição você diz algo que mencionou ontem: o objetivo final, quando se trata de sexualidade, é glorificar a Deus negando-se a si mesmo, tomando a sua cruz e seguindo a Jesus. Eu acho isso demais porque, em geral, o que escutamos quando se trata de sexualidade é abstinência ou castidade ou restrição.
Você está levando isso para algo muito mais significativo. Elabore um pouco sobre isso e quero que você me diga especificamente, como você falaria com um adolescente de quinze anos sobre isso?
Christopher: A importância da verdade de Deus é que, quando simplesmente dizemos o “não”, não podemos construir uma vida cristã apenas sobre o “não” de Deus. A verdade de Deus tem um “sim” nela. Precisamos ensinar não apenas o “não” de Deus, mas o “sim” de Deus.
Então, quando vemos isso dessa maneira — castidade na solteirice, fidelidade no casamento — isso é o “sim” e o “não” de Deus. Além disso, qual é o objetivo final quando se trata de sexualidade? É glorificar a Deus negando-se a si mesmo, tomando a sua cruz e seguindo a Jesus. Temos ali, então, o “sim” e o “não”.
Se simplesmente dissermos a eles: “não faça isso, não faça aquilo, não faça isso, não faça aquilo. . .” Dannah, essas são coisas importantes para ensinar aos nossos filhos, certo? “Não toque no fogão quente!” Essas são boas coisas para ensinar aos nossos filhos. Mas também precisamos ensinar o “sim”, a beleza da sexualidade.
E esse foi o meu objetivo. No passado, era uma imagem um pouco limitada, que não tinha toda a beleza da verdade completa de Deus quando se trata de sexualidade. Não se trata apenas de gerenciamento de comportamento ou de apenas suportar. Trata-se de entregar a Deus nosso tudo em tudo, porque Ele é nosso tudo!
Dannah: Amém. A gente sabe que a confusão de gênero está realmente tomando conta, consumindo nossas crianças hoje. No meu ministério True Girl — Menina Verdadeira em português — que é para meninas de oito a doze anos e suas mães, eu faço estudos bíblicos online.
Fiz um estudo não muito tempo atrás chamado É Ótimo Ser uma Menina. Ao promovê-lo, prometi às mães: "Nós não vamos falar sobre o que é falso. Eu vou apenas construir uma base bíblica para que sua filha se sinta feliz, orgulhosa e grata por ser mulher. . . por Deus ter escolhido isso para ela."
E na primeira noite, durante a sessão de perguntas e respostas, eu não pude acreditar na linguagem que essas meninas de oito a doze anos usavam! O vocabulário delas: as letras LGBTQIA, o transexualismo, tudo isso. Elas sabiam o que era e tinham muitas perguntas sobre esse tema. Você aborda esse tópico no Projeto Sexualidade Santa?
Christopher: Sim, com certeza abordo. Quando meu livro foi lançado há quatro ou cinco anos — ou mais do que isso — o transexualismo já era uma questão, mas havia explodido, provavelmente durante a pandemia de 2020. Muitas coisas simplesmente explodiram e se espalharam.
O que estamos enfrentando agora é essa ideologia de gênero que confunde nossa percepção de nós mesmos com a nossa essência. Então eu sabia que precisava incluir este tema.
Há uma lição inteira tratando do gênero e nos ajudando a pensar sobre o que é verdadeiro e o que faz parte da queda. Quando reconhecemos isso, é muito útil para pensar de maneira clara, em categorias.
Eu falei sobre isso outro dia na minha entrevista com você, que amo pensar em categorias, porque acho que traz clareza para nossa discussão sobre sexualidade e gênero.
Eu abordo isso e falo sobre como o sexo — masculino e feminino — é uma classificação objetiva e binária. "Objetiva", significando que não é baseada nos meus sentimentos, portanto, não é subjetiva. É "binária", significando que existem duas categorias claras: masculino ou feminino.
Agora, muitas vezes as pessoas contestam e dizem: “E quanto ao intersexo?” Aqui está a mentira sobre o intersexo. A maioria das pessoas que estão no que eles chamam de "espectro intersexo", sabemos que elas são, na verdade, ou um homem ou uma mulher.
Agora, seus órgãos físicos ou biológicos podem ser ambíguos e pouco claros, mas se você fizer um estudo mais aprofundado — seja um teste de DNA ou se elas tiverem um cromossomo extra, etc. — os médicos sabem que essa pessoa é um homem ou uma mulher.
É em casos muito, muito raros, porque o intersexo é uma condição muito rara. São ainda mais raros os casos em que não conseguimos identificar. Mas mesmo nessa situação, em todos os casos quando se trata de medicina e ciência, anomalias nunca anulam categorias. Não devemos jamais fazer isso. Isso é importante.
Dannah: O intersexo é uma condição biológica, e o que estamos vendo predominantemente agora não é confusão de gênero biológica, mas confusão psicológica de gênero.
Christopher: Sim, é isso mesmo, o intersexo é uma realidade biológica, e é uma realidade objetiva. Onde o gênero é psicológico — como entendemos a nós mesmos, nossa autopercepção — e é subjetivo. O gênero foi redefinido, e já não é mais equivalente ao sexo.
Obviamente não concordamos com esse novo conceito, mas ainda assim é a realidade dessa redefinição. É uma realidade da queda. Às vezes acho que é útil nomear coisas que são uma realidade da queda. A mesma coisa com as atrações do mesmo sexo. É uma realidade da queda, enraizada na nossa natureza pecaminosa.
Nós não achamos que é bom; não é algo que devemos celebrar. Mas as pessoas lutam com isso. Quando se trata do que o mundo chama de "disforia de gênero", isso é uma realidade da queda. Não devemos aceitar ou celebrar esta condição. Não devemos fazer disso nossa identidade, e, ainda assim, precisamos perceber que há adultos que lutam com essa realidade da natureza pecaminosa.
Precisamos ter compaixão, caminhar ao lado deles, encorajá-los, "Não coloque sua identidade nisso. Não aja com base nisso." Assim como nenhum de nós deve agir conforme nossas tentações pecaminosas ou coisas enraizadas em nossa natureza pecaminosa.
No entanto, também quero acrescentar, o que vejo cada vez mais, e especialmente, Dannah, com todo o ministério que você tem com as meninas jovens. . . Estamos vendo, e sei que você também está, mais e mais meninas jovens, pré-adolescentes, meninas adolescentes que agora estão se identificando como transgênero, não binárias, queer, pansexuais, e a lista continua, quando na verdade elas não estão realmente vivenciando disforia de gênero ou questões de identidade sexual. Isso faz parte apenas do desejo de pertencimento a um novo grupo de pares.
Não é que realmente estejam em crise em relação a essa identidade. Não é uma verdadeira disforia de gênero enraizada na queda. Ainda assim, está enraizada na queda, porque elas estão tentando se identificar com algo que não está fundamentado no nosso Criador, não está enraizado no fato de que fomos criados à imagem de Deus, e como portadores da imagem de Cristo, devemos colocar nossa identidade em Cristo. Vejo isso como uma pandemia que está acontecendo agora, que realmente está "apagando" as meninas!
Dannah: Ah, com certeza! "Apagando as meninas", é isso mesmo! Há um número crescente de pesquisadores seculares. . . Pesquisadores seculares intelectualmente honestos estão muito preocupados, porque até cerca de 2011, o transexualismo era predominantemente um problema masculino. E agora, de repente, é predominantemente um problema feminino.
Não é só como, "Ah, as meninas estão lutando também agora." É, na verdade, a maioria das meninas lutando! É possível ver a mudança na cultura, e pode ver esses "aglomerados de contágio", como eles chamam, onde as meninas estão vivenciando tanta pressão que começam a se questionar.
Mas elas não apresentaram alguns dos sintomas de disforia de gênero quando eram crianças, como teriam se fosse uma verdadeira disforia de gênero. Então, eu só quero afirmar isso, tive que subir no meu "pódio" aqui, porque minhas meninas. . . É por isso que precisamos trazer a educação sexual de volta para a sala de estar, como você disse.
Christopher: Sim, sim. E se eu pudesse até acrescentar, se você é esse pai ou essa mãe e tem. . . Se eu puder contar uma história rápida. Tinha uma mãe que estava tão angustiada, sua filha era uma criança. Nem era um adolescente, estava ainda na escola primária.
A criança foi ao conselheiro da escola pública — o que eu não sugiro. A criança confidenciou ao conselheiro secular da escola pública que achava que estava com depressão.
A resposta do conselheiro foi: "Você é transgênero?"A filha disse: "Não, não sou!"
Então, eles passaram pela sessão. Na próxima sessão, "Você é transgênero?"
"Não, não sou, não sou transgênero."
Eles continuaram assim até que finalmente a filha disse: "Sim, eu sou." Sabemos que há uma enorme pressão agora.
E, pais, se alguma vez ouvirem alguém dizendo algo assim, "Você prefere uma filha morta ou um filho vivo?" Digam isso: "As únicas pessoas que diriam algo assim são pessoas que são terroristas, querendo sequestrar crianças." São as únicas pessoas que diriam algo assim. É uma ameaça.
Toda pesquisa, quando você realmente faz pesquisa — não dados anedóticos, porque as pessoas vão querer descartar dados anedóticos e dizer: "As crianças vão se matar." Quando você realmente olha a pesquisa real, revisada por pares, longitudinal, objetiva, não anedótica, não subjetiva, significando, "Me diga o que você sente. . ." Isso não é pesquisa; é apenas contar histórias.
Quando você olha especificamente faz pesquisas na Holanda, por exemplo — o país mais chamado de afirmativo para gays e transgêneros do mundo inteiro — você verá o fato de que, para as crianças e jovens LGBTQ, a ideação suicida deles é mais alta do que a de seus pares.
É uma mentira que a taxa de suicidio será maior se não forem afirmados. Há tanta afirmação acontecendo na Holanda, e ainda assim as taxas de suicídio são altas. A realidade é, o sangue está nas mãos de quem? Não nas nossas.
Precisamos reconhecer que queremos lidar com a realidade não só do pecado, mas também com esse contágio de suicídio e ideação suicida.
Mas, se estivermos batendo na tecla errada, podemos estar piorando as coisas. Precisamos reconhecer que queremos realmente lidar com questões de saúde mental e não varrer isso para debaixo do tapete.
Dannah: Isso mesmo, amém! Bem, há tantas coisas em jogo: a saúde mental dos nossos filhos, a sexualidade dos nossos filhos. Mas eu não acho que haja algo mais em jogo do que o Evangelho de Jesus. Quero ler Efésios 5.31-32. Sempre volto a esses dois versículos quando se trata do tópico da sexualidade.
“Eis por que" o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne". E isso está entre aspas, então está citando Gênesis 2.24. E então Paulo escreve: "Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. . ."
Quando o mundo olha para nós e vê o casamento entre um homem e uma mulher — e ele é santo e puro — de alguma forma, a Bíblia diz que este mistério do amor é uma imagem do amor que Jesus tem pela Igreja, por nós. É tão importante que passemos isso para os nossos filhos!
Dr. Yuan, sou muito grata pelo Projeto Sexualidade Santa e pelo que você está fazendo para trazer a educação sexual de volta ao controle dos pais — a quem Deus deu autoridade — e para as salas de estar dos nossos lares cristãos. Que Deus o abençoe por isso!
Christopher: Sim, muito obrigado, Dannah. O ponto culminante de toda essa série de vídeos está na Lição 7. Eu falo sobre meu pai, que agora está com o Senhor. Ele era o meu maior incentivador, e mais do que qualquer outra coisa, ele queria que essa série de vídeos fosse lançada.
Por quê? Porque meu pai amava as crianças! Ele tinha um chamado para trabalhar para essa geração mais jovem, que estamos vendo se afogar. Ele queria que essa série de vídeos fosse lançada há três anos, tamanha era a sua urgência! Ele financiou toda essa série de vídeos.
Os custos eram de 1,1 milhão, 1,2, 1,3 milhões de dólares! Felizmente, não precisamos pagar tudo isso, mas meu pai quem financiou tudo. Ele estava totalmente envolvido! E depois meu pai foi para seu lar celestial estar com o Senhor.
E por que eu acho que a Lição 7 é tão importante nessa série de vídeos? Porque é nessa lição que falo sobre o casamento. Falo sobre a importância do casamento, que é entre um homem e uma mulher. Mas, como você mencionou em Efésios 5, Paulo fala sobre o mistério.
É a palavra grega "mysterion". É esse mistério de que todos os casamentos são apenas sombras. Isso é o que John Piper chama no livro Casamento temporário. São apenas sombras de quê? Da realidade real, verdadeira e última. Todos os casamentos são penúltimos. A realidade última do casamento é Cristo e a Igreja. Quando deixamos Cristo de fora da equação, não estamos realmente dizendo nada.
Eu queria que as crianças, enquanto falo sobre a bondade da solteirice, mesmo que você se encontre solteiro. . . Não estou falando sobre solteirice para a vida inteira, porque acho que isso não é necessariamente algo que precisamos ter como "quem eu sou".
Quero dizer, até Nancy viveu como uma mulher solteira por anos, e Deus miraculosamente os uniu, ela e Robert. Tive a bênção de estar no casamento deles. Que enorme, grande presente e surpresa foi para todos.
Quanto a mim, sou um homem solteiro. Não estou dizendo que vou permanecer solteiro a vida inteira, por que quem sou eu? Não sou Deus. Eu sei apenas que, como homem solteiro, Deus em Sua soberania me tem onde estou. Mas estou aberto a qualquer coisa que Deus tenha para mim.
Estou aberto, se for da vontade Dele, a me casar com uma mulher, mas se isso for a vontade Dele. Mas eu queria comunicar aos nossos adolescentes que estão solteiros agora, a beleza da solteirice, mas também apontar para a realidade do casamento. Que não é o objetivo final. O objetivo final é Cristo e a Igreja, o que aponta para o quê? O Evangelho!
Na Lição 7, porque chamo isso de ponto culminante, é porque dou uma grande oportunidade no final para compartilhar as boas novas de Jesus! Falo sobre como o casamento é temporário. Jesus diz em Mateus 22 que não haverá casamento no céu.
Seremos todos solteiros na eternidade — desculpem ter que dar essa notícia a todos! Mas a boa notícia é que estaremos unidos ao Cordeiro de Deus! Aí, eu trago à tona a realidade e a história dos meus pais.
Eles foram casados por cinquenta e seis anos; se conheceram por cinquenta e oito anos. Fizeram tudo juntos. Trabalharam juntos. Minha mãe era a gerente dele no consultório odontológico. Depois que ele se aposentou (o que significa que ele só trocou os pneus e continuou servindo ao Senhor), fizemos tudo juntos.
Viajamos juntos para o nosso ministério. Ele viajou de quarenta a cinquenta vezes por ano comigo. Minha mãe viajou de sessenta a setenta vezes por ano comigo. Ele fez tudo! E Deus o levou para casa. E o que isso significa para minha mãe? Ela já não é mais casada. Agora ela é viúva, vivendo sua vida como uma mulher solteira.
Mas eu queria apontar para as pessoas — para as crianças e os adolescentes — o que é mais importante: Cristo! “Agora vá e siga a Jesus!” O que isso significa? Meu pai está agora com o Senhor, e foi muito, muito repentino, 3 de julho de 2021. Nos pegou de surpresa. Ele caiu, bateu a cabeça, e não conseguiram parar o sangramento interno. A função cerebral dele basicamente desapareceu, e o coração dele estava falhando.
Mas aqui está o que foi tão importante, mesmo que nos tenha surpreendido. Minha mãe e eu estávamos prestes a sair. Minha mãe disse algo que nunca esquecerei. “Ela disse: ‘Vamos contar a todos que o Dr. Leon Yuan não está morto. Ele está agora mais vivo do que jamais esteve!’”
Desafio os pais a terem essas conversas. Desafio os jovens, “Você conhece a Jesus?” Para ser sincero, Dannah, esses últimos três dias foram maravilhosos. Estivemos falando sobre sexualidade, mas nada disso realmente importa mais do que isso: Você conhece a Jesus? Ele é o seu tudo? Porque se Ele não for, nada importa! Podemos tentar fazer as coisas certas, podemos tentar fazer isso ou aquilo. Mas, no final, nosso objetivo é seguir a Jesus!
Nancy: Dannah Gresh e Christopher Yuan compartilharam formas de ajudar os pais a ajudarem seus adolescentes a entender e viver a sexualidade santa. Precisamos colocar o tipo certo de pensamento da Palavra de Deus na vida de nossos filhos e netos.
Oremos para que possamos ter esse material tão precioso disponível em português em breve. E não deixemos de ir direto à fonte, que é a Palavra de Deus.
Se você é pai ou mãe de alguém que já se afastou dos caminhos de Deus, ainda há algo que você pode fazer. Você pode orar! Vamos interceder por nossas crianças e adolescentes e testemunhar da benção que é ter esse relacionamento íntimo com Jesus a começar com você. Que Jesus seja o seu tudo!
Amanhã, vamos compartilhar o testemunho de uma jovem que aprendeu a confiar em Deus e nos outros após sofrer abuso do próprio pai. Ashley Gibson compartilha sua jornada de aprendizado para confiar em seu Pai celestial.
Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, sustentado por seus ouvintes e dedicado a chamar as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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